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5.2.21

6 coisas estúpidas que fiz quando adotei um gato

Não se nasce protetor, torna-se protetor. E vocês não têm noção de quanta cabeça eu bati nestes 15 anos! Comecei limpando as patas do Mercvrivs toda vez que ele saía da caixa de areia — vida de freelancer, oficina do diabo. Na semana seguinte, decidi levar o carro para lavar e voltar a pé com ele no colo, ganhando arranhões múltiplos no peito assim que passou o primeiro caminhão.

Para impedir o acesso à rua (e economizar o dinheiro das telas), improvisava gambiarras com papelão e sacos de lixo. Mas, incentivado pela Clara, vira-lata pura recém-chegada, o sem-noção um dia conseguiu fugir, caiu na clínica médica e tomou um balde de cândida na cabeça — que me rendeu os óculos quebrados, porque depois ainda tentei dar banho nele de chuveiro ligado.


E achei que seria uma ideia incrível me redimir passeando com os dois de coleira pelo bairro.




Por fim, e com um oferecimento do namorado da época, acendi uma vela durante a queda de luz e deixei no gaveteiro ao lado da cama, acreditando no mito do instinto de sobrevivência animal. Os bigodes encaracolados falam por si:


Espero que o Gatoca tenha poupado vocês de boa parte desses micos.

5 comentários:

Michele disse...

Muito bom. Das besteiras que fiz...
- Dei banho em 4 porque achei que mataria as pulgas;
- Quando ainda não tinha cama, deixava o colchão em "pé"encostado na parede. Os 2 que eu tinha adoravam aquilo. Um final de semana viajei e seriam 3 noites e 2 dias. Achei que seria tranquilo. Quando chego no destino só pensava: e se o colchão cair em cima de um deles?! Detalhe, tinham 4 ou 5 meses. Fiquei tensa até voltar para casa;
- Achava que dar remédio para gato era fácil;
- Achava que qualquer ração era ok...
Vixe, muita coisinha. Mas é isso mesmo, aprendemos a ser tutores.

Anônimo disse...

Já fiz algumas também, tipo dar queijo e depois gastar a poupança no vet.
Achar que conseguiria desembaraçar o pelo em casa e por aí vai

Michael Lopes disse...

Eu acho que nunca cometi estes exageros, por já ter uma noção de como são os gatos, mas eu consigo ser muito super protetor ainda assim. Quando minha mãe espirra SBP em casa pra matar mosquitos, eu surtava achando que ia respingar e fazer mal pra eles (por ter ouvido falar que os gatos respiram pela pele).
- Uma vez que um dos meus gatos saiu de dentro do motor do carro, cheio de graxa, e eu comecei a chorar pq achei que a graxa preta era a pele dele queimada e fui correndo pro veterinário pra tentar "socorrer" o meu gato. kkkkkkkkk (todo mundo deu risada de mim)

wcris disse...

Mudei para uma casa e achei que um muro de 2,50m mais um alambrado de 2,0m sobre ele impediria qualquer gato de fugir. Impede a maioria. Mas alguns nascem alpinistas para desespero da tutora aqui. Passei aperto com isso. Na primeira fuga saí andando a rua toda chamando, procurando, imaginando coisas - nenhuma boa, todas sinistras... e na hora do rango a criatura ordinária veio miar no portão. Ilesa! para meu alívio. Tive que conviver com as eventuais fugidas dessas exceções à regra porque não havia como criar uma bolha de tela sobre a casa. Docinho, Indiana Jones e Felícia sempre com feliz retorno ao lar. Mas perdi o Zeus e o Vitor, eterna dor culposa. E Angélica da sua última fuga voltou 3 dias depois com uma perna quebrada. Ficou manca e nunca mais saiu. Observo que a idade e/ou sobrepeso, aquietam os aventureiros (kkk de todas as espécies).

Beatriz Levischi disse...

O mico da graxa venceu, Michael! rs Mas a preocupação com o SBP é legítima, apesar de os bigodes não respirarem pela pele.

Terreno grande é difícil mesmo de telar, Cris. Mas o pessoal faz uns gatis maravilhosos, já viu? E hoje tem aquele RollerCat também, que ainda testei.