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9.10.20

O Gatoca vai acabar?

Vocês devem ter percebido que a frequência de atualização do blog diminuiu, né? 2020 definitivamente não está sendo um ano fácil. Para melhorar, os bigodes, já velhinhos, resolveram se revezar nos piripaques, me obrigando a criar um diário de cocô e vômitos, e uma pasta com as respectivas fotos — se eu morrer de coronavírus, por favor expliquem que não é fetiche.


Mas a produção de conteúdo para o Gatoca, na verdade, aumentou. Tem o boletim semanal, com as notícias do projeto em primeira mão (para receber, basta responder o formulário vapt-vupt). Os carrosséis de serviço do Instagram, que dão um trabalhão porque ainda apanho do Canva. O Gatonó, primeiro dominó de bichanos do mundo (grátis!) — e um teste para outros jogos.

Os vídeos exclusivos para os apoiadores do Catarse — dez superproducinhas já! E, agora, o Cluboca no WhatsApp, com o seriado apócrifo da busca pela casóca nova. Nosso Gramado da Fama, aliás, conta com três estreias: Aline Fagundes, amiga desde as listas do Yahoo!, Paolla Alberton, que encontrou companhia nestas linhas durante duas gestações de risco, e Elaini da Silva, dona de um currículo lattes invejável, em tempos de negacionismo científico e desmonte da educação. 💜


Foi a sessão fotográfica mais rápida destes dois anos de financiamento coletivo, porque eu espetei as plaquinhas e, após semanas de secura, começou a garoar — parando dois minutos depois, não servindo nem para regar as plantas. Notem a felicidade da Guda:


E das plaquinhas:


Com ou sem chuva, sei que vocês sempre estão aqui e sou muito, muito grata! Obrigada por mais um mês, Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe...

...Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Amanda Midori, Karine de Cabedelo, Natalia e Lívia Pantarotto, Michely Nishimura, Maira Fischer, Ana Paula de Vilas Boas e Danilo!

2.10.20

Gato renal: soro fisiológico ou ringer com lactato?

Há três anos, eu escrevi o post que mais traz leitores do Google para cá, com dicas de aplicação de soro subcutâneo em casa, aprendidas no estágio final da doença renal do Simba. Segundo o veterinário Valdo Reche, 60% dos gatos terão um grau de disfunção nos rins ao morrer, estatística que livra poucos tutores desse pesadelo.

Aí, vem a pergunta que também recebo bastante: soro fisiológico, ringer ou ringer com lactato? Quem me socorreu na resposta foi o Dr. Eduardo Carneiro. Primeiro, vale explicar a composição de cada um: o soro fisiológico tem apenas água e cloreto de sódio, enquanto o ringer leva ainda cloreto de cálcio e cloreto de potássio, e no ringer com lactato acrescenta-se, adivinhem!, lactato de sódio. rs


À maioria dos bichanos renais, recomenda-se o uso do soro fisiológico simples, só para repor a quantidade perdida de líquido — entendam tudo sobre a doença aqui. É que o excesso de sais minerais do ringer pode sobrecarregar ainda mais os rins combalidos e o lactato, aumentar o teor alcalino, geralmente alto em quadros com vômitos estomacais.

Como tudo que envolve vidas, porém, há exceções nessa conduta. Se os rins não expelirem ácido suficiente na urina, por exemplo, o animal desenvolve acidose (uma diminuição do PH do sangue), que o ringer com lactato ajuda a reverter — sendo indicado principalmente para os casos que pedem grandes volumes de solução fisiológica.

Existe ainda a possibilidade de turbinar esses soros todos com glicose ou outros sais minerais, dependendo da necessidade do peludo. Consultem sempre, portanto, um veterinário.

Simba recebendo soro subcutâneo


Outras infos importantes:

:: Doença renal, pelo maior especialista em gatos do Brasil
:: 7 dicas que podem salvar seu amigo
:: Diagnóstico renal não significa sentença de morte
:: Sobrevida de 11 anos (e contando)!
:: 9 sinais de doença que a gente não percebe
:: Teste: seu peludo sente dor? Descubra pela cara!
:: Como identificar mal-estar sem sintomas
:: O difícil equilíbrio ao cuidar de gatos
:: Pesando bichanos com precisão
:: Como estimular a beber água
:: A importância de ter potes variados
:: Gatos sentem o sabor da água
:: O melhor bebedouro para o verão!
:: 13 macetes para dar líquidos na seringa
:: A seringa (quase) perfeita
:: Seringa que goteja para cuidar de gato doente
:: O milagre da água na seringa, seis anos depois
:: Soro subcutâneo: dicas e por que vale o esforço
:: O desafio da alimentação natural
:: Quando a alimentação natural não dá certo
:: Ração úmida mais barata para gato renal
:: Seu pet não come ração úmida (patê, sachê, latinha)?
:: Como ensinar o bichano a amar ração úmida natural
:: Ração em molho: nós testamos!
:: Alimentação de emergência para animal desidratado
:: Calculadora de ração felina, seca e úmida
:: Cuidado com alimentação forçada!
:: Como deixar o patê lisinho (para seringa!)
:: Suporte para comedouro pode cessar vômitos
:: Diarreia em gatos: o que fazer?
:: Quando e como usar fralda
:: Gastrite causada por problemas renais
:: Luto: gatos sentem a morte do amigo? O que fazer?

25.9.20

Por que zoológico é um passeio cruel — e brega!

Mais de três décadas depois, ainda me lembro da visita frustrante ao Zoológico de São Paulo, em que a gente não conseguia ver nenhum dos bichos emocionantes e a grande atração ficou por conta do hipopótamo, que peidou no lago, fazendo a água borbulhar — e todo mundo tampar o nariz. Já adulta, mas ainda longe de me sensibilizar com a causa animal, pude conhecer o zoo de Luján, na Argentina, e só não rolou porque sairia muito do roteiro do grupo.

Foi Chicão me salvando de ter esse mico no histórico de ativista! Os bichos de Luján chegavam pertinho e dava para tirar foto com leão, tigre, urso, elefante. Dopados — prática que os responsáveis pelo espaço nunca admitiram, mas as fotos falam por si. Usei os verbos no passado porque, no dia 9 deste mês, com o empurrãozinho da pandemia e o abandono criminoso, ele foi finalmente fechado.

Não, não existe zoológico bacana. Mesmo sem sedativo, os animais não estão em seu habitat natural, exibem comportamentos repetitivos que demonstram profundo sofrimento e não cola chamar de projeto educativo ensinar à criançada que é ético aprisionar outras vidas para nossa diversão, né? — lembrem que já fizemos isso com pessoas!

Acho que criança nenhuma, aliás, se divertiria se entendesse que o programa causa dor aos amigos de pelos, penas e escamas. Foi o que comentei no fim da live com o Raul Marcelo, porque cansei de desconversar sempre que me sugerem o Quinzinho de Barros como melhor passeio turístico de Sorocaba. Entretenimento com bicho sempre envolve crueldade.

E, se você pensou nos aquários gigantes, imagine passar o resto da vida em uma banheira — dormindo, comendo, trabalhando, assistindo Netflix. É assim que as baleias, que nadariam o oceano inteiro, se sentem. Por falar em Netflix, usando a tecnologia atual, dá para criar ecoparques interativos sensacionais, com educação ambiental de verdade!

E que os animais que não podem mais voltar à natureza, porque já tiveram suas almas quebradas, sejam transferidos para santuários como o Rancho dos Gnomos, longe da gritaria, dos maus-tratos e da nossa ganância.

Para ampliar, cliquem na imagem

Leiam também:
:: Sacrifício religioso, o ‘Dumbo’ de Tim Burton e empatia

24.9.20

Eleições 2020: o futuro dos animais em Sorocaba

Sabe aquele momento em que você está almoçando, uma amiga liga pedindo ajuda com um texto e você acaba numa live com o segundo candidato favorito a prefeito da cidade? Essa é minha vida! Raul Marcelo (Psol) organizou uma plenária online para ouvir os ativistas sobre a situação dos animais e desenhar um plano de governo efetivo e factível pós-pandemia, com a esperada queda na arrecadação de impostos.

Live: Futuro dos Animais em Sorocaba

Mônica Campiteli e eu falamos sobre educação nas escolas, campanhas de conscientização da população, treinamento de agentes de fiscalização e aplicação da lei contra maus-tratos, formação para ONGs e protetores independentes, campanhas de castração por saturação de cães e gatos, estratégias de doação, implementação do tão sonhado programa de alimentação consciente.

E 2,5 mil pessoas, de redes sociais variadas, me viram fazendo estas caras:

Live: Futuro dos Animais em Sorocaba

Live: Futuro dos Animais em Sorocaba
Para rir em alta resolução, cliquem na imagem

No final, ainda tocaram no assunto dos zoológicos e perdi também a elegância no discurso, rs. Mas a audiência foi generosa nos comentários — pelo menos os destacados. A conversa ficou gravada e ativistas de outros cantos do país que precisem de inspiração para iniciar o debate podem assistir clicando em cima.

Já passou da hora de a gente aprender a usar o sistema a favor das nossas causas!

Live: Futuro dos Animais em Sorocaba

18.9.20

Em busca da casóca nova para os gatos!

Primeiro Leo foi demitido, na sequência veio a pandemia, aí o dono da nossa casa pediu o imóvel de volta. E eu concluí que chegou a hora de fazer acontecer nosso grupo no WhatsApp! Mentira. Chorei e tive semanas de dor de estômago antes disso. Mas voltando: a ideia é compartilhar esse processo com quem mais torce pelo Gatoca, tirar as dúvidas felinas e aprender com vocês também, criar um espaço seguro. 💕

E dar risada deste ano inacreditável, claro!


Para se tornar um apoiador do projeto, basta clicar aqui. Nos próximos dias, entrarei em contato pedindo os celulares para cadastrar no Cluboca — e tem outras recompensas, como nosso "netflix", com superproducinhas exclusivas! Quem ilustra o Gramado da Fama de agosto, aliás, é o querido Danilo Lisboa, mais ou menos acompanhado pela Pimenta, que se recusou a entrar no cercadinho. rs


Obrigada pelo porto-seguro de mais um mês, Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe...

...Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Amanda Midori, Karine de Cabedelo, Natalia e Lívia Pantarotto, Michely Nishimura, Maira Fischer e Ana Paula de Vilas Boas!

17.9.20

Quarto aniversário sem aniversariante

Tem almas que são porto-seguro. Sabe aquela criatura que, pelo simples fato de existir, deixa nossa vida mais leve? A gente sente que pode ousar, errar, recomeçar. E ela estará lá, gigante, mesmo que não passe de um metro e meio — com colo que vira conselho, cafuné sem pressa, mãos na cintura a desancar quem nos fez chorar.

Simba* foi o porto-seguro de Gatoca. A liderança mais doce que conheci! E quando ele morreu, instaurou-se a anarquia. Clara até assumiu o papel dos cuidados, mas Pufosa se acha no direito de roubar a comida da mãe, Jujuba passou a carimbar o jardim e Chocolate espera todo mundo deitar para se pôr a gritar.

Nosso leãozinho dava o equilíbrio perfeito.

Neste 17 de setembro, comemoraríamos 14 anos da corrida atrás do carro que rendeu uma adoção inesperada — e uns 17 de idade, gatão adulto com a orelha mastigada que ninguém queria. Vai ficando mais fácil. Mas acho que nunca farei as pazes com a doença renal.


*Novelinha: Conheça a história do Simba

Outros aniversários: 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008 | 2007

Diários de despedida: #1 | #2 | #3 | #4| #5 | #6 | #7 | #8 | #9 | #10 | #11 | #12 | #13 | #14 | #15 | #16 | #17 | #18 | #19 | #20 | #21 | #22 | FIM

10.9.20

Vida com gatos #5

Quando você precisa trocar um produto...


...e a empresa pede a nota fiscal.


Mais vida com gatos: #1 | #2 | #3 | #4

4.9.20

Ensinei uma rolinha a voar!

Elas encaravam fixamente os vasos do outro lado da porta de vidro — três gatas e um desejo. Nosso jardinzico, admito sem nenhuma modéstia, junta a maior quantidade de pássaros por metro quadrado da região — até porque é um bairro concretado. Mas ave que se preze não fica parada no mesmo lugar, né?


Foi Leo quem encontrou a rolinha encolhida.




E quem nos revelou se tratar de uma rolinha, na verdade, foi a Mônica Campitelli, amiga-bióloga. Seguindo as instruções dela, ajeitei comida e água perto da primavera, longe do sol. E fiquei observando enquanto decidia se valia a pena levá-la ao veterinário — animais silvestres se estressam muito fácil.


A combinação de arroz, mamão e couve-manteiga orgânica, que num passado remoto fez a alegria da pomboca, não agradou. E a bichinha andava para um lado para o outro desengonçada, despencando quando tentava voar. Imaginamos que pudesse ter se chocado contra o vidro.


Veio a tempestade — em um filme essa reviravolta soaria forçada, mas na vida real pode! Leo ajeitou a rolinha no banheiro, transformando em casa a caixa de transporte dos bigodes, de porta aberta mesmo, só para ela se sentir protegida.


E escrevi para o Eduardo Carneiro, vet homeopata que atende em São Paulo. Se fosse uma contusão, Arnica montana C6 ajudaria. Só que a gente não tinha. Pinguei, então, duas gotas de Pulsatilla C6 na água para trabalhar o emocional — servem glóbulos também.


E apelei à Gabriela Fromme, amiga-veterinária-não-praticante, que mora aqui em Sorocaba. Nessa hora, o roteirista abandonou de vez o bom-senso. Gabi entendia tudo de rolinhas porque teve um ninho na janela da cozinha — sim, rolinhas são pombas mais arrumadas, no quesito sociabilidade. E a cauda diminuta denunciava um filhote!

Por isso o voo atrapalhado.

No dia seguinte, levei a caixa de transporte para o jardim, já com papel picado dentro (tecido amassado também funciona), porque a pata das aves não se estrutura direito em pisos lisos. E, embora Gabi tenha garantido que não precisava me preocupar com os cocôs, pois "o ninho delas é uma meleca", não resisti.


(Limpei também a privada, a parede, o creme de cabelo e as gavetinhas de maquiagem, todos lugares que ela conseguiu carimbar. Não, não usei violência. Até porque já havia segurado a vontade de encher a pequena de cafuné — quanto menos a gente mexer nesses animais, melhor.)

Junto com o abrigo improvisado e a vista para a horta, a criatura ganhou um banquete mais adequado: alpiste, quirela (ou quirera) de milho e aveia — não fazia ideia de que a aveia da granola não existe pronta na natureza, gente!


E eu fiquei lá, assistindo e encorajando as tentativas destrambelhadas de voo. Gabi havia dito que rolinha sai do ninho em menos de duas semanas e essa já devia estar na fase final de aprendizagem. Outra opção seria achar o tal do ninho, mas bateu o receio de revolvê-la à família errada e criar uma crise.

A cada investida, ela subia um tantinho mais alto. Até que alcançou o muro. E se pôs a piar. Vocês não imaginam a emoção! Piou. Piou. Piou. Eu filmando de mãos trêmulas — será a superproducinha deste mês para os apoiadores! Quando parecia ter desistido, chegou a resposta.


Para ampliar, cliquem na imagem

E a bichinha cruzou o céu em cima da minha cabeça, acompanhada por asas maiores.

:: Curiosidades

- Não deu para saber se nossa rolinha era "rolinho", porque a coloração só vem depois. As fêmeas puxam para o roxo.

- Outra característica de filhote, além da cauda curtinha, são as narinas "levantadas", como nestas calopsitas, porque o bico ainda está se formando.

- Aves têm parasitas parecidos com mosquinhas, mas não há motivo para histeria. Basta deixar o desinfetante agindo por um tempo no local (piso e caixa de transporte, no meu caso) e lavar normalmente — se não puder lavar, passe um pano úmido com o produto e espere secar sozinho, tirando o excesso com água limpa depois.

28.8.20

Alimentação de emergência para gato desidratado (com vômito ou diarreia)

Pipoca parou de comer sozinha de novo. E, além dos vômitos do piripaque renal do ano passado, dessa vez ela também teve diarreia, o que acelerou a desidratação. Dr. Eduardo Carneiro ensinou um truque para melhorar a absorção de água, que eu não podia deixar de compartilhar aqui.


Ingredientes

- 1/4 de mamão
- 1/4 de copo de água
- 1/2 lata grande de ração úmida (usei a Control Cat de 320 gramas)


Modo de preparo

Bata o mamão e a água no liquidificador ou com a ajuda de um mixer — acrescente mais água se ficar muito denso.


Separadamente, processe ração úmida, adicionando água só para dar aquela força na trituração.


Misture, com a colher mesmo, uma medida do suco para cada quatro do patê.


É importante fazer o suco separado para poder aumentar a proporção (até um para dois) se o animal não estranhar o sabor. E não espere que ele vá tomar sozinho! Aqui tem dicas salvadoras para pilotar seringa. E aqui, o modelo perfeito!

Mas por que mamão?

Vocês provavelmente já sabem que o corpo absorve líquidos mais rápido do que comida, né? E o suco de fruta funciona ainda melhor com os animais do que água pura! O esquema é o mesmo do soro caseiro para humanos: o intestino absorve a glicose do açúcar com prioridade, que chupa os sais minerais do sal e juntos eles sugam mais água para dentro das células. No caso dos bichos, a "frutose" faz esse trabalho sozinha.

Não vale mais a pena, então, oferecer o suco direto? Para cachorro, sim. Gatos não percebem sabores doces, então, tendem a rejeitar frutas, por isso a sugestão de misturar com o patê. Mas por que o mamão, raios? Porque as outras frutas possíveis são banana e coco — a água do coco, na verdade. Só que ambas têm potássio, que interfere na acidez do estômago e pode provocar ainda mais vômitos.

Alertas!

- A alimentação de emergência não substitui a ida ao veterinário.
- Para funcionar, o animal não pode vomitar até as pequenas quantidades de comida — nesse caso, é melhor dar só água mesmo, em doses mínimas.
- Suspenda a dieta imediatamente se a diarreia piorar.
- Não use frutas cítricas, porque causam problemas na boca. Muito menos uva e acerola, que são tóxicas.
- Se o especialista indicou a fluidoterapia para o peludo, aprenda a aplicar em casa.

Pipoquinha ainda não está conseguindo comer ração, mas já saiu do estado crítico. :)


Outras infos importantes:

:: Doença renal, pelo maior especialista em gatos do Brasil
:: 7 dicas que podem salvar seu amigo
:: Diagnóstico renal não significa sentença de morte
:: Sobrevida de 11 anos (e contando)!
:: 9 sinais de doença que a gente não percebe
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:: O difícil equilíbrio ao cuidar de gatos
:: Pesando bichanos com precisão
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:: O melhor bebedouro para o verão!
:: 13 macetes para dar líquidos na seringa
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:: O desafio da alimentação natural
:: Quando a alimentação natural não dá certo
:: Ração úmida mais barata para gato renal
:: Seu pet não come ração úmida (patê, sachê, latinha)?
:: Como ensinar o bichano a amar ração úmida natural
:: Ração em molho: nós testamos!
:: Calculadora de ração felina, seca e úmida
:: Cuidado com alimentação forçada!
:: Como deixar o patê lisinho (para seringa!)
:: Suporte para comedouro pode cessar vômitos
:: Diarreia em gatos: o que fazer?
:: Quando e como usar fralda
:: Gastrite causada por problemas renais
:: Luto: gatos sentem a morte do amigo? O que fazer?

26.8.20

Metendo o nariz onde não é chamada!

Se Deus/Gaia/Shiva/Buda/Alá existe, mandou um fungo certeiro na fuça para a Chocolate parar de encrencar com os irmãos. #defofasóacara

21.8.20

Teste: você gosta mais de gato do que dos parentes?

Quem acompanha este projeto provavelmente já sabe a resposta. Mas, em tempos distópicos, nada melhor do que dar risada juntos, né? Compartilhem causos e a pontuação de vocês nos comentários! Quero saber se mais alguém foi ejetado da família porque perdeu o horário de visitar a avó na UTI para medicar gato — não, não me arrependo, Simba! ❤

Cada afirmação vale um 1 ponto:

1) Decorei os nomes dos bichanos, mas não lembro como se chamam os primos de segundo grau.
2) Gasto mais dinheiro com os bigodes do que com os presentes de Natal.
3) Assinei o boletim +Gatoca e digo para todo mundo que não uso e-mail.
4) Vibrei quando descobri que as tias não poderiam mandar corrente no nosso canal do Telegram.
5) Faltei a um evento importante para resgatar um filhote em perigo.
6) Cheguei sujo e/ou descabelado em outro pelo mesmo motivo.
7) Usei a sobrinhada como desculpa para jogar Gatonó (lançamento!).
8) Só choro quando morre bicho — e nem precisa ser na vida real.
9) Já até sonhei com a série "O Encantador de Gatos", que não começa nunca!
10) Desconverso quando tentam me empurrar rifa, mas faço questão de apoiar o Gatoca.

Este post foi uma brincadeira para chamar a atenção de vocês e tentar driblar os algoritmos, cada vez mais sacanas, porque nosso financiamento continuado não recebe novas adesões há três meses — e vem sofrendo algumas baixas. Em 13 anos, nós fizemos tudo isso. Mas podemos ousar mais!

Obrigada pela resistência, aliás, Alice Gap, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tatiana Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Daniela Cavalcanti, Samanta Ebling, Gisele Pequena, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Fernanda Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande...

...Aline Silpe, Adrina Barth, Lucia Monteiro Mesquita, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sergio Amorim, Aline Fagundes, Luca Rischbieter, Rosana Rios, Lilian Gladys Carvalho, Regina Hein, Marianna Ulbrik Guerrera, Cristina Rebouças, Amanda Midori, Natalia Pantarotto, Paula Melo e Maíra Fischer! 🤗

14.8.20

Gatonó: dominó de gato grátis, para imprimir e jogar!

Como os bigodes estão velhinhos (as mais novas com 13 anos!), eu passei a fotografar e, principalmente, filmar as singelezas do cotidiano deles para guardar de lembrança — ter poucos registros parece dar mais peso à partida do Simba. Eis que, em junho, me toquei que os gatos dormindo divididos entre os almofadões da sala lembravam muito um dominó.


E resolvi produzir este jogo para vocês se divertirem com o Gatoca — não precisa ser só na quarentena! Leo Eichinger ajudou com a parte gráfica ❤ e, como estudiosa aplicada do assunto que me descobri, nós testamos a mecânica antes!






As regras seguem abaixo, explicadas do jeito mais simples que consegui, com adaptações felinas, claro.

Espero que o Gatonó renda alguma ludicidade neste 2020!

Ah! Feedbacks são bem-vindos! :)


Para baixar, cliquem na imagem


COMO JOGAR

O Gatonó segue as regras do dominó tradicional, só que com muito mais peças (52!) para vocês morrerem de fofura com os bigodes. Confesso que não consegui fotografar todas as combinações numéricas, mesmo após 39 dias de projeto, porque nossa superpopulação conta com "apenas" nove integrantes — e nem todos gostam de trocar calorzinho.

Mas tratei de compensar criando peças exclusivas como o coringa, que pode ser usado no lugar de qualquer número — assumindo esse número para as jogadas seguintes.


Ou o vale-dois, que funciona como 2:3 ou 1:4, dependendo da sua necessidade.


Se vocês, como eu, não veem um dominó na frente há algumas décadas, precisarão de uma recapitulada nas regras, certo? Aí vai, então:

O objetivo é baixar todas as peças na mesa antes do(s) adversário(s), marcando pontos de acordo com as peças que sobrarem em sua(s) mão(s) — na do(s) adversário(s), não na sua, que deve estar vazia, né?

Vence a competição quem alcançar 50 pontos no total de partidas. Sim, o dominó é jogado várias vezes na sequência, eu confesso que não lembrava disso.

Recomenda-se brincar com até quatro participantes (cada um por si ou em duplas), mas, como nosso Gatonó tem quase o dobro de peças, imagino que dê para incluir mais gente — não testei porque os bigodes se recusaram.

Durante a preparação, cada jogador recebe sete peças e o restante fica virado para baixo na mesa, formando o monte de compra — não tem problema se não sobrar monte de compra.

O dono da combinação (somada) mais alta começa, lembrando que cada almofadão acolhe de zero a seis gatos, exceto o coringa que realizou a façanha de juntar sete, rs — em caso de empate, sai na frente o tutor com mais bigodes na vida real.

As partidas sempre rolam no sentido horário, mas, como o primeiro acaba levando vantagem, cada nova empreitada deve ser iniciada por quem estiver do lado direito do primeiro da partida anterior — e pode escolher qualquer peça.

No seu turno, o jogador encaixa uma das opções da mão na extremidade correspondente do dominó, disposto na mesa, e não preciso dizer que o número de gatos deve ser igual, né? — peças com números repetidos ficam na transversal para fazer graça.

Quem não tiver peça para colocar em nenhuma das extremidades vai comprando do monte até dar match. Se não houver monte ou o monte acabar, a vez passa para o próximo.

Eu disse lá em cima que as partidas terminam quando o primeiro jogador ficar sem peças, certo? E a pontuação dele será a somatória das peças que o(s) adversário(s) não conseguiu/conseguiram baixar.

Mas há situações em que a rodada é interrompida porque ninguém tem nada para encaixar em nenhuma das extremidades. Aí, ganha quem possuir menos gatos na mão. E a pontuação se dá da mesma forma: o total dos bichanos na(s) mão(s) do(s) adversário(s).

E em caso de empate? Hm... Vence quem imitar o melhor felino!

Se alguma parte das instruções ficou confusa, usem a imaginação! Hahahahaha!

10.8.20

13º aniversário do Gatoca!

Foi mais ou menos assim: em 2007 eu criei um blog com pretensões literárias, enrolei 42 dias para publicar a primeira crônica, tropecei nos esqueletinhos da dona Lourdes, virei protetora de animais e acabei ganhando um projeto de vida! Nestes 13 anos, o Gatoca se aventurou pelas mais variadas frentes:

:: Educação e disseminação de informação
1.516 posts, e-book, projeto com crianças, roda de conversa no CCSP, puxadinho no Yahoo!, entrevista na Rádio Bandeirantes, boletim, canal no Youtube — com websérie felina para descontrair.

:: Engajamento e formação de comunidade
11.215‬ comentários, 6.359 seguidores no Facebook (mais alguns no Twitter e no Instagram), 27 parceiros ao longo da jornada, com destaque especial à Pet Delícia, pelo terceiro ano.

:: Ativismo mão-na-massa
115 bigodes, oito focinhos e três bicos socorridos, mutirão de castração para 50 cães e gatos da comunidade do DER, em São Bernardo do Campo (SP), denúncia no Ministério Público pelos animais abandonados em Paranapiacaba — que demorou três anos para caminhar.

:: Captação de recursos
Quatro dígitos arrecadados em financiamento coletivo, com 240 apoiadores e o apadrinhamento do Wings For Change, lojoca em versão beta, pausada no momento, clube de assinaturas quase batendo a segunda meta (7%!).

:: Projeto Amigão Bicho
Iniciativa em parceria com a prefeitura de Sorocaba, aprovada no edital do Condeca (Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente), esperando o final da pandemia para sensibilizar o olhar de estudantes de escolas públicas localizadas em regiões de vulnerabilidade social da cidade.

(Continua depois da foto!)


E nada disso seria possível sem vocês!

Para comemorar (e contar as novidades e mostrar os bigodes), no sábado rolou uma videoconferência divertidíssima com a Samanta Ebling, a Paula Melo, a Roberta Herrera, a Regina Hein, a Adrina Barth, a Rosana Rios, a Olga Fernandes, a Mônica Campiteli, a Tatiana Pagamisse, a Marilene e o Carlos Eichinger, a Michele Strohschein, a Renata Godoy, a Lorena e o Leo Eichinger, participante compulsório.

Só que esqueci de printar as telas — jornalista de papel, gente! Pedi, então, ao pessoal que mandasse fotos queridas, com ou sem bicho, para poder guardar de lembrança. Ok, duas delas acabei roubando das redes sociais. E faltou achar a Lorena — se estiver me lendo, manda "peludis"! rs

Obrigada pela companhia, e especialmente pelo apoio, destes 4.749 dias! ❤

Na sexta tem presente! :)))


Para ampliar, cliquem na imagem

Festinhas anteriores: 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008

7.8.20

Clara está escurecendo...

Vou me permitir uma pausa nas festividades agostinas do Gatoca para compartilhar a barragem que represou meu peito nos últimos três meses: o carcinoma da Clara tem evoluído muito rápido. As crostas escuras tomaram todo o lado esquerdo da cabeça, o machucado do lado direito fica cada vez mais fundo e começou a crescer um nódulo embaixo da pálpebra.

Toda vez que ela me encara com olhinho ameaçando deformar, eu morro um pouco. E o pote de ração já não esvazia com a mesma eficiência. E os passeios pela casa seguem rareando. Mas aí a bichinha deita no meu colo e ronrona. Ou repete quatro vezes a alimentação natural. Ou se estica demoradamente no sol — não vou tirar um dos únicos prazeres de uma gata com 15 anos.

E revivo.

Sim, ela está sendo acompanhada pelo veterinário para ganhar o máximo possível de qualidade neste período. E não, não existe cura para a doença no estágio atual. Se considerarmos que a hiperqueratose começou em 2015, aliás, e que em 2013 ela já havia desenvolvido um tumor, temos uma longevidade de fazer inveja a qualquer quimioterapia.

Este post é só um desaguamento mesmo.


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6.8.20

13 anos de Gatoca: festa virtual com os gatos!

Atualizado às 19h39

Quero ver as carinhas em movimento e ouvir as vozes de vocês, leitores queridos, que só conheço por fotos estáticas e comentários textuais! Prometo as novidades do projeto em primeira mão, pelo menos duas risadas e um tour de apresentação dos bigodes. ❤

Sábado, dia 8, às 16h, para todo mundo poder participar. É só clicar aqui ou digitar o ID da reunião (644 797 9666) e a senha (425612) direto no Zoom. Na segunda, dia do aniversário oficial, sobe o post comemorativo. E ainda vai ter presente, em algum momento até a próxima sexta — estou trabalhando nele há um mês!

Bora deixar a quarentena mais leve? Guda não aceita vergonha como desculpa!


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