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8.8.19

Dia Internacional do Gato e azar do resto!

Gatoca fala dos bigodes o ano inteiro. Neste Dia Internacional do Gato, enquanto vocês apertam seus peludos, quero chamar a atenção para todos os outros bichos. O Senado acaba de aprovar o projeto de lei apelidado de "Animal não É Coisa", considerando-os seres sencientes, portanto, sujeitos de direitos. Acontece que o PLC 27/2018 recebeu duas emendas que nos impedem de comemorar.

A do senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) limita o novo status jurídico aos pets. E a do senador Otto Alencar (PSD-BA) deixa mais claro ainda que a futura lei não vale para as vítimas da pecuária e de explorações "culturais" como as vaquejadas. Falta uma última votação na Câmara dos Deputados, mas a chance de sair algo prestável deste governo beira zero, qualquer proprietário de dois neurônios sabe.

Ontem mesmo rolou uma churrascada com 4 mil cadáveres na Esplanada dos Ministérios. Teve também a nomeação do Richard Rasmussen como embaixador do turismo, um apresentador de TV famoso por atormentar bichos selvagens, dono de um criadouro fechado por suspeita de tráfico silvestre e devedor de R$ 263,1 mil de infrações ambientais. E o que dizer do Ministro do Agronegócio disfarçado de Meio Ambiente?

Amem os gatos, sim. Mas não deixem de respeitar outras vidas — elas sentem e são conscientes disso.


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2.8.19

Curso de fotografia e escrita para futuros desejáveis!

Melissa é dona destes retratos que falam — sim, dúzias de famosos posaram para ela, mas o que me surpreendeu mesmo foi encontrar o Sebastião Salgado ali no meio (como clicar esse homem sem tremer inteira, gente?). Eu sou autora destes textos que tocam — mãos na massa, outras patas, vidas tantas.

Quando ela propôs darmos um curso juntas, lembrei dos personagens invisíveis da Eliane Brum e da Lala Deheinzelin falando que a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo. E nasceu o "Retratos para Futuros Desejáveis", uma imersão na fotografia e na escrita para contar histórias que o mundo precisa urgentemente abraçar.

Serão quatro aulas de técnica, sensibilidade e troca, e uma saída fotográfica. Esta primeira edição, em Sorocaba, de 26 de agosto a 23 de setembro, no Tear. E, quem sabe?, em São Paulo num futuro breve. Todas as informações (programa, valor, inscrição) estão aqui.

Nós prometemos acolher com o mesmo cuidado curiosos das duas áreas (não esqueçam o celular!) e experientes que queiram aperfeiçoar os conhecimentos para desenvolver projetos para concursos e exposições (tragam suas câmeras!).


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1.8.19

Só 9% para o Gatoca continuar existindo!

Isso é o que falta para a gente bater a meta do Catarse, que garante que este blog siga atualizado semanalmente, presente nas redes sociais e com um ou outro videozinho. Vale um apoiador de R$ 70, que já chega participando do nosso primeiro encontro virtual (vai rolar este mês!) — além de receber agradecimentos públicos e um cartão dos bigodes pelo correio.

Ou sete apoiadores de R$ 10, que aparecerão no Gramado da Fama de Gatoca, como a Marilene Eichinger, mãe do melhor parceiro do mundo — só não contem com a Jujuba, porque essa exceção na arisquice é só para a sogra. 💚

Ou qualquer combinação de apoiadores e reais que vou me poupar de ficar exemplificando, porque jornalista não sabe fazer conta quebrada. As recompensas todas estão explicadas aqui, com um vídeo emocionante sobre as ações do projeto nestes (quase) 12 anos. Putz! Deixei passar nosso quase-aniversário! Mas dia 10 tem a comemoração oficial!


Obrigada, mais um mês, a Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Eliane Bortolotto, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Denise Perin, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein e Ana Fukui!

Vocês são incríveis!

26.7.19

Gatos que viram amizades improváveis

Marina Kater não teve, definitivamente, uma boa impressão de mim. Mais uma vez, eu havia largado o trabalho em São Bernardo para levar os gatos da dona Lourdes à veterinária do AUG, na Vila Mariana, onde Susan buscaria depois da castração para instalá-los em sua casa até a adoção — dona Lourdes foi a colecionadora quem me apresentou à proteção animal. Isso faz 12 anos.


Como todo acumulador, ela nem sempre estava receptiva. Aconteceu, inclusive, de abrir a porta improvisada de plástico e papelão só para me dizer que não liberaria bicho nenhum àquela semana. Quem transita por São Paulo sabe a felicidade de vivenciar essa experiência depois de uma hora de congestionamento quente e poluído.

Voltando à Marina, a ideia que ela tinha da autora dos textos engraçados e emocionantes deste blog não combinava em nada com a pessoa que deixou o carro esbravejando, enquanto segurava dois globos da morte em forma de caixas de transporte. Sorte que, contradizendo o ditado, a primeira impressão não foi a que ficou.

Aqui, cabe um parêntese para explicar o que um ser humano normal fazia no meio desse rolo. Marina deu lar temporário à Umaga, uma pretolina doada, devolvida e redoada — o caso da dona Lourdes durou um ano e envolveu todo tipo de emoção que um órgão molenga é capaz de pulsar.

Nós viramos, então, amigas. Daquelas que compartilham três gestações humanas, duas mortes felinas, uma separação, a mudança para o interior, projetos sonhados, realizados, em processo. Doze anos depois, ela finalmente veio conhecer os bigodes! Estou contando isso porque o Gatoca sempre foi generoso comigo — e este post talvez se transforme em série.

Nosso fim de semana teve visita ao "cat café" de Sorocaba....


...ioga...


...cigar box guitar.


E, claro, apertos no Mercv, o único que resiste a crianças.


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25.7.19

Gatolicismo

Sonhei que escrevia para Deus criticando seus métodos. Sorte dele que, com nove gatos, não dá tempo de ter religião.


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19.7.19

Dia do Amigo e luto

É amanhã, pelo menos aqui, no Chile e na Argentina. Mas aperto nunca estoura a cota, né? Eu sempre faço piada usando as fotos dos bigodes — e eles se superam na falta de noção, como vocês podem constatar. Este ano, porém, observando a amizade que nasceu entre Pufosa e Clara, fiquei com vontade de escrever sobre luto.

As duas tinham no Simba seu porto seguro. E quando ele morreu, há quase três anos, ficaram meio sem lugar no grupo. Foi esse desajeitamento quem cuidou de aproximá-las. Pufosa precisa caber — na soneca da tarde, na caixa com vista para a primavera, no espacinho que sobra da cadeira. E Clara parece ter entendido que está na hora de acolher — na inconveniência, no descompasso de tempo, na ausência.


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17.7.19

Paraíso em Gatoca

Graças à tecnologia têxtil, os bigodes podem ir para o céu sem morrer — e vomitar em três pontos diferentes do edredom novo.


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12.7.19

O lado ruim de morar no interior

Há quase dois anos, eu compartilho neste blog os grilos e passarinhos da vida sorocabana. Mas fugir dos grandes centros urbanos é ficar mais distante da modernidade também. Isso significa que, para comprar pão, você passa pela avicultura, onde galinhas morrem de pouquinho sob o sol.

E percebe quando a cantoria do galo do vizinho emudece, para recomeçar com a próxima vítima. E sente vontade de jogar na lama a placa frequentemente renovada de “vende-se leitoa”. E ouve o casco dos cavalos no asfalto, puxando pessoas chucras, eletrodomésticos velhos, um mundo inteiro que tarda a se iluminar.

Isso quando não os vê inteiros no chão.


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11.7.19

O desafio de pagar contas à frente do seu tempo

Gatoca não levou o edital. O resultado saiu na segunda-feira, mas eu precisei de uns dias para lamber as feridas — deu um trabalho lascado preencher aquelas planilhas todas, rs. O fato é que, dos 100 projetos escolhidos, apenas um beneficiava os animais. E com o clássico resgate-doação, que não mexe na raiz do problema.

As iniciativas de educação se limitavam ao ser humano (como fim). E as de meio ambiente, às plantas. Em tempos de esgotamento do planeta, governos extremistas e compaixão escassa, os donos da grana e das regras ainda não se deram conta da importância (e urgência) de integrar as três áreas.

E a gente segue na luta dos boletos — obrigada, aliás, aos padrinhos e madrinhas, que nunca me deixam só! 💚


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5.7.19

Parceria para tempos difíceis

Lúcia Choi guardou na gaveta o diploma de direito e resolveu se entregar ao propósito de ajudar pessoas a se descobrirem, pensarem por si sós, tomarem decisões complexas. Levado a sério, o coaching é um processo profundamente transformador e vale cada centavo! Ainda mais quando alguns desses "centavos" vêm para o Gatoca. :)

A ideia é atender quem não pode arcar com o valor integral das sessões em troca de doações ao projeto, beneficiando bípedes e quadrúpedes numa boa ação só. Se vocês estiverem desestimulados como a Keka ou precisando apenas aparar umas arestas, conversem com ela.

Bora fazer a roda girar!

4.7.19

O texto que nunca escrevi

"Lúcia Já-Vou-Indo" era o calmante da turma. Se a gente não ficasse quieto durante a parte chata da aula, nunca saberia a continuação da história. Foi com a leitura de fundo da tia Rita que ilustrei meu primeiro e último livro de elefante. Acontece que os desenhos se intimidavam conforme a escrita seguia ganhando pernas. E dentes.

Os diários todos da adolescência ainda tenho — não, não há neles uma única linha sobre o primeiro beijo, porque ele também se atrasou. Já os cadernos de redação morreram com minha mãe. Vieram, então, as matérias. Centenas, em tela, papel brilhoso, folha suja. E umas edições e revisões em lombada quadrada.

Das crônicas não lembro o parto. Parece que só foram mudando de formato — do caderno para o e-mail dos amigos, descansando neste blog.

Respiro, logo escrevo.

Mas nunca aprendi. Quer dizer, fui alfabetizada, obviamente. E até tenho um diploma de jornalismo, vocês sabem. Só que ninguém me ensinou a escrita das estantes. Quando abracei Marcelino Freire, ao final dos três dias de curso no Sesc, a reparação estava feita.

Rufem os bigodes!


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28.6.19

Gramado da Fama com vibrações positivas

Todo mês, eu agradeço os apoiadores do Catarse aqui no blog. Mas este post vou começar com um pedido: mandem aquele amor que só a comunidade do Gatoca consegue juntar para a Andreia Lyrio? Ela é leitora das antigas e está se recuperando de um infarto aos 39 anos! Meu aperto a distância já foi entregue. 💚

Seguindo a tradição, neste Gramado da Fama de junho estrelam Keka (notem a iluminação providenciada por Pedrão!) e Ana Fukui, que confessou ter declarado guerra contra as gatas, porque comprou uma poltrona nova e não quer dividir com elas — para isso, não há vibração positiva. rs


Obrigada também a Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Eliane Bortolotto, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Denise Perin, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita e Michele Strohschein!

Quer ver seu nome aqui, ganhar recompensas e ainda ajudar a despiorar o mundo? É só clicar no link abaixo. Os R$ 5 do cafezinho fazem diferença! Até porque café tem gosto de tristeza. E nem dá para pagar no boleto.

27.6.19

Bafinho de gato nem sempre é saudável

A gente ama! (Essa sou eu incluindo vocês para parecer menos louca.) Mas mau hálito pode significar problema de saúde. Mercv, por exemplo, perdeu este canino por causa de uma tal de lesão de reabsorção odontoclástica, verdadeiro enigma da odontologia veterinária. Gatoca lista, então, os principais perrengues para vocês ficarem alertas. E, no fim do post, tem a clássica dica de prevenção. :)


Gengivite e outras doenças periodontais
Presentes em mais da metade dos gatos adultos, elas tendem a prejudicar a alimentação, provocando anorexia.

Infecções na boca
Irritações ou lesões na mucosa e nos lábios também comprometem a mastigação, subtraindo quilos.

Doenças gastrointestinais
Obstruções, infecções e carcinomas no intestino e no estômago atrapalham a absorção dos nutrientes. Se o câncer for detectado após produzir metástase, a morte do animal é inevitável.

Diabetes Mellitus
Relacionada à má alimentação, obesidade e sedentarismo, pode render hipertensão, insuficiência renal, doenças cardíacas, dificuldade de locomoção e até cegueira.

Doença renal
Disfunção que judia de 60% dos bichanos, porque os rins deixam de filtrar e eliminar as toxinas produzidas pelo organismo, costuma causar infecções do trato urinário, úlceras na boca e no estômago, pressão alta que leva à cegueira e, em muitos casos, morte — tem um dossiê sobre o assunto, infelizmente, aqui.

Doenças respiratórias
Além de ficarem suscetíveis a infecções bacterianas e micoplásmicas oportunistas, os bigodes não tratados tendem a desenvolver pneumonia.

Alimentação inapropriada
Enquanto a gente trabalha fora, não é raro os peludos ingerirem coisas duvidosas, como pedaços de brinquedo. Dependendo do objeto, o estrago aumenta.

Para prevenir, segundo a veterinária Márcia Fernandes, vale investir em uma alimentação balanceada, com ingredientes funcionais que ajudam no controle do tártaro ― eu sempre digo que quem economiza na ração gasta com remédio. E, em caso de sangramento, inchaço ou odor excessivo, procurem um especialista.


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21.6.19

Doem os remédios que seu bicho não usa mais!

Lorena Correia me pediu ajuda para encaminhar medicamentos (e outros itens) que sobraram do tratamento do Sushi e da Mel, resgatados em 2017. A mãe do Sushi pariu no quintal da sogra dela, em Aracajú (SE), e sumiu. Ele foi o único filhote que sobreviveu. Com verme, anemia, otite e rinotraqueíte.

No mês seguinte, Mel invadiu o apartamento da vizinha da Lorena, em Salvador (BA), que tocou rapidamente a campainha para "devolvê-la" (conheço essa história). Com pulga, verme, anemia e suspeita de FIV. O casal acolheu a frajola como lar temporário e de lá ela nunca mais saiu — os bigodes ficaram tão amigos que encaram o veterinário na mesma caixa!


Dois anos depois, recém-operada e mudada para o ABC, Lorena percebeu que os remédios venceriam, mas não podia dirigir para longe nem conhecia ONGs na região. Foi quando nossos caminhos se cruzaram no Instagram (sim, Gatoca tem Instagram!). Jubão topou receber a doação e entregou para a Tati Pagamisse, que levou na festa da Laurinha.

Comigo, a sacola viajou até Sorocaba e fez escala na Cobasi, onde rumaria para a Anjos e Protetores, da Eliane Consorte — que conheci em um evento com a Luli Sarraf. Vocês certamente conseguirão viabilizar isso de um jeito mais fácil, rs. E podem salvar uma vida. :)

Aqui tem uma lista de ONGs sérias pelo Brasil.


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20.6.19

Griloca: o único Airbnb para grilos!

"Por que se arriscar na natureza selvagem e desconfortável, se você pode se hospedar em uma casa com nove gatos acolhedores?", deve ter dito o publipassarinhal. E, em fevereiro retrasado, Griloca recebeu o primeiro visitante! Ignorando totalmente os costumes locais, a criatura ligou o som alto na sala de madrugada, o que mobilizou a Chocolate e uma força-tarefa de três pessoas para efetuar o check-out.

O segundo visitante chegou no último Dia dos Namorados, junto com os proprietários do espaço, que só queriam saber de dormir, depois de comemorar a 114 quilômetros de distância e em cinco lugares diferentes — para compensar os pedágios, gente. Uma câmera escondida no espelho registrou a interação e o grilo, que sobreviveu para avaliar o atendimento, virou filme!


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