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13.7.08

A primeira doação a gente nunca esquece!

Em três dias, encontramos uma família para Pituca. Depois de três anos, eu finalmente consegui doar um bigode que pisou aqui em casa! E olha que ela era filhote, linda e espertinha.



Mariana mandou um e-mail apelativo ao pessoal do trabalho, Chico se encantou com a foto da pequena, Laura veio conferir pessoalmente e mal deu tempo de nos despedirmos. Nem adiantou contar o episódio do cocô-miojo-com-azeitonas-pretas, por culpa dos vermes (claro que Dr. E. enfiou-lhe o vermífugo goela abaixo, passou Frontline e checou as orelhas antes de entregarmos).

A pacotinha agora se chama Carlota e já está tocando o terror no apartamento novo. Obrigada, casal fofo, por escolherem um animal abandonado. :)

11.7.08

Pimenta nos olhos dos outros

Quem acompanha o blog sabe o aperto que eu passo para cuidar de dez bigodes. Mesmo assim, jamais viraria as costas a uma vida, como a maioria das pessoas faz. Só peço que vocês dêem uma força na divulgação da Pituca. Ela é filhotica de tudo. Muita gente deve se interessar. Das outras nove vezes (porque o Mercv não conta) assumi a bomba sozinha. Agora, infelizmente, não posso mais.

Reconhecer os limites é também uma forma de continuar ajudando. De que adianta acumular animais sem conseguir comprar comida decente, vacinar todo ano, levar ao veterinário quando eles ficam doentes? Já cortei os brinquedinhos de pet shop. Ração de patê só para tapear gosto ruim de remédio. Gatoca está quase virando um CCZ. Por favor, divulguem!

10.7.08

Brinde

Está confirmado: eu consegui outra parceria em prol dos bigodes graças ao Gatoca ― o blog não-remunerado mais bem relacionado do universo felino! O objetivo deste post-emergencial, porém, é contar que, quando estacionei o carro em frente à loja de Ribeirão Pires para buscar a "mercadoria", Jair apontou na direção dos arames farpados e bombardeou: "Parece que ela sabia que você viria. Entrou pela porta há meia hora e se instalou naquele cantinho, à sua espera".

Começo a questionar se esses escambos valem mesmo a pena. Uma semana após a entrega das coleirinhas do Pet Center Marginal, a atendente da padaria recolheu meu aparelho móvel (embrulhado no guardanapo) junto com os copos de suco vazios e me fez revirar dez sacos de lixo de 100 litros para resgatá-lo, incluindo o do banheiro, em vão.

Resmungos à parte, preciso de uma alma caridosa urgentemente para tirar a Pituca do banheiro aqui de casa e dar-lhe uma vida digna. Ela é tão pequena que cabe dentro do potinho de comida. E ronrona ininterruptamente se a gente resolve lhe fazer companhia no chão gelado. Quem se habilita? Olhem a foto de novo antes de responder:


P.S.: Obrigada à Rosa pela indicação do Jair, pela participação animada na viagem e pelas latinhas de patê para a pequena! :)

9.7.08

Carro velho tem suas vantagens

Se o porta-malas do Escortinho não tivesse rangido quando Simba resolveu pular bem no topo, metade de mim estaria fazendo companhia às compras do supermercado agora.

8.7.08

Não era vômito!

Como não encontrei machucados significativos nos bigodes, nem meio cadáver de criatura irreconhecível estraçalhado pela casa, fui obrigada a creditar o sangue espalhado no chão da sala ao e-coli do Simba. O curioso é que o leãozinho parece ótimo e, nove dias de remédio depois, o cocô até deu uma endurecida. Mesmo assim, continuo de olho. Só não consegui responder os comentários alarmados antes, por causa da correria de trabalho.

4.7.08

Filme B

A idéia da assistente do veterinário de embrulhar o remédio para o e-coli na ração da lata fracassou, porque Simba soube separar direitinho o elemento da composição que não interessava. Mas ao menos ajudou a disfarçar o gosto ruim do comprimido, socado goela abaixo comigo literalmente montada no leãozinho. Nem acreditei quando completei a missão sozinha pela segunda vez! Tudo parecia comédia romântica, até abrir a porta da sala e dar de cara com esse cenário de terror:

1.7.08

Coleiras por conta do Pet!

Como o crachá de funcionário do mês durou ainda menos que as medalhinhas de identificação compradas no pet shop, decidi renovar o guarda-roupa de coleiras dos bigodes. Até porque as Gudinhas já completaram um ano em situação de indigência.

Acontece que qualquer jujuba multiplicada por dez vira uma fortuna e me vi obrigada a pensar em parcerias. Depois de uma rápida pesquisa na internet, escolhi o Pet Center Marginal, participante da campanha "Adotar é tudo de bom", enviei um e-mail falando do Gatoca e o pessoal do marketing topou! Mercvrivs, modelo e ator do blog, não cobrou cachê pela foto.

29.6.08

Primeiro quase-aniversário do Gatoca

Na metade do ano passado, os trabalhos misteriosamente desapareceram e eu decidi aproveitar o ócio criativo testando as funcionalidades do Blogger. Sempre escrevi sobre as situações insólitas que o Universo costuma me mandar de presente, mas só os amigos próximos acabam lendo. Até porque as crônicas alternam relatos deveras pessoais e politicamente incorretos ao grande público.

Havia, porém, a coleção de textinhos dos bigodes, nada comprometedores, que Eduardo insistia que mereciam ganhar a rede. Eu relutei até começar a brincar com o layout do Gatoca. O relógio do computador marcava exatamente "29 de junho". E só depois de 42 dias, veio a coragem de rechear o post-teste com conteúdo de verdade. É por isso que considero a data de hoje como um "quase-aniversário". Em agosto teremos festa! Aguardem!

26.6.08

Caganeira fatal

Saiu o resultado da análise do cocô-sopa do Simba: a giárdia é, na verdade, uma bactéria chamada e-coli, cuja diarréia pode levar à morte em casos extremos. E olha que nós nem gostamos de McDonald´s (tirando as batatas-fritas)! Terei de enfrentar novo calvário de enfiar-lhe os comprimidos goela abaixo, agora com o remédio certo (Zelotril de 50 mg), durante 14 dias – provável castigo por tentar economizar o dinheiro do laboratório e torturar o leãozinho à toa. Minha mãe vivia dizendo para a gente ser alguém na vida, mas eu insisti no jornalismo... :\

25.6.08

Decepção

Beatriz voltou para o abrigo de Santo André. E sem lacinho laranja enfeitando o pescoço. A tristeza parecia ainda maior do que quando sobrava sozinha nas feiras de adoção. Márcia, a adotante, culpou os repentinos ataques de irritação e disse que a cadelinha até mordeu uma prima. Esqueceu, porém, que na semana de adaptação a coitada teve de suportar banho, viagem de três horas, uma infinidade de desconhecidos barulhentos.

Acreditar que se devolveu o animal à "mãe escolhida", onde vivia mais feliz, pode tirar boa parte do peso da consciência, mas não convence. Sinto que faltou paciência para aceitar as diferenças. Um bichinho novo jamais substituirá o que partiu. E o ser humano é criatura de prazeres fáceis: desiste de trabalhos que dão trabalho, de casamentos que não lembram filmes, de amigos que questionam suas escolhas.

Enfim, preciso que vocês ajudem a divulgar minha xará de novo. E com urgência! Após três rejeições consecutivas, a pequena resolveu se mutilar. Se cada leitor do Gatoca encaminhar esse post a dez amigos, a rede alcançará o horizonte. Rosa até fez um cartaz! Para ampliar, basta clicar sobre a imagem:


Entenda o caso:
:: Fotos da Beatriz pele e osso aqui na rua de casa
:: Relato da protetora sobre a tristeza da pequena no abrigo
:: Falsa esperança de adoção

23.6.08

Post desaconselhável para pessoas com estômago sensível

Cocô mutante

No final de semana passado, dividi o cocô do Simba com a pazinha sem querer e vi que fora enganada: crocante por fora, mas ainda cremoso por dentro. Melhor levar para análise no laboratório. Segunda-feira, comprei um pote na farmácia e persegui o gordinho pela casa incansavelmente, até as bolinhas começarem a bater no fundo do plástico. Completamente normais. Dr. E. sugeriu mantê-lo em observação. Quarta-feira, ao avistar o bigode laranja perto da bacia, saí correndo com o pote na mão e quase caí no degrau da sala, para assisti-lo jogar uma patada inteira de areia em câmera lenta sobre as fezes frescas. E moles. :\

O grande dia

Ontem, após uma semana de caça ao lendário cocô do leãozinho, finalmente consegui colher outra amostra para análise. Nem dura, nem pastosa. Melhor que nada. Guardei na geladeira para não estragar. Hoje de manhã, enquanto abastecia a travessa de ração dos bigodes, ouvi uma seqüência de barulhos digna de comédia americana vindo da caixa de areia. Peguei um pedaço de papel higiênico emergencial, enfiei a mão embaixo do rabo laranja e respirei fundo ao constatar a sopa mal cheirosa prestes a transbordar. Coitada da Lia, que estava tomando café na cozinha, quando apareci segurando a bomba biológica em busca do pote de cocô velho (quem mandou querer economizar R$ 0,60?). Meia hora de malabarismos depois, preciso dizer que saí do banheiro com merda até no cabelo?

P.S.: Essa foto, infelizmente, não tive coragem de tirar. Usem a imaginação.

22.6.08

Quem bate? É o friiiiiiiiiiiiiiiiiiio!

Você sabe que chegou o inverno quando levanta para comer de madrugada e ninguém resolve te acompanhar, fazendo piquete empolgado na porta da cozinha.

19.6.08

Pane no sistema! – parte 7

Padecendo no paraíso

Diferente da maioria das famílias que compram esteiras ergométricas acreditando que terão ânimo de exercitar-se em esquema de rodízio e, duas semanas depois, fingem ignorar o espaço estratégico que a casa perdera à toa, nosso “investimento na saúde” foi muito bem aproveitado pelas Gudinhas. Com três semanas de vidas, as pestes adoravam se esconder sob as ferragens e deixar a Guda procurando, em pânico. E mesmo quando mudavam de brincadeira, a coitada continuava abaixada, pensando como as bolinhas de pêlo poderiam ter sido sugadas pelo taco.

Chuva de Gudinhas

Certa manhã, quando esquecemos a porta do quarto entreaberta, Pimenta avistou Mercvrivs na lavanderia e pôs-se a caminhar curiosa em sua direção, levando consigo um rebanho de Gudinhas ensandecidas. Perplexa, assisti as meninas despencarem degrau abaixo, uma a uma, feito fruta podre. Passado o trauma, três dias depois, verdadeiras filas de bigodinhas sedentas por novas aventuras começaram a se formar atrás da barriga gigante. E antes que a mãe conseguisse colocar a primeira pata no chão, elas já estavam do lado de fora, seguindo rotas diferentes. Demorou uma semana, aliás, para aprenderem a identificar o abismo antes de esmagar a cara no chão.

*continua*


Capítulo anterior: Pane no sistema! – parte 6

18.6.08

Excesso de amor retribuído!

Beatriz nunca mais voltará tristonha das feiras de adoção com seu lacinho laranja! Nem precisará disputar atenção junto à infinidade de animais carentes do abrigo. Acabaram os dias de ficar chorando no portão até a protetora sobrecarregada chegar da rua (e passar correndo). Ontem, ela foi adotada por uma família de coração maiúsculo e já está em regime de engorda na casinha de Santo André! Márcia contou que, às vezes, parece até desconfiada de receber tanto carinho. Depois de resistir bravamente ao primeiro banho da vida nova, a pequena esqueceu a inquietação costumeira e dormiu feito bebê. Só falta aprender a fazer xixi no jornal. Obrigada por lhe darem uma chance! E obrigada também à Rosa, pela divulgação incansável! :)

17.6.08

Pane no sistema! – parte 6

Mercvrivs de saia

Já escrevi aqui no blog sobre minha paixão pela Pimenta, a única Gudinha a ganhar nome antes do período de desmame, porque eu sabia que não doaria nem para o Johnny Depp vestido de Jack Sparrow. Mas faltou contar que ela também teve sua parcela de culpa nessa história (além de me fitar com o parzinho de jabuticabas recém-abertos). Sempre que eu aparecia no quarto, a pequena vinha fazer festa no meu colo: bambeava de um lado para o outro, cheirava a roupa, esticava a cabeça para ganhar carinho. E quando a Guda soltava o clássico miado de repreensão, era a única bolinha de pêlo que não voltava correndo submissa para a caixa de papelão. Suas expedições nas terras misteriosas para além do edredom talvez durassem menos tempo se eu a tivesse batizado de Docinho. Ou Fifi. Ou Emengarda.

*continua*

Jogo dos sete erros


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