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7.4.17

Das oportunidades de recarregar as baterias

Eu escrevi aqui no blog que ia rolar uma roda de conversa sobre como deixar o mundo melhor, no Centro Cultural São Paulo, né? O pano de fundo era um encontro de fã-clubes de k-pop (se você não entendeu nada, clique aqui). Domingão ensolarado, depois de doar Tempestade e Wolverine, me pus a contar, então, pela milésima vez, a história do Gatoca.

Acontece que eu nunca tinha feito isso com fotos. E a reação das pessoas a cada imagem, da tensão dos resgates à euforia das doações, funcionou como um lembrete da importância de sensibilizar a humanidade por meio dos animais. Porque a gente acha que está salvando cães e gatos ― e hamsters, cavalos, galinhas. Mas eles servem, na verdade, para iluminar nossas sombras.


Foto do Leo Eichinger ♥

6.4.17

Primeira liga de super-heróis doada! E dois pedidos...

Victor mora no 19º andar de um prédio no Tatuapé. E passou o sábado pendurado nas janelas do apartamento, com a ajuda da Anna Moreira, para receber a duplinha superpoderosa do DER de telas novas. Escolher os integrantes foi ainda mais difícil. Wolverine acabou conquistando pelo sossego e Tempestade porque precisava de tratamento para os fungos ― tem gente assim no mundo! ♥


Feiticeira Escarlate e Doutor Estranho nem chegaram a ser divulgados no Facebook, vocês notaram? É que Cida doou a tigrinha para uma família que viu o cartaz dos bichanos na clínica que faz as castrações pelo CCZ e o amarelinho para uma das veterinárias da equipe. Todo mundo de casa blindada e coração aberto.

Homem de Ferro foi morar com uma amiga dela e o Aranha aguarda o final da reforma de outra para curtir a vida longe das vielas do submundo. Agora, o clímax: se vocês ajudarem com a gasolina e o pedágio, Mulher-Hulk, a cadelinha que tinha tudo para encalhar no barraco, poderá combater o mal em Campinas! Mandem um bat-sinal que passo os dados da conta: contato@gatoca.com.br.


E continuem divulgando os outros peludos, por favor. Viúva Negra, Mulher-Invisível, Mulher-Maravilha, Vampira e Batgirl também merecem um esconderijo secreto.


30.3.17

A primeira roda de conversa com adolescentes

Existe um negócio chamado k-pop. Se você nunca ouviu falar, tem a minha idade ou mais e zero filho/enteado adolescente. Trata-se da abreviação de korean pop, um misturerê de rock, hip hop, R&B e música eletrônica, com sul-coreanos de cabelos coloridos fazendo passinhos sincronizados ― a febre teen do momento.

Existem adolescentes apertáveis que organizam um evento de fanbase (o fã-clube moderno) para comemorar o aniversário de um dos integrantes de seu grupo favorito e, aproveitando a paixão dele por cachorros, resolvem arrecadar ração para o abrigo em que a presidente é voluntária. E existe esta jornalista pró-humanidade que, quando pedem ajuda ao Gatoca com divulgação, oferece logo um bate-papo.

Domingão (2 de abril), no Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000, Paraíso), às 15h30. Bora trocar experiências sobre como deixar o mundo melhor? Levem a filharada ou apareçam só para dar uma força, porque eu não decorei a coreografia.

16.3.17

Gatos e HQs unidos para salvar o próprio mundo

Os personagens deste post têm o superpoder de fazer rir nos dias em que tudo dá errado, esquentar colos no inverno (e no verão também), encher a casa de bagunça amor. Mas, em vez de morar nas livrarias com cheiro de papel novo, amontoam-se em um barraco de favela em São Bernardo (SP). Quem topa ajudar a Cida, diarista que os resgatou, a combater o crime do abandono?

É só escrever para bialevischi@yahoo.com.br ou compartilhar as fotos tiradas no último domingo, quando os primeiros super-heróis conquistaram sua família ― sim, há uma cachorrinha-bônus na lista. :)

Tempestade, 3 meses
Jogada no lixo com dois dias de vida, perdeu os quatro irmãozinhos, mas não desistiu do ser humano ― ama colo.


Wolverine, 1 ano
Carinhoso e brincalhão, foi desovado nas vielas da comunidade pela filha quando a mãe entrou em coma.


Batgirl, 1 ano
Irmã do Wolverine (licença poética), precisa ser conquistada porque sente falta da tutora.


Viúva Negra, 9 meses
Encontrada quase morta em uma das intermináveis obras da cidade, adora um cafuné.


Vampira, 9 meses
Dócil e faladeira, conheceu o gostinho de ter uma família por apenas alguns meses.


Homem-Aranha, 8 meses
Preso na corrente a maior parte de sua curta existência, não desaprendeu a ronronar.


Mulher-Invisível, 1 ano
Dengosa e tranquilona, corria risco de atropelamento em uma avenida movimentada.


Feiticeira Escarlate, 3 meses e meio
Parida na caçamba de lixo bem no dia de Natal, é grudinha que só apertando.


Homem de Ferro, 3 meses e meio
Irmão da Feiticeira Escarlate (aqui pode), tem um grande potencial de chameguice.


Doutor Estranho, 3 meses e meio
Irmão da Feiticeira e do Homem de Ferro (não surtem), curte um agito sem compromisso.


Mulher-Maravilha, 7 meses
Supercarinhosa, foi resgatada desnutrida, acreditem, na feira.


Mulher-Hulk, 7 meses
Adotada filhotica, voltou para a rua aos 6 meses sem que a família se desse ao trabalho de inventar uma desculpa. Adora brincar, mas não tem espaço no barraco. Ainda sofre bullying dos cachorros maiores ― três em um único cômodo.

14.3.17

Ensinamentos de uma criança para barbados

Iris estudou comigo há duas décadas, mas, por causa da bobeira adolescente, nós não chegamos a ser amigas. Cida castrou boa parte dos animais da comunidade em que rolou nosso mutirão e só recebe o salário de diarista. Na semana passada, por uma daquelas coincidências franciscanas, ambas resolveram me escrever.

A primeira querendo adotar gatinhos (um singular, na verdade, que virou plural por insistência) e a segunda querendo doar gatinhos (um plural que, por causa do abandono, fica cada vez mais plural). E lá fomos nós, domingão, amassar barro nas vielas do DER para buscar Harry Potter e Luke Skywalker.


Fotos assim tem aos montes aqui no blog. O que vocês nunca viram é esta listinha de nomes com letra de criança.


Ou um montinho de brinquedos favoritos para dividir com os novos amigos.


Eric, o filhote humano da Iris, nem completou 7 anos e já sabe a responsabilidade que envolve adotar um animal de estimação ― estou pensando seriamente em usar esta imagem para educar alguns adultos.


Para ampliar, cliquem na imagem

Quando ele juntar coragem para pegar os pequeninos no colo (nhó!), eu publico outro post. ♥

P.S. A visita à favela rendeu seção de fotos de 12 bichos, que protagonizarão a próxima campanha de adoção do Gatoca. Preparem-se para compartilhar!

10.3.17

Morte também faz aniversário

Pelo menos a nossa. No domingo, Catrina completou um ano de rabugice na casa da Laís e da Lara Razza. E ganhou festinha com bolo de chocolate ― embora não tenha usufruído dele. As meninas contaram que ela está mais dócil, brincalhona e ronronenta, comprovando minha teoria de que todo animal é capaz de desabrochar na família certa. :)

Que venham mais duas dezenas de velinhas!


Epopeia da Catrina, La Muerte na busca por um lar:

:: Como tudo começou
:: Notícias da Morte
:: Lar temporário do lar temporário
:: Morte quer vida nova!
:: Chuchuia
:: Onde Está Catrina?
:: A gata mais azarada de Gatoca
:: Morte de vida nova!
:: A gata mais sortuda de Gatoca

7.3.17

Este é um post que eu devia ter feito há dez anos

Tem coisas que a gente deixa passar e não sabe bem por quê. Esta foi uma delas. Cá estou eu, então, uma década depois, me sentindo na obrigação de corrigir: além de girar baquetas nos solos rápidos bateria, escrever códigos de programação incompreensíveis e fazer brilhar tudo que as mãos arianas tocam, Jubão (Jon Levischi para as fãs) também batizou este blog.

Do nada, sem discussão conceitual ou brainstorming anterior, o little brother soltou "Gatoca". E acabou com qualquer possibilidade de discussão conceitual ou brainstorming posterior. Uma toca de gatos virtual soava perfeito. Gatoca continua soando perfeito, mesmo com uma das dez prateleiras vazia (snif!).

3.3.17

O desafio da alimentação natural para gatos

Eu convenci a veterinária nutróloga a fazer um pacotão para as nove criaturas, duas vezes por semana. Li atentamente a dieta prescrita e todo o material enviado por e-mail. No feriado de carnaval, tarde da noite, Leo e eu enfrentamos o supermercado e o abominável açougue.

Passamos quatro horas cozinhando carne, ovos, dois tipos de carboidrato (o arroz era integral!) e três de legumes, rascunhando cálculos desafiadores para uma jornalista, pesando as porções ― comprei uma balancinha só para isso.


Ainda cobrimos cada pote com caldinho de acém, pobre em fósforo, por causa da insuficiência renal quase coletiva.


A maioria dos bigodes sequer lambeu. E quem arriscou (Mercv e Guda) vomitou na sequência. Eu olhava para eles, para a pia cheia de louça e para os morrinhos de passaroca intocada segurando o riso histérico. Agora, tenho uma geladeira cheia de comida que não como. :\


Dicas de adaptação, preparo dos alimentos e legumes mais palatáveis são bem-vindas. Compartilhamento de experiências e incentivo moral também. rs

1.3.17

Mais política pública, menos politicagem

O prefeito João Doria prometeu, em seu perfil no Facebook, desenhar projetos voltados aos animais abandonados na cidade de São Paulo. Mas só ouviu empresários do setor pet. Bora cobrar ações que realmente resolvam o problema? Eu já deixei meu comentário. Curtam, compartilhem, escrevam também ― é só clicar aqui.

Às vezes, um mundo melhor está a alguns bytes de distância.


Para ampliar, cliquem na imagem

24.2.17

O primeiro carnaval do Gatoca

Depois de uma coleção de posts de gato com língua de fora (1, 2 e 3), cá estou eu limpando o cuspe de confete e serpentina da testa. É que amanhã, às 5h45, a Águia de Ouro desfilará no sambódromo do Anhembi sem aquele monte de pluma cafona e outras torturas bichísticas (lembram da chacina de pombos do Salgueiro?).

O fato, inédito na nossa história carnavalesca, chamou a atenção da Peta, a ONG de defesa animal mais conhecida do mundo, virou notícia na Times Square e pode influenciar outras escolas a seguirem o exemplo se a gente fizer bastante barulho.

Bora assistir, compartilhar e sambar na cara da sociedade?


Prim, a cisne tricolor da Vanessa Araújo

22.2.17

Quando passado e futuro se encontram

Brother foi resgatado há quase uma década ― o caso mais antigo do Gatoca. Dona Lourdes dividia com ele e mais algumas dezenas de esqueletinhos o arroz salpicado de sardinha de seu prato e não deixava a gente matar as baratas que tomavam as paredes da sala à noite. Neste post, tem um resumo dos 11 meses de sangue-suor-e-lágrimas enfrentados em parceria com o AUG.


No sábado, eu pude apertar o frajola sem medo, sem fome, sem sujeira. Mas os quatro anos de vida no cortiço resolveram cobrar seu preço. Além de FIV, a aids felina, os exames do Bro acusaram suspeita de linfoma ou doença inflamatória intestinal (os vets ainda estão investigando). E Denise, que acabou virando amiga querida, decidiu fazer terrários para ajudar a pagar as contas e apagar as dores.


Quem quiser dar uma força e aproveitar para melhorar a energia do ambiente (explicação aqui) é só mandar mensagem para o Jardim do Bro. O meu tem um poço, que os céticos chamam de "cestinha", inspiração para a futura casa no interior. ♥


17.2.17

Casa livre de pelos: um sonho (quase) possível!

Morada de tutor de animal de estimação costuma ter tufos de pelo rolando pelo chão feito feno no Velho Oeste. E empesteando roupas, especialmente as de festa. E o sofá, que deixará toda e qualquer visita com a bunda peluda. Mas não precisa ser assim. Nem ir à falência com os rolinhos adesivos.

Para evitar os tufos rolantes, vale caprichar na escovação do bicho, principalmente durante o verão, quando eles perdem os subpelos (finos e macios, localizados próximos à pele), na tentativa de se estatelar mais refrescados. Só tomem cuidado para não exagerar e machucar a epiderme.

Em casa de gateiro, além de revolucionar a paisagem, a estratégia também reduz os vômitos de cabeleira morta, que os bigodes acabam ingerindo quando se lambem ― e pode provocar obstrução intestinal. Neste post, eu relatei o teste com a escova gringa queridinha dos pet shops.

Para depilar calças, almofadas e carpetes, basta comprar uma luva de borracha ― na verdade, é preciso levar o par e exercitar a coordenação da mão menos usada quando a outra ficar gasta. Passem a luva na superfície esticada, fazendo uma pressãozinha, e borrifem água se necessário.

Porque pelos vestem melhor nossos amigos, né?


* Texto escrito para o Yahoo!

15.2.17

Aniversariante do mês - fevereiro de 2017

Dez anos de resmungos. Dez anos! Vocês têm noção do tamanho do amor deste coração melequento pelo coraçãozinho peludo aí da foto (não a do vaso, a outra)? Para comemorar o aniversário de adoção, Chocolate jogou no chão o alecrim que a Rosa nos trouxe de presente há três *lágrima no cantinho do olho* dias.


Se apossou da caixa da balancinha nova de cozinha, expulsando aos berros quem ousasse se aproximar.


E continuou arrecadando cafunés com essa carinha de bela-recatada-e-do-lar.

*Novelinha: Conheça a história da Chocolate

Outros aniversários: 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008

10.2.17

Dia de visita em Gatoca

Saindo das catacumbas quando todo mundo vai embora. rs

8.2.17

Um dia como outro qualquer em Gatoca

Vejo Chocolate estapeando os brinquedinhos em cima da mesa de zoar, saio correndo para pegar o celular e é só apertar o botão que ela desiste da farra, dá uns berros de cabrita e se põe a morder a Guda, enquanto Pimenta tenta desesperadamente cheirar sua bunda. Como vocês fazem aqueles vídeos fofos?