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26.9.08

Civil War

Se levar Mercvrivs, Clara, Simba, Chocolate e Guda ao veterinário fora uma tarefa hercúlea, imaginem a minha cara de pânico ouvindo o Dr. E. dizer que os vermes não deixariam de empestear os cobertores de Gatoca sem que TODOS os bigodes tomassem o remédio. Notem que ele estava se referindo a cinco gudinhas-do-mato, um projeto de leão e nenhuma espécie de ajuda! De volta a São Bernardo, respirei fundo e me esforcei para ignorar o tamanho grotesco das drágeas. Ao final de quase uma hora de batalha, baixas significativas assombravam o recinto: três comprimidos, um pedaço do meu dedo indicador esquerdo e a dignidade haviam partido em busca da luz. Sangue, patê e Endal coloriam os objetos do entorno, conferindo um aspecto surreal ao cenário pós-guerra:

24.9.08

Alguém tem que pagar as vacinas dos bigodes...

A gente sabe que está trabalhando demais quando as luzes da redação se apagam pela terceira vez, o crachá de visitante não funciona mais na porta que dá acesso ao elevador e o funcionário da recepção atende o telefone dizendo "bom dia". Se eu não publicar um post nas próximas horas, é porque fui esquartejada por um morador do Largo da Batata e arremessada no Rio Pinheiros. Ao menos voltarei para casa sem pisar no freio e com trilha sonora decente. rs

23.9.08

Como tornar sua vida ainda mais complicada!

Sabem aquele desafio da canoa, em que você precisa levar para o outro lado do rio um lobo, um coelho e um repolho, viajando de parzinho, sem que os remanescentes se comam? Pois foi assim que eu me senti ontem, tentando colocar cinco bigodes no carro para tomar vacina, com duas caixas de transporte e o Marley na garagem. Até que tive a idéia de prender a fera no portão do vizinho, inviabilizando o trânsito de pedestres na calçada por meia hora.

Chocolate e Clara (arquiinimigas) aproveitaram o passeio à Utinga para acertar pendências antigas, Simba não parou de chorar um segundo sequer, Mercvrivs se encolheu tanto que quase desintegrou e Guda decidiu empoleirar no encosto do banco bem em frente ao CET. O leãozinho ainda voltou para casa babando sangue, porque cobertor, pinça, seringa d´água e seis mãos não deram conta de enfiar-lhe o vermífugo goela abaixo!

P.S.: Esse post não tem foto por pura dificuldade de logística.

22.9.08

Orgulho!

Lembram da Amanda, que visitou Gatoca no mês de julho para participar da competição de barrigas com a Guda? Pois a pequena escondida atrás daquele umbigo gigante já completou um mês de vida e tem me roubado lágrimas copiosas toda vez que acesso o Herrerices. Quem acompanha as crônicas dos bigodes desde o início sabe que nunca usei o blog para fazer propaganda de outros. Mas bateu uma vontade louca de homenagear essa família de comercial de margarina, com direito à casinha em rua sem saída, dois frajolas ronronentos e um amor maior que o mundo:

Como tudo aconteceu
http://herreirices.wordpress.com/2008/08/29/como-tudo-aconteceu

Constatações
http://herreirices.wordpress.com/2008/09/06/constatacoes

Aprendizados
http://herreirices.wordpress.com/2008/09/18/alice-a-professora

Minha amiga, espero um dia ser metade da mãe que vi brilhar nos seus olhos àquele sábado. :)

21.9.08

Um é pouco, dois é bom, três vira festa! - parte 3

Choque de realidade

A raiva humana manifesta-se após um período de incubação, usualmente compreendido entre 20 e 60 dias, por meio de sintomas como febre moderada, cefaléia, insônia, ansiedade e distúrbios sensoriais, sobretudo ao nível da mordedura. Entre 24 e 48 horas, aparece a sintomatologia típica que, na raiva furiosa, assume decurso dramático, caminhando inexoravelmente para a morte entre dois e seis dias: excitação cerebral com crises de delírio e de agressividade, espasmos musculares dolorosos, convulsões, paralisias, hiperpirexia e asfixia terminal.

Esse foi o primeiro resultado da busca que Mariana fez no Google, dividindo a atenção entre minha mão mordida pelo Simba e o monitor. Bem que o pessoal do site Homeopatia Veterinária poderia ter mais tato ao contar que a gente corre o risco de rechear o caixão espumando, sem conhecer a Espanha, ver o Gatoca virar livro, ou experimentar os sorvetes novos da Kopenhagen. Eu passei a manhã do dia 15 de setembro de 2006 tentando falar com todos os postos de saúde do ABC, até que Dr. E. confessou-me que, em 25 anos de carreira, nunca havia atendido um animal raivoso. Refletindo sobre cada uma das dez doses diárias de vacina, além dos três reforços, eu concluí que acreditava nele.

*continua*


Capítulo anterior: Um é pouco, dois é bom, três vira festa! - parte 2

19.9.08

Um é pouco, dois é bom, três vira festa! - parte 2

E não é que o leãozinho voltou?!

Na mesma noite, aliás! E quando terminou de se entupir de comida e água, ainda quis descer no jardim para esmolar uns cafunés. Clara, indignada, tratou logo de devolvê-lo ao seu lugar, o alto do muro, manobra que me rendeu uma mordida feia na mão direita, sincronizada aos latidos da cachorra da vizinha! Mas Simba (nome escolhido pela Mariana em homenagem ao desenho da Disney) não demonstrava a menor vontade de ir embora. E acabou dormindo sentado ali mesmo, após testar 25 posições diferentes.

Acontece que a base de cimento era estreita e a cada meia hora o coitado desequilibrava, tornando a cair no gramado, para o desgosto da geniosa. Até que decidimos colocar um ponto final nos resmungos e trancamos os bigodes dentro de casa. O intruso ganhou um puxadinho caprichado na garagem, apesar de preferir passar a madrugada chorando com o nariz colado na janela da sala (comportamento de quem sabe que do outro lado há um mundo de aconchego!). Se eu imaginasse a seqüência de ações que aquele primeiro grãozinho de ração desencadearia...

*continua*


Capítulo anterior: Um é pouco, dois é bom, três vira festa!

17.9.08

Um é pouco, dois é bom, três vira festa!

Visita ensolarada

No dia 14 de setembro de 2006, quando voltei para casa após as correrias costumeiras de dona-de-casa-freelancer, ouvi um miado diferente, que não pertencia a nenhum dos bigodes. Do alto do muro, um peludo alaranjado paquerava a Clara Luz! Com movimentos sutis, coloquei um pouco de ração na base de cimento e o leãozinho até me deixou acariciá-lo. Antes de chegar na sobremesa, porém, a pit bull da vizinha tratou de espantar o coitado, obrigando-me a encher o telhado de guloseimas vingativas.

*continua*

16.9.08

Happy ending!

Depois de serem apedrejados pelos vizinhos da Cecília, que não queriam que ela continuasse alimentando os cachorros abandonados na Cidade da Criança, Caramelo, Geada e Pingo rumaram para o Riacho Grande juntos, graças ao coração de pudim da Antilha! Agora, eles moram numa casa quentinha, bem longe do risco de atropelamento, comem porcarias silvestres do sítio o dia inteiro e não precisam mais se preocupar com a proximidade da inauguração do parque! :)


Obs.: Esse era o buraco de terra em que a trinca do latido dormia para se proteger do frio.

14.9.08

Bigodes flamencos

Confesso que nem acreditei quando a Guelpa entregou o DVD lendário da nossa apresentação de caña no teatro do Shopping Eldorado, em dezembro de 2007. O tempo anda passando tão rápido, que já faz três anos que eu decidi esmagar as desilusões da vida com um sapato de preguinhos. Desde o primeiro espetáculo, aliás, Mercvrivs e Simba mostraram-se verdadeiros amantes da arte flamenca, dormindo em qualquer figurino que eu jogasse sobre a cama. O primogênito chegou a assistir um filme do Saura inteirinho, com o cabeção na frente do laptop do Eduardo! rs


P.S.: A apresentação desse ano está marcada para o dia 11 de dezembro, às 20h30, e os ingressos já podem ser comprados no Espaço Cultural! ;)

11.9.08

Marloca

Já que as variações climáticas andam imprevisíveis e a adoção do Marley está demorando mais do que a gente imaginava, Mariana e eu decidimos comprar-lhe uma casinha! Segundo o especialista em comportamento animal Alexandre Rossi, elas não só abrigam a criatura das intempéries, como garantem proteção, tranqüilidade emocional, aconchego. A idéia é fazer com que o Demolidor contente-se com sua "marloca" e pare de tentar entrar na nossa, provocando estragos freqüentes. Na última investida, aliás, Pufosa sobrou com o pé todo ensangüentado. Só que preciso de ajuda para continuar ajudando, porque os gastos com o grandalhão ultrapassaram os R$ 300 e o pacote de ração não sobreviverá ao final de semana. Em qualquer hotelzinho meia-boca, a diária de um cão desse porte sairia uns R$ 10. Aqui, o tratamento é grátis. E VIP! Pensem com carinho. :)

Prejuízo canino do mês

Ração Dog Chow, da Purina (15 kg): R$ 77,90
Potes de comida e água: R$ 16
Coleira: R$ 10,10
Guia: R$ 7,15
Colar elisabetano: R$ 12,50
Castração: R$ 55
Vacinas (V-10 e anti-rábica): R$ 30
Marloca: R$ 92

Contas para a vaquinha

BB
Beatriz Levischi
Ag: 1561-X
C/c: 6830905-8

Itaú
Textrina Serviços Ltda. ME
Ag: 0185
C/c: 08360-7



Epopéia do Marley na busca por um lar:

:: Como tudo começou
:: O dia da castração
:: Cão antifurto
:: Destruição em massa
:: O macho alfa
:: Tentativa de assassinato
:: Aberta a temporada de passeio!
:: Felicidade nas pequenas coisas
:: Coleta seletiva de lixo
:: O primeiro banho

9.9.08

Tchau sujeira, adeus cheirinho de suoooooooor!

Domingo, eu resolvi soltar o Marley na pracinha aqui perto de casa (sem pessoas, carros, nem outros animais) para incentivá-lo a se cansar sozinho, livrando-me do mico costumeiro de ser arrastada bairro afora. Em três segundos, a peste encontrou uma poça d´água gigante, mergulhou de barriga, rolou dos dois lados e ainda veio me abraçar fedendo a esgoto.

Liguei passada para a , que gentilmente emprestou o shampoo e o namorado para um banho emergencial. Era dia de teatro, mas a intervenção em prol de nossas narinas não podia esperar. Tirei do fundo da gaveta um shortinho que só usara no calor canadense e me dispus a segurar a fera na garagem, enquanto o Rodrigo cuidava do resto. O mais frustrante, depois de todo o esforço, foi constatar que ele continuava cheirando a cachorro.

6.9.08

Primeira festinha do Gatoca

Depois de encher muita bexiga sabor amendoim, passar a tarde colando fotos na parede e a madrugada cozinhando tortas, finalmente chegara o dia da festinha de aniversário do Gatoca! Eu estava exausta, descabelada, angustiada com o trabalho acumulado, mas feliz. Pude reencontrar gateiras queridas, conhecer algumas leitoras, abraçar os amigos que só apareceram mesmo para me fazer sorrir. Fernanda conseguiu tantos brindes com a Caixas e Caixinhas (av. Senador Vergueiro, 999), o Center ABC (r. Continental, 110), a Cobasi e o Virtual Pet, que acho que ninguém saiu do evento de mãos abanando. O blog ganhou até banner da Colorgraphics! Da próxima vez, precisamos providenciar um daqueles baús de buffet infantil para colocar os presentes dos bigodes. :)

As gateiras


Os maridos


Os amigos


Os trevosos


O staff


Os brindes


Os sorteados


A lojinha


O parabéns


Os presentes


P.S.: Foto com flash é mesmo uma desgraça!

5.9.08

Parênteses

Estou aqui escrevendo o texto sobre a festinha de aniversário do Gatoca, quase uma semana depois, quando um ser babando e revirando os olhos resolve tocar a campainha de casa. Dizia que queria entrar e se contorcia inteiro para a câmera. Marley, ao que tudo indica, dormia feito um anjinho. Tremi por meia hora, ouvindo o dedo do maluco esquecido no botão, até que decidi chamar a polícia. Em cinco minutos, duas viaturas haviam bloqueado o acesso à minha rua e quatro oficiais (!) me esperavam no portão. Muitíssimo educados, nem se importaram com o desaparecimento do infeliz. Confesso que me surpreendi. Às vezes, a coisa funciona! Assim que a adrenalina baixar, publico o post tão esperado. rs

2.9.08

Aviso relâmpago!

Estou trabalhando na Abril esses dias, por isso ainda não consegui escrever sobre a festinha de aniversário do Gatoca. Mas prometo fazê-lo em breve, com fotos! :)

Quanto ao Marley, se vocês têm estranhado o espaço que ele vem ocupando no blog, imaginem como andam as coisas aqui em casa! Coloquem-se no lugar dos bigodes. E divulguem nosso apelo por um lar, ainda que temporário: http://gatoca.blogspot.com/2008/08/marley-tem-um-irmo-bastardo.html. Pretendo continuar relatando as peripécias da criatura (sem cortes!), aliás, para evitar futuras devoluções.

30.8.08

Marley e a coleta seletiva

Sempre que saímos para passear, Marley acerta as patas da frente com o próprio xixi, faz cocô nas rampas, lambe o cocô dos outros cachorros, toma água do esgoto, recolhe todo o tipo de porcaria que encontra pela frente. Resultado da pilhagem de hoje: um osso de frango coberto de moscas, dois copos plásticos, três panfletos amassados, uma fralda de criança e o sanduíche que a funcionária do hospital apoiara sobre a mureta, enquanto falava ao telefone. *vergonha*