Se Eva detonou o paraíso, quem trouxe o pecado a
Gatoca foi Clara Luz. O calendário marcava maio de 2006 quando a peste ensinou Mercvrivs, incapaz de imaginar os prazeres da rua, a fugir de casa. De lá para cá, aumentou a população felina local e, com ela, as gambiarras envolvendo sacos de lixo, chapas de raio-x e caixas de leite recheadas de pedras para manter os diabinhos seguros.
Acontece que eles sempre descobrem uma rota alternativa, terminando trancafiados na sala, caso eu precise sair, e bombardeando o cômodo inteiro de excrementos em retaliação. Meses se passaram neste impasse de vontades até que Jair, o dono da
Telas São Judas, aceitou trocar 20 metros de paz pela divulgação da loja aqui no blog.
Sábado, Rosa e Case me ajudaram com a instalação do material, a prova de garra, chuva e, praticamente, de manuseio. Domingo, logo cedo, Clara já nos obrigou a rever alguns conceitos. E, quando a gente estava quase concluindo os reforços dos pontos críticos, Mercv apareceu desfilando de rabo em pé no telhado. Sensação ingrata de que todo o esforço só servira para desafiar os Bigodes Du Soleil.
Ontem, como eu sou capricorniana e não desisto fácil, perdi a manhã com remendos estratégicos, sem furadeira, arame, muito menos telas extras. Hoje, mal acreditei ao ver que Pimenta e Jujuba haviam conseguido abrir um rombo na blindagem do corredor, soltando dois parafusos da parede! E ainda martelei o dedo tentando enfiar a porcaria da bucha de volta no buraco. Eita família Metralha!