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9.2.18

Fechado por motivos de Carnaval

Eu pensei em um tema importante para o texto hoje. Mas vocês não devem estar mais aí. Para aumentar o drama, os termômetros de Sorocaba marcam 29°C (são 21h30!) e nós tivemos a brilhante ideia de usar a panela de pressão. Para onde se olhe, há gatos derretidos, lembrando os quadros de Dali.

Decidi, então, só desejar um Carnaval serpentinado, com ou sem samba, bloquinho, desfile. E a ONG Canto da Terra emprestou o Natalino, que ficou meio desatualizado, mas caprichou na fantasia para compensar ― dia 24 tem megabazar por lá, para renovar as energias, o guarda-roupa e a missão de deixar o mundo melhor. Alalaô!

8.2.18

O primeiro gato de joelhos da história!

Jujuba, na verdade, é uma gata. E a manchete deste post (alguém aí ainda sabe o que significa manchete?) engorda o grupo das fake news. Mas ver a ferinha nesta posição me fez lembrar que, há cinco anos, ela presenteava tentativas de aproximação com cicatrizes ― destaque para o massacre da caixa de transporte.

Eu insisto nesse case de sucesso porque as pessoas tendem a rejeitar animais de personalidade menos dócil e, na maioria das vezes, eles só precisam da família certa para desabrochar. Este cafuné largado, por exemplo, levou dez anos. ― colo vai ficar para a próxima encarnação, já que escolhi a habilidade de medicá-la.

Deem uma chance, portanto, aos antissociais. ♥

2.2.18

Das voltas que o mundo dá

Há oito anos, Flea e Snow eram filhotes e moravam em um banheiro. Guebis fazia faculdade de veterinária em Jaboticabal e morava em uma kitnet. Eu tinha 19 gatos (dez fixos e nove temporários) e morava em São Bernardo.

Nestes 2.915 dias, os pequenos se mudaram para a capital do amendoim e desabrocharam. Guebis se formou, casou e voltou para Sorocaba, em um sobrado fofo com jardim. E eu vim de mala e caixas de transporte para cá também, com nove bichanos concretos e um Simba abstrato.

Na quinta-feira retrasada, a gente combinou o tão esperado reencontro. Os bigodes nunca lembram de quem trocou a viagem de férias e a harmonia da família por mais um resgate ― a careta das fotos comprova.


Mas ver as barrigas trabalhadas no patê e no carinho sempre enche meu coração.



31.1.18

Gata de cura

Conversas esotéricas geralmente me fazem bocejar. Mas eu acredito no poder dos bichanos de filtrar nossas nhacas. Há três anos, ouvi que o curandeiro da casa sempre tem o maior bigode e o da Pimenta quase forma um coração, com as pontinhas prestes a se juntar lá embaixo.

Quando a gente senta no sofá, doente, mal-humorado ou só desanimado mesmo, ela vem pertinho, encosta a cabeça na nossa, dá umas patadas e o mundo parece entrar nos eixos ― depois a criatura se põe a lamber o creme para cabelos cacheados, mas vou omitir esse detalhe para não estragar o clima do post.

26.1.18

Upgrade

Em cinco meses, o gramado dos bigodes virou uma floresta com ecossistema próprio. E, como ele é pequeno demais para fazer o cortador de grama passar na frente da sorveteira na lista de desejos, eu tive de apelar à tesoura de papel ― que também já usei para aparar o cabelo.

Foram 40 minutos de trabalho tibetano, que renderam olhares incrédulos dos peludos e me colocaram em um patamar inédito de ser humano: o que combina adaptabilidade e obstinação.