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29.6.09

Segundo quase-aniversário do Gatoca

Se você não faz idéia do que seja um quase-aniversário, leia o post explicativo do ano passado. Quem já sabe que a expressão não tem nada a ver com o Chapeleiro Maluco da Alice, pode começar a se preparar para a festa! Enquanto agosto não chega, aliás, divirtam-se com as comunidades fofas que Lelê e Jubão criaram no Orkut, sem combinar, praticamente ao mesmo tempo (rs):

1) http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=90352973
2) http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=90484012

As peripécias dos bigodes (e do coração de pudim) agora também estão no Twitter, só que em formato "drops". Nos 140 caracteres miseráveis, eu pretendo contar os bastidores das crônicas publicadas aqui no blog e as bizarrices do cotidiano de uma jornalista freelancer que trabalha em troca de ração:

http://twitter.com/gatoca_blog

26.6.09

Hóstia

Dois anos depois, ainda não consegui entender como as guloseimas que a gente dá para a Guda desaparecem da boca sem qualquer sinal de mastigação. E olha que não existem vasos de plantas grandes aqui em casa...

22.6.09

Edward e eu: 8 dias sem acidentes

Eis a prova de que meia xícara de amor e um balde de paciência dobram qualquer fera. :)

18.6.09

Moonwalk

Atualizado às 18h

Essa manhã, quando vi Chocolate andando de ré contra a luz da janela da cozinha e mexendo a cabeça feito pomba para vomitar, tive uma estranha sensação de déjà vu.

15.6.09

Erva daninha

Ao lado de qualquer bigode que esteja ganhando carinho em Gatoca sempre brota uma Pimenta.

12.6.09

Especial: Dia dos Namorados 2009

Quando você começa a suspeitar que o amor entrou em extinção no planeta, dá de cara com esses corações de bumbum em plena sala. :)

Veja também: Especial Dia dos Namorados 2008

10.6.09

Beliche de inverno

Quando o tempo esfria, dona de colo magricela precisa dividir os bigodes em andares:

6.6.09

Eclipse

Antes mesmo de entregar os bebês do cemitério de Santos, São Francisco de Assis já me presenteara com um novo desafio. Na estação Tucuruvi do metrô, às 11h daquela segunda-feira, uma adotante ruborizada esperava Patrícia para devolver outro bigode resgatado entre os mausoléus. Parece que na kitnet de Franco da Rocha o ronronador virou uma fera e não havia porta sanfonada do banheiro que poupasse o veterano dos cascudos.

Retornaria o inconseqüente à necrópole da baixada em pleno inverno e sendo o mais sociável dos integrantes da colônia (sinal de abandono recente)? Enquanto eu encarava seu pêlo atipicamente macio e branquinho, percebi que o coração de pudim jamais teria coragem de efetivar a desova. E, em duas horas, o gatão estava instalado no quarto com o cheiro ainda fresco dos filhotes.


Batizei-o de Edward, após a terceira mordida, em homenagem ao vampiro sedutor dos livros de Stephenie Meyer. Hoje, se a gente se aproxima da janela, logo consegue ouvir os fogos de artifício. Ed lembra um soldadinho marchando ao amassar pãozinho de um lado para o outro. Mas a angústia do claustro não passa. Nem a intolerância com os demais quadrúpedes da casa.

Essa manhã, soltei a criatura no corredor para tomar um sol e morri de pena de vê-lo tentando escalar o muro com a ajuda de um arbusto, que insistia em envergar. Cogitei até a hipótese de devolver-lhe a liberdade do cemitério. Só que o tigrinho rolou para mim e São Francisco tratou de soprar ao vento que ele ainda podia ser filho único. Basta a gente colocar a rede para funcionar. Quem topa?



Epopéia do Edward na busca por um lar:

:: Como tudo começou
:: 8 dias sem acidentes
:: Dueto felino
:: Transformação em três estações
:: Cartinha de Natal
:: Presente de aniversário
:: Adoção definitiva

2.6.09

Impossível deixar um para trás

Foi assim que Regislaine justificou a decisão de adotar os três bebês do cemitério de Santos, contrariando meia dúzia de agourentos que insistiam em dizer que eu jamais conseguiria doá-los juntos.

No sobrado do Tucuruvi, ontem de manhã, Ziggy virou Whistler, Fandangos, Banff, e Boo, Hope, em homenagem à viagem que ela e Samir fizeram ao Canadá durante o mês de maio.

O casal trouxe uma mala cheia de brinquedos importados para os bigodes, aliás, incluindo aquelas portinholas de vai-e-vem que a gente só vê nos filmes.

Zig mostrou-se mais resistente à mudança, mas logo, logo estará aprontando com Tom e Luck, os focinhos da casa.

Aos 29 anos, eu acho que finalmente entendi o brilho dos olhos das mães que precisam lembrar seus filhos de quantas fraldas trocaram para que eles chegassem até ali.

O vazio é o mesmo de sempre. Na casa, na calça de pijama e no coração de pudim. Mas mamãe pata se consola em saber que seus patinhos seguirão amigos. Para sempre.



Epopéia dos bebês na busca por um lar:

:: Como tudo começou
:: Entre algodões e mamadeiras
:: Dicas para cuidar de filhotes

29.5.09

Inversão de conceitos

Realmente fica difícil exigir que os bigodes parem de fazer xixi pela casa, se a caixa de areia está sendo usada para outros fins.

26.5.09

Foto-confissão

Se a Fabi não fosse uma das responsáveis pelo Mopi, talvez me odiasse por saber que o cachepot de Itacaré virou presente para os bigodes. E eu jamais publicaria esse post. Muito menos contaria que Chocolate adora dormir esmagada na cestinha. Ainda bem que a justiça divina funciona para as pequenas coisas. rs

22.5.09

Mais aniversariantes do mês – maio de 2009

Duvido que outra casa neste mundo abrigue cinco criaturas nascidas no mesmo dia! A festa das Gudinhas* foi pobre, com um sachê de salmão dividido em dez potes, porque eu precisei usar o estoque de latas de patê de atum com os bebês do cemitério de Santos e, na correria, acabei esquecendo de repor.

Impossível recriminar o exército de bigodes que me encarava com o semblante indignado de quem se vê obrigado a repartir um Alpino ou uma garrafinha Yakult. Estupidamente resfriada, eu liderei um parabéns nasalado, para disfarçar, e fingi não perceber Gudona escondida sob as cobertas durante o resto da tarde, evitando fazer a retrospectiva dos últimos dois anos de maternidade.

*Novelinha: conheça a história das Gudinhas (inacabada por conta dos atropelos da vida de jornalista "coração de pudim")

20.5.09

Eu preciso desligar para amamentar, sorry!

Aceitar abrigar bebês de um mês que não se viram sozinhos é bem diferente de se imaginar dissolvendo Pet Milk em água fervendo a cada três horas. E enquanto Patrícia me passava as instruções de como cuidar dos microgatos do cemitério de Santos, às 23h do dia 4, eu lamentava mentalmente o fato de freelancers não terem direito à licença maternidade.

Os bigodinhos pesavam menos que um punhado de presunto e caíam de cima do rolo de papel higiênico como quem despenca de um edifício. Na primeira refeição improvisada, com patê aguado na seringa, joguei 60% do conteúdo em mim mesma, 20% na blusa da coitada e 10% na parede do outro lado quarto, porque os ingredientes mais duros entalavam no bico o tempo inteiro.

A estratégia de estimular xixi e cocô com um algodão úmido também foi fracassada. Vezes três. Àquela madrugada, não cheguei a dormir 4h, de preocupação. São Francisco deve ter se penalizado com a minha situação e, no dia seguinte, Boo aprendeu a comer no pratinho com Fandangos, o filhote mais autônomo das duas ninhadas.

Acontece que assim eles davam muito mais trabalho, porque juntava a falta de foco com a descoordenação, obrigando-me a passar cerca de 40 minutos resgatando as pragas de dentro dos potes, recolhendo a papinha que caía para fora, separando brigas, caçando fugitivos dispersos. A limpeza das patas e cabelos durava mais meia hora. E ainda tinha a sessão banheiro.

O granulado higiênico até ostentava umas melecas indistinguíveis. Mas como saber as respectivas autorias? Na terceira manhã, achei melhor pedir ajuda ao veterinário aqui do bairro. Por incrível que pareça, não me ocorreu que vagina, projeto de pênis e ânus deveriam ser esfregados de forma diferente (os primeiros na vertical, de cima para baixo, e o último na horizontal). A nova tática era infalível. E o cocô da Boo saiu com uma lombriga de filme.

No quarto dia, os camundongos já haviam trocado as mamães de pelúcia pelo meu colo. Bastava eu sentar no chão para que eles viessem correndo se amontoar, ronronando. E quando eu me dirigia à porta, levava três bolas de pêlo penduradas na barra da calça. Ziggy não tremia mais para andar, usava a caixa de areia com menos timidez e até arriscou umas lambidas na comida da irmã.

No sexto dia, eu precisei deixá-los sozinhos durante o almoço (a mamadeira fora completamente abolida do cardápio) e encontrei patê esmagado até atrás do armário. Fandangos quase morreu afogado na tigela de água. Ninguém ligou para as bolinhas de papel arremessadas com entusiasmo. Outra semana passou voando e eu decidi facilitar as coisas, apresentando os peludos à Baby Cat amolecida.

Claro que eles só toparam a substituição quando a fome se tornou insuportável. De vingança, na sexta-feira, Boo acordou com o olho esquerdo completamente colado. E no domingo eu reparei que o queixo do Ziggy estava machucado. Fandangos, aliás, continuava barrigudo. Toca viajar para Utinga, em plena na segunda-feira de trabalhos atrasados.

Dr. E. receitou um colírio para a rainha do apitaço, sugeriu trocar as vasilhas de plástico por recipientes de vidro, cerâmica ou alumínio, para ver se a irritação do pequeno diminuía, e só não deu outra dose de vermífugo para todo mundo porque eu esqueci de comprar a versão gotas.

Nesses 17 dias, os bebês evoluíram assustadoramente. Mas ainda me rodeiam como patinhos em volta da mamãe pata. E devem achar um absurdo eu ter outras prioridades na vida além de aquecê-los. A cada mordida ardida, fico pensando por que seus dentinhos afiados não conseguem mastigar os quadrados insignificantes da ração seca. Será que estraguei as crianças com batata-frita e refrigerante?

Para ampliar, cliquem na imagem


Epopéia dos bebês na busca por um lar:


:: Como tudo começou
:: Entre algodões e mamadeiras
:: Dicas para cuidar de filhotes
:: Adoção tripla!

16.5.09

Seu futuro a espera

Peggy foi encontrada filhotinha, em frente a um prédio da zona norte. Estava tão assustada que se escondia embaixo dos carros para fugir das pessoas. Quase dois anos se passaram, a pequena alcançou o porte médio, mas continua morando no canil coletivo da clínica veterinária que a acolheu, ignorando que, do lado de fora do portão de madeira, há cachorros que passeiam sem hora para voltar, que ganham cafunés nas orelhas três vezes ao dia, que brincam de caçar chinelos velhos, que roubam comida da mesa do jantar.


Com tanto tempo ocioso, ela aprendeu a dançar com a parede...

...a simular enfartos...

...e até a assobiar.

Agora, precisa de um dono paciente para voltar a confiar no ser humano (tanto que recebe com festa as meninas que trocam sua ração todas as manhãs). Se você conhece um coração de pudim com esse perfil, escreva para fabiana@mopibichos.com.br. E faça uma criança feliz!

Se você queimou 25 neurônios e não lembrou de ninguém, ao menos ajude esse sorriso esperançoso a rodar a internet.

12.5.09

E não é que nós ganhamos?

O certificado do Prêmio Abril de Jornalismo 2009 chegou hoje, pelo Sedex, junto com o catálogo chiquérrimo dos melhores trabalhos (texto, arte, fotografia e multimídia) publicados nas revistas e sites da editora, em 2008. Para quem pegou o bonde andando, a matéria da Nova Escola que contou com a minha participação de presidiária levou a estatueta na categoria "educação". Eis a justificativa:

A reportagem apresenta de modo responsável um diagnóstico dos principais problemas da educação brasileira. Discute caminhos e soluções. Oferece, ainda, uma excelente análise sobre a formação dos professores. A edição utiliza recursos como boxes, gráficos e tabelas que ressaltam a apuração meticulosa. O texto, claro e bem editado, traça uma radiografia precisa da qualidade do corpo docente no país e mostra como isso impacta nas salas de aula. Uma matéria grandiosa, com execução exemplar.

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