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1.1.08

Trufadinha e o presépio felino

Trufadinha saiu da clínica veterinária, na quarta-feira passada, sem ter para onde ir. E quem disse que Eduardo conseguiu devolvê-la na rua? Depois de muita argumentação, coisa de advogado, ele acabou convencendo os avós a lhe arrumarem um cantinho temporário no quintal. Já fiquei sabendo que ela é super manhosa, mas encapetada. Passa os dias tentando "socializar" com a calopsita.

Ontem, decidiu que a caverna do menino Jesus lhe pertencia e não havia força no recinto que desgrudasse suas garrinhas da manjedoura: a criatura esbanjava felicidade deitada em cima do filho do Homem! Ainda queria derrubar José e comer a palha do cenário. Lembrei que, quando as Gudinhas nasceram, eu não via a hora de chegar o Natal para montar um presépio de gatos repleto de figurantes e cobrar ingressos. Projetos originais assim não deveriam se perder nas correrias chatas do cotidiano. :\


Obs: Quem adivinha para onde a obsessiva está olhando?

31.12.07

2008

Colecionar felinos significa acabar com o estoque de bolinhas barulhentas do pet shop na véspera de Natal e ganhar, em retribuição, um gato com ferida na boca e outra com um caroço no lado direito do corpo. Tudo porque a clínica veterinária estaria fechada. Sorte que nossa avó desistiu de dar presentes duvidosos e, com o dinheiro do envelope, eu pude pagar as consultas dos bigodes na manhã seguinte.

Mercvrivs tomou duas injeções para a dermatite (antibiótico + antiinflamatório) e nem gemeu. Já Pipoca babou três litros de saliva só de massagearem a região inflamada por uma possível unhada com gel. Em um mês, se o caroço não desaparecer, precisará operar. Espero que no dia 6 de janeiro, meu inferno astral dê uma loooooooooonga trégua. E que 2008 seja melhor para todos nós!

29.12.07

Outro milagre natalino!

Acabei de assistir Chocolate penteando o cabelo da Guda! Corri para pegar a câmera, mas as pilhas estavam misteriosamente descarregadas e o feito, como todo bom milagre, ficou sem registro para posteridade.

28.12.07

Cinco minutos de fama!

Essa madrugada, o rostinho da Smeagol ganhou projeção nacional no telão do Programa do Jô (6:26)! E eu fiquei acordada até a 1h30 para assistir a entrevista com as meninas do Adote um Gatinho numa TV que, por falta de antena externa, só exibe fantasmas. O gordo fez piada na hora errada, cortou respostas interessantes e perdeu um tempão mostrando vídeos do Youtube, ao invés de conversar sobre o trabalho que elas têm para transformar sapos em príncipes. Ozzy ainda deu um banho na platéia mal educada, que não parava de grunhir, como se o retardo mental fosse deles. Notar quão distante da memória estavam as primeiras fotos que tirei da ratinha no cortiço da dona Lourdes, porém, valeu cada minuto.



Conie: 72 horas depois!

No final de novembro, um infeliz teve a coragem de jogar outro gatinho no cortiço da dona Lourdes. Preto, filhote e menina! Meg entregou a ração semanal e saiu com a bolota de pêlo. Susan arrumou mais um canto em sua casa, também conhecida como "a bolsa mágica de Mary Poppins".

Conie era esperta, faladeira e carinhosa. Mas logo parou de comer. O hemograma acusou infecção. Trataram. Ela parou de comer de novo. Tomou medicação para o estômago, vitamina, soro... UTI! No raio x deu hérnia diafragmática, resultado de um belo pontapé. A coitadinha mal conseguia respirar. Operar seria a única saída, mas as chances de morrer, assim debilitada, passavam dos 50%.

Eis que ela sobreviveu! Drª. Angélica disse que dentro da sua barriga estava tudo fora do lugar. O corte não a deixa mentir. Contaram, ainda, que a pestinha fugiu da gaiola do hospital e deitou em cima de um Golden Retriever gigante. Demorei para publicar a história aqui no Gatoca porque só poderíamos considerá-la fora de perigo após 72 horas. :)

26.12.07

Ratatouille

Três meses depois que o Mercv chegou aqui em casa, choveu tão forte que até faltou luz. Eu acendi uma velinha no quarto, confiando na explicação do Eduardo de que nenhum animal se aproxima do fogo, e, antes mesmo de ele terminar a frase, nós ouvimos um barulho de plástico retorcido, seguido daquele cheiro enjoativo de fósforo queimado: o peludo acabava de tostar os bigodes na chama tremeluzente.

Essa teoria do instinto de sobrevivência é mesmo furada. No domingo passado, um ratinho sem noção apareceu no meio das plantas aqui do jardim, ignorando a existência de dez felinos! Pelo barulho, eu achei que fosse um passarinho machucado e quase botei a mão nele. Argh!

Claro que ninguém juntou coragem suficiente para matar o bicho. Ele não sabia cozinhar como o Remy, do "Ratatouille", mas tinha a mesma cara simpática e, quando encurralado, nos encarava com aqueles olhinhos pretos de piedade, falando pelos cotovelos.

A gente demorou quase uma hora para conseguir prender a criatura na caixa do sedex e dar-lhe uma nova chance de viver, desovando a embalagem no terreno baldio de um dos bairros vizinhos ― eu fiquei no carro, de pijama, e Eduardo saiu correndo feito um criminoso.


Obs: A foto é dos bigodes encaracolados do Mercv, tirada há dois anos, porque vocês não iam querer que eu clicasse o rato, né?

24.12.07

2007

Dezembro é época de retrospectiva, quando colocamos na balança as conquistas e incompetências dos últimos 12 meses para decidir o gosto das lágrimas da virada. Esse ano eu não casei, não tive quatro filhos de cabelos encaracolados, não voltei a tocar piano clássico, não arrumei o emprego ideal, não terminei de ler "Memórias, Sonhos, Reflexões" (Jung), não encontrei os amigos que prometi no final de 2006, não conheci os tablados de flamenco da Espanha, não engordei o suficiente para deixar de ser chamada de magrela, não experimentei o sorvete vegano da Soroko, não acertei na loteria sem jogar.

Ironicamente, pela primeira vez em 27 anos, sinto que fui uma pessoa melhor. Recebi Chocolate e seu rabinho quebrado aqui em casa, driblando os rosnados bélicos que persistem até hoje! Dei à Gudona a chance de parir cinco bolinhas de pêlo num edredom com cheiro de Comfort e, assim, as Gudinhas puderam crescer amigas, travando verdadeiros campeonatos de bolinha pela sala.

No dia em que descobri os 30 montinhos de ossos da dona Lourdes, não dormi. Nem no seguinte. Nem no outro. Até que duas malucas (Susan Yamamoto e Meg Miau) resolveram me ajudar a socorrê-los e um monte de gente colaborou doando ração, depositando dinheiro, comprando um número da rifa da Vicky Dolabella. Essa história está longe de terminar. E a cada perda me pego pensando se vale o esforço, enquanto o resto da humanidade entope os shoppings centers, dirige carros novos, curte as férias no exterior. Lembro, então, dos trapinhos que já resgatamos e me conforto na certeza de que, ao menos para eles, não ter virado as costas fez toda a diferença.

Não salvei o gatinho atropelado da rua ao lado, admito. Mas arrumei uma família para o filhote preto do cemitério que corria o risco de virar macumba. Deixei a MiniClara desaparecer, mas acolhi o Léo de colar elisabetano após a biópsia por causa de um possível câncer de pele. Encontrei Wally morta, mas não desisti de procurar um lar para que a Trufadinha viva muito feliz.

Graças às horas extras do Eduardo, outros 24 bichinhos fizeram exames clínicos essenciais, passaram por intervenções cirúrgicas complicadas ou simplesmente ganharam um saco de ração para abrandar a fome. As gateiras acham que eu dei sorte de namorar alguém que me apóia. Pois eu digo que se não fosse ele, nada disso existiria. Nem o Gatoca.

Por falar em Gatoca, compartilhar os rascunhos das peripécias dos bigodes foi bem menos doloroso do que eu imaginava. E ainda rendeu contatos muito legais nesse 2007 que se vai. Não tenho conseguido responder os comentários, mas juro que leio todos! :)

Se Papai Noel puder segurar o trenó para atender um pedido de última hora, aí vai:

Espero que em 2008 as crônicas publicadas nesse espaço alcancem visibilidade invejável para que muitas outras vidinhas recuperem suas cores.

Obrigada! E dê um beijo na Mamãe Noel, que deve estar doidinha organizando os carregamentos de presentes destinados às crianças mimadas da atualidade.

P.S.: Aproveitando a deixa, o senhor não acha um absurdo os restaurantes aí da Finlândia venderem carne de rena como iguaria!?


22.12.07

Tudo que você sempre quis saber sobre os esqueletinhos da dona Lourdes

Atualizado em 07.11.11

Gatoca é um blog de crônicas sobre os dez bigodes que se esparramam pelos cômodos ensolarados aqui de casa, enroscam-se em nossas pernas, atropelam objetos deixados nas mesas, choram por guloseimas em frente à geladeira. Mas como eu não pude fechar os olhos aos montinhos de ossos que cruzaram meu caminho em setembro de 2007, aproveitei o espaço também para ajudar a socorrê-los.

Alguns anjos abraçaram a idéia e nós conseguimos resgatar 26 esqueletinhos para adoção. Nos lares temporários, já despulgados, eles recebiam atenção especial para rebater a desnutrição e problemas variados. Em "Apelo-desabafo" a gente explicou como funcionava o processo. Marina Kater-Calabró, Cris e Yone, as primeiras candidatas, falaram sobre a experiência, almejando quebrar tabus. Se alguém ainda tinha dúvida, nós listamos dez motivos irresistíveis para colaborar na decisão.

Tratar os esqueletinhos no lugar em que viviam mostrou-se inviável porque, logo que a gente chegava, eles corriam para disputar espaço com as cascudas nos buracos dos móveis. Dona Lourdes era uma senhora de humor inconstante, velhinha e pobre, sem condições de cuidar de si própria. Parentes e vizinhança abominavam os felinos, que freqüentemente surgiam envenenados.

Para melhorar, o sobrinho interesseiro insistia em dizer que o imóvel estava praticamente vendido e que "se desfaria" da prole, caso demorássemos para resolver a situação. Nem vou comentar sobre o sobrinho maluco, que comia a ração que a gente entregava semanalmente.

Quando sobraram nove gatos na espelunca, nós colocamos em prática a "operação castração" e, mesmo superlotada, Susan (AUG) recolheu três machos. Mamãe e ninhada tricolor nascida no armário infestado de baratas rumaram para o banheiro de Mariana Bellegarde e, no feriado de Carnaval, buscamos o branco da mancha no nariz.

Eis que a velha desistiu de doar os quatro últimos sobreviventes! Não tardou para a Cinza adoecer e morrer, sem qualquer chance de atendimento especializado. A situação dos bichinhos era bastante crítica e, apesar de todo o esforço, cinco já haviam virado estrelinha. Magros, sujos e tristes. Nem assim a teimosa se convenceu.

Seis meses se passaram, até que recebemos a notícia de sua internação forçada, por causa de uma fratura na bacia e no fêmur. Em 25 de agosto de 2008, os três moicanos finalmente estavam livres. Não levou 45 dias, aliás, para encontrarem sua cara-família. E dona Lourdes, que já tinha tão pouco, perdera tudo.

Rifa

Como a quantidade de animais acumulados no cortiço excedia os padrões, nós organizamos uma rifa do quadro "Gatos Egípcios", cedido por Vicky Dolabella, artista conhecida pela simpatia à causa. O sorteio ocorreu no primeiro sábado de 2008 e a vencedora foi a Denise Pinheiro, moradora de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ela contou que seu ateliê virou ponto turístico e, para fazer jus à obra, receberia retoques na decoração, incluindo a reforma do sofá e novos juramentos sobre melhorar a organização.

Adoções

Gianecchini foi o primeiro a ganhar uma amiga fiel, comida sem restrições e a sonhada cota de dois sofás macios para estragar à vontade na vigência da vida! Acontece que a gatinha da família não gostou da sua cara e ele quase voltou para o abrigo. Sorte que Aelita se arrependeu.

Sayuri enfrentou semelhante rejeição porque subia na mobília de um apartamento no Ipiranga e, em menos de um mês, estava morando no Morumbi! Thaís garantiu que Umaga teria um lar até o último suspiro e não pensou meia vez em desová-la quando se separou do marido. Agora, a pequena contempla a Paulista ao lado de uma professora de história e seu filho advogado.

Smeagol, a ratinha que virou princesa e brilhou no telão do Programa do Jô, saiu da clínica veterinária direto para a residência da Liliam, que nem se importou com o fato dela não possuir mais as orelhinhas. Satie, outra branquinha marcada pelo câncer de pele, ficou com a Letícia, garota de 17 anos que procurava por um peludo que as pessoas desprezassem.

Keiko trocou muitos fuzzzzzzzzzzz com a irmã postiça, mas Clara sabia que adaptação era assim mesmo. Chococat e Lourdes dormiam juntos embaixo da máquina de lavar roupa. Smoo passava o dia atrás de Mika, levando patadas. Pinta quase cruzou a divisa de Osasco com Carapicuíba para fazer companhia a uma Siamesa de oito meses.

Depois de parar na UTI por culpa de um pontapé, Conie não podia encontrar melhor mãe do que a Su. As meninas tricolores se separaram, mas ninguém sobrou sem cafuné. Brother tem até álbum de fotografias no Flickr. Piri Piri foi reinar num apartamentão da Vila Mariana.

Talita conquistou a simpatia de José Renato. Diz a lenda que Romeu montará o primeiro time de qualquer-coisa-com-bola felino. Leão esperou sua chance por quase dois anos. E Cartoon nem chegou a sair da casa da Taimi.

Quem vê os ex-queletinhos brincar não reconhece as criaturas assustadas do cortiço da dona Lourdes. Tanto que a Cristina Barreto também decidiu ficar com seus três hóspedes provisórios. E até o Menino, que a Su não conseguia pegar nem para vacinar, agora rola de barriga para cima pedindo carinho para a Vanessa. Case closed, quatro anos depois.

Números

* 26 esqueletinhos resgatados (incluindo 3 filhotes recém-nascidos).
* 25 adotados (Satie, Smeagol, os ex-provisórios da Cris, Keiko, Gianecchini, Chococat, Lourdes, Smoo, Conie, Pinta, família tricolor, Brother, Piri Piri, Talita, Romeu, Cartoon, Leão, Menino, Umaga e Sayuri – as duas últimas devolvidas e adotadas novamente).
* 6 adultos mortos (inclusive uma gravidinha desnutrida e toda a sua ninhada).
* Zero vida restante no cortiço!
* 100 bigodes famosos da rifa vendidos em 75 dias e o quadro da Vicky Dolabella sorteado para Denise Pinheiro, de Ribeirão Preto (SP).

Links abertos

* Prólogo do Gatoca:
http://gatoca.blogspot.com/2007_06_01_archive.html
* Como começou a epopéia dos esqueletinhos da dona Lourdes:
http://gatoca.blogspot.com/2007/10/eu-podia-estar-roubando-eu-podia-estar.html
* Anjos e doações:
http://gatoca.blogspot.com/2007/10/puxadinho.html
* Ajuda da Merial com os Frontlines:
http://gatoca.blogspot.com/2007/10/quem-ama-protege.html
* Site da ONG Adote um Gatinho (AUG), comandada por Susan Yamamoto e Juliana Bussab:
http://www.adoteumgatinho.org.br
* Explicações sobre lar temporário:
http://gatoca.blogspot.com/2007/10/apelo-desabafo.html
* Relatos da Marina Kater-Calabró, Cris e Yone, as primeiras adotantes temporárias:
http://gatoca.blogspot.com/2007/10/notcias-do-primeiro-lar-temporrio.html
http://gatoca.blogspot.com/2007/11/notcias-do-segundo-e-do-terceiro-lar.html
http://gatoca.blogspot.com/2007/11/sinais-de-fumaa-dos-trs-lares.html
* 10 motivos para abrigar um esqueletinho:
http://gatoca.blogspot.com/2007/11/10-motivos-irresistveis-para-abrigar-um.html
* Baratas versus sobrinho assassino:
http://gatoca.blogspot.com/2007/11/baratas-versus-sobrinho-assassino.html
* Por que dona Lourdes coleciona cascudas:
http://gatoca.blogspot.com/2008/02/esqueletinhos-tudinho-num-monto-no-fim.html#cucarachas
* Humor inconstante (ou "Um dia de fúria!"):
http://gatoca.blogspot.com/2008/01/carta-dona-lourdes.html
* Casa sem móveis, praticamente vendida:
http://gatoca.blogspot.com/2008/02/esqueletinhos-tudinho-num-monto-no-fim.html#pasárgada
* Operação castração:
http://gatoca.blogspot.com/2008/02/esqueletinhos-tudinho-num-monto-no-fim.html#castração
* Família tricolor nascida dentro do armário infestado de baratas:
http://gatoca.blogspot.com/2008/01/esqueletinhos-mar-de-azar.html
http://gatoca.blogspot.com/2008/02/esqueletinhos-tudinho-num-monto-no-fim.html#famíliatrica
* Penúltimos resgatados:
http://gatoca.blogspot.com/2008/02/esqueletinhos-tudinho-num-monto-no-fim.html#novosresgates
http://gatoca.blogspot.com/2008/02/end.html
* Cinza, gata que virou estrelinha porque dona Lourdes não quis doar os quatro sobreviventes do cortiço:
http://gatoca.blogspot.com/2008/03/esqueletinhos-mais-uma-baixa.html
* Tigrada recheada de bigodinhos surpresa, morta com toda a ninhada:
http://gatoca.blogspot.com/2007/11/histrias-que-se-renovam.html
http://gatoca.blogspot.com/2007/11/histrias-que-perdem-cor.html
* Os últimos moicanos:
http://gatoca.blogspot.com/2008/08/os-ltimos-moicanos.html
http://gatoca.blogspot.com/2008/10/os-ltimos-moicanos-adotados.html
* Blog da rifa do quadro "Gatos Egípcios":
http://gatoca.blogspot.com/2007/10/rifa-de-bigode.html
* Sorteio do bigode famoso vencedor:
http://gatoca.blogspot.com/2008/01/vencedora-da-rifa.html
* Site da artista plástica Vicky Dolabella:
http://www.vickydolabella.com.br
* Foto do ateliê da Denise, com o quadro pendurado na parede: http://linagatolina.blogspot.com/2008/02/o-prmio.html
* Conie, filhote que foi parar na UTI por causa de um pontapé:
http://gatoca.blogspot.com/2007/12/conie-72-horas-depois.html
* Fotos dos sapos que viraram príncipes:
http://gatoca.blogspot.com/2007/11/10-motivos-irresistveis-para-abrigar-um.html#smeagol
* Smeagol sem as orelhinhas:
http://gatoca.blogspot.com/2007/11/frio-na-barriga-ao-cubo.html#smeagol
* Cinco minutos de fama no Programa do Jô:
http://gatoca.blogspot.com/2007/12/cinco-minutos-de-fama.html
* Transformação das criaturas assustadas:
http://gatoca.blogspot.com/2008/01/sorriso-bobo-na-cara.html
* Ex-queletinhos doados:
http://gatoca.blogspot.com/2007/12/milagre-natalino.html
http://gatoca.blogspot.com/2008/01/adoo-em-dose-tripla.html
http://gatoca.blogspot.com/2008/02/mais-uma-ex-queletinha-encaminhada.html
http://gatoca.blogspot.com/2008/03/ex-queletinhos-adoes-no-atacado.html#chocolourdes
http://gatoca.blogspot.com/2008/03/ex-queletinhos-adoes-no-atacado.html#smoo
http://gatoca.blogspot.com/2008/03/ex-queletinhos-adoes-no-atacado.html#conie
http://gatoca.blogspot.com/2008/03/ex-queletinhos-mais-uma-alta.html
http://gatoca.blogspot.com/2008/05/famlia-tricolor-adotada-em-peso.html
http://gatoca.blogspot.com/2008/06/brother-ganha-sister.html
http://gatoca.blogspot.com/2008/10/os-ltimos-moicanos-adotados.html
http://gatoca.blogspot.com/2009/09/sobre-esperanca-e-desapego.html
(Gianecchini: adoção, devolução e arrependimento)
http://gatoca.blogspot.com/2007/11/adoo-relmpago.html
http://gatoca.blogspot.com/2008/01/esqueletinhos-mar-de-azar.html#gianesayuri
http://gatoca.blogspot.com/2008/01/antes-tarde-do-que-nunca.html
(Sayuri: rejeição e nova adoção)
http://gatoca.blogspot.com/2008/01/esqueletinhos-mar-de-azar.html#gianesayuri
http://gatoca.blogspot.com/2008/02/ascenso-social.html
(Umaga: palavras ao vento e nova adoção)
http://gatoca.blogspot.com/2008/02/chegou-vez-da-umaga.html
http://gatoca.blogspot.com/2008/05/esqueletinhos-palavras-ao-vento_08.html
(Menino: adoção quatro anos depois!)
http://blog.gatoca.com.br/2011/11/nunca-e-tarde.html

21.12.07

Mania de grandeza

Se a americana que vende peruca para gatos resolvesse fabricar também sapatos de salto alto, Chocolate seria sua cliente VIP. Inconformada com a estatura mínima, a encrenqueira vive procurando pedestais na casa para observar a brincadeira das Gudinhas de cima.

19.12.07

Milagre natalino

Lembram das ex-queletinhas brancas resgatadas do cortiço da dona Lourdes que perderam as orelhas por causa do câncer de pele? Pois graças ao site do Adote um Gatinho as duas passarão o Natal em família!

Smeagol ficou com a Liliam, estagiária da Drª. Angélica responsável pela transformação da ratinha em princesa.


E Satie ganhou o colo de Letícia, uma menina de 17 anos que conquistou nossos corações com a seguinte resposta no formulário de adoção:

Procuro por gatinhos que precisem de muito amor e carinho e que as pessoas rejeitem! Amo animais, mesmo que não sejam "perfeitos" fisicamente!


P.S.: Infelizmente, os filhotes da tigrada recheada de bigodinhos surpresa não sobreviveram.

18.12.07

Sete dias: contagem regressiva!

Essa gatinha trufada passa horas sentada na porta da casa do Eduardo. Mas como ele já coleciona quatro bigodes, um trabalho escravizante do outro lado do planeta, pais avessos à idéia de aumentar a família e duas tartarugas, tem se contentado em alimentá-la na calçada. Acontece que ela é super doce, mia fininho, cabe numa caixa de bombons e não deve durar muito na selva de pedras. Hoje de manhã, levamos a pequena para castrar. Dr. Ernanes se comprometeu a abrigá-la na clínica até tirar os pontos e aplicar as vacinas. Temos, portanto, sete dias para encontrar um chocólatra-gateiro!

17.12.07

Amigo secreto felino

No mês de dezembro, a lista "Gatos" organiza um amigo oculto virtual divertidíssimo, que até pessoas de fora do Brasil participam. A coisa toda é muito bem sacada! O sorteio ocorre por meio de um programa, evitando que o último neguinho tire seu próprio nome no saco plástico improvisado e o processo tenha de ser refeito. O site também oferece ferramentas para enviar mensagens anônimas e o presente com temática felina vai pelo correio. Os mais experientes aproveitam para mandar lembrancinhas paralelas e confundir a galera. Num dia pré-determinado, todos entram no chat do UOL para contar o que ganharam.

Sábado rolou a abertura dos pacotes de 2007. Escolhi desembalar os meus pela manhã para relembrar os bons tempos de criança, quando papai e mamãe organizavam verdadeiras "caças ao tesouro" aqui em casa e o barbudão sempre deixava um rastro misterioso. No último ano em que acreditei, foi o pozinho mágico de seu trenó. Um quinto de século depois, Mariana sacou caixinha e cartinhas da gaveta das meias e me entregou sem o menor glamour. Coisas da vida adulta...

O envelope da Tyanne, que Chocolate havia mastigado no momento em que peguei do correio, continha um aviso gatal de pendurar na porta escrito "não perturbe". Gabby me emocionou com o recado de que acreditar faz toda a diferença. A medalhinha de São Francisco de Assis já está na bolsa para proteger as tentativas atrapalhadas de ajuda animal relatadas aqui no Gatoca.

Quem me sorteou foi André Luz, o único menino da lista (quase como ganhar na loteria!) e seu embrulho de Sedex humilhou todas as habilidades femininas que eu pensava possuir! É que o moço decorou a embalagem com adesivos, escreveu um texto fofo e ainda acrescentou fotos dos peludos famosos.

Cortei com o estilete para guardar de lembrança. Ao esticar a mantinha artesanal catarinense sobre a cama, fui obrigada a aceitar que era para os bigodes. Combinava com a cor dos dez, aliás. E com a sala. E com o tigrinho de pelúcia surrupiado do quarto. E com a caixinha de transporte... Mal consegui registrar o mimo de tão empolgados que eles ficaram.

Ah! Eu tirei a Giane Portal, dona das fotografias de gato mais arrasadoras do planeta e comprei um calendário do Bicho no Parque, torcendo para que as imagens apresentassem o mínimo de qualidade.

12.12.07

Visita adiantada do Papai Noel

Nesse mês de luzes piscantes e panetones superinflacionados, Gatoca recebeu as primeiras doações para os casos de "ajuda solo", realizados atabalhoadamente. Daniela depositou R$ 30 aos "bigodes, gudinhas e ossinhos" e Silvana nos deu uma caixinha de transporte extra para emergências como a da gatinha envenenada. Obrigada pela força, meninas! Gudoleta e eu ficamos muito felizes com os presentes (só que ela é mais fotogênica). Aproveito a deixa para agradecer também os cartões de Natal fofos. :)

11.12.07

O Rei Leão

Soube que Léo já está dominando a casa nova, superpopulacionada por quatro humanos (Isabel, Fábia, Ana e Toninho), três gatas (Bombom, Xany e Pitty), três cachorros (Chulie, Billy e Tuquinha) e três canários (Óclinhos, Patinha e Tico). Dorme enroscado na mãe e ainda reclama se ela decide mudar de posição na cama. Tem o maior xodó pela avó, que segue por toda parte, ronronando. Até deixa beijar a barriguinha. Quando duas das irmãzinhas felinas resolvem brigar, ele coloca as orelhas pra trás e fica parado, assistindo a discussão murchar instantaneamente. Patrícia contou que o leãozinho adorou a árvore decorada. Talvez, esse seja o primeiro Natal de sua vida.

8.12.07

Febem felina

Cinco indivíduos menores de idade e trajando bigodes foram surpreendidos essa manhã ao rolar uma cabeça de boneca pela sala. BarriGuda, a mãe, garantiu que a trupe receberá os corretivos necessários à ressocialização.