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30.10.20

Banguela: um gato de Halloween!

Por que escolher entre gostosuras e travessuras se você pode ter os dois? Banguela é um gatinho carinhoso, coleiro e brincalhão! Foi divulgado aqui numa sexta-feira 13, para dar sorte o ano inteiro, e estava quase ganhando uma família quando começou a pandemia, inviabilizando o traslado de Santo André até Sorocaba (SP).

Nesta semana, por causa do Dia das Bruxas, lembrei dele e me entristeci com a resposta da Alyne. O pretolino, que já havia sido abandonado filhote porque a tutora engravidou, visto a irmã morrer atropelada e quebrado vários dentinhos também debaixo de um carro, testou positivo para FeLV, teve uma infecção nos olhos, agravada por um tratamento errado, e acabou ficando cego.


Como sete meses podem bater tão duro?


Claro que Alyne não teve coragem de deixá-lo na rua. Acontece que um dos bichanos dela se recusa a compartilhar a casa com o intruso e passou a morar no quintal — portadores de leucemia felina, a tal da FeLV, devem conviver apenas com gatos vacinados com a quíntupla (Isa fez um vídeo bem detalhado sobre o assunto).

Banguela está com 2 anos e pode levar uma vida normal se ganhar essa chance — a FeLV só demanda um acompanhamento veterinário mais próximo, por conta da fragilidade do sistema imunológico, e a deficiência visual, contornado o período de adaptação (em que o pequeno ficou bastante chateado, sejamos sinceros), não o impede nem de brincar de bolinha.


Ajudem a compartilhar nosso morceguinho? Procuramos tutores sem outros animais ou com paciência para a socialização, porque o pretolino ficou inseguro após a perda da visão. Ganha pontos quem não gostar de mudar a mobília de lugar! rs E não preciso dizer que ele será doado apenas para apartamentos telados ou residências de muros altos, né? — depois do Halloween!

E-mails-amor para: contato@gatoca.com.br.

23.10.20

Aniversariante do mês – outubro de 2020

Existem dois tipos de gato: os que sabem o valor de uma família e trabalham duro para retribuir, e os que ficam no colo enquanto você trabalha duro para comprar ração — geralmente te obrigando a permanecer em posições desconfortáveis. Este post é sobre o Mercvrivs*, então vocês já sabem de que grupo falamos.


O frajola que deu origem ao Gatoca completa 15 anos amanhã! Mas a festa já começou: teve soneca, cafuné do lado esquerdo da cabeça, cafuné do lado direito, ração úmida, mais soneca. E aproveito o post para fazer uma homenagem também ao Simba, o guardião do mouse e integrante do primeiro grupo, que partiu nosso coração há quatro anos.

Só não contem ao Mercv!


*Novelinha: Conheça a história do Mercv

Outros aniversários: 2019 (extra!) | 2018 (extra!) | 2017 (extra!) | 2016 | 2015 (extra!) | 2014 (extra!) | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008 | 2007

O conteúdo do Gatoca é financiado por gente que acredita que o mundo pode ser melhor. Quer fazer parte da transformação? www.catarse.me/apoiegatoca

16.10.20

Gosta de bicho e não tem candidato a vereador?

Eu contei nas redes sociais que entrevistaria duas candidatas da causa animal que admiro e pedi para vocês enviarem perguntas, lembram? Pois elas foram muito elogiadas! Antes de apresentar a Luli Sarraf e a Manu Barros (e de passar para as respostas, obviamente), acho que vale explicar por que o Gatoca fala de política:

1) Ações que viram política pública alcançam muito mais gente.
2) O Estado tem meios para fazer com que nossos combinados sejam cumpridos.
3) Nós pagamos impostos, oras! Passou da hora de cobrar um uso decente para o dinheiro que os políticos guardam na cueca.

Luli Sarraf (à esquerda) é fundadora da Celebridade Vira-Lata, que já castrou 11 mil cães e gatos de comunidades de baixa renda em São Paulo, e deu uma superajuda com nosso mutirão, há cinco anos. E Manu Barros (à direita) toca uma ONG para crianças com fissura labiopalatal, aqui em Sorocaba, milita pelo feminismo e tem um cachorrinho paraplégico — para abraçar nossa luta, a bióloga Mônica Campiteli e eu desenhamos as propostas.


1) Como fazer a câmara dar atenção aos projetos da causa animal? (Fernanda Barreto)

LULI: Votar em candidatos que se apresentam pela causa é muito importante, e tão importante quanto é saber há quantos anos e como esse candidato atua na causa. Nesta semana, a Luisa Mell fez um story muito bom sobre isso, dizendo que, com menos de uma década de jornada, a pessoa não conseguiria ser produtiva politicamente, porque não teria sentido na pele todas as questões que envolvem a causa. Eu concordo com isso.

MANU: A Câmara não é um setor isolado da sociedade, as pessoas que a compõem representam o povo. Para chamar a atenção dos vereadores, portanto, precisamos usar as mesmas estratégias, focando especialmente na educação. Atuar para conscientizar que animais são sujeitos de direito, como você e eu, não coisas.

Sensibilizar para a importância de combater maus-tratos. Mostrar que uma legislação atualizada tem impacto financeiro — quanto dinheiro o município gasta com castrações sem planejamento? E que os cuidados com cães e gatos devem se estender a outros bichos também, que estão em cárcere nos zoológicos, puxando carroças, explorados em testes.

Enfim, pensar uma cidade que não enxergue questões ambientais como menores, porque afetam todo o resto.

2) Como vocês podem ajudar a aumentar o número de mutirões de castração? (Lorena C.)

LULI: Todo membro do legislativo, seja vereador, deputado estadual ou deputado federal, recebe verba de emenda parlamentar para auxiliar o poder público executivo a realizar seu papel. E essa emenda pode ser enviada para associações que tenham utilidade pública, as Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público) — existem Oscips de mutirões de castração, por exemplo. Cabe, então, a elas operacionalizar a aplicação do recurso.

MANU: Em Sorocaba, a lei 8354, de 2007, e o decreto 22450, de 2016 (que alterou a lei 10.060, de 2012), já preveem o controle populacional de animais, mas de forma vaga. A legislação precisa ser revista, definindo, entre outras coisas, uma verba específica para castrações e convênios efetivos. O papel do vereador é propiciar meios para que o município efetue as ações.

3) Existe alguma forma de os municípios realizarem CED em colônias de gatos? (Lorena C.)

LULI: CED [captura, esterilização e devolução] é absolutamente obrigação dos municípios. Nem digo das Secretarias de Meio Ambiente, mas questão de saúde mesmo, da Vigilância Sanitária. Em São Paulo, está no escopo da COSAP [Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico] e, antigamente, do CCZ [Centro de Controle de Zoonoses].

Mas não existem mecanismos de prestação de contas sobre o trabalho que é feito em colônias, uma vez que são animais "de ninguém". Como diversos serviços públicos, ele é bom, só que não interessa ao sistema que todo mundo saiba sobre seu funcionamento. Assim, eles podem ser descontinuados a qualquer momento. Por isso a gente, como cidadão, não deve relaxar.

MANU: Nós possuímos um castramóvel, criado em 2013 para atender gratuitamente os bairros mais periféricos da cidade, sabia? Só que ele foi repassado ao zoológico para fazer um trabalho questionável, na minha opinião, de educação ambiental. Reavê-lo poderia impulsionar as ações de CED.

4) Vocês têm algum projeto/plano para restringir/fiscalizar mais a venda de animais de estimação? (Lorena C.)

LULI: Candidato que não tem não é da causa animal. Na criação e no comércio está a raiz do problema do abandono. Eu vejo como primeiro passo responsabilizar as entidades emissoras de pedigree por qualquer maltrato ou problema congênito e obrigá-las a se registrar na Vigilância Sanitária e no Conselho de Medicina Veterinária, assim como os criadores e os comerciantes.

Imprescindível também entregar animais castrados e microchipados. Assim, quando um bicho comercializado for resgatado, o comerciante fica obrigado a devolver todo o dinheiro que recebeu pela venda do seu "produto" para o protetor que o resgatou. Também penso em colocar impostos altos, que seriam direcionados para um fundo de atividade protetora.

MANU: O decreto 22450, citado anteriormente, também fala sobre o comércio de animais, mas igualmente de forma vaga. Vereadores não têm o poder de proibir, mas podemos, sim, colocar condicionantes que restrinjam a venda. Vale especificar, por exemplo, o que é considerado "adequado" e "salubre", palavras citadas no artigo 20. Incluir outros bichos, além de cães e gatos. E cobrar fiscalização. Para agilizar, podemos, inclusive, propor um cadastro de criadores.

5) Políticas públicas para animais de rua em Sorocaba? Cães comunitários? Colônias de gatos? (Guebis)

MANU: A lei 12.916, de 2008, conhecida como "Lei Feliciano", já garante a existência dos animais comunitários. E, como é estadual, vale para cá também. Mas isso não significa que eles (e qualquer bicho que viva na rua) estejam protegidos de maus-tratos.

Precisamos, de novo, de uma atualização na legislação municipal, que até tem um conceito bom, mas nada operacional. Para configurar maus-tratos, por exemplo, já que não há esse respaldo na lei, pede-se laudos de um biólogo e um veterinário.

As outras questões acabaram abordadas nas respostas anteriores.

6) Qual é o maior problema que os animais enfrentam aqui em Sorocaba e qual seria a solução. (Neusa Biffe)

MANU: Para mim, o maior problema é a inexistência de uma política pública efetivamente voltada à causa animal. As ações dependem muito do terceiro setor. E essa transferência de responsabilidade estatal para a sociedade civil deixa os abrigos lotados e os protetores endividados.

Precisamos melhorar a legislação, garantindo um comprometimento maior com recursos, investir em educação para mudar a mentalidade da cidade, ainda muito ligada à exploração animal, fiscalizar os equipamentos e propor parcerias, especialmente com as faculdades que possuem hospitais-escola — oferecendo um serviço de qualidade, por preços acessíveis.

7) O que é possível fazer efetivamente pela causa animal em São Paulo? Tenho a impressão de que são raros ou inexistentes os vereadores que priorizam essa causa e, por isso, é difícil conseguir alterações significativas, como maior comprometimento da prefeitura com castração, ônibus hospital veterinário, apoio a protetores independentes e ONGs. (Renata Godoy)

LULI: São raros os experientes. Não basta ser sincero na questão animal, precisa ter experiência de jornada na proteção e militância junto às Câmaras Municipais, Secretarias, Coordenadorias, Prefeituras, Assembleias. Ainda assim, um vereador ou deputado, e até mesmo um secretário ou prefeito, vai patinar para conseguir fazer.

Um bom vereador tem propostas para o legislativo e fiscaliza o executivo, ambas suas funções, mas também interage com o executivo para influenciar operações, usa o cargo para fazer parcerias público-privadas e destravar processos.

Eu publiquei diversas propostas em meu site e faço isso para que copiem mesmo, afinal, quero realizações. Se alguém concretizar minha ideia, será uma a menos para me preocupar. Independentemente da sua cidade, deem uma olhada. Vocês podem ajudar seu vereador.

Um último ponto: cidades têm realidades diferentes, problemas diferentes. Até por isso gosto mais da ideia de ser vereadora do que deputada. Conheço minha cidade e minhas propostas estão ligadas a ela.

8) Tem algum projeto/plano para auxiliar os pequenos produtores rurais que plantam orgânicos, como a Cooperapas e AAZL [Associação dos Agricultores da Zona Leste] em São Paulo. (Lorena)

LULI: Amei essa pergunta. É um assunto que acompanho há nove anos. Não me considero uma profunda entendedora, mas leio, converso, admiro e, como vereadora, estou, sim, considerando a agricultura familiar orgânica, o pequeno mercado, a horta urbana como prioridade no meu mandato. Sou vegana há nove anos e acho que todo mundo precisa ter acesso à alimentação saudável, livre de morte e veneno. E, como pequena empreendedora, sei da importância de o pequeno ter acesso a um mercado justo. Há proposta no site para isso também.

*

As propostas da Manu entrarão no site a partir de segunda-feira, divididas por área. Mas posso adiantar que o foco da nossa causa será em educação (campanhas de conscientização e projetos em escolas, programas de formação para ONGs e protetores independentes, treinamento dos agentes de fiscalização e aplicação da lei), castração por saturação (minimizando o sofrimento animal e respeitando o dinheiro do contribuinte), punição para maus-tratos e alimentação consciente (implementação do programa no município em parceria com a Mercy For Animais e/ou Sociedade Vegetariana Brasileira).

9.10.20

O Gatoca vai acabar?

Vocês devem ter percebido que a frequência de atualização do blog diminuiu, né? 2020 definitivamente não está sendo um ano fácil. Para melhorar, os bigodes, já velhinhos, resolveram se revezar nos piripaques, me obrigando a criar um diário de cocô e vômitos, e uma pasta com as respectivas fotos — se eu morrer de coronavírus, por favor expliquem que não é fetiche.


Mas a produção de conteúdo para o Gatoca, na verdade, aumentou. Tem o boletim semanal, com as notícias do projeto em primeira mão (para receber, basta responder o formulário vapt-vupt). Os carrosséis de serviço do Instagram, que dão um trabalhão porque ainda apanho do Canva. O Gatonó, primeiro dominó de bichanos do mundo (grátis!) — e um teste para outros jogos.

Os vídeos exclusivos para os apoiadores do Catarse — dez superproducinhas já! E, agora, o Cluboca no WhatsApp, com o seriado apócrifo da busca pela casóca nova. Nosso Gramado da Fama, aliás, conta com três estreias: Aline Fagundes, amiga desde as listas do Yahoo!, Paolla Alberton, que encontrou companhia nestas linhas durante duas gestações de risco, e Elaini da Silva, dona de um currículo lattes invejável, em tempos de negacionismo científico e desmonte da educação. 💜


Foi a sessão fotográfica mais rápida destes dois anos de financiamento coletivo, porque eu espetei as plaquinhas e, após semanas de secura, começou a garoar — parando dois minutos depois, não servindo nem para regar as plantas. Notem a felicidade da Guda:


E das plaquinhas:


Com ou sem chuva, sei que vocês sempre estão aqui e sou muito, muito grata! Obrigada por mais um mês, Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe...

...Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Amanda Midori, Karine de Cabedelo, Natalia e Lívia Pantarotto, Michely Nishimura, Maira Fischer, Ana Paula de Vilas Boas e Danilo!

2.10.20

Gato renal: soro fisiológico ou ringer com lactato?

Há três anos, eu escrevi o post que mais traz leitores do Google para cá, com dicas de aplicação de soro subcutâneo em casa, aprendidas no estágio final da doença renal do Simba. Segundo o veterinário Valdo Reche, 60% dos gatos terão um grau de disfunção nos rins ao morrer, estatística que livra poucos tutores desse pesadelo.

Aí, vem a pergunta que também recebo bastante: soro fisiológico, ringer ou ringer com lactato? Quem me socorreu na resposta foi o Dr. Eduardo Carneiro. Primeiro, vale explicar a composição de cada um: o soro fisiológico tem apenas água e cloreto de sódio, enquanto o ringer leva ainda cloreto de cálcio e cloreto de potássio, e no ringer com lactato acrescenta-se, adivinhem!, lactato de sódio. rs


À maioria dos bichanos renais, recomenda-se o uso do soro fisiológico simples, só para repor a quantidade perdida de líquido — entendam tudo sobre a doença aqui. É que o excesso de sais minerais do ringer pode sobrecarregar ainda mais os rins combalidos e o lactato, aumentar o teor alcalino, geralmente alto em quadros com vômitos estomacais.

Como tudo que envolve vidas, porém, há exceções nessa conduta. Se os rins não expelirem ácido suficiente na urina, por exemplo, o animal desenvolve acidose (uma diminuição do PH do sangue), que o ringer com lactato ajuda a reverter — sendo indicado principalmente para os casos que pedem grandes volumes de solução fisiológica.

Existe ainda a possibilidade de turbinar esses soros todos com glicose ou outros sais minerais, dependendo da necessidade do peludo. Consultem sempre, portanto, um veterinário.

Simba recebendo soro subcutâneo


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25.9.20

Por que zoológico é um passeio cruel — e brega!

Mais de três décadas depois, ainda me lembro da visita frustrante ao Zoológico de São Paulo, em que a gente não conseguia ver nenhum dos bichos emocionantes e a grande atração ficou por conta do hipopótamo, que peidou no lago, fazendo a água borbulhar — e todo mundo tampar o nariz. Já adulta, mas ainda longe de me sensibilizar com a causa animal, pude conhecer o zoo de Luján, na Argentina, e só não rolou porque sairia muito do roteiro do grupo.

Foi Chicão me salvando de ter esse mico no histórico de ativista! Os bichos de Luján chegavam pertinho e dava para tirar foto com leão, tigre, urso, elefante. Dopados — prática que os responsáveis pelo espaço nunca admitiram, mas as fotos falam por si. Usei os verbos no passado porque, no dia 9 deste mês, com o empurrãozinho da pandemia e o abandono criminoso, ele foi finalmente fechado.

Não, não existe zoológico bacana. Mesmo sem sedativo, os animais não estão em seu habitat natural, exibem comportamentos repetitivos que demonstram profundo sofrimento e não cola chamar de projeto educativo ensinar à criançada que é ético aprisionar outras vidas para nossa diversão, né? — lembrem que já fizemos isso com pessoas!

Acho que criança nenhuma, aliás, se divertiria se entendesse que o programa causa dor aos amigos de pelos, penas e escamas. Foi o que comentei no fim da live com o Raul Marcelo, porque cansei de desconversar sempre que me sugerem o Quinzinho de Barros como melhor passeio turístico de Sorocaba. Entretenimento com bicho sempre envolve crueldade.

E, se você pensou nos aquários gigantes, imagine passar o resto da vida em uma banheira — dormindo, comendo, trabalhando, assistindo Netflix. É assim que as baleias, que nadariam o oceano inteiro, se sentem. Por falar em Netflix, usando a tecnologia atual, dá para criar ecoparques interativos sensacionais, com educação ambiental de verdade!

E que os animais que não podem mais voltar à natureza, porque já tiveram suas almas quebradas, sejam transferidos para santuários como o Rancho dos Gnomos, longe da gritaria, dos maus-tratos e da nossa ganância.

Para ampliar, cliquem na imagem

Leiam também:
:: Sacrifício religioso, o ‘Dumbo’ de Tim Burton e empatia

24.9.20

Eleições 2020: o futuro dos animais em Sorocaba

Sabe aquele momento em que você está almoçando, uma amiga liga pedindo ajuda com um texto e você acaba numa live com o segundo candidato favorito a prefeito da cidade? Essa é minha vida! Raul Marcelo (Psol) organizou uma plenária online para ouvir os ativistas sobre a situação dos animais e desenhar um plano de governo efetivo e factível pós-pandemia, com a esperada queda na arrecadação de impostos.

Live: Futuro dos Animais em Sorocaba

Mônica Campiteli e eu falamos sobre educação nas escolas, campanhas de conscientização da população, treinamento de agentes de fiscalização e aplicação da lei contra maus-tratos, formação para ONGs e protetores independentes, campanhas de castração por saturação de cães e gatos, estratégias de doação, implementação do tão sonhado programa de alimentação consciente.

E 2,5 mil pessoas, de redes sociais variadas, me viram fazendo estas caras:

Live: Futuro dos Animais em Sorocaba

Live: Futuro dos Animais em Sorocaba
Para rir em alta resolução, cliquem na imagem

No final, ainda tocaram no assunto dos zoológicos e perdi também a elegância no discurso, rs. Mas a audiência foi generosa nos comentários — pelo menos os destacados. A conversa ficou gravada e ativistas de outros cantos do país que precisem de inspiração para iniciar o debate podem assistir clicando em cima.

Já passou da hora de a gente aprender a usar o sistema a favor das nossas causas!

Live: Futuro dos Animais em Sorocaba

18.9.20

Em busca da casóca nova para os gatos!

Primeiro Leo foi demitido, na sequência veio a pandemia, aí o dono da nossa casa pediu o imóvel de volta. E eu concluí que chegou a hora de fazer acontecer nosso grupo no WhatsApp! Mentira. Chorei e tive semanas de dor de estômago antes disso. Mas voltando: a ideia é compartilhar esse processo com quem mais torce pelo Gatoca, tirar as dúvidas felinas e aprender com vocês também, criar um espaço seguro. 💕

E dar risada deste ano inacreditável, claro!


Para se tornar um apoiador do projeto, basta clicar aqui. Nos próximos dias, entrarei em contato pedindo os celulares para cadastrar no Cluboca — e tem outras recompensas, como nosso "netflix", com superproducinhas exclusivas! Quem ilustra o Gramado da Fama de agosto, aliás, é o querido Danilo Lisboa, mais ou menos acompanhado pela Pimenta, que se recusou a entrar no cercadinho. rs


Obrigada pelo porto-seguro de mais um mês, Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe...

...Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Ana Fukui, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Lilian Gladys de Carvalho, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Amanda Midori, Karine de Cabedelo, Natalia e Lívia Pantarotto, Michely Nishimura, Maira Fischer e Ana Paula de Vilas Boas!

17.9.20

Quarto aniversário sem aniversariante

Tem almas que são porto-seguro. Sabe aquela criatura que, pelo simples fato de existir, deixa nossa vida mais leve? A gente sente que pode ousar, errar, recomeçar. E ela estará lá, gigante, mesmo que não passe de um metro e meio — com colo que vira conselho, cafuné sem pressa, mãos na cintura a desancar quem nos fez chorar.

Simba* foi o porto-seguro de Gatoca. A liderança mais doce que conheci! E quando ele morreu, instaurou-se a anarquia. Clara até assumiu o papel dos cuidados, mas Pufosa se acha no direito de roubar a comida da mãe, Jujuba passou a carimbar o jardim e Chocolate espera todo mundo deitar para se pôr a gritar.

Nosso leãozinho dava o equilíbrio perfeito.

Neste 17 de setembro, comemoraríamos 14 anos da corrida atrás do carro que rendeu uma adoção inesperada — e uns 17 de idade, gatão adulto com a orelha mastigada que ninguém queria. Vai ficando mais fácil. Mas acho que nunca farei as pazes com a doença renal.


*Novelinha: Conheça a história do Simba

Outros aniversários: 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008 | 2007

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10.9.20

Vida com gatos #5

Quando você precisa trocar um produto...


...e a empresa pede a nota fiscal.


Mais vida com gatos: #1 | #2 | #3 | #4

4.9.20

Ensinei uma rolinha a voar!

Elas encaravam fixamente os vasos do outro lado da porta de vidro — três gatas e um desejo. Nosso jardinzico, admito sem nenhuma modéstia, junta a maior quantidade de pássaros por metro quadrado da região — até porque é um bairro concretado. Mas ave que se preze não fica parada no mesmo lugar, né?


Foi Leo quem encontrou a rolinha encolhida.




E quem nos revelou se tratar de uma rolinha, na verdade, foi a Mônica Campitelli, amiga-bióloga. Seguindo as instruções dela, ajeitei comida e água perto da primavera, longe do sol. E fiquei observando enquanto decidia se valia a pena levá-la ao veterinário — animais silvestres se estressam muito fácil.


A combinação de arroz, mamão e couve-manteiga orgânica, que num passado remoto fez a alegria da pomboca, não agradou. E a bichinha andava para um lado para o outro desengonçada, despencando quando tentava voar. Imaginamos que pudesse ter se chocado contra o vidro.


Veio a tempestade — em um filme essa reviravolta soaria forçada, mas na vida real pode! Leo ajeitou a rolinha no banheiro, transformando em casa a caixa de transporte dos bigodes, de porta aberta mesmo, só para ela se sentir protegida.


E escrevi para o Eduardo Carneiro, vet homeopata que atende em São Paulo. Se fosse uma contusão, Arnica montana C6 ajudaria. Só que a gente não tinha. Pinguei, então, duas gotas de Pulsatilla C6 na água para trabalhar o emocional — servem glóbulos também.


E apelei à Gabriela Fromme, amiga-veterinária-não-praticante, que mora aqui em Sorocaba. Nessa hora, o roteirista abandonou de vez o bom-senso. Gabi entendia tudo de rolinhas porque teve um ninho na janela da cozinha — sim, rolinhas são pombas mais arrumadas, no quesito sociabilidade. E a cauda diminuta denunciava um filhote!

Por isso o voo atrapalhado.

No dia seguinte, levei a caixa de transporte para o jardim, já com papel picado dentro (tecido amassado também funciona), porque a pata das aves não se estrutura direito em pisos lisos. E, embora Gabi tenha garantido que não precisava me preocupar com os cocôs, pois "o ninho delas é uma meleca", não resisti.


(Limpei também a privada, a parede, o creme de cabelo e as gavetinhas de maquiagem, todos lugares que ela conseguiu carimbar. Não, não usei violência. Até porque já havia segurado a vontade de encher a pequena de cafuné — quanto menos a gente mexer nesses animais, melhor.)

Junto com o abrigo improvisado e a vista para a horta, a criatura ganhou um banquete mais adequado: alpiste, quirela (ou quirera) de milho e aveia — não fazia ideia de que a aveia da granola não existe pronta na natureza, gente!


E eu fiquei lá, assistindo e encorajando as tentativas destrambelhadas de voo. Gabi havia dito que rolinha sai do ninho em menos de duas semanas e essa já devia estar na fase final de aprendizagem. Outra opção seria achar o tal do ninho, mas bateu o receio de revolvê-la à família errada e criar uma crise.

A cada investida, ela subia um tantinho mais alto. Até que alcançou o muro. E se pôs a piar. Vocês não imaginam a emoção! Piou. Piou. Piou. Eu filmando de mãos trêmulas — será a superproducinha deste mês para os apoiadores! Quando parecia ter desistido, chegou a resposta.


Para ampliar, cliquem na imagem

E a bichinha cruzou o céu em cima da minha cabeça, acompanhada por asas maiores.

:: Curiosidades

- Não deu para saber se nossa rolinha era "rolinho", porque a coloração só vem depois. As fêmeas puxam para o roxo.

- Outra característica de filhote, além da cauda curtinha, são as narinas "levantadas", como nestas calopsitas, porque o bico ainda está se formando.

- Aves têm parasitas parecidos com mosquinhas, mas não há motivo para histeria. Basta deixar o desinfetante agindo por um tempo no local (piso e caixa de transporte, no meu caso) e lavar normalmente — se não puder lavar, passe um pano úmido com o produto e espere secar sozinho, tirando o excesso com água limpa depois.

28.8.20

Alimentação de emergência para gato desidratado (com vômito ou diarreia)

Pipoca parou de comer sozinha de novo. E, além dos vômitos do piripaque renal do ano passado, dessa vez ela também teve diarreia, o que acelerou a desidratação. Dr. Eduardo Carneiro ensinou um truque para melhorar a absorção de água, que eu não podia deixar de compartilhar aqui.


Ingredientes

- 1/4 de mamão
- 1/4 de copo de água
- 1/2 lata grande de ração úmida (usei a Control Cat de 320 gramas)


Modo de preparo

Bata o mamão e a água no liquidificador ou com a ajuda de um mixer — acrescente mais água se ficar muito denso.


Separadamente, processe ração úmida, adicionando água só para dar aquela força na trituração.


Misture, com a colher mesmo, uma medida do suco para cada quatro do patê.


É importante fazer o suco separado para poder aumentar a proporção (até um para dois) se o animal não estranhar o sabor. E não espere que ele vá tomar sozinho! Aqui tem dicas salvadoras para pilotar seringa. E aqui, o modelo perfeito!

Mas por que mamão?

Vocês provavelmente já sabem que o corpo absorve líquidos mais rápido do que comida, né? E o suco de fruta funciona ainda melhor com os animais do que água pura! O esquema é o mesmo do soro caseiro para humanos: o intestino absorve a glicose do açúcar com prioridade, que chupa os sais minerais do sal e juntos eles sugam mais água para dentro das células. No caso dos bichos, a "frutose" faz esse trabalho sozinha.

Não vale mais a pena, então, oferecer o suco direto? Para cachorro, sim. Gatos não percebem sabores doces, então, tendem a rejeitar frutas, por isso a sugestão de misturar com o patê. Mas por que o mamão, raios? Porque as outras frutas possíveis são banana e coco — a água do coco, na verdade. Só que ambas têm potássio, que interfere na acidez do estômago e pode provocar ainda mais vômitos.

Alertas!

- A alimentação de emergência não substitui a ida ao veterinário.
- Para funcionar, o animal não pode vomitar até as pequenas quantidades de comida — nesse caso, é melhor dar só água mesmo, em doses mínimas.
- Suspenda a dieta imediatamente se a diarreia piorar.
- Não use frutas cítricas, porque causam problemas na boca. Muito menos uva e acerola, que são tóxicas.
- Se o especialista indicou a fluidoterapia para o peludo, aprenda a aplicar em casa.

Pipoquinha ainda não está conseguindo comer ração, mas já saiu do estado crítico. :)


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26.8.20

Metendo o nariz onde não é chamada!

Se Deus/Gaia/Shiva/Buda/Alá existe, mandou um fungo certeiro na fuça para a Chocolate parar de encrencar com os irmãos. #defofasóacara

21.8.20

Teste: você gosta mais de gato do que dos parentes?

Quem acompanha este projeto provavelmente já sabe a resposta. Mas, em tempos distópicos, nada melhor do que dar risada juntos, né? Compartilhem causos e a pontuação de vocês nos comentários! Quero saber se mais alguém foi ejetado da família porque perdeu o horário de visitar a avó na UTI para medicar gato — não, não me arrependo, Simba! ❤

Cada afirmação vale um 1 ponto:

1) Decorei os nomes dos bichanos, mas não lembro como se chamam os primos de segundo grau.
2) Gasto mais dinheiro com os bigodes do que com os presentes de Natal.
3) Assinei o boletim +Gatoca e digo para todo mundo que não uso e-mail.
4) Vibrei quando descobri que as tias não poderiam mandar corrente no nosso canal do Telegram.
5) Faltei a um evento importante para resgatar um filhote em perigo.
6) Cheguei sujo e/ou descabelado em outro pelo mesmo motivo.
7) Usei a sobrinhada como desculpa para jogar Gatonó (lançamento!).
8) Só choro quando morre bicho — e nem precisa ser na vida real.
9) Já até sonhei com a série "O Encantador de Gatos", que não começa nunca!
10) Desconverso quando tentam me empurrar rifa, mas faço questão de apoiar o Gatoca.

Este post foi uma brincadeira para chamar a atenção de vocês e tentar driblar os algoritmos, cada vez mais sacanas, porque nosso financiamento continuado não recebe novas adesões há três meses — e vem sofrendo algumas baixas. Em 13 anos, nós fizemos tudo isso. Mas podemos ousar mais!

Obrigada pela resistência, aliás, Alice Gap, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tatiana Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Daniela Cavalcanti, Samanta Ebling, Gisele Pequena, Marina Kater, Sonia Oliveira, Danilo Régis, Fernanda Barreto, Bárbara Toledo, Solimar Grande...

...Aline Silpe, Adrina Barth, Lucia Monteiro Mesquita, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sergio Amorim, Aline Fagundes, Luca Rischbieter, Rosana Rios, Lilian Gladys Carvalho, Regina Hein, Marianna Ulbrik Guerrera, Cristina Rebouças, Amanda Midori, Natalia Pantarotto, Paula Melo e Maíra Fischer! 🤗

14.8.20

Gatonó: dominó de gato grátis, para imprimir e jogar!

Como os bigodes estão velhinhos (as mais novas com 13 anos!), eu passei a fotografar e, principalmente, filmar as singelezas do cotidiano deles para guardar de lembrança — ter poucos registros parece dar mais peso à partida do Simba. Eis que, em junho, me toquei que os gatos dormindo divididos entre os almofadões da sala lembravam muito um dominó.


E resolvi produzir este jogo para vocês se divertirem com o Gatoca — não precisa ser só na quarentena! Leo Eichinger ajudou com a parte gráfica ❤ e, como estudiosa aplicada do assunto que me descobri, nós testamos a mecânica antes!






As regras seguem abaixo, explicadas do jeito mais simples que consegui, com adaptações felinas, claro.

Espero que o Gatonó renda alguma ludicidade neste 2020!

Ah! Feedbacks são bem-vindos! :)


Para baixar, cliquem na imagem


COMO JOGAR

O Gatonó segue as regras do dominó tradicional, só que com muito mais peças (52!) para vocês morrerem de fofura com os bigodes. Confesso que não consegui fotografar todas as combinações numéricas, mesmo após 39 dias de projeto, porque nossa superpopulação conta com "apenas" nove integrantes — e nem todos gostam de trocar calorzinho.

Mas tratei de compensar criando peças exclusivas como o coringa, que pode ser usado no lugar de qualquer número — assumindo esse número para as jogadas seguintes.


Ou o vale-dois, que funciona como 2:3 ou 1:4, dependendo da sua necessidade.


Se vocês, como eu, não veem um dominó na frente há algumas décadas, precisarão de uma recapitulada nas regras, certo? Aí vai, então:

O objetivo é baixar todas as peças na mesa antes do(s) adversário(s), marcando pontos de acordo com as peças que sobrarem em sua(s) mão(s) — na do(s) adversário(s), não na sua, que deve estar vazia, né?

Vence a competição quem alcançar 50 pontos no total de partidas. Sim, o dominó é jogado várias vezes na sequência, eu confesso que não lembrava disso.

Recomenda-se brincar com até quatro participantes (cada um por si ou em duplas), mas, como nosso Gatonó tem quase o dobro de peças, imagino que dê para incluir mais gente — não testei porque os bigodes se recusaram.

Durante a preparação, cada jogador recebe sete peças e o restante fica virado para baixo na mesa, formando o monte de compra — não tem problema se não sobrar monte de compra.

O dono da combinação (somada) mais alta começa, lembrando que cada almofadão acolhe de zero a seis gatos, exceto o coringa que realizou a façanha de juntar sete, rs — em caso de empate, sai na frente o tutor com mais bigodes na vida real.

As partidas sempre rolam no sentido horário, mas, como o primeiro acaba levando vantagem, cada nova empreitada deve ser iniciada por quem estiver do lado direito do primeiro da partida anterior — e pode escolher qualquer peça.

No seu turno, o jogador encaixa uma das opções da mão na extremidade correspondente do dominó, disposto na mesa, e não preciso dizer que o número de gatos deve ser igual, né? — peças com números repetidos ficam na transversal para fazer graça.

Quem não tiver peça para colocar em nenhuma das extremidades vai comprando do monte até dar match. Se não houver monte ou o monte acabar, a vez passa para o próximo.

Eu disse lá em cima que as partidas terminam quando o primeiro jogador ficar sem peças, certo? E a pontuação dele será a somatória das peças que o(s) adversário(s) não conseguiu/conseguiram baixar.

Mas há situações em que a rodada é interrompida porque ninguém tem nada para encaixar em nenhuma das extremidades. Aí, ganha quem possuir menos gatos na mão. E a pontuação se dá da mesma forma: o total dos bichanos na(s) mão(s) do(s) adversário(s).

E em caso de empate? Hm... Vence quem imitar o melhor felino!

Se alguma parte das instruções ficou confusa, usem a imaginação! Hahahahaha!