Gatoca

Educação, sensibilização e mobilização pelos animais

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29.8.25

Cluboca do Livro: felinos macabros de Halloween

Confesso que consultei o calendário duas vezes para ter certeza de que o Halloween será em dois meses, intervalo de leitura do nosso clube ― sim, ficou faltando uma obra entre Agatha Christie e este especial de Dia das Bruxas, culpa da editora Maralto, que publicou uma coletânea superlegal de escritores brasileiros sobre gatos, mas se recusa a vender (tentei pelos canais normais, a assessoria de imprensa, amigos escritores e até pela designer).

Em ritmo de ano acabando, então, discutiremos Felinos e Macabros, outra coletânea, só que de contos assinados por mestres do terror: Edgar Allan Poe com O Gato Preto, H. P. Lovecraft com Os Gatos de Ulthar, Sir Arthur Conan Doyle (o autor de Sherlock Holmes) com O Gato Brasileiro e Bram Stoker com A Índia ― além dos menos conhecidos James Bowker com O Gato Espectral e Norman Hinsdale Pitman com O Tigre que Aquiesce.


Felino macabro


Felino fofinho

Ler transforma o cérebro, segundo a ciência, porque ativa múltiplas áreas para associar letras e palavras a sons e significados variados, criando novas conexões ― quando nos deparamos com o trecho em que Anna Karenina, de Tolstoi, se joga na frente de um trem, por exemplo, a região motora do cérebro se ativa, sem que saiamos da poltrona.

Dedicar-se a textos não superficiais ajuda a entender argumentos complexos, fazer análises críticas e até a identificar notícias falsas nas redes. Ao estimular o hábito da leitura em casa, a criançada também desenvolve habilidades emocionais importantes, como a empatia, fugindo da distração e do hiperestímulo que as telas tendem a provocar. :)

Nosso encontro ocorrerá no primeiro domingo de novembro, dia 2, das 16h às 19h, pelo WhatsApp. Para participar, basta apoiar o Gatoca com qualquer valor a partir de R$ 15, escolher uma bebida e comprar sua edição favorita ― usando os links abaixo, uma porcentagem vem para a gente. :)

- Felinos e Macabros em papel
- Felinos e Macabros em e-book
- Qualquer item adquirido na Amazon partindo deste link ajuda o projeto

Discussões anteriores

:: Vou te Receitar um Gato, da japonesa Syou Ishida
:: O Mestre e Margarida, do russo Mikhail Bulgakov
:: Um Homem Chamado Ove, do sueco Fredrik Backman
:: Um Gato entre os Pombos, da inglesa Agatha Christie

22.8.25

Brinquedinho automático funciona com gato?

Há dois anos eu tenho essa curiosidade. Primeiro, tentei um peixe com penas (isso mesmo, rs), que vi em um dos vídeos do Jackson Galaxy, especialista em comportamento felino. Foi minha primeira (e última) compra no AliExpress, porque não vendiam nada parecido por aqui.

Acontece que o brinquedo de estética aberrante demorou uma eternidade para chegar, acabou taxado bem no intervalo entre o esquema antigo de importação e a nova "lei das blusinhas", dobrando de valor, e Jack Ma nunca devolveu meu dinheiro ― apelei até a ouvidoria da Receita Federal, já que o pacote sequer saiu da alfândega.

Passado o ranço, resolvi arriscar de novo com este girino robótico, mas por um site que nunca me deixou na mão e valor de produto nacional ― embora também seja importado.


Jujuba alterna entre o desprezo, quando a geringonça está longe, e o terror, assim que ela vem girando desgovernada em sua direção ― eu também posso ter criado um trauma. rs


Vale dizer que ela é uma gata de 18 anos, que só consegui fazer se interessar por uma bolinha de penacho neste único e milagroso episódio ― olha que não faltaram alternativas analógicas de diversão, como as molas e a clássica varinha. Ainda assim, recomendo o girino apenas para bichanos acostumados com brinquedinhos brutos e barulhentos.

E vocês não precisam recorrer à China para botar seu amigo em movimento ― pelo contrário! Basta lembrar que na natureza eles caçam e simular o ritual de forma estruturada, recompensando o esforço no final, como ensina Galaxy neste post completíssimo. Compartilhem suas experiências nos comentários? :)

13.8.25

18º aniversário do Gatoca!

Depois do dominó de mortes felinas (todos idosos), da sabotagem da Hostinger (que nos deixou fora do ar por um mês e arruinou a indexação dos posts no Google) e do aperto financeiro por causa do golpe na construção da casa, a maioridade do Gatoca me pegou encasulada ― demorei a admitir, mas vocês devem ter notado a falta de comemoração nos últimos anos.


No domingo passado, porém, além do nosso aniversário, era Dia dos Pais e acabamos encarando a estrada para levar os meninos do Leo à exposição interativa do Julio Verne no MIS. Aqui, os três projetos mais longevos da minha vida se encontram: o jornalismo, este blog e a família que me permitiu experenciar as múltiplas fases da maternidade, em fins de semana alternados.

Não foi fácil perder a batalha da abóbora, após horas de argumentação científica. E muitas vezes senti que plantava sementes em terra rachada. Mas a natureza é um bicho resiliente e encontra seu caminho ― quando a gente menos espera, lá está uma florzinha se espreguiçando.


Vocês não imaginam como eu precisava ― na foto, falta a enteada do meio, que tem deficiência e considerou que não valia trocar o porto seguro da mãe por um escritor que tomou dois tiros do próprio sobrinho. Voltei para o interiorrr com o estoque renovado de felicidades para usar nos dias nublados. E continuar facilitando desabrochares.

Jujuba, a gata que só aprendeu a ronronar aos 13 anos, não desgruda mais nem na ioga.


E Intrú, depois de dez ataques, agora dorme embrulhado como um burrito.


Nestes 18 anos, foram 1.891 textos informativos, engraçados, emocionantes, mobilizadores. Mais e-book, boletim (de cara nova!), tentativa de canal no Youtube. E surpresa em forma de jogo (Gatonó), coletânea literária (Depois da Quarentena), série (AssassiGato), Cluboca do Livro.

Uma comunidade engajada, com experiências trocadas em 13,9 mil comentários, grupo acolhedor no WhatsApp e 28 parceiros ao longo da jornada — destaque especial ao Wings For Change, à Pet Delícia e à prefeitura de Sorocaba, na gestão anterior.

Os braços offline do projeto ainda envolveram 116 gatos, oito cachorros e quatro aves, um mutirão de castração, oficina com escoteiros e bandeirantes, roda de conversa com adolescentes, curso no Sesc sobre o poder do coletivo, clube de leitura na ONU, sob a imaginação da Rosana Rios.

Tudo isso com o apoio de vocês, em forma de rifa, lojinha, financiamento coletivo, clube de assinaturas, programa de afiliados. ❤

Bora para a terceira idade? 😂


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8.8.25

Gatoca mobile agora tem busca e fui eu que fiz!

Se vocês não leram o título do post boquiabertos é porque não conhecem a história desta jornalista de papel. Nem deste blog, que já estragou alguns Natais em família. Sim, eu aprendi a programar no colégio técnico, mas em uma linguagem usada pelos fenícios para fazer rotina de locadora de vídeo ― os fenícios deixaram de existir há 2,2 mil anos e as locadoras de vídeo, tem mais de década.


No Wordpress, provavelmente as coisas fluiriam mais fácil. Só que o Blogger, publicador do Google, dava ao Gatoca um privilégio nos resultados de busca que não queria arriscar perder ― escrevi a frase no passado porque, com as inteligências artificiais generativas, a coisa anda mais nebulosa. Vai ter texto sobre o assunto também para que, independente do atravessador, nenhum gato ou gateiro sobre sem ajuda.

Pois no mecanismo de carroça do Blogger, nada funciona de forma intuitiva, toda alteração no código dá conflito (já havia abusado do Beto) e até agora não entendi porque a busca que aparece na versão para desktop do blog não pode ser replicada no mobile. Lá fui, então, criar outra no Google Programmable Search Engine, aprender a debugar a programação do celular no computador e ver o Gemini se compadecer de todo o esforço.


Para ampliar, cliquem nas imagens

Três dias de digitação frenética e olhinhos apertados depois, me sentia a própria Mrs. Robot.


A boa notícia é que agora vocês podem digitar na lupa do smartphone qualquer palavra-chave referente à dúvida ou ao problema que estão enfrentando e a busca retornará todos os posts (e fotos) sobre o tema, mesmo que não apareça no título.

Em tempos de informações duvidosas, é um privilégio poder contar com um arquivo de 1.892 textos, baseados na experiência de quase duas décadas de um ser humano real, com gatos que possuem a quantidade certa de dedos.

Se eu fosse vocês, testaria com a palavra "zabumba" (até o dia 31). 😉