Intrú queria comida e eu precisava de um modelo para alternar as fotos do blog com a Jujuba, porque nosso casting desfalcou de repente. Ele ganhou croquetes e consegui cinco cliques: quatro de cara feia e o último sem gato ― que saiu correndo para providenciar o próprio almoço, provocando uma debandada de passarinhos.
Impossível não lembrar do Grinch, a criatura verde que odeia Natal, interpretada no cinema pelo Jim Carrey. Ou do Scrooge, personagem de Um Conto de Natal, escrito por Charles Dickens, que considera a data um desperdício de tempo e dinheiro, e acaba recebendo os espíritos do Natal passado, presente e futuro para esfregarem seus erros na cara.
Eu mesma não morro de amores pela chacina animal, o apelo consumista e a ideia de juntar pessoas tão diferentes em volta da mesma mesa. Mas não podia agradecer vocês pela travessia em companhia deste 2024 tão difícil de mau humor, né? Percebi, então, que chapeuzinhos de Papai Noel deixam qualquer coisa fofa.
E é nesse clima que festejo a chegada ao nosso grupo de apoiadores da Sara Gonçalves, da Soraia Mancilha e da Celina Matsuda! Elas se juntam aos maravilhosos Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Marcelo Verdegay, Fernanda Leite Barreto...
... Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Karine Eslabão, Michely Nishimura...
...Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida, Ana Cris Rosa, Ana Hilda Costa, Lia Paim, Elisângela Dias, Ivoneide Rodrigues, Melissa Menegolo, Vanessa Almeida, Vivian Vano, Maria Beatriz Ribeiro, Elaigne Rodrigues, Simone Castro, Beatriz Terenzi, Viviane Silva, Regina Hansen, Arina Alba, July Grafe, Sandra Malacrida, Vera e Gabriela Fromme, Lucia Trindade, Aline Silva e Caroline Rocha! 🤗
Será que em 2025 nosso rabugento ganha uma família para brigar no Natal?
(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada no nosso financiamento coletivo — aqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 17 anos de Gatoca. ❤)
Epopeia do Intruso
:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
:: Dia de levar o pet ao trabalho
:: Ele não quer uma casa, quer uma família
:: Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
Mostrando postagens com marcador Coração de pudim. Mostrar todas as postagens
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20.12.24
13.12.24
Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
Quem nasceu nos anos 70 e 80 cresceu com o Pica-Pau descendo as Cataratas do Niágara em um barril, enquanto pessoinhas de capa amarela gritavam de braços levantados. Imaginem, então, a emoção que vivi ao sentir os lendários respingos no rosto, quando viajei para o Canadá a trabalho, em 2006 ― de capa azul, porque amarela é a cor para os turistas do lado norte-americano.
Foi exatamente o oposto de ver um braço do toldo se desprender do contêiner bem em cima da casinha do Intrú, durante o último temporal, derrubando uma cachoeira inteira no telhado, que se deslocou e fez o coitado sair correndo sem barril nem capinha. Acho que nunca fiquei tão ensopada na vida, ao menos não de pijama, tentando consertar algo na força do desespero.
E precisei de muitos croquetes para convencer o gorducho a entrar no cafofo de novo, cujo cobertor 50% molhado tapeei com a bolsa térmica para resistir à madrugada. Estas fotos são do dia seguinte, quando saiu sol e pude lavar tudo, menos o gato ― que continuava tentando trocar de casa.
Epopeia do Intruso
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:: Dia de levar o pet ao trabalho
:: Ele não quer uma casa, quer uma família
Foi exatamente o oposto de ver um braço do toldo se desprender do contêiner bem em cima da casinha do Intrú, durante o último temporal, derrubando uma cachoeira inteira no telhado, que se deslocou e fez o coitado sair correndo sem barril nem capinha. Acho que nunca fiquei tão ensopada na vida, ao menos não de pijama, tentando consertar algo na força do desespero.
E precisei de muitos croquetes para convencer o gorducho a entrar no cafofo de novo, cujo cobertor 50% molhado tapeei com a bolsa térmica para resistir à madrugada. Estas fotos são do dia seguinte, quando saiu sol e pude lavar tudo, menos o gato ― que continuava tentando trocar de casa.
Epopeia do Intruso
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:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
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6.12.24
Quem cuida dos cuidadores?
Jujuba já tinha assumido o papel de enfermeira de Gatoca ao aconchegar a mãe e as irmãs enquanto morriam.
(Pipoca e Pufosa com dois dias de diferença, exigindo malabarismos de todos os envolvidos.)
Mas eu não imaginava que não desgrudaria também da Chocolate, que deixava clara sua preferência por não trocar calorzinho com ninguém ― a gente tirava a bichinha de perto e ela voltava, feito iôiô.
E, quando chegou a vez da Pimenta, comecei a me preocupar: quem cuidaria da malhada?
Claro que ela tem a mim, mas não é a mesma coisa ― poder desligar do mundo colada a um corpo quentinho e peludo, que só sairá de perto depois de você.
Exatamente como aconteceu com a Keka.
Pela primeira vez sozinha em 17 anos e meio, Jujuba se aproximou mais de mim. Na hora de dormir, porém, se encaixa entre as almofadas do sofá, onde antes existiam outros nove gatos, e meu coração engasga.
(Pipoca e Pufosa com dois dias de diferença, exigindo malabarismos de todos os envolvidos.)
Mas eu não imaginava que não desgrudaria também da Chocolate, que deixava clara sua preferência por não trocar calorzinho com ninguém ― a gente tirava a bichinha de perto e ela voltava, feito iôiô.
E, quando chegou a vez da Pimenta, comecei a me preocupar: quem cuidaria da malhada?
Claro que ela tem a mim, mas não é a mesma coisa ― poder desligar do mundo colada a um corpo quentinho e peludo, que só sairá de perto depois de você.
Exatamente como aconteceu com a Keka.
Pela primeira vez sozinha em 17 anos e meio, Jujuba se aproximou mais de mim. Na hora de dormir, porém, se encaixa entre as almofadas do sofá, onde antes existiam outros nove gatos, e meu coração engasga.
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Vale a pena ler de novo
28.11.24
Renovação que veio de fininho
Tem gente que é incompetente para o descanso. Eu havia prometido um respiro neste fim de ano, depois de quase meia década de mortes felinas em sequência, para retomar os projetos com força total em 2025. E, quando me dei conta, estava com a casa virada do avesso. Tudo começou com a caminha da Chocolate, intocada desde abril, porque me faltou coragem para doar.
E como já teria de abrir espaço no depósito de jardim, resolvi rever todas as coisas guardadas ao longo da jornada com gatos ― pois poderia esfriar, ou esquentar, ou resgatar de novo uma ninhada, ou precisar de mais banheiros. Levei até a ONG que castrou o Intrú e nem fotografei porque não percebi o movimento que se iniciava.
Aí, Leo sugeriu uma ida ao Ceagesp para repor as plantas que não sobreviveram à rotina entre alarmes ― ele cuidando dos pais e eu, dos velhinhos quadrúpedes. Peguei a estrada determinada a recomprar a cinerária prateada que secou junto com a gangue e voltei com cristas-de-galo que, se crescerem como imagino, farão um pôr de sol no gatil ― Intrú ajudou com os vasos de fora, como não se nota na imagem anterior.
Mari pediu, então, para procurar na papelada que deixou comigo, antes de se mudar para a Itália, seus diplomas e históricos escolares. E aproveitou para desapegar dos livros e das roupas que já haviam vindo de Sorocaba para cá. A coleção do Sherlock Holmes entreguei na biblioteca da cidade, pequena, mas gracinha. E as obras de espiritualidade estou dividindo entre os amigos menos céticos.
As peças sociais poderiam ser vendidas no shopping, já que minha irmã não compartilha a estratégia de usar até virar pijama, depois jogar no reciclável porque não aceitariam nem como doação. Só que antes de qualquer destino preciso descobrir como tirar macha de botão que esverdeou o tecido ou de calça colorida que estampou a clara.
E lavar de novo a leva do varal que quebrou, para delírio do Intrú.
Tenho compartilhado mais registros do cotidiano nos stories do Instagram, porque vocês disseram que querem ver ― e talvez contribua para a fidelização da comunidade (já disse que odeio os algoritmos?).
Ainda deve rolar um bate e volta para Campinas, pois também consegui substituir, nesta Black Friday, os pneus que me obrigavam a dirigir com aventura pela Raposo. Perguntei ao mecânico se dava para saber a data da última troca, já que não me lembrava mais, e fiquei chocada com a resposta: 2008. Comprei o Focus em 2011.
E como já teria de abrir espaço no depósito de jardim, resolvi rever todas as coisas guardadas ao longo da jornada com gatos ― pois poderia esfriar, ou esquentar, ou resgatar de novo uma ninhada, ou precisar de mais banheiros. Levei até a ONG que castrou o Intrú e nem fotografei porque não percebi o movimento que se iniciava.
Aí, Leo sugeriu uma ida ao Ceagesp para repor as plantas que não sobreviveram à rotina entre alarmes ― ele cuidando dos pais e eu, dos velhinhos quadrúpedes. Peguei a estrada determinada a recomprar a cinerária prateada que secou junto com a gangue e voltei com cristas-de-galo que, se crescerem como imagino, farão um pôr de sol no gatil ― Intrú ajudou com os vasos de fora, como não se nota na imagem anterior.
Mari pediu, então, para procurar na papelada que deixou comigo, antes de se mudar para a Itália, seus diplomas e históricos escolares. E aproveitou para desapegar dos livros e das roupas que já haviam vindo de Sorocaba para cá. A coleção do Sherlock Holmes entreguei na biblioteca da cidade, pequena, mas gracinha. E as obras de espiritualidade estou dividindo entre os amigos menos céticos.
As peças sociais poderiam ser vendidas no shopping, já que minha irmã não compartilha a estratégia de usar até virar pijama, depois jogar no reciclável porque não aceitariam nem como doação. Só que antes de qualquer destino preciso descobrir como tirar macha de botão que esverdeou o tecido ou de calça colorida que estampou a clara.
E lavar de novo a leva do varal que quebrou, para delírio do Intrú.
Tenho compartilhado mais registros do cotidiano nos stories do Instagram, porque vocês disseram que querem ver ― e talvez contribua para a fidelização da comunidade (já disse que odeio os algoritmos?).
Ainda deve rolar um bate e volta para Campinas, pois também consegui substituir, nesta Black Friday, os pneus que me obrigavam a dirigir com aventura pela Raposo. Perguntei ao mecânico se dava para saber a data da última troca, já que não me lembrava mais, e fiquei chocada com a resposta: 2008. Comprei o Focus em 2011.
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Jujuba
22.11.24
Ele não quer uma casa, quer uma família
No dia seguinte à invasão do estúdio, Leo arrumou uma almofadinha para Intrú compartilhar a mesa de trabalho no conforto dos sultões.
Sempre que se vê sozinho, porém, o gorducho vai para a porta de vidro e fica olhando para cá.
Ele prefere nossa companhia, mesmo que do lado de fora, encolhido no vão do contêiner para fugir do calor ― continuem divulgando, please?
Epopeia do Intruso
:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
:: Dia de levar o pet ao trabalho
Sempre que se vê sozinho, porém, o gorducho vai para a porta de vidro e fica olhando para cá.
Ele prefere nossa companhia, mesmo que do lado de fora, encolhido no vão do contêiner para fugir do calor ― continuem divulgando, please?
Epopeia do Intruso
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21.11.24
Dia de levar o pet ao trabalho
A gangue nunca entrou no estúdio do Leo porque cada passo em falso tem potencial de destruir meia dúzia de coisas ― de bibelôs a equipamentos de fotografia. Mas Intrú, o Sherlock Holmes dos vãozinhos em dias abafados, conseguiu.
Ignorou o sofá macio, as prateleiras apinhadas de objetos brilhantes, os vasos de plantas tóxicas e subiu direto na mesa para fazer o que todo gato (semi)domesticado faz: digitar com a bochecha no laptop enquanto pede carinho.
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Ignorou o sofá macio, as prateleiras apinhadas de objetos brilhantes, os vasos de plantas tóxicas e subiu direto na mesa para fazer o que todo gato (semi)domesticado faz: digitar com a bochecha no laptop enquanto pede carinho.
Epopeia do Intruso
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:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
27.10.24
Um ano do gato que eu não sabia que precisava
Olhando para uma das muitas cicatrizes feitas pela falta de noção dos bigodes, me toquei que o único gato que me atacou dez vezes não deixou marca nenhuma ― quer dizer, tenho um rasgo no braço de tentar fechar a porta da lavanderia antes de ele conseguir entrar, mas a incompetência foi toda minha.
O frajola de patinhas de elefante chegou como Intruso, batendo primeiro na Keka, ao invadir o gatil, depois na Pimenta, que aproveitou um descuido do Leo para sair no terreno. Virou Intrú quando passei vergonha para castrá-lo. E agora me olha com vergonha sempre que troco Intrusinho por Frufruzinho ― os caninos e as garras finalmente se limitaram aos ratinhos.
E lagartinhos.
E pererecas.
E passarinhos.
E um coelho, que ninguém sabe como escalou 2 m de muro.
E quase que o Airbnb de saruês.
Outubro, mês do nascimento do Mercv (que já não está mais por aqui) e da partida do Simba, precisava de um desempate. E eu precisava de um respiro na rotina puxada de doença e morte da gangue idosa. Quando sento derrotada lá fora, ele me remonta ganhando cafuné de boca aberta, amassando pãozinho no colo, babando no cobertor.
Ou me faz rir usando a casinha do jeito errado, tomando água pendurado no balde, disfarçando as estratégias de caça fracassadas, roubando meu tapetinho de ioga.
E esta piscadela de malandro carioca?
Não tem tempo ruim com quem transforma pedra em travesseiro. O gorducho ainda me obriga a exercitar a flexibilidade porque se encasqueta com algo, ninguém demove. Bateu 6,1 kg (o dobro da época do resgate!) depois que descobriu uma fonte de comida porcaria no bairro ― digo porcaria porque a criatura passou a rejeitar a ração úmida natural. E só emagreceu (500 g) quando tive a ideia de misturar o molho da Pet Delícia na ração seca super premium.
Muita gente acha que protetor doa os bichos de que não gosta e não há impressão mais equivocada. É preciso amar para reconhecer que o outro merece mais ― uma casa em que a FeLV não impeça de morar do lado de dentro, com aquecimento nas madrugadas frias, brinquedinho livre de formigas, sem riscos de atropelamento.
Enquanto esse dia não chega, ele tem salvo os meus ❤️ ― obrigada, madrinhas, pela acolhida dupla!
Epopeia do Intruso
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:: Ele não quer uma casa, quer uma família
:: Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
O frajola de patinhas de elefante chegou como Intruso, batendo primeiro na Keka, ao invadir o gatil, depois na Pimenta, que aproveitou um descuido do Leo para sair no terreno. Virou Intrú quando passei vergonha para castrá-lo. E agora me olha com vergonha sempre que troco Intrusinho por Frufruzinho ― os caninos e as garras finalmente se limitaram aos ratinhos.
E lagartinhos.
E pererecas.
E passarinhos.
E um coelho, que ninguém sabe como escalou 2 m de muro.
E quase que o Airbnb de saruês.
Outubro, mês do nascimento do Mercv (que já não está mais por aqui) e da partida do Simba, precisava de um desempate. E eu precisava de um respiro na rotina puxada de doença e morte da gangue idosa. Quando sento derrotada lá fora, ele me remonta ganhando cafuné de boca aberta, amassando pãozinho no colo, babando no cobertor.
Ou me faz rir usando a casinha do jeito errado, tomando água pendurado no balde, disfarçando as estratégias de caça fracassadas, roubando meu tapetinho de ioga.
E esta piscadela de malandro carioca?
Não tem tempo ruim com quem transforma pedra em travesseiro. O gorducho ainda me obriga a exercitar a flexibilidade porque se encasqueta com algo, ninguém demove. Bateu 6,1 kg (o dobro da época do resgate!) depois que descobriu uma fonte de comida porcaria no bairro ― digo porcaria porque a criatura passou a rejeitar a ração úmida natural. E só emagreceu (500 g) quando tive a ideia de misturar o molho da Pet Delícia na ração seca super premium.
Muita gente acha que protetor doa os bichos de que não gosta e não há impressão mais equivocada. É preciso amar para reconhecer que o outro merece mais ― uma casa em que a FeLV não impeça de morar do lado de dentro, com aquecimento nas madrugadas frias, brinquedinho livre de formigas, sem riscos de atropelamento.
Enquanto esse dia não chega, ele tem salvo os meus ❤️ ― obrigada, madrinhas, pela acolhida dupla!
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:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
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23.10.24
Natureza selvagem como a gata
Aqui, ninguém compra calça jeans rasgada para acompanhar a moda ― a gente usa até rasgar organicamente. E de que adianta ter um gatil poser, com grama aparadinha, se Jujuba é roots? Eu ainda posso usar a estratégia do (des)prefeito de São Paulo e culpar as chuvas pelo crescimento mais rápido das sementes do que damos conta de cortar.
Ração, latinha e escovação, no entanto, estão em dia ― assim como as dez rodadas de comida na seringa para a Keka, que também aproveita a parte proibida do terreno. Quem compartilha com elas esta versão selvagem do Gramado da Fama é a tutora de outro idoso, a Caroline Rocha ― Nicolau chegou aos 16 anos demandando cuidados intensivos e ela queria "trocar com gente em jornadas parecidas e empatia especial por também serem pessoas de gatos".
No Cluboca, a paulistana foi acolhida pelos apoiadores maravilhosos do Gatoca, que não canso de agradecer: Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Marcelo Verdegay, Fernanda Leite Barreto...
... Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Karine Eslabão, Michely Nishimura...
...Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida, Ana Cris Rosa, Ana Hilda Costa, Lia Paim, Elisângela Dias, Ivoneide Rodrigues, Melissa Menegolo, Vanessa Almeida, Vivian Vano, Maria Beatriz Ribeiro, Elaigne Rodrigues, Simone Castro, Beatriz Terenzi, Viviane Silva, Regina Hansen, Arina Alba, July Grafe, Sandra Malacrida, Vera e Gabriela Fromme, Lucia Trindade e Aline Silva, um aperto a distância! 🤗
(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp? Ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada no nosso financiamento coletivo — aqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 17 anos de projeto. ❤)
Ração, latinha e escovação, no entanto, estão em dia ― assim como as dez rodadas de comida na seringa para a Keka, que também aproveita a parte proibida do terreno. Quem compartilha com elas esta versão selvagem do Gramado da Fama é a tutora de outro idoso, a Caroline Rocha ― Nicolau chegou aos 16 anos demandando cuidados intensivos e ela queria "trocar com gente em jornadas parecidas e empatia especial por também serem pessoas de gatos".
No Cluboca, a paulistana foi acolhida pelos apoiadores maravilhosos do Gatoca, que não canso de agradecer: Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Marcelo Verdegay, Fernanda Leite Barreto...
... Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Karine Eslabão, Michely Nishimura...
...Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida, Ana Cris Rosa, Ana Hilda Costa, Lia Paim, Elisângela Dias, Ivoneide Rodrigues, Melissa Menegolo, Vanessa Almeida, Vivian Vano, Maria Beatriz Ribeiro, Elaigne Rodrigues, Simone Castro, Beatriz Terenzi, Viviane Silva, Regina Hansen, Arina Alba, July Grafe, Sandra Malacrida, Vera e Gabriela Fromme, Lucia Trindade e Aline Silva, um aperto a distância! 🤗
(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp? Ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada no nosso financiamento coletivo — aqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 17 anos de projeto. ❤)
11.10.24
Saruoca: o dia em que Intrú desmantelou um Airbnb
Quando Intrú encasqueta com um bichinho, não tem ração, carinho ou brinquedinho que tire o foco. E foi assim que ele se plantou ao lado do buraco que conecta a fiação elétrica da nossa casa ao poste de luz, esquecido aberto pelo Leo no último domingo.
Na escuridão do interior, enxerguei um ratinho lá no fundo, fiz uma barricada para protegê-lo durante a madrugada e Leo jogou uma banana antes de ir para São Paulo, na manhã seguinte, que desapareceu quase instantaneamente.
Sozinha com o gato e o rato, que na verdade era um saruê, apelei à Defesa Civil (199). Das 10h24 às 11h11, o agente Barros pescou folhas, fios, um filhote, o pai, a mãe e outro filhote acoplado na bolsinha!
Eu participei com interjeições, água e amoras. A família sortuda rumou para o centro de reabilitação de Araçoiaba da Serra, onde passará por exames para mapear o total de bebês, paridos ou não.
O gorducho nem se importou com a movimentação. Mas, à noite, lamentou a partida do jantar.
Na escuridão do interior, enxerguei um ratinho lá no fundo, fiz uma barricada para protegê-lo durante a madrugada e Leo jogou uma banana antes de ir para São Paulo, na manhã seguinte, que desapareceu quase instantaneamente.
Sozinha com o gato e o rato, que na verdade era um saruê, apelei à Defesa Civil (199). Das 10h24 às 11h11, o agente Barros pescou folhas, fios, um filhote, o pai, a mãe e outro filhote acoplado na bolsinha!
Eu participei com interjeições, água e amoras. A família sortuda rumou para o centro de reabilitação de Araçoiaba da Serra, onde passará por exames para mapear o total de bebês, paridos ou não.
O gorducho nem se importou com a movimentação. Mas, à noite, lamentou a partida do jantar.
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25.9.24
Assisti ao Intrú quase ser atropelado!
Não, gato ir para a rua não é liberdade, nem romântico, nem bucólico. Eu escrevi uma dúzia de posts aqui no blog falando sobre guarda responsável, telas nas janelas, riscos de briga, transmissão de doenças como FIV e FeLV, envenenamento, atropelamento. Só que nunca imaginei que fosse viver esse pesadelo em primeira pessoa.
FeLV Intrú já tem, por isso mesmo não posso colocá-lo para o lado de dentro da porta de vidro da lavanderia, com minhas velhinhas. Quatro anos de vadiagem antes de descobrir Gatoca, porém, me deram o falso conforto de que ele jamais se jogaria na frente de um carro. Mas voltemos ao café da manhã em que o gorducho não apareceu cantarolando.
Chamei, cuidei da Jujuba e da Keka, reguei as plantas, fiz almoço, trabalhei e no fim da tarde saí para caminhar, quando o encontrei rolando na calçada de terra de um vizinho que fica na ponta extrema do nosso quarteirão ― do quarteirão mesmo, não da rua. Primeiro, dei risada: então é por isso que o infeliz sempre chega vermelho! Depois, apontei o celular para filmar nosso encontro inusitado.
O coitado fugiu antes de me reconhecer, só então veio pedir carinho e não demorou um minuto e meio para a tragédia só não se consumar porque no interior as pessoas tendem a parar para os animais ― principalmente se uma louca espreme os pulmões asmáticos no grito.
Voltei para casa segurando 6,1 kg de frajola com as garras atacando o ar, porque ele ficou completamente desorientado. E o botei no chão apenas quando percebi que reconheceu nosso portão ― mal dava para ver as patinhas se mexendo na corrida. Um susto triplo, porque Chicão certamente foi arrancado de sua pregação para os passarinhos.
Epopeia do Intruso
:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
FeLV Intrú já tem, por isso mesmo não posso colocá-lo para o lado de dentro da porta de vidro da lavanderia, com minhas velhinhas. Quatro anos de vadiagem antes de descobrir Gatoca, porém, me deram o falso conforto de que ele jamais se jogaria na frente de um carro. Mas voltemos ao café da manhã em que o gorducho não apareceu cantarolando.
Chamei, cuidei da Jujuba e da Keka, reguei as plantas, fiz almoço, trabalhei e no fim da tarde saí para caminhar, quando o encontrei rolando na calçada de terra de um vizinho que fica na ponta extrema do nosso quarteirão ― do quarteirão mesmo, não da rua. Primeiro, dei risada: então é por isso que o infeliz sempre chega vermelho! Depois, apontei o celular para filmar nosso encontro inusitado.
O coitado fugiu antes de me reconhecer, só então veio pedir carinho e não demorou um minuto e meio para a tragédia só não se consumar porque no interior as pessoas tendem a parar para os animais ― principalmente se uma louca espreme os pulmões asmáticos no grito.
Voltei para casa segurando 6,1 kg de frajola com as garras atacando o ar, porque ele ficou completamente desorientado. E o botei no chão apenas quando percebi que reconheceu nosso portão ― mal dava para ver as patinhas se mexendo na corrida. Um susto triplo, porque Chicão certamente foi arrancado de sua pregação para os passarinhos.
Epopeia do Intruso
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:: Teste: o desaparecimento do frajola
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:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
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:: Vigilantes do Peso Felino
13.9.24
Oficina de escrita 'hot' para gateiras!
Tudo começou com a sugestão, no nosso grupo de apoiadores, de transformar o conteúdo do Gatoca em livro ― formato que já experimentei em 2016, com o Manual do Gateiro de Segunda Viagem, antes de e-book ser modinha. E terminou com a Lorena Fonseca elucubrando se os bichanos já acompanhavam humanos ao banheiro no Antigo Egito.
Entre as duas coisas (e o desafio dos boletos), comentei que escreveria um romance hot, abrindo os bytes para a conversa mais surreal do Cluboca. Bárbara lamentou não levar o dom, porque "tem gente ganhando seis dígitos com esse tipo de literatura". E Aline Fagundes prontamente apresentou a solução: "Pensa que os personagens são gatos! Passaram-se horas de gritos, unhadas vorazes e mordidas calientes sob o luar. A língua indo e vindo, alcançando lugares inimagináveis".
Regina Haagen pontuou, então, que essa aspereza poderia acrescentar uma pegada BDSM (bondage, dominação, sadismo e masoquismo) e já anunciou o protagonista: "Vejo grandes possibilidades no rabão do Pingu" ― o pequeno da Vanessa Araújo tem realmente um rabo avantajado. E Liliane Molina tratou de monetizar a ideia, criando a oficina que dá título ao post ― "primeira e única do gênero".
Tudo brincadeira, claro, mas rendeu risadas molhadas, no sentido inocente da expressão, num momento em que eu estava precisando muito. Essa comunidade, não canso de repetir, é a maior riqueza do projeto. Se você quiser não escrever romances hot com a gente ou estiver precisando trocar o aspirador de pó, basta clicar aqui.
Vale dizer que, em um grupo com duas dezenas de participantes mais ativos, 10% levaram bigodes ao motel. Roxana, nome fictício para preservar a identidade da leitora, viajou de carro do Rio de Janeiro até Brasília e acabou parando para dormir com os peludos na cama redonda. Já Paulina resgatou o felino no próprio motel, deixando na portaria para pegar na saída. E quem não se identifica com Nicolette, que tinha seu desempenho julgado por Mia?
O cabaré está on, sim, Simone!
Entre as duas coisas (e o desafio dos boletos), comentei que escreveria um romance hot, abrindo os bytes para a conversa mais surreal do Cluboca. Bárbara lamentou não levar o dom, porque "tem gente ganhando seis dígitos com esse tipo de literatura". E Aline Fagundes prontamente apresentou a solução: "Pensa que os personagens são gatos! Passaram-se horas de gritos, unhadas vorazes e mordidas calientes sob o luar. A língua indo e vindo, alcançando lugares inimagináveis".
Regina Haagen pontuou, então, que essa aspereza poderia acrescentar uma pegada BDSM (bondage, dominação, sadismo e masoquismo) e já anunciou o protagonista: "Vejo grandes possibilidades no rabão do Pingu" ― o pequeno da Vanessa Araújo tem realmente um rabo avantajado. E Liliane Molina tratou de monetizar a ideia, criando a oficina que dá título ao post ― "primeira e única do gênero".
Tudo brincadeira, claro, mas rendeu risadas molhadas, no sentido inocente da expressão, num momento em que eu estava precisando muito. Essa comunidade, não canso de repetir, é a maior riqueza do projeto. Se você quiser não escrever romances hot com a gente ou estiver precisando trocar o aspirador de pó, basta clicar aqui.
Vale dizer que, em um grupo com duas dezenas de participantes mais ativos, 10% levaram bigodes ao motel. Roxana, nome fictício para preservar a identidade da leitora, viajou de carro do Rio de Janeiro até Brasília e acabou parando para dormir com os peludos na cama redonda. Já Paulina resgatou o felino no próprio motel, deixando na portaria para pegar na saída. E quem não se identifica com Nicolette, que tinha seu desempenho julgado por Mia?
O cabaré está on, sim, Simone!
6.9.24
Vigilantes do Peso Felino
O ser humano é um bicho curioso. Quando Intrú decidiu morar no nosso terreno, tinha cerca de 4 anos e pesava menos de 3,5 kg, tomando por base a marcação da balança no dia da castração, depois de um mês de alimentação (quase) à vontade. Ninguém se importava com ele.
Bastou levar ao veterinário, sofrer dez ataques até conseguir socializá-lo, comprar casinha, blindar casinha e montar uma dieta balanceada para um infeliz decidir sobrealimentá-lo ― provavelmente com porcaria, porque a criatura começou a rejeitar a ração úmida. Quem olha para um gato sem pescoço e resolve entuchar mais comida nele?
Eu já tinha de lidar com os ratinhos, lagartinhos, rãs e até um coelho, que o frajola caçava quando considerava que três jantares não eram o suficiente. Se, estragado o paladar (e os rins), a pessoa ao menos o adotasse, nem reclamaria. Mas o coitado continua voltando para dormir no seu cobertorzinho, do lado de fora da porta de vidro da lavanderia ― a FeLV+ o impede de conviver com minhas velhinhas.
Na última semana, passou dos 6 kg (6,1 kg, para ser mais exata), o que dá umas três Kekas e meia ― sem o menor sinal de que vá parar por aí. Como emagrecer um gorducho que já paga seu cárdio diário batendo perna pelo bairro?
Epopeia do Intruso
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:: Férias do Intrú
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:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
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:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
Bastou levar ao veterinário, sofrer dez ataques até conseguir socializá-lo, comprar casinha, blindar casinha e montar uma dieta balanceada para um infeliz decidir sobrealimentá-lo ― provavelmente com porcaria, porque a criatura começou a rejeitar a ração úmida. Quem olha para um gato sem pescoço e resolve entuchar mais comida nele?
Eu já tinha de lidar com os ratinhos, lagartinhos, rãs e até um coelho, que o frajola caçava quando considerava que três jantares não eram o suficiente. Se, estragado o paladar (e os rins), a pessoa ao menos o adotasse, nem reclamaria. Mas o coitado continua voltando para dormir no seu cobertorzinho, do lado de fora da porta de vidro da lavanderia ― a FeLV+ o impede de conviver com minhas velhinhas.
Na última semana, passou dos 6 kg (6,1 kg, para ser mais exata), o que dá umas três Kekas e meia ― sem o menor sinal de que vá parar por aí. Como emagrecer um gorducho que já paga seu cárdio diário batendo perna pelo bairro?
Epopeia do Intruso
:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
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4.9.24
Testei a escova para gato que solta vapor!
É importante esclarecer que não se deve ligar o vapor na cara do gato, mesmo que ele esteja acostumado a brincar com a mangueira do jardim e não se intimide nem com o cortador de grama ― pouco importa que você tenha mirado na cabeça. Na dúvida, direcione o jato para áreas menos sensíveis (e mais amplas) do corpo.
Feito esse disclaimer, que nada tem a ver com o Intrú, motivo pelo qual Jujuba não herdou a escova do trauma, achei legal compartilhar os prós e os contras de um dos poucos produtos que as redes sociais acertaram em me mostrar como propaganda. Apesar de importada, a Electric Spray Handle Massage Brush não custou caro: R$ 25,22, já com o frete.
De escovinha, porém, ela não tem muita coisa. E o tamanho é a primeira desvantagem, porque dificulta o uso com bichanos magrinhos (e ossudos) como a Keka. A sujeira de terra da Jujuba, que gostou até do vaporzinho na fuça, também limpou mais fácil com o lenço umedecido. E precisa tomar cuidado no frio, pois o pelo acaba molhado pela insistência.
Na estação certa, por outro lado, a massagem refrescante ajuda a baixar a temperatura do corpo, enquanto os termômetros insistem em quebrar recordes de aquecimento global. E esta é a principal vantagem para mim (ou para eles). A névoa sai fininha, quase silenciosa e fria ― a menos que se coloque água quente no reservatório, só que não sei se pode, porque não achei o site da fabricante chinesa.
A carga demora cerca de meia hora ― na caixa vem um cabo minúsculo (USB-C), compatível com o carregador dos celulares Android. E a cabeleira sai relativamente fácil do meio das cerdas, basta deixar juntar um bolinho.
Se seu amigo é desconfiado, aconselho um período de adaptação, começando só com a escovação. Quando ele estiver acostumado, ligue o vapor durante o processo, de preferência com a escova colada ao pelo e uma musiquinha para disfarçar o barulho do botão e do jato. Uma vez que ele perceber o bem-estar, você não precisará mais se preocupar. :)
Feito esse disclaimer, que nada tem a ver com o Intrú, motivo pelo qual Jujuba não herdou a escova do trauma, achei legal compartilhar os prós e os contras de um dos poucos produtos que as redes sociais acertaram em me mostrar como propaganda. Apesar de importada, a Electric Spray Handle Massage Brush não custou caro: R$ 25,22, já com o frete.
De escovinha, porém, ela não tem muita coisa. E o tamanho é a primeira desvantagem, porque dificulta o uso com bichanos magrinhos (e ossudos) como a Keka. A sujeira de terra da Jujuba, que gostou até do vaporzinho na fuça, também limpou mais fácil com o lenço umedecido. E precisa tomar cuidado no frio, pois o pelo acaba molhado pela insistência.
Na estação certa, por outro lado, a massagem refrescante ajuda a baixar a temperatura do corpo, enquanto os termômetros insistem em quebrar recordes de aquecimento global. E esta é a principal vantagem para mim (ou para eles). A névoa sai fininha, quase silenciosa e fria ― a menos que se coloque água quente no reservatório, só que não sei se pode, porque não achei o site da fabricante chinesa.
A carga demora cerca de meia hora ― na caixa vem um cabo minúsculo (USB-C), compatível com o carregador dos celulares Android. E a cabeleira sai relativamente fácil do meio das cerdas, basta deixar juntar um bolinho.
Se seu amigo é desconfiado, aconselho um período de adaptação, começando só com a escovação. Quando ele estiver acostumado, ligue o vapor durante o processo, de preferência com a escova colada ao pelo e uma musiquinha para disfarçar o barulho do botão e do jato. Uma vez que ele perceber o bem-estar, você não precisará mais se preocupar. :)
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Coração de pudim,
Dicas,
Jujuba,
Keka
23.8.24
O Gatoca segundo Ana Roxo (e Tati Fadel)
Quando eu era pequena, bem pequena, desisti do balé clássico porque a professora disse que demoraria para subir na ponta, já que meus ossos ainda estavam em formação. Maiorzinha, abandonei a ginástica olímpica quando um braço ficou para fora do tatame durante o rodante-flic e acabei estatelando a cabeça no chão. Também larguei a fanfarra, o piano e o flamenco, além do curso de alemão e do teatro, porque só sei fazer bem mesmo uma coisa: escrever.
E foi com ronroneos que ouvi Ana Roxo, dramaturga, e Tati Fadel, professora de redação (amante de ornitorrincos e escrita cuneiforme), elogiarem os textos do Gatoca em um canal de 65 mil seguidores ― na foto, as duas pronunciam Mercvrivs ("mercúrius"), o frajola simplão de nome pomposo (culpa do Eduardo) que mudou minha vida. Keka quis muito modelar, aliás, mesmo combalida, o que demandou tempo extra na tentativa de salvar os cliques com iluminação ruim (também não sou boa nisso).
Vocês podem assistir à live completa aqui, mas cortei o trecho que mostraria à minha mãe, se ela ainda estivesse por estas bandas ― já me chamaram de Lebiste, Lewinsky, mas Ceviche foi a primeira vez (tem vegano?). Ana e Tati anunciam nossa parceria de arte, gatos e lubrificação ocular, enquanto jogam conversa fora, porque nem todas as relações precisam ser produtivas e é nos afetos positivos que mora a revolução.
Que tal um desenho de desaniversário? Tem desconto até o dia 31!
E foi com ronroneos que ouvi Ana Roxo, dramaturga, e Tati Fadel, professora de redação (amante de ornitorrincos e escrita cuneiforme), elogiarem os textos do Gatoca em um canal de 65 mil seguidores ― na foto, as duas pronunciam Mercvrivs ("mercúrius"), o frajola simplão de nome pomposo (culpa do Eduardo) que mudou minha vida. Keka quis muito modelar, aliás, mesmo combalida, o que demandou tempo extra na tentativa de salvar os cliques com iluminação ruim (também não sou boa nisso).
Vocês podem assistir à live completa aqui, mas cortei o trecho que mostraria à minha mãe, se ela ainda estivesse por estas bandas ― já me chamaram de Lebiste, Lewinsky, mas Ceviche foi a primeira vez (tem vegano?). Ana e Tati anunciam nossa parceria de arte, gatos e lubrificação ocular, enquanto jogam conversa fora, porque nem todas as relações precisam ser produtivas e é nos afetos positivos que mora a revolução.
Que tal um desenho de desaniversário? Tem desconto até o dia 31!
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Coração de pudim,
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Ganhando o mundo,
Gatoca,
Keka
16.8.24
Novidade que junta gatos, arte e lubrificação ocular!
Eu achava que andar de roupa furada e comprar duas escovinhas importadas justamente para os meliantes que furaram as roupas me colocava no topo do ranking da abnegação. Conversando no Cluboca, porém, nosso grupo maravilhoso de apoiadores, vi que tem gente que chega a gastar 80% do salário com gatos que resolveram envelhecer ao mesmo tempo.
E você, qual foi a última vez que escolheu algo para você? Quantos brinquedinhos passaram na frente, sumariamente trocados pela embalagem? Talvez um granulado higiênico que deixe o apertamento com menos cheiro de banheiro? Certamente uma comida mais balanceada do que a que seu corpo cansado dá conta de cozinhar depois de uma jornada estendida de trabalho.
Neste fim de ciclo da gangue, tenho pensado muito sobre a vida que me trouxe até aqui e para onde gostaria de levá-la nos próximos anos ― nem tanto um destino, mais uma sensação, sabe? Dias sem sobressaltos, tempo para abraços presenciais, ludicidade. Na impossibilidade de um piquenique em Versalhes, comecei pelos livros: uma sequência de comédias românticas que beira a diabetes.
Pendurei a tapeçaria do Peru que ganhei da Amanda. Distribuí vidros com flores secas pela estante (alma gótica). Fotografo o nascer do sol sempre que as meninas me acordam vomitando. E escrevi para a Ana Roxo decidida a ter um original que ilustrasse a jornada do Gatoca.
Ela aceitou a parceria e sem saber desenhou a tatuagem que, duas décadas atrás, idealizei como lembrete de que nem tudo se resumia à razão ― com um coração do lugar do gato, porque ainda achava que não gostava de gato. Aí Mercv chegou arrancando emoções na unha (essa história vocês conhecem) e dispensou demais registros sobre a pele.
Acompanhando a aquarela, veio esta cartinha:
Fiquei muitos e muitos dias trabalhando em cima de tudo que eu sabia e de fotos do Mercvrivs, e a imagem da janela se abrindo pro sol entrar não saía da minha cabeça. Trabalhei no desenho digital, bastante tempo, achando tudo muito ruim, e sentindo que precisava caprichar, pelo Mercv (veja a intimidade) ter feito tudo o que ele fez, mesmo sem fazer muito nada, como os gatos fazem.
Depois de um tempo frustrada e não acessando o que eu realmente queria com aquilo, voltei pro analógico e peguei meu caderno de desenhos (em português chamam de sketchbook), que é onde tenho os desenhos mais pessoais mesmo, coisas como estudos ou estados (de alma), e desisti de encontrar beleza pra ver se eu achava sentido em tudo que eu estava sentindo.
Quando meu cachorro Samuca morreu, estava no México. Desenhei o Samuca com asas muito coloridas, pra lidar com a dor, asas de alebrije (procure saber). E foi a partir do desenho do Samuca que voltei a desenhar, comecei a estudar, saí de uma (ainda que leve) depressão por não estar no Brasil e não estar fazendo teatro (minha arte materna, tipo que nem língua materna). Samuca fez isso por mim e entendi que o Mercvrivs tinha que ter asas. Aí o resto foi.
Não sei se está à altura dele e do que ele fez, mas foi feito com muito amor e em meio a lágrimas e patinhas dos meus gatos (impressionante como eles gostam de tomar água de aquarela).
Obrigada por me deixar desenhar o Mercv. Obrigada Mercv pelo Gatoca (que é culpa sua). Obrigada, Beatriz, por não deixar aquele e mail ir pro Céu dos E-mails.
Também chorei. A vida é bela e doída e maluca e intensa, mas, acima de tudo, um sopro. Se você estiver precisando recomeçar, quiser eternizar um amor que partiu, presentear um gateiro querido ou só achar que uma parede branca sempre pode ficar mais colorida, manda um "oi" para Ana: anaroxxo@gmail.com ― ela tem um livro infantil lindo, lindo em financiamento coletivo e um canal, junto com a Tati Fadel, cheio de vídeos essenciais, como a série sobre a culpa.
Ah! Os valores dependem do tamanho e da complexidade do desenho, 20% vem para o projeto poder explorar horizontes outros e leitores do Gatoca ganham 10% de desconto até o fim de agosto, para comemorar nossos 17 anos de resistência.
Como prefiro dar dinheiro a quem empodera e ajuda a sonhar outros mundos, em vez de deixar bilionário mais rico, os algoritmos das redes sociais provavelmente reduzirão o alcance da nossa parceria. Empresta seus dedos para subverter o sistema? Qualquer comentário, curtida, compartilhamento já faz valer o empenho da Jujuba na sessão de fotos. 😂
E você, qual foi a última vez que escolheu algo para você? Quantos brinquedinhos passaram na frente, sumariamente trocados pela embalagem? Talvez um granulado higiênico que deixe o apertamento com menos cheiro de banheiro? Certamente uma comida mais balanceada do que a que seu corpo cansado dá conta de cozinhar depois de uma jornada estendida de trabalho.
Neste fim de ciclo da gangue, tenho pensado muito sobre a vida que me trouxe até aqui e para onde gostaria de levá-la nos próximos anos ― nem tanto um destino, mais uma sensação, sabe? Dias sem sobressaltos, tempo para abraços presenciais, ludicidade. Na impossibilidade de um piquenique em Versalhes, comecei pelos livros: uma sequência de comédias românticas que beira a diabetes.
Pendurei a tapeçaria do Peru que ganhei da Amanda. Distribuí vidros com flores secas pela estante (alma gótica). Fotografo o nascer do sol sempre que as meninas me acordam vomitando. E escrevi para a Ana Roxo decidida a ter um original que ilustrasse a jornada do Gatoca.
Ela aceitou a parceria e sem saber desenhou a tatuagem que, duas décadas atrás, idealizei como lembrete de que nem tudo se resumia à razão ― com um coração do lugar do gato, porque ainda achava que não gostava de gato. Aí Mercv chegou arrancando emoções na unha (essa história vocês conhecem) e dispensou demais registros sobre a pele.
Acompanhando a aquarela, veio esta cartinha:
Fiquei muitos e muitos dias trabalhando em cima de tudo que eu sabia e de fotos do Mercvrivs, e a imagem da janela se abrindo pro sol entrar não saía da minha cabeça. Trabalhei no desenho digital, bastante tempo, achando tudo muito ruim, e sentindo que precisava caprichar, pelo Mercv (veja a intimidade) ter feito tudo o que ele fez, mesmo sem fazer muito nada, como os gatos fazem.
Depois de um tempo frustrada e não acessando o que eu realmente queria com aquilo, voltei pro analógico e peguei meu caderno de desenhos (em português chamam de sketchbook), que é onde tenho os desenhos mais pessoais mesmo, coisas como estudos ou estados (de alma), e desisti de encontrar beleza pra ver se eu achava sentido em tudo que eu estava sentindo.
Quando meu cachorro Samuca morreu, estava no México. Desenhei o Samuca com asas muito coloridas, pra lidar com a dor, asas de alebrije (procure saber). E foi a partir do desenho do Samuca que voltei a desenhar, comecei a estudar, saí de uma (ainda que leve) depressão por não estar no Brasil e não estar fazendo teatro (minha arte materna, tipo que nem língua materna). Samuca fez isso por mim e entendi que o Mercvrivs tinha que ter asas. Aí o resto foi.
Não sei se está à altura dele e do que ele fez, mas foi feito com muito amor e em meio a lágrimas e patinhas dos meus gatos (impressionante como eles gostam de tomar água de aquarela).
Obrigada por me deixar desenhar o Mercv. Obrigada Mercv pelo Gatoca (que é culpa sua). Obrigada, Beatriz, por não deixar aquele e mail ir pro Céu dos E-mails.
Também chorei. A vida é bela e doída e maluca e intensa, mas, acima de tudo, um sopro. Se você estiver precisando recomeçar, quiser eternizar um amor que partiu, presentear um gateiro querido ou só achar que uma parede branca sempre pode ficar mais colorida, manda um "oi" para Ana: anaroxxo@gmail.com ― ela tem um livro infantil lindo, lindo em financiamento coletivo e um canal, junto com a Tati Fadel, cheio de vídeos essenciais, como a série sobre a culpa.
Ah! Os valores dependem do tamanho e da complexidade do desenho, 20% vem para o projeto poder explorar horizontes outros e leitores do Gatoca ganham 10% de desconto até o fim de agosto, para comemorar nossos 17 anos de resistência.
Como prefiro dar dinheiro a quem empodera e ajuda a sonhar outros mundos, em vez de deixar bilionário mais rico, os algoritmos das redes sociais provavelmente reduzirão o alcance da nossa parceria. Empresta seus dedos para subverter o sistema? Qualquer comentário, curtida, compartilhamento já faz valer o empenho da Jujuba na sessão de fotos. 😂
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10.8.24
17º aniversário do Gatoca!
Escrevo este post sob as cobertas porque chove lá fora — e aqui dentro não parece muito mais seco. Em dez minutos, o alarme tocaria para a sexta rodada de comida na seringa, mas Keka se antecipou e até lambeu sozinha na xicrinha. Quando penso que a batalha está perdida, ela tira forças do alçapão renal para mais um passeio no gatil, dois beliscos de sachê, três minutos de colo com cafuné.
O dedão da mão esquerda ainda lateja pela queimadura de segundo grau com cera quente. E essa nem foi a maior estupidez do fim de semana passado. Eu, que nunca fumei, sequer bebi de passar vergonha, tive a pior viagem da existência porque comprei um bombom de cogumelo mágico no trailer da feirinha de artesanato que anunciava feijoada vegana, hambúrguer e batata-frita.
Aí, em vez de paisagem bucólica, com música good vibes e pessoas de branco buscando o autoconhecimento, fui assistir a Criminal Minds, frustrada com o gosto insosso do chocolatinho. O alarme das seringadas tocou (ele toca o dia inteiro) e minhas pernas derretiam, enquanto o queixo da Keka inchava e a torneira da cozinha entortava.
Comecei rindo feito o cachorro da vizinha quando tenta latir com a bolinha de borracha presa na boca (fifo-fifo-fifo-fifo) e terminei aos prantos "porque a vida era muito solitária". Se você pretende perder completamente o controle do corpo, recomendo investir na endoscopia — com dois sedativos conto histórias ótimas, Mariana pode provar.
Mas por que esse relato aleatório em um blog de gatos? Porque não está sobrando gato — nem Intrú deu as caras hoje. E talvez o Gatoca já tenha cumprido sua função. Nestes 17 anos, foram 1.828 textos informativos, engraçados, emocionantes, mobilizadores — contra os algoritmos das redes sociais e agora a inteligência artificial, que rouba nosso conteúdo e não dá sequer a visualização.
Mais e-book, boletim, tentativa de canal no Youtube. Sementes em forma de jogo (Gatonó), livro (Depois da Quarentena), série (AssassiGato). Uma comunidade engajada, com experiências trocadas em 13,3 mil comentários, grupo acolhedor no WhatsApp e 27 parceiros ao longo da jornada — destaque especial ao Wings For Change, à Pet Delícia e à prefeitura de Sorocaba, na gestão anterior.
Os braços offline do projeto ainda envolveram 116 gatos, oito cachorros e quatro aves, um mutirão de castração, oficina com escoteiros e bandeirantes, roda de conversa com adolescentes, curso no Sesc sobre o poder do coletivo, clube de leitura na ONU, sob a imaginação da Rosana Rios.
Tudo isso com o apoio de vocês, pelo qual sou imensamente grata, em forma de rifa, lojinha, financiamento coletivo, clube de assinaturas. Mas sinto que preciso sonhar outros sonhos, entendem? Depois que conseguir dormir oito horas por noite, claro — o que não deve acontecer tão cedo, então bora manter o ritmo da digitação! Na semana que vem, aliás, divulgo nossa nova parceria, justamente para quem está precisando de afago na alma.
Espero seguir acompanhada. ❤
Festinhas anteriores: 2023 | 2022 | 2021 | 2020 | 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008
O dedão da mão esquerda ainda lateja pela queimadura de segundo grau com cera quente. E essa nem foi a maior estupidez do fim de semana passado. Eu, que nunca fumei, sequer bebi de passar vergonha, tive a pior viagem da existência porque comprei um bombom de cogumelo mágico no trailer da feirinha de artesanato que anunciava feijoada vegana, hambúrguer e batata-frita.
Aí, em vez de paisagem bucólica, com música good vibes e pessoas de branco buscando o autoconhecimento, fui assistir a Criminal Minds, frustrada com o gosto insosso do chocolatinho. O alarme das seringadas tocou (ele toca o dia inteiro) e minhas pernas derretiam, enquanto o queixo da Keka inchava e a torneira da cozinha entortava.
Comecei rindo feito o cachorro da vizinha quando tenta latir com a bolinha de borracha presa na boca (fifo-fifo-fifo-fifo) e terminei aos prantos "porque a vida era muito solitária". Se você pretende perder completamente o controle do corpo, recomendo investir na endoscopia — com dois sedativos conto histórias ótimas, Mariana pode provar.
Mas por que esse relato aleatório em um blog de gatos? Porque não está sobrando gato — nem Intrú deu as caras hoje. E talvez o Gatoca já tenha cumprido sua função. Nestes 17 anos, foram 1.828 textos informativos, engraçados, emocionantes, mobilizadores — contra os algoritmos das redes sociais e agora a inteligência artificial, que rouba nosso conteúdo e não dá sequer a visualização.
Mais e-book, boletim, tentativa de canal no Youtube. Sementes em forma de jogo (Gatonó), livro (Depois da Quarentena), série (AssassiGato). Uma comunidade engajada, com experiências trocadas em 13,3 mil comentários, grupo acolhedor no WhatsApp e 27 parceiros ao longo da jornada — destaque especial ao Wings For Change, à Pet Delícia e à prefeitura de Sorocaba, na gestão anterior.
Os braços offline do projeto ainda envolveram 116 gatos, oito cachorros e quatro aves, um mutirão de castração, oficina com escoteiros e bandeirantes, roda de conversa com adolescentes, curso no Sesc sobre o poder do coletivo, clube de leitura na ONU, sob a imaginação da Rosana Rios.
Tudo isso com o apoio de vocês, pelo qual sou imensamente grata, em forma de rifa, lojinha, financiamento coletivo, clube de assinaturas. Mas sinto que preciso sonhar outros sonhos, entendem? Depois que conseguir dormir oito horas por noite, claro — o que não deve acontecer tão cedo, então bora manter o ritmo da digitação! Na semana que vem, aliás, divulgo nossa nova parceria, justamente para quem está precisando de afago na alma.
Espero seguir acompanhada. ❤
Festinhas anteriores: 2023 | 2022 | 2021 | 2020 | 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008
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Gatoca
12.7.24
Transformando dor em flor
No dia da reação alérgica à picada da suposta aranha, achei que Pimenta ia morrer. Mas ela reverteu, voltou a caçar o lagartinho de brinquedo e custei a perceber que os rins não acompanhariam ― massacrei com seringadas de patê, alarmes, remédios. E esbravejei quando a comida ia parar no chão, peguei ranço do celular, fui amargando cada tratamento fracassado.
Dois meses de privação de sono (e sanidade) depois, um pensamento estupidamente óbvio me atravessou: eu abriria mão fácil de uma vida mais longa para desfrutar dos últimos dias ― ver coisas bonitas, explorar lugares desconhecidos, ser tratada com paciência e amor.
Com um alívio salgado, adequei a alimentação ao ritmo de despedida da pequena, inventei a inalação amigável só para ela ir mais longe nos passeios pelo terreno e toda a tarde me divirto com os buracos em que a criatura se mete.
O Gramado da Fama deste mês, portanto, extrapolou os limites do gatil. E, na outra ponta da partida, quem chega é Danyara Santos, tutora de Chico, Steev e Rita, moradores de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Bem-vinda!
Ela se junta aos apoiadores maravilhosos que não deixam o Gatoca morrer! Um aperto a distância para Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto...
... Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Karine Eslabão, Michely Nishimura...
...Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida, Ana Cris Rosa, Ana Hilda Costa, Lia Paim, Elisângela Dias, Ivoneide Rodrigues, Melissa Menegolo, Vanessa Almeida, Vivian Vano, Maria Beatriz Ribeiro, Elaigne Rodrigues, Simone Castro, Beatriz Terenzi, Viviane Silva, Regina Hansen, Arina Alba, July Grafe, Sandra Malacrida, Vera e Gabriela Fromme, Lucia Trindade e Aline Silva! 🤗
(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer se tornar apoiador também? Dá uma fuçada nas recompensas da campanha — aqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 17 anos. ❤)
Dois meses de privação de sono (e sanidade) depois, um pensamento estupidamente óbvio me atravessou: eu abriria mão fácil de uma vida mais longa para desfrutar dos últimos dias ― ver coisas bonitas, explorar lugares desconhecidos, ser tratada com paciência e amor.
Com um alívio salgado, adequei a alimentação ao ritmo de despedida da pequena, inventei a inalação amigável só para ela ir mais longe nos passeios pelo terreno e toda a tarde me divirto com os buracos em que a criatura se mete.
O Gramado da Fama deste mês, portanto, extrapolou os limites do gatil. E, na outra ponta da partida, quem chega é Danyara Santos, tutora de Chico, Steev e Rita, moradores de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Bem-vinda!
Ela se junta aos apoiadores maravilhosos que não deixam o Gatoca morrer! Um aperto a distância para Adrina Barth, Alice Gap, Itacira Ociama, Regina Haagen, Renata Godoy, Leonardo Eichinger, Irene Icimoto, Tati Pagamisse, Roberta Herrera, Vanessa Araújo, Dani Cavalcanti, Samanta Ebling, Bárbara Santos, Marina Kater, Sonia Oliveira, Marcelo Verdegay, Patrícia Urbano, Fernanda Leite Barreto...
... Bárbara Toledo, Solimar Grande, Aline Silpe, Lucia Mesquita, Michele Strohschein, Marilene Eichinger, Guiga Müller, Sérgio Amorim, Gatinhos da Família F., Luca Rischbieter, Rosana Rios, Regina Hein, Paula Melo, Paulo André Munhoz, Marianna Ulbrik, Cristina Rebouças, Lorena da Fonseca, Karine Eslabão, Michely Nishimura...
...Danilo, Klay Kopavnick, Glaucia Almeida, Ana Cris Rosa, Ana Hilda Costa, Lia Paim, Elisângela Dias, Ivoneide Rodrigues, Melissa Menegolo, Vanessa Almeida, Vivian Vano, Maria Beatriz Ribeiro, Elaigne Rodrigues, Simone Castro, Beatriz Terenzi, Viviane Silva, Regina Hansen, Arina Alba, July Grafe, Sandra Malacrida, Vera e Gabriela Fromme, Lucia Trindade e Aline Silva! 🤗
(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer se tornar apoiador também? Dá uma fuçada nas recompensas da campanha — aqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 17 anos. ❤)
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