Gatoca

Educação, sensibilização e mobilização pelos animais

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19.9.25

Como usar a IA para cuidar melhor do seu gato

Eu gosto de ter o trabalho de duas décadas roubado para treinar o robô de um sistema econômico que está louco para se livrar de mim? Obviamente que não. Mas essa é uma batalha perdida e me resta contribuir ensinando vocês a usarem a inteligência artificial generativa para o que ela realmente se propõe ― se não pode vencê-los, junte-se a eles!

Notem que fiz questão de incluir "generativa" porque hoje em dia até geladeira vem com IA para regular a temperatura de acordo com os hábitos da família. Já as IAs generativas aprendem pela análise de um grande número de dados e, combinando esses dados, conseguem gerar novas informações ― não, elas não criam, quem cria somos nós.


Outra crença importante de se desmistificar é que esse tipo de inteligência artificial não serve como buscador, porque alucina. Se existir bastante conteúdo sobre o assunto, a chance de acerto aumenta, mas, se você quiser saber o fim de um livro chatíssimo que o Kindle empurrou de brinde, a criatura vai inventar personagens, enredo e até plot twists ― qualquer semelhança com fatos da vida real... 😂

Eu sei, o Google retorna cada vez resultados gerados por IA. Ao lado, porém, aparece um ícone de link que mostra de onde saiu a informação ― chequem tudo, sempre. E como saber se a fonte presta? Comecem observando se o site é conhecido (grandes veículos de comunicação têm essa vantagem), se o texto está assinado, se traz a data de publicação e se não contém erros. Depois, reflitam: a que interesses ele atende? Por fim, comparem com outras fontes.

Recentemente, tive duas experiências legais com chatbots. (Gemini, da Google, ChatGPT, da OpenAI, e o chinês DeepSeek), de onde tirei a ideia para este post. Primeiro, pedi para resumirem em tópicos explicativos um vídeo que já havia assistido, poupando-me do trabalho de digitar, e ficou mais organizado do que o roteiro do veterinário.

Testo em Gatoca muita coisa que aprendo com especialistas em comportamento animal de outros países e esses chatbots também funcionam bem como tradutores ― entendo inglês e espanhol, mas ainda apanho do francês (o resto deixei para a próxima encarnação).

A segunda experiência foi um oferecimento do Intrú, dono de um paladar exigente, já que pode caçar comida fresca e variada no nosso terreno. Eu queria, então, substituir a ração de palatabilidade imbatível por uma marca que divide o pacotão de 7 kg em saquinhos de 500 g, também super premium, apostando na sedução do cheirinho constante de novo ― já ostento pegada ambiental exemplar como vegana home officer.


E precisava avaliar os ingredientes: eles correspondiam às quantidades ideais de proteína (entre 25% a 33%), gordura (mínimo de 9%) e taurina (entre 0,1% e 0,13%), essa última essencial para os olhos e o coração, segundo o veterinário Carlos Gutierrez? O chatbot não só respondeu como listou o que continha gordura naturalmente e o que era fonte de gordura explícita, ou seja, adicionada diretamente.

Faltava decidir o sabor: de frango eu sabia que ele gostava, carne não rola nem no sachê e salmão nunca tentamos. Acontece que justo a de frango não fazem na versão "bichos castrados" e o gordinho já é... gordinho.

O chatbot pontuou as principais diferenças entre a ração normal e a de castrados: teor de gorduras e tipos de óleos, ajuste de minerais (para prevenir problemas urinários), teor de fibras e calorias (para o controle de peso) e aceitação dos sabores. Ainda concluiu: "se seu gato demonstra tendência à obesidade ou problemas urinários, a ração para castrados é a melhor opção, independentemente do sabor".

Como robô serve para ajudar com cálculos, sistematizações e informações bem-definidas, uma ferramenta para economizar tempo de trabalhos mais mecânicos, comprei a de frango. Do frajola entendo melhor ― ele é um bichano ativo e, junto com a alimentação seca, a gente sempre oferece a úmida, blindando os rins . A balança aprovou minha escolha. 😊

Sem contar que tem IA ganhando o Darwin Awards, prêmio que celebra a capacidade humana de delegar às máquinas nossa habilidade de tomar péssimas decisões, por catástrofes variadas.

Se vocês quiserem informações baseadas na experiência de um ser humano real, aliás, com bigodes que possuem a quantidade certa de dedos, o arquivo do blog coleciona 1.896 posts. E agora dá para buscar no celular também, por palavra-chave, data de publicação e categoria.


P.S.: As fotos do Intrú não são de IA. Eu fiz uma graça no Photoshop para disfarçar a incompetência do celular da Samsung em trabalhar com luz e foco ― além de estufar a bateria com dois anos de uso.

10.9.25

Gato miando de madrugada e você já tentou de tudo?

Eu sempre admirei pais de recém-nascidos porque privação de sono me faz querer cometer assassinatos. Pois desde que Keka morreu, em novembro do ano passado, nunca mais consegui ter uma noite ininterrupta de descanso. Acostumada a dormir com a família, exterminada pela velhice em 19 meses, Jujuba gritava de hora em hora.

Havia ainda as suspeitas de início de demência, ela mesma às vésperas dos 18 anos, e de hipertireoidismo ― o excesso de hormônios produzidos pela glândula da tireoide faz com que o animal precise estar o tempo todo em movimento (e ele acaba perdendo peso mesmo comendo bem).

Mas, em vez de ir atrás de um diagnóstico, receosa de que o estresse agravasse o quadro de uma gata que só aprendeu a ronronar com 13 anos e pediu colo o primeiro colo em junho, resolvi testar as dicas dos especialistas em comportamento para tutores desesperados ― e criei um esquema que está funcionando para nós, com concessões dos dois lados. rs

Brinque antes de dormir
A ideia é dar uma canseira no peludo para que ele não dê uma canseira na gente. Jujuba, porém, não cedeu nem ao girino automático importado ― e eu já havia tentado bolinhas, varinha e molas. Tem dois posts sobre o assunto no blog, que se complementam: um explica a importância de esvaziar o balão de energia dos bichanos e outro ensina como brincar de forma estruturada.

Garanta aconchego
Seu amigo pode se acalmar no quarto contigo, se você não for alérgico a gatos como eu. Pensando, então, em substituir o montinho felino em que a magrela vivia soterrada, comprei uma caminha fechada, que ainda turbino nas madrugadas geladas com bolsa térmica ― escolhi um modelo grande e bem-estruturado, porque ela não tinha o costume de ficar em lugares fechados.


Ignore a cantoria
Se o animal for jovem, precisa entender que a família segue uma rotina e não vai levantar toda vez que ele bancar o tenor. Com a velhinha solitária, contudo, aceitei de bom grado perder a batalha ― tentei por uma noite apenas e nenhuma de nós duas pregou os olhos. Os miados atravessavam do escritório, em uma ponta da casa, até o quarto, na outra.

Não sei como resolver a questão dos vizinhos, já que moro no meio do mato. Mas, para silenciar barulho, descobri um protetor de ouvido que não cai, como os de silicone e aquele laranja de espuma da farmácia ― isso na época em que a importação saía mais em conta. E, para não machucar, coloco em uma orelha só, pois o travesseiro já bloqueia o som da outra ― quando viro de lado, troco no automático.

Tenha paciência
Jujuba demorou quase um mês para relaxar no tubarão, muitas vezes preferindo deitar na pilha de contas a pagar. Aí, dormia o dia inteiro para ter bastante energia para gritar à noite. Um semestre se passou até que a sinfonia se concentrasse em um único momento da madrugada e mais perto da hora de acordar, portanto, não desanime.

*

E como ficou nossa rotina excepcional?
Entre 3h30 e 6h, eu atendo o chamado da pequena e dou sachê previamente batido no processador, que ela lambe animada na colherinha ― durante o resto do dia, faço seringadas de Pet Delícia também processada, para reforçar a hidratação porque a sobrevivente, acreditem, é renal. Se ignoro a sinfonia, ela mia cada vez mais alto até vomitar de nervoso ― diarreia costuma acompanhar.


Que super-herói vomita na horizontal?


Versão aérea


Sempre nos melhores lugares

Não sei se a peluda sente falta da família, se fica desesperada sozinha, se não reconhece a casa, se se enxerga perdida. É minha primeira experiência com os desafios da velhice ― meus pais morreram jovens. Mas não vai durar para sempre e, com o protetor de ouvido, às vezes até consigo pegar no sono de novo.


P.S.: Em gatos não castrados, o que espero que não seja seu caso, a gritaria pode indicar período de cio da própria fêmea ou de fêmeas do entorno, porque à noite eles ficam mais ativos e os feromônios pedem acasalamento. Trate de tomar vergonha na cara, então, e castre o bichinho!

5.9.25

Por que gato não deve ir para a rua, nem no interior

O mito do gato de vida livre dará seu último suspiro no interiorrr, porque as pessoas insistem em idealizar paisagens bucólicas, com moradores amorosos. Mas eu já compartilhei um vídeo do Intrú quase sendo atropelado em uma rua onde passa um carro por hora. E, quando descobri sua outra família, Seila relembrou que o jardineiro voltou de foice para revidar o ataque que ela havia sofrido pré-castração.


O frajola chegou aos 4 anos praticamente sem contato com humanos, se virando como dava pelas estradinhas de terra de Araçoiaba da Serra ― até vir parar na nossa casa. E, apesar de ter amolecido bastante nos últimos dois, ainda fica solto por causa da FeLV, que não me permite juntá-lo com a Jujuba, patrimônio histórico de Gatoca.

Pois, na segunda-feira, me contaram que a tia do pedreiro que presta serviço no bairro anda furiosa porque o gordinho entra na cozinha dela pela janela e rouba a comida da mesa. Eu divulgo para adoção, vocês acham que o meliante está mais feliz aqui e a real é que, um dia, ele pode não voltar mais.

A foto que abre o post, no entanto, foi tirada no nosso quintal mesmo, um imenso privilégio ― não entendia como a criatura não aproveitava, agora os passarinhos precisarão trocar de maternidade. rs


E temos uma nova intrusa!


O original não ataca porque é feministo ― privilégio não estendido aos machos, outro risco do acesso à rua e que lhe rendeu a leucemia felina. Mas fica agustiadíssimo.


E a história se repete...


Epopeia do Intruso

:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
:: Dia de levar o pet ao trabalho
:: Ele não quer uma casa, quer uma família
:: Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
:: Um post mal-humorado fofo de Natal
:: O gato que só falta tocar a campainha!
:: Intrú adoeceu antes de ganhar uma casa
:: Ressurreição e mordidas literárias
:: Quase grudinho
:: Lado errado?
:: História de filme: a vida dupla de Intrú!
:: Agressividade por frustração?
:: Garoto propaganda do boletim +Gatoca
:: Um gato que quebra expectativas (e outras coisas)
:: Intrú conseguiu morar dentro de casa ― parcialmente

29.8.25

Cluboca do Livro: felinos macabros de Halloween

Confesso que consultei o calendário duas vezes para ter certeza de que o Halloween será em dois meses, intervalo de leitura do nosso clube ― sim, ficou faltando uma obra entre Agatha Christie e este especial de Dia das Bruxas, culpa da editora Maralto, que publicou uma coletânea superlegal de escritores brasileiros sobre gatos, mas se recusa a vender (tentei pelos canais normais, a assessoria de imprensa, amigos escritores e até pela designer).

Em ritmo de ano acabando, então, discutiremos Felinos e Macabros, outra coletânea, só que de contos assinados por mestres do terror: Edgar Allan Poe com O Gato Preto, H. P. Lovecraft com Os Gatos de Ulthar, Sir Arthur Conan Doyle (o autor de Sherlock Holmes) com O Gato Brasileiro e Bram Stoker com A Índia ― além dos menos conhecidos James Bowker com O Gato Espectral e Norman Hinsdale Pitman com O Tigre que Aquiesce.


Felino macabro


Felino fofinho

Ler transforma o cérebro, segundo a ciência, porque ativa múltiplas áreas para associar letras e palavras a sons e significados variados, criando novas conexões ― quando nos deparamos com o trecho em que Anna Karenina, de Tolstoi, se joga na frente de um trem, por exemplo, a região motora do cérebro se ativa, sem que saiamos da poltrona.

Dedicar-se a textos não superficiais ajuda a entender argumentos complexos, fazer análises críticas e até a identificar notícias falsas nas redes. Ao estimular o hábito da leitura em casa, a criançada também desenvolve habilidades emocionais importantes, como a empatia, fugindo da distração e do hiperestímulo que as telas tendem a provocar. :)

Nosso encontro ocorrerá no primeiro domingo de novembro, dia 2, das 16h às 19h, pelo WhatsApp. Para participar, basta apoiar o Gatoca com qualquer valor a partir de R$ 15, escolher uma bebida e comprar sua edição favorita ― usando os links abaixo, uma porcentagem vem para a gente. :)

- Felinos e Macabros em papel
- Felinos e Macabros em e-book
- Qualquer item adquirido na Amazon partindo deste link ajuda o projeto

Discussões anteriores

:: Vou te Receitar um Gato, da japonesa Syou Ishida
:: O Mestre e Margarida, do russo Mikhail Bulgakov
:: Um Homem Chamado Ove, do sueco Fredrik Backman
:: Um Gato entre os Pombos, da inglesa Agatha Christie

22.8.25

Brinquedinho automático funciona com gato?

Há dois anos eu tenho essa curiosidade. Primeiro, tentei um peixe com penas (isso mesmo, rs), que vi em um dos vídeos do Jackson Galaxy, especialista em comportamento felino. Foi minha primeira (e última) compra no AliExpress, porque não vendiam nada parecido por aqui.

Acontece que o brinquedo de estética aberrante demorou uma eternidade para chegar, acabou taxado bem no intervalo entre o esquema antigo de importação e a nova "lei das blusinhas", dobrando de valor, e Jack Ma nunca devolveu meu dinheiro ― apelei até a ouvidoria da Receita Federal, já que o pacote sequer saiu da alfândega.

Passado o ranço, resolvi arriscar de novo com este girino robótico, mas por um site que nunca me deixou na mão e valor de produto nacional ― embora também seja importado.


Jujuba alterna entre o desprezo, quando a geringonça está longe, e o terror, assim que ela vem girando desgovernada em sua direção ― eu também posso ter criado um trauma. rs


Vale dizer que ela é uma gata de 18 anos, que só consegui fazer se interessar por uma bolinha de penacho neste único e milagroso episódio ― olha que não faltaram alternativas analógicas de diversão, como as molas e a clássica varinha. Ainda assim, recomendo o girino apenas para bichanos acostumados com brinquedinhos brutos e barulhentos.

E vocês não precisam recorrer à China para botar seu amigo em movimento ― pelo contrário! Basta lembrar que na natureza eles caçam e simular o ritual de forma estruturada, recompensando o esforço no final, como ensina Galaxy neste post completíssimo. Compartilhem suas experiências nos comentários? :)

13.8.25

18º aniversário do Gatoca!

Depois do dominó de mortes felinas (todos idosos), da sabotagem da Hostinger (que nos deixou fora do ar por um mês e arruinou a indexação dos posts no Google) e do aperto financeiro por causa do golpe na construção da casa, a maioridade do Gatoca me pegou encasulada ― demorei a admitir, mas vocês devem ter notado a falta de comemoração nos últimos anos.


No domingo passado, porém, além do nosso aniversário, era Dia dos Pais e acabamos encarando a estrada para levar os meninos do Leo à exposição interativa do Julio Verne no MIS. Aqui, os três projetos mais longevos da minha vida se encontram: o jornalismo, este blog e a família que me permitiu experenciar as múltiplas fases da maternidade, em fins de semana alternados.

Não foi fácil perder a batalha da abóbora, após horas de argumentação científica. E muitas vezes senti que plantava sementes em terra rachada. Mas a natureza é um bicho resiliente e encontra seu caminho ― quando a gente menos espera, lá está uma florzinha se espreguiçando.


Vocês não imaginam como eu precisava ― na foto, falta a enteada do meio, que tem deficiência e considerou que não valia trocar o porto seguro da mãe por um escritor que tomou dois tiros do próprio sobrinho. Voltei para o interiorrr com o estoque renovado de felicidades para usar nos dias nublados. E continuar facilitando desabrochares.

Jujuba, a gata que só aprendeu a ronronar aos 13 anos, não desgruda mais nem na ioga.


E Intrú, depois de dez ataques, agora dorme embrulhado como um burrito.


Nestes 18 anos, foram 1.891 textos informativos, engraçados, emocionantes, mobilizadores. Mais e-book, boletim (de cara nova!), tentativa de canal no Youtube. E surpresa em forma de jogo (Gatonó), coletânea literária (Depois da Quarentena), série (AssassiGato), Cluboca do Livro.

Uma comunidade engajada, com experiências trocadas em 13,9 mil comentários, grupo acolhedor no WhatsApp e 28 parceiros ao longo da jornada — destaque especial ao Wings For Change, à Pet Delícia e à prefeitura de Sorocaba, na gestão anterior.

Os braços offline do projeto ainda envolveram 116 gatos, oito cachorros e quatro aves, um mutirão de castração, oficina com escoteiros e bandeirantes, roda de conversa com adolescentes, curso no Sesc sobre o poder do coletivo, clube de leitura na ONU, sob a imaginação da Rosana Rios.

Tudo isso com o apoio de vocês, em forma de rifa, lojinha, financiamento coletivo, clube de assinaturas, programa de afiliados. ❤

Bora para a terceira idade? 😂


Festinhas anteriores: 2024 | 2023 | 2022 | 2021 | 2020 | 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008

8.8.25

Gatoca mobile agora tem busca e fui eu que fiz!

Se vocês não leram o título do post boquiabertos é porque não conhecem a história desta jornalista de papel. Nem deste blog, que já estragou alguns Natais em família. Sim, eu aprendi a programar no colégio técnico, mas em uma linguagem usada pelos fenícios para fazer rotina de locadora de vídeo ― os fenícios deixaram de existir há 2,2 mil anos e as locadoras de vídeo, tem mais de década.


No Wordpress, provavelmente as coisas fluiriam mais fácil. Só que o Blogger, publicador do Google, dava ao Gatoca um privilégio nos resultados de busca que não queria arriscar perder ― escrevi a frase no passado porque, com as inteligências artificiais generativas, a coisa anda mais nebulosa. Vai ter texto sobre o assunto também para que, independente do atravessador, nenhum gato ou gateiro sobre sem ajuda.

Pois no mecanismo de carroça do Blogger, nada funciona de forma intuitiva, toda alteração no código dá conflito (já havia abusado do Beto) e até agora não entendi porque a busca que aparece na versão para desktop do blog não pode ser replicada no mobile. Lá fui, então, criar outra no Google Programmable Search Engine, aprender a debugar a programação do celular no computador e ver o Gemini se compadecer de todo o esforço.


Para ampliar, cliquem nas imagens

Três dias de digitação frenética e olhinhos apertados depois, me sentia a própria Mrs. Robot.


A boa notícia é que agora vocês podem digitar na lupa do smartphone qualquer palavra-chave referente à dúvida ou ao problema que estão enfrentando e a busca retornará todos os posts (e fotos) sobre o tema, mesmo que não apareça no título.

Em tempos de informações duvidosas, é um privilégio poder contar com um arquivo de 1.892 textos, baseados na experiência de quase duas décadas de um ser humano real, com gatos que possuem a quantidade certa de dedos.

Se eu fosse vocês, testaria com a palavra "zabumba" (até o dia 31). 😉

31.7.25

Gatificação: relógio solar e TV de gato | EG #36

Em cada frestinha de sol que consegue invadir uma casa brota um bichano, repararam? O que vocês talvez não tenham notado é que eles vão acompanhando essa incidência solar pelos cômodos, como um relógio felino. Eis a cereja do bolo da gatificação, que vimos abordando nos capítulos anteriores desta série inspirada em O Encantador de Gatos, livro do Jackson Galaxy.


Ilustras de Vecteezy

Identificar quais janelas deixam entrar mais luz a cada hora do dia permite espalhar marcadores de cheiro nessas áreas, como caminhas, torres, redes e prateleiras, que os bigodes aproveitarão melhor. Na foto, Jujuba não só encontrou o único cantinho de sol, às 8h40, como também está curtindo a programação da TV do gatil.

Por ela cruzam passarinhos verborrágicos, lagartinhos sorrateiros, um ou outro sagui desavisado, oferecendo a oportunidade de relaxar e se entreter, exatamente como acontece com a gente ― em frente à telinha, não só observamos, mas também imaginamos e investimos emocionalmente em outras vidas (sem o perrengue de encarar efetivamente aquelas experiências).

A TV de gato coloca em uma moldura a trama mais importante de sua existência: caçar. E possibilita engajamento passivo, uma vez que o bote representa apenas parte do ciclo de caçar, apanhar, matar, comer (CAMC) ― acompanhar a presa e planejar o ataque tende a divertir os peludos por boa parte do dia, ajudando a manter o balão de energia sob controle para quem trabalha fora.

E não precisa de gatil no interiorrr. Basta escolher as melhores janelas e colocar objetos do lado de fora que atraiam insetos e aves ― vale comedouros, bebedouros (sem açúcar), vasos de flor. Já, do lado de dentro, transformem o espaço em um destino da autoestrada.

Se o apartamento não tiver varanda, um aquário (lembrem-se do Nemo e prefiram os falsos) pode funcionar bem como TV felina. O simples fato de olhar os carros e pessoas transitando lá embaixo já fascina os bichanos ― em janelas seguras, peloamordedeus.

Turbinar o território para manter o ritmo diário da gatitude, mesmo estando longe, evita que seu amigo fique entediado, ansioso ou estressado durante os longos períodos que passa sozinho ― não pensem, porém, que a estratégia os isenta de brincar quando chegarem exaustos da rua. rs


(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada no nosso financiamento coletivoaqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes 18 anos de Gatoca. ❤)


CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: E dormem menos do que parece
CAPÍTULO 23: Qual é o arquétipo do seu bichano?
CAPÍTULO 24: Identifique os lugares de confiança dele
CAPÍTULO 25: Gato medroso: faça do esconderijo casulo!
CAPÍTULO 26: 13 curiosidades felinas
CAPÍTULO 27: Existe bichano dominante (ou alfa)?
CAPÍTULO 28: A importância dos três Rs para um gato
CAPÍTULO 29: Três Rs: o jeito infalível de brincar
CAPÍTULO 30: Três Rs: como alimentar a gatitude
CAPÍTULO 31: Três Rs: limpeza e sono felinos
CAPÍTULO 32: Gatificação: um lugar para onde voltar
CAPÍTULO 33: Gatificação: arranhar sem destruir a casa
CAPÍTULO 34: Gatificação: planejamento urbano antitreta
CAPÍTULO 35: Gatificação: mundo vertical e autoestradas
CAPÍTULO 37: Gatificação: necessidades especiais (estreia no dia 22 de agosto de 2025)

23.7.25

Mágico contra menu sanduíche e um gato chamado Pó

Eu sabia que a versão para celular do Gatoca era pobre: uma linguiça de posts, que não dava a real dimensão do projeto ― empreitada de quase duas décadas, com ações offline também. Mas, quando Leo criou o design e meu irmão programou, em 2015, isso não importava, porque os smartphones ainda tinham de comer muita bateria para substituir os acessos por computador.

O tempo passou, a gente mudou de cidade duas vezes (de São Bernardo para Sorocaba e depois, Araçoiaba), enterrou nove gatos e agora a molecada não faz a menor ideia de por que alguns de nós insistem em digitar num trambolho com pouca mobilidade ― trambolho que considero parte da minha identidade, aliás. Junto com a pouca mobilidade.

Pois há mais de ano tento inserir no mobile um menu sanduíche (ou hambúrguer), aquele dos três tracinhos empilhados, para quem prefere o blog na palma da mão poder buscar os posts por data (desde 2007!), categoria, mais lidos ou séries. Ficar por dentro das iniciativas e dos parceiros do projeto. Consultar os links de ONGs bacanas para adoção e as formas de nos apoiar ― pelo Catarse ou sem gastar um centavo.

Cheguei a pensar que precisaria de um programador em Phyton, por causa de uns arquivos perdidos no servidor. Mas o que faltava era alguém que considerasse o Gatoca importante o suficiente para virar a madrugada lutando com as limitações do Blogger. Apesar de Beto (Spinelli) programar em Phyton também. E tirar da manga outras mágicas, como o isolamento térmico da casinha do Intrú.


(A mágica da foto é do Leo)

Beto é um amor de 25 anos que só trocou de prateleira. E precisou conhecer a Sil para vir para o lado peludo da força, já que eu não gostava de gatos. Juntos, eles adotaram o Pozinho, ao final de uma escalada com esse nome em Pindamonhangaba ― e a criatura nada desgastada consegue ter irmãs ainda mais espirituosas: a Gorfi e a Milho.


O mínimo que eu podia fazer para agradecer era colocar o programador-físico-aventureiro no Gramado da Fama, né? Além de divulgar o trabalho incrível do Caramelo Biônico, em que ele mistura inteligência artificial, eletrônica e arte (apaixonem-se pelo Zoltron!).


Sigo com a batalha tecnológica para incluir o clássico campo de busca por palavra-chave. Mas só amanhã.

*

Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada na nossa campanha! ❤️

11.7.25

Um Gato entre os Pombos: encontro 'Cluboca do Livro'

Agatha Christie tem personagens planos, com enredos poucos críveis? Totalmente. Ainda assim, garante a pipoca amanteigada. Imaginem criar não apenas um, mas meia dúzia de detetives com trejeitos únicos, Hercule Poirot e Miss Jane Marple entre os mais famosos, para desvendar crimes em 80 romances e contos, sendo mulher, no século 20 (de 1920 a 1976)!

A própria vida da escritora guarda um mistério digno de livro: quando o marido, que já estava com outra mulher, pede o divórcio, seu Morris Cowley verde é encontrado no barranco de um lago no Reino Unido, com os faróis acesos, uma mala, um casaco de pele e a carteira de motorista vencida. Agatha passa, então, 11 dias desaparecida, mobilizando 15 mil voluntários, entre escoteiros, mergulhadores e pilotos de avião.


Companheira de trabalho

Até que a encontram em um hotel, a quatro horas e meia dali, com um nome falso, alegando sofrer amnésia. Há quem culpe o acidente de carro, aqueles que acreditam em vingança arquitetada contra o marido infiel e a hipótese de que tudo não passou de um golpe publicitário para aumentar as vendas de O Assassinato de Roger Ackroyd, lançado semanas antes.

A gente se encontrou no fim de junho, porém, para discutir Um Gato Entre os Pombos, com motivação revelada e mortes, no plural. A história começa na revolução de Ramat, uma cidade fictícia no Oriente Médio, e acaba em Meadowbank, escola britânica para meninas ricas, onde malfeitores dignos do Monty Python se alternam na tentativa de roubar meia dúzia de pedras preciosas.


Lembrar de tirar foto antes de ficar roxa, a gata dormir e o povo se evadir

Sim, tem orientalismo, machismo e conservadorismo, afinal se trata de um livro de 1959. Mas justamente por ser um livro de 1959 é que a gente se surpreende quando a autora contrapõe esse ranço da época pela boca de personagens mais progressistas ― acho que só o preconceito contra as francesas sobra sem defesa. rs

Nossa conversa partiu da Guerra Fria, passando pelo feminismo, capitalismo tardio como projeto, desafios da educação, direitos da criança e do adolescente, e terminou com Viviane Silva promovendo Poirot a sommelier de joelho ― eu trouxe como referência os podcasts Pra que serve a escola?, do Atila Iamarino com Diana Gonçalves Vidal, e Paulo Freire: trajetória e legado na educação brasileira, do Icles Rodriges com Joana Salém Vasconcelos.

De joelho não entendo muita coisa. Espero ter compensado com a indicação de um clássico de detetive pouco conhecido por aqui, que satiriza justamente essas fórmulas prontas dos livros de investigação: O Mistério dos Chocolates Envenenados, escrito pelo inglês Anthony Berkeley. E volto para contar quando a obra de agosto (ou outubro, rs) for decidida.


Companheiro de leitura no jardim


Para viver outras histórias, cair na risada junto, se emocionar e culpar o clima seco, basta apoiar o Gatoca com qualquer valor a partir de R$ 15, escolher uma bebida e comprar sua edição favorita ― usando nosso link da Amazon (para qualquer produto, aliás), uma porcentagem vem para o projeto. :)


Discussões anteriores

:: Vou te Receitar um Gato, da japonesa Syou Ishida
:: O Mestre e Margarida, do russo Mikhail Bulgakov
:: Um Homem Chamado Ove, do sueco Fredrik Backman

23.5.25

+Gatoca: o boletim que vai mudar sua vida!

Atualizado em 20 de junho para esticar o prazo da campanha

Espera, você não tem gato nem considera adotar um? Então pode pular este post. Para todas as outras pessoas, a promessa do título continua valendo. Há 18 anos, o Gatoca compartilha informações que salvam vidas e que não se encontram fácil na internet porque não interessam às grandes empresas do mercado pet.

Os 1,9 mil textos juntam a experiência de quem dividiu casa e coração com dez bigodes (e algumas dezenas de temporários, incluindo cachorros e uma pomba), enfrentou os desafios da velhice (16, 17, 18 anos) e entende mais de doença renal (o pesadelo dos gateiros) do que muito veterinário por aí ― não que isso seja um privilégio. 😂


Para qualquer dúvida felina que surgir, basicamente, o blog tem um post ― e uma comunidade maravilhosa, com quem também aprendo, tanto nos comentários quanto no grupo do WhatsApp. Conteúdo produzido por gente de verdade, coisa rara ultimamente. E com fotos de verdade, inclusive as que sobrepõem peludos no mesmo almofadão.

Como jornalista, porém, tem me desanimado profundamente precisar cuspir fogo, enquanto equilibro o monociclo na corda-bamba e jogo bolinhas ao alto para agradar o deus-algoritmo ― vocês seguem o projeto nas redes sociais, querem receber nossas dicas, dar risada com os bastidores, se emocionar nas despedidas e os infelizes não entregam!


Na Era da inteligência artificial, logo nem com os buscadores poderemos contar mais. O +Gatoca nasceu em 2019 justamente para cortar esses atravessadores, na contramão do excesso de informações vazias, incentivando o consumo consciente, ativo, sem pressa ― e as conexões autênticas, claro.

Agora, ele está de cara nova, no Substack, uma rede mais orgânica, direcionada a quem gosta de ler e escrever, sem chamar três parágrafos de textão. Lá, vocês encontrarão notas com uma pegada mais irônica, como nos tempos de Facebook. E o boletim segue por e-mail, no formato tradicional ― dependendo do número de assinantes, pretendo incluir uma seção nova com curadoria de links.

Totalmente grátis, para guardar para consulta, porque garanto que vocês ainda precisarão do tutorial/gambiarra/macete em questão um dia. E a parte mais legal: quem trouxer mais assinantes ganhará esta caneca do Mercv ilustrada pela Marina Kater, que garanto não conversar em bytes, um chaveiro da Lina Gatolina, o cartão-postal relíquia da gangue e um caderninho de anotações nada afetado.


Convidem os amigos pelas próprias redes sociais, por e-mail, WhatsApp, qualquer canal em que consigam acessar o link deste post. E, se você chegou por indicação, basta preencher seu e-mail na janelinha laranja abaixo e as infos do amigo no formulário do Google. Sim, eu recompensarei esse trabalho sorteando uma caneca do Mercv para os novatos também!


A campanha, que terminaria no dia 20 de junho, foi estendida até 30 de julho, porque a dengue me deixou fora do mundo digital.

Valendo – parte 2! 😂

*

Bastidores da sessão de fotos:

― Intrú, empresta seu nariz rosinha para divulgar a campanha do boletim novo?
― Tenho uma ideia melhor! E se eu fingir que estou caçando esses dois insolentes, sem absolutamente nenhuma intenção real de rasgar o jornal?
― Acho que as redes sociais vão gostar mais da sua versão fofa...
― Então vou fazer cara de merda.

14.5.25

Gatificação: mundo vertical e autoestradas | EG #35

Para invadir Gatoca, Intrú teve de ultrapassar 2 m de muro. E a maioria dos gatos-almofada que vivem em nossas casas se divertiria explorando o ambiente do chão ao teto, porque são escaladores naturais. Nem precisa de parquinho elaborado ― mas, se puder, invista! Qualquer superfície longe do chão, de cadeira a topo de estante, pode virar paisagem vertical.


Se conseguir criar um caminho entre os móveis, permitindo que os peludos transitem por eles sem descer, mais legal ainda. Segundo Jackson Galaxy, autor de O Encantador de Gatos, livro que inspira esta série, uma autoestrada bem-construída conta com:

Faixas múltiplas
Elas possibilitam o acesso de vários bichanos ao circuito vertical, sem tumulto.

Rampas de acesso
Servem para entrar e sair da brincadeira.

Destinos e paradas de descanso
São lugares onde seu amigo passará mais tempo, contemplando o entorno, como nos poleiros, ou tirando um cochilo, por exemplo, em uma caminha no alto do armário.

Devem-se evitar, portanto, as seguintes armadilhas:

Vias apertadas
Passagens com menos de 20 cm de largura (e sem rotas alternativas) tendem a gerar confusão, porque dificultam a travessia simultânea.

Áreas inalcançáveis
Em caso de emergência ou visita de rotina ao veterinário, vocês não conseguirão pegar a criatura ― do malabarismo para limpar nem preciso falar, né?

Pontos de conflito
No post sobre planejamento urbano antitreta, explico em detalhes como contornar as zonas de emboscada e pontos mortos.

Não, Intrú não subiu na árvore. Ele prefere cimento. rs


(Tem um troco sobrando, gosta do nosso trabalho e quer participar do melhor grupo de WhatsApp ou de um clube do livro diferente? Dá uma fuçada no nosso financiamento coletivoaqui fiz um resumo das principais ações, on e offline, destes quase 18 anos de Gatoca. ❤)


CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: E dormem menos do que parece
CAPÍTULO 23: Qual é o arquétipo do seu bichano?
CAPÍTULO 24: Identifique os lugares de confiança dele
CAPÍTULO 25: Gato medroso: faça do esconderijo casulo!
CAPÍTULO 26: 13 curiosidades felinas
CAPÍTULO 27: Existe bichano dominante (ou alfa)?
CAPÍTULO 28: A importância dos três Rs para um gato
CAPÍTULO 29: Três Rs: o jeito infalível de brincar
CAPÍTULO 30: Três Rs: como alimentar a gatitude
CAPÍTULO 31: Três Rs: limpeza e sono felinos
CAPÍTULO 32: Gatificação: um lugar para onde voltar
CAPÍTULO 33: Gatificação: arranhar sem destruir a casa
CAPÍTULO 34: Gatificação: planejamento urbano antitreta
CAPÍTULO 36: Gatificação: necessidades especiais (estreia no dia 20 de junho de 2025)

9.5.25

Cluboca do Livro: quando o assassino não é o gato

Atualizado em 14 de junho de 2025, porque a data do encontro mudou

Eu queria uma história de mistério/policial para estrear o gênero na próxima leitura do Cluboca do Livro e cheguei a pensar em A Última Casa da Rua Needless, da estadunidense Catriona Ward, porque tem uma gata narradora. Mas li antes de sugerir, pois, apesar do burburinho, não conhecia a autora e achei meio pesado ― já teremos clássicos do terror no Halloween.

Descobri, então, Um Gato Entre Pombos, da Agatha Christie, que é uma expressão idiomática, sem bichanos efetivamente, e o grupo topou para não restringir tanto as opções ― vale também ilustração do peludo na capa ou presença na vida real do escritor. A rainha do crime ainda vem da Inglaterra, país inédito no nosso clube, além de quebrar a hegemonia dos autores homens.

Oitenta romances e contos publicados, com quatro bilhões de exemplares traduzidos para mais de 100 idiomas, ficando atrás apenas da Bíblia e de Shakespeare, está bom para vocês? Pode não ser a melhor atuação do detetive Hercule Poirot, mas certamente renderá uma boa diversão. Tenho aproveitado para ler na rede, em companhia do Intrú, por causa da fonte pequena demais para quem está acostumada a configurar letra-cartaz no Kindle. rs


E do que se trata o livro? De Meadowbank, uma escola para filhas de ricos e poderosos da alta sociedade britânica, onde, graças a uma de suas fundadoras, Miss Bulstrode, escândalos nunca acontecem. Até que a professora de educação física aparece morta ― por culpa dos próprios segredos ou protegendo alguém. E, conforme a investigação avança, fica claro que assassino ainda não terminou.

O encontro para conversar sobre a leitura ocorrerá no último sábado de abril, dia 28, das 16h às 19h, pelo WhatsApp. Para participar, basta apoiar o Gatoca com qualquer valor a partir de R$ 15, escolher uma bebida e comprar sua edição favorita ― usando os links abaixo, uma porcentagem vem para a gente. :)

- Um Gato Entre Pombos, impresso da HarperCollins
- Um Gato Entre Pombos, e-book da L&PM
- Qualquer item adquirido na Amazon partindo deste link ajuda o projeto

Discussões anteriores

:: Vou te Receitar um Gato, da japonesa Syou Ishida
:: O Mestre e Margarida, do russo Mikhail Bulgakov
:: Um Homem Chamado Ove, do sueco Fredrik Backman

7.5.25

Agressividade em gatos por frustração?

Sim, existe e eu senti na pele. Depois que os hormônios da guerra se viram obrigados a deixar o corpo com a castração, Intrú nunca mais havia me atacado. Mas aí ele descobriu o gostinho de entrar em casa, primeiro aproveitando as frestinhas de janela que a gente esquecia abertas, depois trabalhando com o Leo no estúdio, e para a cama da Seila foi um passo.

Agora, a criatura se recusa a dormir no chalé, do lado de fora (FeLV+). Passou até a se esquivar dos carinhos. E no feriado de 1º de maio, quando voltou para cá porque tinha cachorro hospedado na Seila e ainda apliquei o vermífugo, que tentou tirar rolando na terra, o rebelde pulou com as duas mãozinhas no meu rosto ― a esquerda furou, a direita arranhou e tchan, tchan, tchan, tchan! 😂


Não, ele não fica sozinho no estúdio, gente. Leo liberou, quando viu que não subia nas coisas nem destruía nada. Só que o gordinho quer companhia.



Epopeia do Intruso

:: Como tudo começou
:: Serial killers sempre voltam à cena do crime!
:: Ronrom, ataques e caos
:: Amansando a fera
:: Intruso: 1 sucesso e 2 bombas
:: Um morto muito louco e perdão felino
:: Cartinha de um gato excêntrico ao Papai Noel
:: Nossos presentes de Natal, com penetra
:: O que acontece com gato que vai para a rua
:: Férias do Intrú
:: Procuram-se madrinhas
:: Intrú ganhou madrinhas e um chalé!
:: 59 dias sem acidentes!
:: O primeiro brinquedinho... que ele nem viu
:: Teste: o desaparecimento do frajola
:: Intrú ganhou um cobertor e me emocionou
:: O primeiro colo (sim!)
:: A primeira ioga
:: A primeira brincadeira de caçar (sem mortes!)
:: O desafio de aquecer um bicho que não entra em casa
:: 17º quase-aniversário do Gatoca e bastidores
:: A escova perfeita para aventureiros
:: Vigilantes do Peso Felino
:: Um ano do gato que eu não sabia que precisava
:: Dia de levar o pet ao trabalho
:: Ele não quer uma casa, quer uma família
:: Quando as Cataratas do Niágara visitaram Intrú
:: Um post mal-humorado fofo de Natal
:: O gato que só falta tocar a campainha!
:: Intrú adoeceu antes de ganhar uma casa
:: Ressurreição e mordidas literárias
:: Quase grudinho
:: Lado errado?
:: História de filme: a vida dupla de Intrú!

2.5.25

Pode uma caminha substituir toda uma família?

Se Jujuba soubesse falar, fundaria o Movimento dos sem Montinho. Acostumada a dormir soterrada por outros oito gatos (Chocolate se recusava a participar), viu o amontoado peludo sofrer perdas drásticas nos últimos dois anos e, desde que a Keka morreu, em novembro, não tem mais uma fonte sequer de calor quadrúpede para trocar.

Muito antes de as temperaturas baixarem, já sonorizava nossas madrugadas com uma miação sofrida ― parte pela solidão, parte pela idade (quase 18 anos!). Decidi, então, comprar uma caminha fechada, na esperança de emular acolhimento e, seguindo as regras da física, manter a pequena aquecida.

Podia ter escolhido um modelo tradicional, mas, nessas raras oportunidades da vida, o mais barato era justamente o mais legal: um tubarão!


A caminha chegou em 9 de abril e Jujuba saltou direto na bocarra dentuça, enquanto eu estava filmando ― qual é a chance de isso acontecer duas vezes? Lavei o bicho para ficar com o cheirinho da nossa casa e, graças ao sol araçoiabano e ao material importado, depois do almoço já peguei a criatura encolhida lá dentro.


Esgotada a sorte de principiante, porém, ela nunca mais quis saber da novidade ― testei os dois lados da almofada: o liso, que pela cor imita melhor uma língua, e o peludinho, que usa o mesmo material azul da parte externa do tubarão. Até uma semana atrás, quando a carente finalmente tomou coragem de deitar e relaxar.


O lance da física funcionou ― fazia tempo que suas orelhas não ficavam tão quentinhas! Mas os lamentos noturnos continuam.

Não, uma caminha não pode substituir uma família.

23.4.25

Dicas para cortar unha de gato antissocial (sobrevivi!)

Jujuba vai fazer 18 anos no mês que vem, a única gata, em duas décadas, de quem eu nunca havia arriscado cortar as garras por motivos de: trauma ― diferente das irmãs, assustadas-passivas, a criatura sempre foi assustada-agressiva. Ainda usa o arranhador, sobe e desce da minha mesa de trabalho sem escadas, corre enlouquecida pela casa. Mas tem se enroscado no cobertor e cheguei a pegá-la com uma pata presa à outra pela unha. rs

Como um gladiador prestes a entrar no Coliseu, no dia 25 de março tirei, então, o cortador enferrujadinho da gaveta, parti para cima da fera e acabei caindo na risada ao constatar que boa parte das Gudinhas deu mais trabalho durante a manicure do que a encardida. Sim, ela está mais velha. Só que eu também acumulei mais experiência ― pelo amor e pela dor.


Se vocês também precisam encarar esse desafio, principalmente no caso de gatos idosos, que tendem a afiar menos as garras, sob o risco, inclusive, de atravessarem as almofadinhas, seguem minhas dicas salvadoras:

Use um cortador específico
O formato que acompanha a curvatura da unha do bichano facilita a missão.

Pegue seu amigo sonolento
Apesar de a estratégia não ter funcionado com os outros bigodes, Jujuba se mostrou bem menos resistente interrompida em seu sono de beleza.

Se adapte à posição escolhida pelo gato
Talvez você precise voltar para a ioga, mas garanto que vale a pena. Contenção aqui em casa, aliás, só irritava mais a gangue.

Seja paciente
Se a tolerância do felino permitir aparar apenas uma garra por vez, não insista. Quanto maior o estresse, mais adrenalina e cortisol o organismo libera, deixando o animal mais agressivo.

Corte apenas as pontinhas
Ao pressionar a pata, as unhas ficam à mostra, devendo-se encaixar o cortador o mais longe possível da base rosada.


A prova do feito, apesar de o celular da Samsung deixar as garras parecendo falsas

Ofereça recompensas
Como Jujuba não gosta de croquetes e já come sachê todos os dias, caprichei na escovação ― que ela ama. Se não for o caso aí, substitua por uma sessão demorada de carinho. E, se seu peludo curtir petiscos cremosos, tem esse truque que o veterinário Dan Baeta testou, aplicando nas costas da mão que segura a pata, para distrair a Snow durante o processo.

*

Alerta! As garras ajudam no equilíbrio e na mobilidade do bicho, incluindo os atos de pular e escalar, portanto, não podem ser extraídas (onicectomia) — sem contar que isso é proibido no Brasil, desde 2008, pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária. Quem não quer ter o sofá customizado deve investir em enriquecimento ambiental.

17.4.25

Um Homem Chamado Ove: encontro 'Cluboca do Livro'

Eu amo os livros do Fredrik Backman porque ele consegue escrever sobre temas complexos de um jeito leve, tirando sarcasmo da manga sempre que a gente está embargado, prontinho para desaguar. Em Um Homem Chamado Ove (sinopse aqui), o autor-jornalista fala de velhice e morte com irônica propriedade, uma vez que é mais jovem do que eu.

A gente já começa sorrindo com os títulos dos capítulos ― ao menos a maior parte deles. Embarca, então, em uma montanha-russa de definições impagáveis: crianças, pequenos erros linguísticos balançantes, que crescem sem o menor respeito; gentileza, uma caixa contendo nitroglicerina; aposentar-se, tornar-se desnecessário; gente, desperdício de oxigênio; vencedor de uma discussão, aquele que conhece as palavras mais difíceis; medo da morte, ela passar batido e nos deixar sozinhos.

E tem o gato, que "vai perambulando com o porte de um bicho convencido, talvez um pastor-alemão de 60 kg do esquadrão antidrogas da polícia. Ove desconfia que é justamente a ausência total de autopercepção que fez com que ficasse sem cauda e metade da pelagem". Por outro lado, quando o bichano constata a prisão no carro, deita e dorme, "uma forma muito direta de resolver problemas". E, ao ser questionado se sete vidas não bastam, "lambe a pata, parecendo não ser do tipo que considera importante ficar fazendo a contagem".

Chorei de rir com os capítulos em que o velho rabugento tenta comprar um iPad, agride um palhaço e ensina Parvaneh a dirigir. E chorei de chorar no final. Ove também perdeu os pais precocemente, antes de poder formar sua família, "um tipo muito peculiar de solidão", acreditava que não gostava do gato, via-se cercado por idiotas e adoraria que quem estivesse certo estivesse certo e quem estivesse errado estivesse errado.

No último domingo, o livro nos deu a oportunidade de trocar experiências sobre nossos idosos e nossos próprios planos para a velhice, em um raro espaço de acolhimento, já que os tabus sobre o assunto se sobrepõem: pagar um cuidador para manter o familiar em casa (o que não custa barato) ou trazer para morar conosco e mudar toda a rotina? ― mesmo trabalhando fora, essa função ainda sobra para as mulheres. E na clínica de repouso, pode colocar contra a vontade? Até quando se tem condições de decidir? Como envelhecer com qualidade?


Fernanda Barreto citou a médica Ana Claudia Quintana, sobre quem envelhece bem ter as melhores relações, não necessariamente a melhor saúde ― na contramão da Era das telas e dos algoritmos das redes sociais, programados para engajar no ódio, gerando atomização. Embora não possamos descartar a importância da alimentação na longevidade, como lembrou Neide Rodrigues. Sua avó, que plantava a comida no interior sem agrotóxicos, viveu até os 94 anos, independente e ativa.

Se manter em movimento, aliás, talvez seja o terceiro pé do andador. A mãe da Cristina Rebouças, também com 94 anos, morava sozinha e viajava todo ano de navio, até a pandemia. Sua tia, de 92, ainda vai ao shopping com as amigas e não perdem um filme ou show. Ela faz Universidade da Memória e, em 2024, lançou um livro com as receitas da família.

Um andador precisa de quatro pés, certo? Exercitar o cérebro, como qualquer outro músculo do nosso corpo, atende os requisitos. A própria Cris, de 71, está estudando inglês para bater papo com a sogra irlandesa. Já a mãe da Paula, aos 86, divide a assinatura do Kindle com as filhas para ler digitalmente. Para a maioria das famílias, porém, a velhice vem cheia de desafios.

A negação das doenças sem cura, a sobrecarga em um dos familiares, a culpa de quem está longe, cobranças de todos os lados. Vanessa Araújo ressalta que é preciso acolher o comportamento do outro, por mais que a gente não entenda: "Idosos viram crianças, mas são crianças que já tiveram autonomia. Despedir-se de si mesmo não deixa de ser um processo de luto".

Por isso Aline Silpe, que tem como ritual ir ao teatro com o pai, "a criatura de 76 anos mais marrenta do universo", reforça que todo mundo deveria fazer terapia: "Nós precisamos de alguém de fora para ajudar a entender a nós mesmos e as pessoas ao redor".

Na lógica do capitalismo, inclusive, a aposentadoria nos torna inúteis, mas sempre se pode encontrar outros motivos para sair da cama e ser importante para alguém, como mostra o livro do Fredrik ― provocando o sistema, Cris confessa se sentir bastante útil cuidando de si, dos seus gatos e assessorando uma ONG baiana. Quatro amigas juntaram suas famílias em um pequeno condomínio, dividindo o cuidador, e ela pensa em repetir o combinado com outro grupo.

Ao longo das quatro horas de conversa, não faltaram indicações...


Para lidar melhor:

A Máquina de Fazer Espanhóis, livro do português Valter Hugo Mãe
"Eu me coloquei no lugar do personagem principal. Quando chegar a minha vez, já tenho uma ideia de como será", Cristina Rebouças.

O Incrível Dom de Oscar, livro do estadunidense David Dosa
"Mostra como as pessoas reagem a seus idosos internados", Paula Melo.

E se eu Morrer Amanhã?, livro da portuguesa Filipa Fonseca Silva
"Fala sobre descobrir o sexo na terceira idade", Fernanda Barreto.

Finitude Familiar, livro da brasileira Luiza Gonçalves de Paula
"Aborda a jornada que antecede a morte, os aprendizados, a importância dos cuidados paliativos", Vanessa Araújo.

A Luz Difícil, livro do colombiano Tomás González
"Conta a história de quem fica", Cristina Rebouças.

E se Vivêssemos Todos Juntos?, comédia dramática francesa (Prime Vídeo)
"Fala sobre cuidar de quem está perdendo a acuidade mental", Aline Silpe.


Para saber mais:

Como se prevenir contra as demências?
Vídeo do Drauzio Varella que também discute o papel do Estado no desenvolvimento de políticas públicas que garantam uma estrutura de cuidados aos idosos, como as que existem atualmente para bebês e crianças.

Cidades não gostam de pessoas mais velhas?
Vídeo da jornalista Mariana Mello, indicado pela Fernanda Barreto, sobre como as cidades precisam se preparar para acolher os idosos, estimulando que saiam de casa e tenham vida social.

O Bom do Alzheimer
Perfil da gerontóloga Claudia Alves Silva, indicado pela Lorena Fonseca.


Para se divertir (lista toda minha, porque ninguém é de ferro, né?):

Minha Avó Pede Desculpas
Livro fofo do mesmo autor de Ove.

O Clube do Crime das Quintas-Feiras
Coleção de detetive de Richard Osman.

Grace and Frankie (Netflix)
Série de comédia com a Jane Fonda e Lily Tomlin.

O Método Kominsky (Netflix)
Série de comédia-drama com Michael Douglas.

Only Murders in the Building (Disney+)
Série de comédia-policial com Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez.

A Gangue da Luva Verde (Netflix)
Série de comédia com atrizes polonesas maravilhosas.

Um Espião Infiltrado (Netflix)
Série de comédia com Ted Danson.

*

Volto para contar quando o livro de junho for decidido. Para viver outras histórias, cair na risada junto, se emocionar e culpar o clima seco, basta apoiar o Gatoca com qualquer valor a partir de R$ 15, escolher uma bebida e comprar sua edição favorita ― usando nosso link da Amazon (para qualquer produto, aliás), uma porcentagem vem para o projeto. :)


Discussões anteriores

:: Vou te Receitar um Gato, da japonesa Syou Ishida
:: O Mestre e Margarida, do russo Mikhail Bulgakov