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4.2.22

O tempo dos gatos

Esta foto, tirada em dezembro de 2007, junta duas coisas inusitadas: filhotas mamando com 6 meses de idade e tapete em casa de gateira alérgica. Sim, caros leitores, eu revirei o baú virtual de Gatoca para acolher corações angustiados e convencer vocês de que, quando se trata de felinos, nunca é tarde demais.


E as Gudinhas não desmamaram com 6 meses, elas demoraram dois anos! Eu cheguei a separá-las da mãe, quando acreditava que doaria a ninhada (quanta ingenuidade), e a golpista da barriga voltou a produzir leite no reencontro. rs

Já Pipoca e Clara levaram uns dois anos para conviver. Nem lembro quando elas começaram a se estranhar, na verdade, só que a porta do corredor, que dividia o imóvel na metade, vivia fechada e as criaturas não podiam sobrar do mesmo lado. Até que alguém esqueceu de trancar, Mercv abriu pulando na maçaneta e, quando voltei da rua, as duas estavam deitadas na minha cama.

Keka torceu o focinho para a ração úmida por uma década. E foi convencia apenas com as latinhas da Pet Delícia, que acabou virando nossa parceira. E tem também o tempo dos afetos: Pipoca fugiu do toque por cinco anos, até chegar muito perto de morrer. Aos sete, Jujuba resolveu aceitar o carinho playcenter — aquele de passar correndo e retornar ao fim da fila. E só ronronou com 13! Outros sete anos se passaram até Chocolate enrodilhar no meu colo.

Não desistam!

Vai chegar o momento da trégua, da alimentação saudável, do amor sem medo — muitos gatinhos (e cachorros) esperam essa chance nos abrigos, aliás. ❤️

2 comentários:

wcris disse...

É um tempo que tem a unidade de medida desconhecida para nós.

Estou com uma filhota de +/- 4 meses, aqui há um mês e meio. Brava, arisca, feral, impossivel de pegar sem uma picula antes e um pano grosso enrolado previamente na mão.

Mesmo assim ja ganhei algumas tatoos.

Será castrada depois de amanhã - to imaginando enfiar esse bicho na caixa... Tadinha, por que falar assim dela...

Desde que chegou so recebe comidinhas, agua fresca, conversinha carinhosa, caixas e brinquedos.

Usei tambem outros expedientes: florais, patês especiais, narcóticos. Mas...
Nada acalma a criatura.

E aí, cadê a paciência de esperar seu tempo felino de confiar em humanos?

Difícil. Necessário. Essencial.

Natália Facury disse...

Aqui em casa são quatro gatinhas, ninguém sai, tudo telado! Temos mais 3 dogs no patio! Vamos nos mudar em breve, as gatas vao conosco, os dogs vão morar com meu sogro ( apartamento, nao da pra criar sete bichos e só o transporte das gatas vai 3000 reais! Mas assim que der levaremos os doguinhos também! Não sei como tem gente capaz de abandonar!