Os diários todos da adolescência ainda tenho — não, não há neles uma única linha sobre o primeiro beijo, porque ele também se atrasou. Já os cadernos de redação morreram com minha mãe. Vieram, então, as matérias. Centenas, em tela, papel brilhoso, folha suja. E umas edições e revisões em lombada quadrada.
Das crônicas não lembro o parto. Parece que só foram mudando de formato — do caderno para o e-mail dos amigos, descansando neste blog.
Respiro, logo escrevo.
Mas nunca aprendi. Quer dizer, fui alfabetizada, obviamente. E até tenho um diploma de jornalismo, vocês sabem. Só que ninguém me ensinou a escrita das estantes. Quando abracei Marcelino Freire, ao final dos três dias de curso no Sesc, a reparação estava feita.
Rufem os bigodes!
O conteúdo do Gatoca é financiado por gente que acredita que o mundo pode ser melhor. Quer fazer parte da transformação? www.catarse.me/apoiegatoca
4 comentários:
Eu só não estudei o jornalismo. De resto... vc contando sou eu sempre escrevi, nunca me organizei para tentar publicar (ainda. Já já chego) Falta-me um Marcelino Freire, pelo visto. 😆
Ivalu
Tem Sesc perto de você, Ivalu? Fique de olho na programação. Eles sempre convidam escritores fodas para palestras e cursos. E Marcelino também dá um curso online, pago.
Nossa..."Lúcia já vou indo"está guardado junto com as lembranças boas da adolescência...aprendi a contação de histórias, no curso de magistério, com esse livro...tempo bom...Quando ainda tinha pai, mãe e irmãos todos juntos...
Essa é a mágica da literatura! <3
Postar um comentário