E não me refiro apenas aos rituais de matriz africana. Celebrar a ressureição de Cristo na Páscoa matando o bacalhau também não faz o menor sentido. Nem abater bicho sem insensibilizar, em pleno século 21, como pregam o islamismo (halal) e o judaísmo (kosher).
Esta semana, a decepção será com o Tim Burton, que estreia sua versão cinematográfica para "Dumbo", o elefante eternizado pela Disney como fofo e alado, mas que teve uma existência miserável para divertir os visitantes do zoológico de Londres — separado ainda filhote da mãe, comia torta, se embebedava com whisky, colecionava lesões por carregar muito peso e morreu atropelado.
Liberdade religiosa, prazer gastronômico e entretenimento são importantes. Mas jamais deveriam sobrepor o direito à vida. Sim, nossas leis ainda consideram animais como "coisas" — apenas outro de nossos muitos atrasos. Isso não anula, porém, sua senciência. Porcos, vacas, cavalos, galinhas sentem medo, tristeza, dor. Pior: são conscientes disso.
E nossa consciência, cadê?
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5 comentários:
Pergunto sempre o que o animal tem a ver com a sua crença.
Nunca sabem responder.
Todos somos filhos de Deus, ninguém tem direito à tirar a vida de outrem, ainda mais quando esse alguém não tem opção de escolha.
Sou espírita, acredito em um Deus único, que ama a todos os seus filhos e não quer que nenhum seja sacrificado em beneficio de outros filhos, que se dizem, racionais.
Existem inclusive centros de umbanda que não realizam sacrifícios animais!
Umbanda não realiza sacrifício!
Se realiza, não é umbanda ensinada e praticada por Zélio de Moraes...mas sim Candomblé.
Ninguém tem o direito de tirar a vida de outrem é um refrão quando se fala de animais em rituais religiosos como no candomblé, no cristianismo e no islamismo, mas os matadouros e frigoríficos estão aí matando sem "insensibilizar" milhões de seres senscientes todos os dias no mundo inteiro. E o povo a se alimentar de carnes, sem nenhum sentimento compassivo por aquelas vidas "que ninguém tem o direito de tirar".
Para mim não faz a menor diferença se o animal será morto para a mesa do Natal, para a festa no terreiro, para a grandeza de Alá, ou para abastecer os supermercados e as mesas do dia a dia. O animal será morto. Isso é igual. Se a pessoa come carnes vermelhas ou brancas, não deve falar nada sobre o tema. É incoerência. Os veganos podem falar. Os vegetarianos podem falar. Onívoros, não.
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