29.9.17

Quando dá match com Chicão

Lembram do Zézo, que apareceu na garagem do escritório do Julio, meu contador-amigo? Ele foi adotado por uma colega de artesanato da Gabi, a esposa-amiga. Virou Tato, ganhou um irmão humano de 3 anos, o Theo, uma parceira canina velhinha, a Nina, e duas camas para se esticar folgadão.




A história deveria acabar aí. Mas, quando São Francisco encasqueta com a gente, as continuações humilham a franquia do 007. E uma familinha de ferais se mudou para a casa nova da Gabi e do Julio antes deles, ficando presa no quintal com a instalação das telas. Kuka Fischer, do Stray Cats, deu uma superconsultoria de socialização dos bichanos, que só permitem fotos a distância.


Os pequeninos começaram a comer ração esta semana e logo poderão ser castrados, junto com a mãe e o (suposto) pai ― não vamos sofrer por antecipação pensando na captura, não vamos sofrer por antecipação pensando na captura, não vamos sofrer por antecipação pensando na captura.

Conto com a ajuda de vocês para pagar as cirurgias e arrumar mais cinco finais felizes? Olhem estas carinhas!


27.9.17

Fungo: quem tem pele teme

A variação de fungos no mundo surpreende e os estragos causados por eles (ignoremos os cogumelos) vão de infecção de pele a doenças sistêmicas que atingem órgãos distintos. Mas este post se concentrará na micose, uma inflamação da camada superior da epiderme, transmissível a outros bigodes e também a seres humanos.

Como os tais fungos são versáteis, vivendo na terra, em pisos, tapetes e até nos próprios bichanos, qualquer queda na imunidade pode virar carequice e vermelhidão. E foi o que aconteceu aqui em Gatoca, com o estresse da mudança para Sorocaba. Guda apareceu com a primeira orelha avariada, depois vieram Jujuba, Pipoca, Pimenta e Chocolate.

Todos os ouvidos estavam limpinhos (sim, eu consegui examinar a Jujuba!) e não encontrei pulgas que justificassem a coçação coletiva. A vet fechou, então, o diagnóstico poupando os peludos da cultura fúngica. E o tratamento, claro, ficou por conta da homeopatia ― as clareiras já começaram a "repelar", sem efeitos colaterais nem cenas de terror durante a medicação.

21.9.17

Melhor guardião felino: resultado!

Quem dorme na casa da Eliza Mancuso é surpreendido por um cafuné atípico: Petúnia solta elásticos do cabelo com a habilidade de um trombadinha da Sessão da Tarde e leva correndo para seu refúgio secreto, onde a jornada de trabalho jamais adentra a madrugada (Fora, Temer!).

O feito felino rendeu à família humana o novo livro da Rosana Rios e da Helena Gomes, que o resto de nós, mortais, só poderá comprar no sábado, a partir das 18h30, na Martins Fontes da Av. Paulista ― manda seu endereço por e-mail, Eliza: contato@gatoca.com.br?


Para ver a votação, cliquem na imagem
(As respostas completas estão aqui)

Eu já escrevi antes, mas vale o byte repetir: parte da renda de cada exemplar de Os Guardiões do Pentagrama (mesmo pós-evento) será revertida para a ONG Adote um Gatinho, que protege os bichanos de São Paulo.

Quem vamos? :)

18.9.17

Primeiro aniversário sem aniversariante

Faz quase um ano. Mas parece que foi ontem. O aniversário de adoção foi mesmo. Só que você não me recebeu cantando na porta, não comeu seu petisco favorito antes dos amigos, não ganhou cafuné-japonesinho ― aquele de repuxar os olhos de gente.

E, quase um ano depois, cá estou eu salgando mais uma vez a sua falta. Dizem que a vida é uma espiral: de tempos em tempos, a gente volta ao mesmo ponto, com bagagem diferente para se reinventar. Você chegou magrelinho-desconfiado, cheio de cicatrizes de briga.


Cultivou a barriga mais apertável de Gatoca.


E partiu magrelinho-amado, quando brigar contra a insuficiência renal deixou de fazer sentido.


Eu te acolhi e libertei com o ponteiro da balança marcando o mesmo número ― apesar do interlúdio de uma década. Mas aqui dentro nada ficou igual.

*Novelinha: Conheça a história do Simba

Outros aniversários: 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008 | 2007

15.9.17

Dá para telar casa, sim!

Quando eu blindei o apertamento, escrevi um post dizendo que os bigodes só sairiam de lá para a próxima casa, com jardim. Quatro anos depois, cá estamos nós! (Com todos os prazeres e desprazeres da jornada.) E o pessoal da Redes 2000 veio até Sorocaba para garantir que a gangue permanecesse a salvo dos perigos da rua.


Gilvan, Leilson e Diego trabalharam por cinco horas sob o sol escaldante, sugeriram soluções em que eu jamais pensaria para pontos complexos, alcançaram cantinhos aparentemente inacessíveis.




E fizeram tudo isso com capricho e bom humor.


Edmundo, dono da empresa, doou ao Gatoca 53 m de rede, em um serviço que custaria R$ 2.141 ― nem o corrimão da escada externa ficou de fora.


E a gente pôde continuar investindo tempo e amor (dinheiro não tem mesmo, rs) no projeto de educar, conscientizar e mobilizar cada vez mais corações de pudim por um mundo melhor. :)

14.9.17

Melhor guardião felino: votação

Bora escolher o bigode que vai poder guardar com suas sete vidas (e bumbum cheiroso) o novo livro da Rosana Rios e da Helena Gomes? Votem na enquete abaixo, de respostas resumidas por falta de espaço, e cliquem aqui para se divertir com os relatos completos.

O resultado sai na próxima quinta-feira. E dia 23 tem noite de autógrafos na Martins Fontes da Av. Paulista, entre 18h30 e 21h. Quem comprar um exemplar (ou mais, rs) de Os Guardiões do Pentagrama ajudará a ONG Adote um Gatinho a continuar protegendo os bichanos de São Paulo.

8.9.17

Melhores lugares para dormir

Eu aqui, desesperada para colocar a casa pós-mudança em ordem, e os bigodes amando a bagunça e a sujeira ― as caixas de papelão minúsculas eles já curtiam no apertamento.


Pufosa descobrindo novas curvas


Guda e a coleção de lixeiras


Vassoura de jardim em vez do jardim


Pipoca reinventando a cadeira

6.9.17

Casa nova, bebedouro novo

Em casa de gateiro, não pode faltar bebedouro elétrico. Eu sempre reforço aqui no blog que bichanos são resistentes à hidratação voluntária porque seus ancestrais caçavam animais menores, com 70% de líquido no corpo, e não precisavam tomar a mistura morna de poeira e pelos da tigela. Essa resistência, somada a uma dieta baseada exclusivamente em ração seca, acaba virando insuficiência renal e não tem final feliz.

Depois de perder o Simba, eu passei a seringar os bigodes todo santo dia, peguei fila no açougue (argh!) para experimentar a alimentação natural, fiz parceria com a Pet Delícia, única ração úmida que a Keka come sem vomitar porque não contém corante nem conservantes. Mas o bebedouro continuou Gatolino ― a torneirinha simples dele é mais eficaz do que todos os modelos importados que a gente testou.


Para decorar a casa nova, Katia Zutter presenteou os peludos com essa versão vermelho-arrasadora, limpadores felpudinhos (vocês podem comprar em tabacaria, aqueles para cachimbo mesmo) e bilhete-amor.


Keka achou a frajola do adesivo muito bonita.

Leia também: 7 dicas que podem salvar seu gato da doença renal

1.9.17

Bastidores da mudança

Eu namoro Sorocaba desde a doação da Pandora, a história mais incrível deste blog. A cada festinha de aniversário (e foram muitas), deixava a cidade de coração partido, rumo ao caos de São Bernardo, uma extensão de São Paulo sem a parte boa. Até que a parede da nossa sala desabou com a reforma do vizinho.

Primeiro, eu urrei todos os urros. Depois, chorei todas as lágrimas. E, então, decidi recomeçar. Em três meses e meio, virei do avesso os sites de imobiliárias, visitei uma dezena de casas com a ajuda imprescindível da Rose, aluguei o apertamento para a Maira, amiga querida, e nos mudamos ― quando a escolha é certa, as coisas fluem.


Maga pagou o almoço de comemoração, Casé e Rosa capricharam no jantar, Paula emprestou três transportes felinos, Tati e Mari embalaram, carregaram e descarregaram mil caixas. Maira ainda doou seus armários de cozinha, Miriam o sofá (agora a gente tem sofá!), a sogra parte do carreto, com aspirador de pó de brinde. E cá viemos nós, trazendo chuva e céu cinza (sorry, sorocabanos!).

Por uma semana, os bigodes ficaram presos no escritório, enquanto a gente dormia, comia, tomava banho entre caixas ― e tudo que podia dar errado seguia dando (fogão quebrado no caminhão, colchão torto e molhado, vazamento no box, água do filtro turva, guarda-roupas imontável, montador com a agenda cheia).

Mas só na primeira noite, acreditem, rolaram fuzzz coletivos ― Leo e eu, por outro lado, brigamos uns três dias consecutivos. Morar apertado favoreceu a socialização das Gudinhas. Maru também preparou o emocional dos peludos com homeopatia (recomendo muito!), as caixas de transporte ficaram no chão para eles acostumarem com o cheiro e só faltou passar essência de lavanda, não encontrada a tempo.

Em vez da escarificação de 2013, este foi o arranhãozico-lembrança de 2017.


Agora, está todo mundo solto, de pelo imundo, torrando no sol e vomitando matinho na sala. O pinheiro do jardim me lembra os Natais de infância, a primavera se tornou minha planta favorita de vida adulta e, para qualquer cantinho que eu olhe, imagino como o Simba gostaria de ter vivido um tico mais.