2.12.22

Colo vazio

Quando você chegou, 17 anos atrás, a casa só tinha o gramado — descuidado porque eu era razão. Logo viramos 13, entre bípedes e quadrúpedes, mais nove temporários felinos e dois caninos. Se fez urgente aprender a meditar. O gramado acabou ficando para trás na mudança para o apertamento — 1.407 dias de sol na janela (e briga com os vizinhos).

Recomeçamos, então, no interior, onde havia jardim, ainda que modesto, meditação com passarinhos, sol no colo. Mas Sorocaba encolheu na pandemia e a gente sonhou floresta, gatil, céu estrelado, beija-flor. Você amou Araçoiaba da Serra do mesmo jeito que amava a São Bernardo poluída, porque descobriu o segredo da vida.

Só que o colo da meditação esvaziou.


Despedida
:: Saudade
:: Cicatriz
:: Luto seco: um luto estranho
:: Ainda não acredito
:: Primeiro aniversário sem Mercv

5 comentários:

  1. Anônimo3.12.22

    Como fazem falta. Sobram as lembranças e o coração pequenininho.

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  2. Anônimo3.12.22

    Cheguei no seu blog hoje, após um diagnóstico de doença renal e pancreatite na minha gata de 6 anos. Ano passado, perdi um gato de 4 anos pra mesma doença, morte súbita e venho cuidando de uma que ficou doente a mesma época, mas não chegou a ser renal, só urinária. Sinto muito pela sua dor, e obrigada por ajudar outros donos de felinos com suas dores e dúvidas cotidianas. Fique bem!

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  3. Saudades do Mercvs❤️ Ele chegou pra voce em data do meu aniversário de casamento, rs, ocorrido em um 2 de dezembro muito antes dele vir ao mundo. Linda foto "não quero sair do colo, mamis"!
    Cris

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  4. Anônimo6.12.22

    Dor mais doída não há...

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  5. E o colo ficou ainda mais vazio — três vezes! Desculpem demorar para responder, aliás.

    Espero que a gatinha de 6 anos, agora provavelmente com 7, esteja bem. :)

    Que coincidência, Cris!

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