O cenário era de sacrifício animal: sangue esguichado ao lado do arranhador, portas respingadas, borrões vermelhos espalhados por toda a sala. Mas os bigodes me receberam animados e limparam os potes de café da manhã. Com o coração na boca, eu olhei cada pata, cada orelha, cada nariz, cada rabo, cada caixa de areia. Nenhum sinal de tragédia, exceto pela cabeça do Simba, que ostentava outra daquelas feridinhas que levaram dez caixas de remédio para desaparecer.
Em vez de continuar tratando a infecção de pele bacteriana, Dr. N. preferiu investir no corticoide, para levantar a imunidade. E receitou uma pomada humana antifúngica e anti-inflamatória, porque pegaria mal prescrever um Pai-Nosso e três Ave-Marias. Eu aproveitei e pedi um check-up do loiro, incluindo hemograma e função renal, pois 11 anos merecem ― e no R&K a gente ganha 30% de desconto.
Ele voltou para casa do avesso e Gatoca agora tem mais um mistério sanguinolento insolúvel.
Guriaaaa! Sabe que lá em ca sa uma vez apareceu um esguicho bem parecido na prateleira acima da porta do banheiro. Até hoje não sabemos o que foi e isso que procuramos viu. Até olhei os dentes, achando que tinha sido um soco a la luta de boxe, nada.
ResponderExcluirSe começou próximo ao arranhador pode ter sido uma lasca de unha que se soltou mais bruscamente da base. unhas sangram bastante, mas nada grave. Como me respondeu Dr. E ao questioná-lo como fazia para aparar as unhas dos bigodes: Não tenha medo, vc já viu alguém morrer pq cortou demais a unha? é dolorido, mas ng morre
ResponderExcluirAcho que foi uma unha arrancada mesmo, meninas. Dias depois, vi um dos dedinhos do pé da Jujuba sujo de marrom, mas nada grave.
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