7.12.16

Por que eu saí do AUG e como enxergar a proteção animal

Achei que não precisaria escrever este post, afinal, não sou a Angelina Jolie e não casei com o Brad Pitt ― embora também tenha uma prole de filhos adotivos. Mas o bazar de Natal do Adote um Gatinho aconteceu sem mim, depois de nove anos de voluntariado, e as mensagens começaram a pipocar, quase todas terminando com "que pena".

Wrong feeling. O AUG tem um trabalho incrível de resgate e doação de bichanos, com o suporte de dezenas de pessoas. O Gatoca atua na educação e conscientização, para mudar o olhar do ser humano que abandona, e conta... comigo. Se não é fácil se dedicar a um projeto voluntário e pagar as contas no fim do mês, imaginem a dois.

A morte do Simba me fez relembrar, pela terceira doída vez, que a vida acaba num suspiro mais demorado ― e a gente deixa para trás uma coleção de palavras não ditas, abraços não dados, mundo não transformado. Decidi, então, que 2017 é ano de investir mais nestas linhas digitais e nas entrelinhas reais. A cada nova iniciativa, a proteção ganha, em vez de perder.

ONGs bacanas estão percebendo isso e abrindo mão da competição para somar. Celebridade Vira-Lata deu uma superconsultoria para o mutirão de castração no DER. Felinos Urbanos e Stray Cats vira e mexe ajudam leitores que querem fazer CED (captura, esterilização e devolução) em suas comunidades. Confraria dos Miados e Latidos recebeu oito gatos de uma colecionadora que caiu no meu colo em agosto. Canto da Terra socorre os bigodes com homeopatia sempre que as coisas se desequilibram por aqui.

As portas do AUG continuam abertas para os textos desta jornalista-coração-de-pudim. E eles sempre estarão disponíveis para o AUG.

2 comentários:

  1. Maria9.12.16

    Parcerias ajudam muito, nos tornamos mais eficientes trabalhando juntos.

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  2. Anônimo9.12.16

    Estamos aprendendo todos os dias, com os nossos, com os resgatados e com os parceiros. Muito importante passar adiante nosso conhecimento.

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