Depois que Snow saiu do cemitério da Baixada Santista, sua mãe teve outra cria. E um dos bebês cresceu tão medroso quanto ele. Patrícia me pediu ajuda e eu apelei à Guebis, que conta o segredo da socialização do branquelo neste e-mail fofo:
"É melhor você ligar e pedir o gato mais estragado que ela tem!". Essa foi a frase que eu ouvi de uma amiga quando descrevi o tipo de bigode que procurava para adotar: um peludo com poucas chances, talvez adulto, que já tivesse passado por um trauma e as pessoas rejeitassem.
Em março, começou a busca oficial. Entre as sugestões da Bia, cujo blog eu acompanhava há algum tempo, estava a duplinha Flea e Snow. Apesar de lindos, o branquelo era extremamente assustado. Deixara o cemitério com 5 meses e desconfiava de tudo. Mas eu não ligava. Ele teria o tempo que quisesse para se soltar.
Em junho, os bebês chegaram! Flea com 7 meses, super conversadeira, e Snow com 10, em silêncio, no fundo da caixinha de transporte. Na primeira noite, a oferecida já dormiu entre as cobertas, enquanto o bicho do mato se enfiou embaixo da cama.
Segunda-feira, eu passei o dia todo fora e, ao voltar para casa, encontrei o coitado preso atrás da geladeira. Fui buscar uma toalha, visualizando os pontos que tomaria tentando tirá-lo dali, e, para minha surpresa, ele não encostou uma unha em mim! Apenas correu para a "toca".
Lembro de pensar que havia perdido de vez sua confiança. Eu não podia estar mais enganada. E foi na madrugada de quarta para quinta que rolou o primeiro progresso: eu pendurei um cabinho na ponta da cama, puxei e o poço de timidez felino fisgou a isca!
Na semana seguinte, enquanto eu jantava, a criatura finalmente veio miando na minha direção. Sem me mover na cadeira, eu estiquei a mão e ele deu uma cabeçadinha. Depois, subiu pelos meus pés e ficou se esfregando atrás da tela do notebook. Vitória! Hoje, Snow é o gato mais carinhoso que conheço. Tagarela, adora um colo e carinho na barriga.
Quando eu olho as fotos do seu irmão, vejo a mesma carinha desconfiada do branquelo no início. E tenho certeza que ele vai desabrochar. Só precisa de alguém que lhe dê confiança, paciência e, principalmente, muito amor!
Se você está pensando em adotar um gatinho, por que não dois? Ter uma companhia fez toda a diferença na evolução do pequeno.
Quem topa o desafio? Preciso pedir um help na divulgação da Mila (trica) e do Raj (tigrinho)?
Ai, que delícia de gato!!! Se meu marido não fosse hiper-mega-master-plus alérgico, eu já teria alguns fazendo companhia para Shiva e Guido! A foto com a linguinha de fora está uma fofura e o vídeo deu até vontade de largar o serviço e ir pra casa apertar meus cães! :)
ResponderExcluirNo ano passado resgatei filhotes ferais, com 4-5 meses de idade, se alimentavam de morcegos e nunca haviam conhecido pessoas. quando lembro, n sei como não consegui umas dentadas nas mãos e arranhões :D
ResponderExcluirAlexis e Alanis rosnavam, se escondiam, não sabiam nem o que era ração. Muita gente me julgou por estar "perdendo tempo" com aquelas feras irrecuperáveis. Após um longo processo de socialização, as duas são amadas pelas familias que as adotaram, completaram um ano de idade, e me confirmam que somente a morte pode estragar de vez as chances de um bichinho ser feliz :)
Desejo uma sorte magnifica para essas crianças e que alguem de coração grande e compreensivo os encontre :)
Se não tivesse a Neko e a Hana vindo de Minas, já estaria com esses dois lá em casa.
ResponderExcluirAcompanhei essa historinha mais bonitinha. Estou torcendo e divulgando.
Torço pelo peludos.
ResponderExcluirBella, posso lhe falar uma coisa? Os alérgicos normalmente acostumam -se com os alérgenos e não se incomodam mais com isso. Eu morria de tanto espirrar, ficava com os olhos inchados, ouvido coçando e tudo mais por conta de pelos. Depois que tive Micefufe e mais tarde Bella, espirrava por outros motivos. Hoje, tem 10 meses que saí da casa dos meus pais e não convivo tanto com pelos, essa primavera quase me derrubou. Tenho uma prima que é mais alérgica que eu, ela tem 3 gatos e uma cachorra e nenhuma crise. Não sabemos se o que nos curou foi a teimosia ou o amor maior ao ronrom gostoso que eles fazem :)
Eu sou uma alérgica que não se acostuma, Li. Mas não me importo de tomar cortisona todo dia. Bella, para não arriscar o casamento, é melhor você continuar curtindo a Shiva e o Guido. rs
ResponderExcluirObrigada pela ajuda na divulgação dos bigodes, Larissa!
Amor e Miados, enquanto existirem corações de pudim, só mesmo a morte pode estragar as chances de um bichinho ser feliz. :)
Sou hiper alérgica...até as minhas cachorras (labrador e rotiweiller) me atacam a rinite de uma forma terrível...mas NADA pode pagar a alegria e o ronronado da minha bigodinha salvada da rua Mitsy e os rabos balnaçando das minhas cachorras...
ResponderExcluirnao ligo do nariz coçando, garganta atacada, espirrar, tossir, ter q sempre usar remédio (q quase não adianta)...vivo grudada nos meus amores...
o carinho e a gratidão dos animais fazem a alegia atacada valer a pena!!