Por razões que a ciência desconhece, o portão automático aqui de casa abriu sozinho no sábado e, quando o guarda resolveu nos avisar, Marley já estava longe. Desesperadas, Mariana e eu desandamos a correr pelo bairro debaixo de chuva, ela de pijama e eu com a saia rodada do flamenco. Todo mundo dizia que o infeliz havia rumado para a avenida, justo o caminho que a gente evita nos passeios. E de lá as opções se multiplicavam: Centro, Rudge Ramos, Santo André. Na dúvida, preferimos continuar a busca motorizadas. Ela ficou com o entorno e eu fui para longe.
Tentei primeiro o lado esquerdo da pista, depois o direito e, por fim, reto. Sem sucesso. Só de pensar na infinidade de ruelas em que o aloprado poderia ter se embrenhado, o estômago doía. Até que São Francisco de Assis me soprou a idéia de pedir informação para a moça que distribuía panfletos no farol do Metrópole: “Ele arrastava uma guia amarela? Eu vi, sim. Passou voando ali atrás da parada do trolebus”. Fiz uma volta enorme e dei de cara com a criatura, seguindo na contramão da Faria Lima.
Sem pensar meia vez, liguei o pisca-alerta, sentei a mão na buzina e só lembro da cara de pânico do motorista do ônibus crescendo na direção do Escortinho. Por um milagre, Marley atendeu ao meu chamado de primeira e, antes de provocar um acidente sério, endireitei o carro alegórico na Sapucaí, pedindo desculpas aos motoristas pelo papelão. Agora, com a taquicardia controlada, não paro de pensar como o desembestado conseguiu atravessar três avenidas gigantes e se sujar a ponto de feder carniça, em menos de 40 minutos! Bem no dia seguinte ao banho...
Obs.: Passado o susto, tratamos de providenciar uma coleira de identificação suficientemente chamativa para o meliante.
Caramba, só de ler eu já fui ficando agoniada! Imagino vcs!
ResponderExcluirBeatriz, eu acho que isso foi porque você deixou porem gravatinha nele depois do banho. [:-)]
ResponderExcluirFalando sério: sua descrição é tão gráfica que eu mesma me vi correndo atrás dele. Ainda bem que tudo terminou bem.
Bia, vc já começou a escrever o seu livro Marley e eu?
ResponderExcluirVai ser um sucesso tremendo.
Virge cruz, hein? Só de ler a taquicardia vem. Imagino a sua.
ResponderExcluirQue bom que acabou tudo bem e você continua aí com seu cão indoável! rsrsrsr
Beijo,
Ju.
PS: senti muito muito pelos bebês da Pan. Ela já está melhor? Posta alguma coisa...
doido de pedra... huahauhauhau
ResponderExcluirQue horror!!! Animais fugindo de casa são o meu pior pesadelo!!! Ainda bem que deu tudo certo!
ResponderExcluirBia, esse susto me fez pensar...
ResponderExcluirQuando você o encontrou, será que ele tinha sido abandonado mesmo ou fugiu de casa???
que figura esse cão!
ResponderExcluireu morro de medo dos meus bichos fugiresm. ainda bem que não aconteceu nada com ele.
Olá, Beatriz!
ResponderExcluirNão sei se você já sabe e descartou a idéia, mas no próximo sábado, dia 29/11, vai ter uma palestra sobre comportamento animal com o Alexandre Rossi no Hospital Veterinário Dr. Hato de Santo André. Pensei que talvez você pudesse ir lá conversar com ele, quem sabe consegue alguma coisa? Cris
Caramba! Como isso me traz lembranças minhas... idênticas!!!
ResponderExcluirEsse Marley é um caso sério... hahahaha... cachorrinho danado hein! tudo em apenas 40 minutos rsrs.
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