- Beatriz?
- Quem gostaria?
- Aqui é o Frei Gusmão. Vi que você deixou um pedido de benção na sacristia e estou ligando para combinar o dia.
- Quando o senhor pode, Frei?
- Agora.
- Ahn... Tenho meia hora?
- Tudo bem, vai.
Um mês de espera e o homem conseguira acertar bem a semana em que a faxineira nos dera o cano! Corri lavar meia dúzia de pratos (dos 294) para não parecer 100% relaxada, limpei as caixinhas de areia, recolhi do chão os tufos de pêlo e pedaços de parede mais visíveis, enfiei as roupas não dobradas no armário, estiquei os cobertores sobre as camas bagunçadas, tirei as marcas de pata dos móveis da cozinha, tomei banho.
Assim que o humilde servo do Senhor botou os pés dentro de casa, Clara Luz aproveitou para enfiar-se embaixo do carro. Como queria que a geniosa também recebesse o afasta-encosto, bati a porta na cara do coitado e fui atrás dela. Cinco minutos circundando a lataria sem sucesso, no entanto, fizeram-me desistir da idéia. Até porque um bigode, num universo de dez, tem pouca representatividade estatística.
Antes de iniciar o trajeto sagrado de benzedeira pelos 2.935 cômodos, Frei Gusmão abriu os braços na sala e pôs-se a rezar o clássico Pai Nosso. Eis que Pimenta decide atravessar o recinto empurrando um carrinho. Tiro-lhe o brinquedo e aparece Kekinha com um boneco de plástico. O bolso da calça jeans enchia de quinquilharias, enquanto as meninas penduravam-se na estola do sujeito (vermelha, com detalhes cuidadosamente bordados em dourado). Clara ainda voltou da garagem só para fazer cocô no meio da oração.
Acelerei o tour, almejando evitar catástrofes de proporções maiores, e solicitei atenção especial à Chocolate, o verdadeiro motivo do circo armado. Com um sotaque italiano misterioso, o padre paulista entregou a pequena aos cuidados de São Francisco de Assis, encharcou-lhe o cabelo de água benta e despediu-se. Ao alcançar o portão, a peste já estava brigando com a Guda de novo. Agora, quando ouço seu rosnado turbinado, lembro dos R$ 20 que, por falta de troco, doei à paróquia do bairro.
Estou rolando de rir... kkkkkkkk... E imaginando tudo...
ResponderExcluirBeatriz,
ResponderExcluirjá disse que sou tua fã?
Tô rindo até agora!!!!!
muito bom!
ResponderExcluirEssa foi a melhor!
ResponderExcluirParabens!
Q Deus os abençoem mesmo!
KKK!!! Beatriz, simplesmente impagável... Nem sei há qto tempo eu não ria tanto assim!!! :)
ResponderExcluirEntendeu agora pq na Idade Média a Igreja considerava os gatos como criaturas demoníacas?
ResponderExcluirDenise
Olha o Gil (Diles)usando o Mukunda de travesseiro: http://www.quadrado.blogger.com.br/2007_09_01_archive.html#39867463
ResponderExcluirNão mereço esses elogios, pessoal. O mérito é todo do padre. ;)
ResponderExcluirAmei os meninos, Adri. Parecem dois floquinhos de nuvem. De onde tirou "Mukunda", aliás?
Mukunda é um dos nomes de Krishna, nome bem comum na Índia. Mas o Mukunda, o gato, agora não mora mais aqui, mas num sítio em Minas. Aqui só o Gil e o Leo. Quando der, mando foto deles.
ResponderExcluirhuaahuahuhuahua
ResponderExcluirgatos sao seres do inferno!
adote um cao!
bjo
Lolllll! Fazer cocô no meio da oração, foi a melhor deles!
ResponderExcluirAdorei
Gatos de sítio devem ser felizes, né, Adri?
ResponderExcluirDaygo, não se comporte assim na frente das visitas. ;)
ótimos! Gatos ateus!!!!!
ResponderExcluirganharam o meu respeito
rararararararararararararararararararararararararararararararararararara
ResponderExcluirrararararararararararararararararara
rararararararararararararararararara
rararararararararararararararararara
rararararararararararararararararara
rararararararararararararararararara
rararararararararararararararararara!
[só não vou ler esse post pras minhas gatas, vai que a moda pega...]