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10.11.21

Bebedouro inusitado para gatos

A expectativa era aumentar o consumo de água dos bigodes, que adoram lamber a torneira do tanque. Com a Flea, o tal bebedouro de coelho fazia sucesso, Guebis até me mandou vídeo — que assisto sempre que a saudade aperta. E custou ridículos R$ 15, infinitamente mais barato do que as versões elétricas do pet shop.


A realidade, porém, foi marcada por desprezo...


...tabefe...


...mordida...


...e briga.


Tentei por dois meses. Já posso desistir? rs

Alguém aí tem boas experiências com essa supertecnologia?


Informações importantes sobre hidratação:

:: Doença renal, pelo maior especialista em gatos do Brasil
:: 7 dicas que podem salvar seu gato
:: Como fazer o bichano beber água
:: 13 macetes para dar líquidos na seringa
:: A seringa (quase) perfeita
:: Soro subcutâneo: dicas e por que vale o esforço
:: Soro fisiológico, ringer ou ringer com lactato?
:: 9 sinais de doença que a gente não percebe
:: O desafio da alimentação natural
:: Quando a alimentação natural não dá certo
:: Ração úmida mais barata para gato renal
:: Seu pet não come ração úmida (patê, sachê, latinha)?
:: Alimentação de emergência para gato desidratado
:: Seringa que goteja para cuidar de gato doente
:: O melhor bebedouro para o verão!
:: Calculadora de ração felina, seca e úmida
:: O milagre da água na seringa, seis anos depois

5.11.21

O que eu faria diferente com os gatos? #1

A ideia para esta série surgiu de uma conversa com a Mari, minha irmã, recentemente adotada na Itália pelo Pablo, um sósia do Simba, com nome mexicano. E a primeira coisa que penso quando a gente brinca de máquina do tempo é que foi uma insanidade juntar dez gatos em um ano e meio, principalmente para quem não gostava de gatos.

Sem esse lapso de racionalidade no currículo capricorniano, porém, o Gatoca não existiria, né? Passo, então, para a segunda coisa que faria diferente tendo a experiência de hoje: acostumaria os bigodes com a ração úmida desde cedo, o que me pouparia cinco anos de seringadas de água (até agora!) e um diagnóstico generalizado de insuficiência renal. :\

Sim, eu tentei a alimentação natural e eles odiaram. Mas adoram as latinhas da Pet Delícia, parceira antiga do projeto, que produz comida com cara e cheiro de comida, sem corante nem conservantes. No mês passado, inclusive, chegaram os sabores novos — para vovôs e vegetarianos, fortificada com taurina. Só que a favorita continua sendo a inexplicável combinação de frango com mamão. rs


Seu amigo não curte o movimento? Aqui estão nove estratégias para ajudar. Você não entende nada de doença renal? Dá uma fuçada nos links abaixo — 60% dos bichanos terão um grau de disfunção nos rins ao morrer.

Infos essenciais:

:: Doença renal, pelo maior especialista em gatos do Brasil
:: 7 dicas que podem salvar seu gato
:: Como fazer o bichano beber água
:: 13 macetes para dar líquidos na seringa
:: A seringa (quase) perfeita
:: Soro subcutâneo: dicas e por que vale o esforço
:: Soro fisiológico, ringer ou ringer com lactato?
:: 9 sinais de doença que a gente não percebe
:: O desafio da alimentação natural
:: Quando a alimentação natural não dá certo
:: Ração úmida mais barata para gato renal
:: Seu pet não come ração úmida (patê, sachê, latinha)?
:: Alimentação de emergência para gato desidratado
:: Seringa que goteja para cuidar de gato doente
:: O melhor bebedouro para o verão!
:: Teste: seu amigo sente dor? Descubra pela cara!
:: Calculadora de ração felina, seca e úmida
:: O milagre da água na seringa, seis anos depois
:: Cuidado com alimentação forçada!

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O conteúdo do Gatoca é financiado por gente que acredita que o mundo pode ser melhor — aqui tem um resumo das principais ações do projeto. Quer fazer parte dos despioradores? Assine nosso clube no Catarse ou doe um cafezinho em forma de PIX: doacoes@gatoca.com.br ❤️

3.11.21

Uma caixinha especial

Chocolate nunca teve um cafofo pensado para ela. Herdou a almofada de joaninha que ganhei da ex-chefe, recheada de camomila terapêutica (rs), e dormia na estante do escritório no "apertamento" de São Bernardo. Em Sorocaba, escolheu a lavanderia e, como se não bastasse estar no canto da casa mais distante dos outros gatos, passava o dia na bacia de quinquilharias — entre um rádio velho de carro e as lâmpadas-reserva.

Aqui em Araçoiaba, tentamos um mix das moradas anteriores, improvisando uma caixa de sapato do Leo com a almofada de joaninha. Até a morte da Clara. Eu contei que ele comprou uma cestinha fofa para enterrá-la, né? E que, apesar da magreza, ela não coube — interior não tem muitas opções, além de mato e formigueiro. Acontece que a cestinha era o número da pequena!

E agora ela olha de cima para a ralé.

29.10.21

Girassóis góticos de Halloween

Foram dez semanas esperando os botões vermelhos de girassol desabrocharem. Eles comporiam o mausoléu da Clara, junto com a versão ensolarada, que a gente plantou ao final do pesadelo do carcinoma.


E eu pretendia escrever outro capítulo ordinário da epopeia de jardineira esforçada, mas as criaturas sussurraram para virar post de Halloween. Dá para ser mais gótico?


Tenho lugar de fala porque colecionei por anos um guarda-roupa trevoso e contos do Edgar Allan Poe. Só que, naquela época, não gostava de planta.

Nem de gato.



Despedida da Clara:

:: Saudade
:: Nunca foi tão difícil plantar girassóis
:: Os primeiros 30 dias
:: Clara finalmente virou girassol!

28.10.21

Aniversariante do mês – outubro de 2021

As opções de brinquedos para gato se multiplicam nos petshops. Mas o presente de 16 anos do Mercvrivs* veio da madeireira: no último domingo, dia 24, Leo chumbou as toras de eucalipto que sustentarão o gatil oficial de Gatoca! — os bambus da versão provisória começaram a apodrecer, as telas estão fazendo barriga e os bigodes só não fogem por piedade.


Falta ainda o dinheiro do alambrado, que, em sete meses de casa nova, ainda não conseguimos juntar. Mas já temos mudas mastigáveis de capuchinha e um filhote de manacá, doado pela Adriana Todesco, para garantir a soneca sombreada da gangue em breve (espero!).

Como Mercv não é investidor de mercados futuros, entreguei à vista colo, carinho e aquele aperto de quando não ninguém está olhando.



*Novelinha: Conheça a história do Mercv

Outros aniversários: 2020 (extra!) | 2019 (extra!) | 2018 (extra!) | 2017 (extra!) | 2016 | 2015 (extra!) | 2014 (extra!) | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008 | 2007

22.10.21

8 mudanças genéticas nos gatos modernos | EG #5

Sabe aquele dia em que você chegou estressado do trabalho e brigou com o bigode que quebrou o vasinho de suculentas? Ele provavelmente se lembra. É que, em 2014, cientistas coletaram amostras de DNA da boca de 22 gatos domésticos, de raças variadas, e selvagens do Oriente Médio e da Europa, e conseguiram determinar alterações genéticas significativas.

Nossos bichanos apertáveis têm...

1) Maior capacidade de criar memórias
Guda, por exemplo, adora o joguinho das meninas. Para morder. rs


2) Maior habilidade de associar estímulo e recompensa
Assim a gente tenta ensinar os meliantes a não subir na mesa com petiscos.

3) Menor condicionamento ao sentimento de medo
O que significa que eles não entram tão rapidamente no modo de lutar-ou-fugir.

4) Corpo e cérebro menores
Essa é autoexplicativa, né?

5) Mandíbula mais curta
E os cientistas nem estavam comparando com os persas.

6) Glândulas suprarrenais menores
Elas controlam justamente o instinto de lutar-ou-fugir, citado anteriormente.

7) Intestinos mais longos
Uma adaptação para consumir comida humana.

8) Dentes com espaçamentos mais estreitos
Apesar de todos os felinos possuírem caninos longos, que permitem matar com uma mordida bem-dada no pescoço, os dentes dos gatos domésticos são mais juntinhos porque se adaptaram a caçar roedores menores, suas presas favoritas.


Mas nem tudo mudou nos bichanos atuais:

- O formato e a estrutura do crânio continuam parecidos com os de leões e tigres, conservando a mesma mandíbula poderosa.


- O comportamento também, pelo menos é o que diz Jackson Galaxy, especialista e autor da bíblia O Encantador de Gatos, em que esta série, financiada coletivamente, foi inspirada — se vocês estão curtindo, considerem se tornar apoiadores (aqui tem um resumo das principais ações do Gatoca).

- A maioria dos peludos escolhe seus parceiros, o que ajuda a manter o patrimônio genético diversificado.

- Bigodes ainda conseguem sobreviver sem nós. É só a gente não atrapalhar.


CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 4: Seu gato vem da América ou do Velho Mundo?
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: Bichanos dormem menos do que parece (estreia no dia 15 de setembro!)

15.10.21

Os gatos ganharam uma floresta!

Minha mãe era uma mulher elegante, que sabia a ordem de todos os copos e talheres, falava francês com biquinho, arranhava um latim, tocava violão e sempre me emocionava com o "Noturno", de Chopin, ao piano — disso tudo, eu só herdei o piano (e até que não fazia feio).

Gente assim tem amiga que oferece mudas para seu recomeço no terrenão de mato e despacha 57 delas de Serra Negra, a 200 quilômetros de distância de Araçoiaba! Para o futuro pomar, limão-cravo, pitanga, abacate, amora, nêspera, framboesa, café e manga — que só aceitei em consideração ao Leo.

Para a decoração "interna", trepadeiras e arbustos multicoloridos — íris, girassol mexicano, flor-de-são-miguel, ora-pro-nóbis, manacá-de-jardim. Para a decoração "externa", sibipiruna, embaúba, palmeira, ipês roxo e amarelo, pata-de-vacas branca e rosa, neve-da-montanha, jacarandá-mimoso.

Antes que a gente conseguisse plantar a primeira verdinha da Adriana Todesco, Pipoca, a gata renal magrela que recentemente caçou um passarinho e tentou caçar nosso atum vegano, escapou de casa para se aventurar pela floresta.


Cheirou, se esfregou, avaliou as espécies tóxicas, mas acabou ficando com o mato mesmo — não puxou a avó, definitivamente.


Aproveito o gancho para divulgar o projeto de mundo melhor da Mônica Campiteli, que me proporcionou uma fungada de cabra. Escolhido pela Benfeitoria para o matchfunding Todo Cuidado Conta, o Brincando de Agroflorestar pretende estimular a criançada a repensar nossa relação com o meio ambiente.

E, para cada real arrecadado, o fundo coloca mais um! Faltam só 21 dias. Bora ajudar?

13.10.21

O poder do atum vegano

Quando adotei o Mercv e descobri que gostava de animais, parou de fazer sentido almoçá-los — e eu não diferenciava bichos fofinhos, como agora não diferencio os feiosos. 14 anos e meio se passaram vegetariana, os últimos cinco orgulhosamente vegana! Com o avanço da tecnologia, motivado pela emergência climática, está cada vez mais fácil substituir carne, leite e ovos. :)


Não que a gente precise disso para uma dieta balanceada, mas é bom matar a saudade nas promoções, rs. No penúltimo fim de semana, por exemplo, voltei à infância com o sanduíche de atum que minha tia preparava no intervalo das brincadeiras com as primas. O mesmo cheiro, o mesmo gosto, o mesmo óleo.


E os gatos também acharam porque ficaram enlouquecidos com o peixe de mentira, depois de esnobar o sachê de peixe "de verdade" — uma batalha de soja, ervilha, grão-de-bico, rabanete e algas, sejamos honestos, contra carne mecanicamente separada de atum, carcaça de frango, miúdos e plasma suíno.

Pipoca precisou ser retirada do recinto!

8.10.21

Gatoca ajudou a salvar um gato famoso!

Lembram da plataforma em que o governo receitava remédios para vermes e bactérias a qualquer ser vivente que suspeitasse ter covid-19, doença causada por um vírus? Pois o jornalista Felipe Betim denunciou no El País o teste feito com seu gato Moreré.


Segundo o TrateCOV, ele deveria tomar esta quase-lista de supermercado, por cinco ou sete dias:

- 6 comprimidos de Difostato de Cloroquina 500 mg
- 12 comprimidos de Hidroxicloroquina 200 mg
- 1 comprimido diário de Ivermectina 6 mg
- 5 comprimidos de Azitromicina 500 mg
- 10 comprimidos de Doxiciclina 100 mg
- 14 comprimidos de sulfato de zinco


Mas onde entra o Gatoca? Gisele Gonçalves, que resgatou o pequeno em Itanhaém, me escreveu pedindo ajuda com a divulgação de uma mamãe e sua ninhada, assustada com o naipe dos interessados em adotá-los. Acabou comentando que me lia desde os tempos em que blogs eram a forma mais comum de se estar na internet e contou a história do ex-Gandalf:

No ano passado, recolhi um filhotico que foi abandonado pela família no clube onde trabalho. Devia ter umas 3 semanas, muito miudinho. Levei para casa e as dicas que encontrei no seu blog foram as que fizeram ele sobreviver. Depois de uns meses comigo, lindo e peralta, encontrei um rapaz, jornalista, que viajou de São Paulo para vir buscá-lo. Sem saber, você ajudou esse gatito a viver! Ele ainda ficou "famosinho" porque apareceu em uma reportagem!


É só por isso que, contrariando todas as expectativas, eu continuo. ❤️

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O conteúdo do Gatoca é financiado por gente que acredita que o mundo pode ser melhor — aqui tem um resumo das principais ações do projeto. Quer fazer parte dos despioradores? Assine nosso clube no Catarse ou doe um cafezinho em forma de PIX: doacoes@gatoca.com.br

6.10.21

Clara finalmente virou girassol!

9 semanas depois da terça-feira mais escura de Gatoca. Ainda não em todo o seu esplendor, mas tendo resistido aos passarinhos ladrões de sementes, às rajadas de vento roladoras de balde, à tempestade cuja os raios queimaram nosso interfone, às formigas que não demonstraram a mesma gentileza com o cróton, a laranjeira e o jasmim-dos-poetas.


O primeiro botãozinho amarelo nasceu bem no aniversário de adoção do Simba, sua alma-gêmea. E já tem dois vermelhos despontando, porque Clara Luz era rajada. Eu, que nem feijão no pote de Danone fazia germinar, minha gente!



Despedida da Clara:

:: Saudade
:: Nunca foi tão difícil plantar girassóis
:: Os primeiros 30 dias

1.10.21

Alerta: gato não pode ficar 24h sem fazer xixi!

Como boa capricorniana, eu sou workaholic. E, quando saí do sistema de moer gente para escrever de casa, com os bigodes, passei a acumular trabalhos voluntários. Rodei por praticamente todas as ONGs grandes de gatos de São Paulo e toco até hoje o financiamento coletivo da Canto da Terra, que criei do zero.

Diferente das outras organizações não governamentais, eles têm uma clínica aberta ao público e Maria Eugênia Carretero, veterinária e presidente, comentou que atendem cerca de quatro animais com obstrução urinária por semana. Surgiu daí a ideia deste post: ficar mais de 24h sem urinar afeta a função renal dos peludos e pode até matar.

Ajudem a gente a divulgar?


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Todo mês, o Gatoca publica dicas e curiosidades da bíblia "O Encantador de Gatos", escrita pelos especialistas em comportamento Jackson Galaxy e Mikel Delgado, com fotos e vídeos da gangue para ilustrar. ❤️ Se quiser ser avisado, é só assinar nosso boletim ou entrar no canal do Telegram.

30.9.21

Quando a gata te deixa feliz e triste ao mesmo tempo

Pipoca caçou um passarinho. Se você ficou indiferente a essa notícia, não tem coração e não conhece Pipoca. Tratava-se de mais uma sexta-feira de faxina e eu lavava os bebedouros no tanque, quando a cozinha veio a baixo. Em cima da pia estava a magrela, com as asas saindo da boca, e no balcão, disputando a presa perplexa, Pimenta, nossa caçadora oficial.


Gritei, em um misto de desespero e empolgação, tempo suficiente para que o coitado fosse abandonado no chão e, como Leo não apareceu, entretido com alguma ferramenta barulhenta, corri com o montinho de penas para o jardim. Mais um bicho que espasma e morre em minhas mãos, o significado animado da impotência.


Esta, porém, não é só uma história de tragédia, mas também de autoestima, sobre uma gata que abaixava a cabeça receosa ao menor sinal de carinho, e de superação de limites, sobre uma protetora de animais que sentia medo de penosos — talvez ainda sinta sem a adrenalina correndo solta no sangue. rs

Pipoquinha nunca pesou tão pouco — nem durante a crise que nos rendeu 36 dias de alimentação forçada. Enxergo nas vértebras salientes o preço de uma década de batalha contra a doença renal e 14 anos e meio de vida, sabendo que logo não haverá troco. Mas a pequena também nunca esteve tão plena.

24.9.21

Seu gato vem da América ou do Velho Mundo? | EG #4

Os ancestrais dos bichanos com quem partilharmos nossas casas se dividiam entre o Novo Mundo, que compreendia as Américas do Norte, Sul e Central, e o Velho Mundo, formado pela África, Asia e Europa. Ao primeiro grupo pertenciam os pumas, gatos-do-mato e jaguatiricas. Já o segundo incluía os gatos domésticos, selvagens, pescadores, linces, caracais, servais e guepardos.

Não existe uma definição clara da origem dos nossos felinos PP, porque, da perspectiva evolutiva, é todo mundo muito próximo. Mas dá para notar diferenças comportamentais:

1) Peludos do Velho Mundo deitam com as patas embaixo do corpo, como a maioria dos bigodes de Gatoca. Spoiler!




Enquanto os do Novo Mundo lembram esfinges — nesta foto, peguei Pipoca em uma rara exceção, como se nota ao comparar com a de cima, nos fundilhos do Mercv.


Mas o que dizer da Chocolate, Jackson Galaxy, e seu estilo "sem bracinhos"?


Ou da Pimenta com o clássico "para o alto e avante"?


2) Se nossos amigos almoçassem passarinhos, também poderíamos analisar as penas: gatos do Novo Mundo limpam suas presas totalmente antes de comer, já os do Velho Mundo não perdem tempo com isso.

3) E o terceiro tópico segue sem ilustração em respeito aos estômagos frágeis: apenas os bichanos do Velho Mundo recebem educação de suas mães e enterram o cocô.

Esta série é inspirada na bíblia O Encantador de Gatos, escrita pelos especialistas no babado Jackson Galaxy e Mikel Delgado, e financiada pelos nossos leitores queridos. ❤️ Se vocês estão curtindo, considerem se tornar apoiadores tambémaqui tem um resumo das principais ações do projeto, que extrapola os bytes. 14 anos já, minha gente!


CAPÍTULO 1: Existe um canto do planeta sem gatos?
CAPÍTULO 2: A primeira gateira da história
CAPÍTULO 3: Como a humanidade se curvou aos bichanos
CAPÍTULO 5: 8 mudanças genéticas nos bichanos modernos
CAPÍTULO 6: 44 raças de gatos lindos, mas doentes
CAPÍTULO 7: O mistério do ronronar
CAPÍTULO 8: O que seu amigo quer dizer?
CAPÍTULO 9: 7 posições de rabo explicadas
CAPÍTULO 10: Decifre as expressões faciais do seu gato!
CAPÍTULO 11: Como é um abraço felino?
CAPÍTULO 12: Feromônios e os cheiros na comunicação
CAPÍTULO 13: Tem outro bichano vivendo dentro do seu!
CAPÍTULO 14: O segredo da gatitude!
CAPÍTULO 15: Conheça sua maquininha de matar: tato
CAPÍTULO 16: Conheça sua maquininha de matar: bigodes
CAPÍTULO 17: Conheça sua maquininha de matar: visão
CAPÍTULO 18: Conheça sua maquininha de matar: audição
CAPÍTULO 19: Como e o que os gatos caçam?
CAPÍTULO 20: E como eles comem?
CAPÍTULO 21: Felinos se limpam como a cena de um crime
CAPÍTULO 22: Bichanos dormem menos do que parece (estreia no dia 15 de setembro!)

17.9.21

Quinto aniversário sem aniversariante

Simba morreu há (quase) cinco anos, como o título do post dá o spoiler. Mas este 17 de setembro de 2021 é diferente, porque Clara também não está mais aqui. E, se na matemática a tristeza dobra, na existência incerta eu gosto de imaginar que ele recebeu de presente de aniversário de adoção o reencontro mais emocionante da história deste projeto.


Durante dez anos, o leão e a retalhinha não desgrudaram. Agora são ausência dupla — as primeiras de Gatoca. E o Universo, parece que antevendo meu coração quebrado, também mandou seu presente: neste 17 de setembro de sentimentos conflitantes, nasceu o primeiro botão dos girassóis que plantei para a Clara.

Eu, que nem feijão no potinho de Danone fazia germinar.


*Novelinha: Conheça a história do Simba

Outros aniversários: 2020 | 2019 | 2018 | 2017 | 2016 | 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008 | 2007

Diários de despedida: #1 | #2 | #3 | #4| #5 | #6 | #7 | #8 | #9 | #10 | #11 | #12 | #13 | #14 | #15 | #16 | #17 | #18 | #19 | #20 | #21 | #22 | FIM

Despedida da Clara
:: Saudade
:: Nunca foi tão difícil plantar girassóis
:: Os primeiros 30 dias

16.9.21

Paradoxos do ativismo (com ou sem gatos)

Tudo começou com uma discussão acalorada no nosso grupo do WhatsApp, passou por várias pesquisas de público-alvo na internet e terminou com estas constatações:

1) Quanto pior a situação do país, menos dinheiro as pessoas têm para apoiar iniciativas que ajudam a melhorar a situação do país.
2) Historicamente, corações de pudim experientes doam mais, mas enfrentam mais dificuldade com a tecnologia.
3) Apenas 3% de toda a grana filantrópica vem de financiamento coletivo e azedamos uma pandemia eterna, sem possibilidade de organizar eventos de arrecadação.
4) Boa parte dos leitores do Gatoca ainda está no Facebook, só que o Zuckerberg não mostra os posts para ninguém.
5) Os jovens preferem o TikTok, que possui um alcance orgânico bem maior, mas não costumam financiar projetos sociais.

Queimando os neurônios porque não tivemos apoiadores novos no último mês. Está chovendo no Gramado da Fama — literalmente. E não vou fazer dancinha. rs


P.S.: Se você acha nosso trabalho relevante e pode contribuir para que ele continue existindo gratuitamente, ajudando quem não pode, clique aqui. Se precisa de socorro com a plataforma, manda mensagem que a gente faz junto: contato@gatoca.com.br. Se tem uma ideia bacana, vou adorar ler nos comentários! :)