.
.

29.6.15

Oitavo quase-aniversário do Gatoca

Gatoca tem sua própria quaresma! Mas nenhum peixe morre no final. Trata-se do período entre a criação do layout deste blog e a coragem de publicar o primeiro post ― sim, 40 dias com dois de bônus, porque a vergonha era grande. Nos anos seguintes (já se passaram oito!), eu acostumei a escrever com bundas no caminho do mouse, desfilando em frente ao monitor, apertando teclas aleatórias.

E essa habilidade precisa ser comemorada! Preparem-se para trocar abraços apertados em agosto! :)



Festinhas anteriores: 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008

26.6.15

Valores invertidos

Você senta no computador para trabalhar, depois de duas horas e meia de congestionamento e um retrovisor estourado por motoboy, e começa a ouvir um miado distante. Parece o mesmo da manhã, que fingiu vir do vizinho. O miado fica mais alto. Nenhuma boca de Gatoca se mexe. Você foca nos e-mails atrasados. O miado vira sessão de tortura. Você sai correndo de pijama, sachê e celular, preparada para a tragédia.

Uma das moças que cadastrou o gatinho no mutirão de castração do projeto e não apareceu porque sentiu pena chora copiosamente na calçada. Preso no telhado de uma casa antiga por três dias, o peludo é puro desespero. Perdeu 200 quilos, ganhou uma coleção de arranhões e podia ter morrido envenenado, atropelado, atacado por outros animais. Quando pergunto por que não seguiu meu conselho de impedir o acesso à rua, a resposta se repete: pena.

22.6.15

Sol na laje

Este mês, eu me senti saltando entre as prateleiras de drama, aventura e autoajuda da vida real. Teve gato quebrado, gata desalojada, parada em posto de gasolina desativado, tarde da noite, para limpar caixa de transporte batizada. E adoção, lar temporário, mensagens de carinho, doações para o Gatoca continuar ensinando, mobilizando corações de pudim, transformando o mundo.

A ecobag está cheia de histórias atrasadas para contar. Mas hoje vou aproveitar para descansar a vista e curtir o solzinho com a Keka.

19.6.15

Descanso merecido

No intervalo de 11 dias, Pretinha morou em um barraco de favela, um apartamento bacana no Morumbi Sul e uma gaiolinha de veterinário. Fez rodízio de ração, com direito a sapo morto. E passeou de carro para cima e para baixo, como turista. Faltava um cantinho para ficar em paz, sarar da diarreia causada pela lambança gastronômica, ser amada, ainda que temporariamente.

Isabela Lula ofereceu sua casa na Lapa, mesmo com a grana apertada e a vacina dos bigodes atrasada. Cristiane Conti convenceu o Saulo Fonseca, que já hospedava uma ninhadinha na Bela Vista. E, nos 45 do segundo tempo, Fernanda Abreu enviou o e-mail salvador da Pompeia ― o que é limpar uma caixa de areia a mais para quem aplica insulina no gato da vizinha?

Às 21h da quarta-feira, lá estávamos nós no trecho mais escuro da Avenida do Estado, com cocô mole por todos os lados. (Obrigada, Beneficência Portuguesa, pelo pacote extra de lenços umedecidos! E, caminhoneiros simpáticos, por permitirem que continuássemos com nossos rins.)

Este beijo valeu cada segundo de angústia das últimas horas.


E, sob os ouvidos curiosos de Demonho, um pretolino de 8 meses, e Muchu, uma sialata tigrada (!) de 9 anos, a peluda ronronou aliviada ― se eu soubesse ronronar, teria acompanhado.



Leiam também:

:: Panfletagem por uma causa nobre
:: Inscrição em três etapas - parte 1
:: Inscrição em três etapas - partes 2 e 3
:: Protetor é quem cuida
:: Mutirão de castração é para os fortes
:: Se há uma chance, Gatoca é a favor
:: Da favela para Hollywood!
:: Mutirão de castração é para os fortes - parte 2
:: O primeiro de nove!
:: Sementes
:: Adoção platônica
:: Adoção Gremlin
:: Quase famosos
:: Ossos e um coração partidos
:: Felicidade que nunca chega
:: Para bater recordes de bilheteria!
:: A arte de enxugar gelo
:: Quando a coisa fica preta
:: Desfecho frustrante
:: Refilmagem
:: Os últimos de nove
:: Favela com emoção
:: Conscientização: o trabalho por trás dos holofotes
:: Ossos e um coração colados
:: NeverEnding Story
:: De Hollywood para o Japão
:: De Hollywood para os palcos
:: Halloween da sorte 2015
:: De Richard Gere para os braços do Pepê
:: Black Friday fracassada

12.6.15

Felicidade que nunca chega

Hoje é Dia dos Namorados. Mas como tem muito mais gente para jantar fora e ir ao cinema do que para salvar gato de favela, cá estou eu enfileirando palavras. Lembram da Pretinha, que foi castrada no mutirão do Gatoca e, um mês depois, apareceu com anemia severa, infecção e hepatose? Graças ao vídeo com o Brad Pitt, ela ganhou um lar temporário! Sábado passado, rumou para o apartamento da Melissa, mãe do Kiwi, no Morumbi Sul.

Hoje, porém, a pretolina começou a espirrar e recebeu o diagnóstico de calicivirose. Receosa pelo contágio (raríssimo se os animais da casa estiverem vacinados e bem alimentados), Melissa levou a gatinha ao trabalho e eu tinha quatro horas para arrumar-lhe outro canto. Gláucia, leitora querida do blog, quebrou o galhão de trazer a pequena até São Bernardo, com a mãe idosa a tiracolo, e Dr. N. ficou sem entender o drama.

Nada de salivação e úlceras na boca, sintomas da calicivirose, nem de secreção nasal e ocular, sinais de rinotraqueíte. Ela sequer espirrou durante o trajeto intermunicipal e a consulta. O único incômodo indica infecção na traqueia, tratável com antibiótico. O veterinário que atendeu o Brad adotou a mesma conduta e ele está ótimo brincando com Calvin, o outro bigode da família ― sim, o branquelinho foi adotado (assunto para o próximo post!) e também arriscou uns espirros.

Eu podia ter devolvido a Pretinha nas vielas de barro do DER e ido comer fondue. Mas me comprometi a pagar R$ 40 por cada dia de hospedagem na clínica, até encontrar outro lar temporário ― ou definitivo. Preciso de ajuda com a divulgação da peluda (ela é insuportavelmente carinhosa!) e com as despesas veterinárias, e de uma pílula azul para esquecer que a gata que acordou no sofá quentinho, com sachê e cafuné, vai passar a noite sozinha em uma gaiolinha.



Leiam também:

:: Panfletagem por uma causa nobre
:: Inscrição em três etapas - parte 1
:: Inscrição em três etapas - partes 2 e 3
:: Protetor é quem cuida
:: Mutirão de castração é para os fortes
:: Se há uma chance, Gatoca é a favor
:: Da favela para Hollywood!
:: Mutirão de castração é para os fortes - parte 2
:: O primeiro de nove!
:: Sementes
:: Adoção platônica
:: Adoção Gremlin
:: Quase famosos
:: Ossos e um coração partidos
:: Descanso merecido
:: Para bater recordes de bilheteria!
:: A arte de enxugar gelo
:: Quando a coisa fica preta
:: Desfecho frustrante
:: Refilmagem
:: Os últimos de nove
:: Favela com emoção
:: Conscientização: o trabalho por trás dos holofotes
:: Ossos e um coração colados
:: NeverEnding Story
:: De Hollywood para o Japão
:: De Hollywood para os palcos
:: Halloween da sorte 2015
:: De Richard Gere para os braços do Pepê
:: Black Friday fracassada

9.6.15

Propaganda enganosa

É mentira que gatos combinam com a vida moderna. Se você estiver com pressa, eles se enroscarão nas pernas em movimento (até um dos dois se machucar), demorarão cinco vezes mais tempo para usar o banheiro que precisa ser limpo, resolverão comer na hora de recolher os potes, estancarão no meio da porta prestes a fechar.

1.6.15

Ossos e um coração partidos

Há alguns anos, ligar o celular de manhã se tornou o momento de maior angústia do meu dia. Todo tipo de demanda estoura na tela sem pedir licença e muitas vezes eu não posso fazer nada. Na sexta-feira, esta mensagem me esperava de sorriso sádico: "Aconteceu alguma coisa com o gatinho branco. A tábua aqui de casa caiu em cima da perna dele e acho que quebrou". Era Karol, a menina dos bebês hollywoodianos.


Dr. N. confirmou o diagnóstico: fratura no fêmur esquerdo e, possivelmente, na bacia, já que a pata direita se mexe com dificuldade. Como não foi uma superlesão, não há infecção ou hemorragia e Brad Pitt mal chegou nos 3 meses de idade, a cirurgia pode dar mais dor de cabeça, incluindo risco de osteomielite ― e Gleisson e eu lembramos bem o sofrimento do Sparky no pós-operatório.


A chance de o osso soldar sozinho esbarra nos 90%, mas precisa de repouso, coisa difícil em um barraco de favela. O tratamento compreende sete dias de anti-inflamatório e, pelo menos, um mês de medicamento à base de cálcio. Pretinha não desgruda do pequeno.


Ela voltou ao veterinário para mostrar suas mucosas coradas, sem sinal da hepatose e da anemia severa.


Só que descobrimos que tem alergia a pulgas, outro problema incompatível com a vida nas vielas de barro. Aí vem a pergunta de um milhão de dólares: alguém pode abrigá-los temporariamente?


Assistam ao vídeo antes de responder. :)



Leiam também:

:: Panfletagem por uma causa nobre
:: Inscrição em três etapas - parte 1
:: Inscrição em três etapas - partes 2 e 3
:: Protetor é quem cuida
:: Mutirão de castração é para os fortes
:: Se há uma chance, Gatoca é a favor
:: Da favela para Hollywood!
:: Mutirão de castração é para os fortes - parte 2
:: O primeiro de nove!
:: Sementes
:: Adoção platônica
:: Adoção Gremlin
:: Quase famosos
:: Felicidade que nunca chega
:: Descanso merecido
:: Para bater recordes de bilheteria!
:: A arte de enxugar gelo
:: Quando a coisa fica preta
:: Desfecho frustrante
:: Refilmagem
:: Os últimos de nove
:: Favela com emoção
:: Conscientização: o trabalho por trás dos holofotes
:: Ossos e um coração colados
:: NeverEnding Story
:: De Hollywood para o Japão
:: De Hollywood para os palcos
:: Halloween da sorte 2015
:: De Richard Gere para os braços do Pepê
:: Black Friday fracassada

29.5.15

Quase famosos

Tudo começou com um mutirão de castração. E três bebês hollywoodianos já cruzaram o tapete vermelho rumo ao estrelato: Will Smith, Halle Berry e Catherine Zeta-Jones. Faltam cinco bigodinhos talentosos caírem nas graças da crítica ― o paradeiro da Scarlett Johansson, infelizmente, ninguém sabe.

Com a ajuda da Joyce e do Helder, eu pude tirar fotos melhores deles, incluindo os que não apareceram no post anterior (só a Angelina Jolie conseguiu escapar dos paparazzi). E como textos em primeira pessoa rendem mais bilheteria, vou deixar os pequenos falarem direto com vocês.

"Essa cabeleira avermelhada dá a impressão de gatinha segura e decidida, mas, na verdade, eu sou bastante tímida. Fiquei escondida durante quase toda a sessão de fotos até descobrir que colo é a melhor coisa do mundo. E nem precisa ser do Richard Gere!", Julia Roberts.


"Já que não vou rejuvenescer, como no filme, e vida de gato passa muito rápido, o que você está esperando para me abraçar? Esse tio me pegou de surpresa, porque demora para confiar em estranhos quando sua irmãzinha desaparece, né? E acho que eu curti", Brad Pitt.


"Duas vezes vieram me conhecer e acabaram escolhendo outro gatinho para ser feliz para sempre. Na segunda, eu já estava dentro da caixa de transporte, sonhando com o País das Maravilhas. Será que existe terceira chance para quem ronrona quando ganha carinho?", Johnny Depp.




"Eu sou bom em descobrir o paradeiro de pedrinhas, mas travo com relacionamentos sérios. Só não fugi da máquina fotográfica porque tinha petisco. Catherine disse que isso vai passar quando me adotarem, mas quem dará uma chance a um gênio temperamental?", Benedict Cumberbatch.



Leiam também:

:: Panfletagem por uma causa nobre
:: Inscrição em três etapas - parte 1
:: Inscrição em três etapas - partes 2 e 3
:: Protetor é quem cuida
:: Mutirão de castração é para os fortes
:: Se há uma chance, Gatoca é a favor
:: Da favela para Hollywood!
:: Mutirão de castração é para os fortes - parte 2
:: O primeiro de nove!
:: Sementes
:: Adoção platônica
:: Adoção Gremlin
:: Ossos e um coração partidos
:: Felicidade que nunca chega
:: Descanso merecido
:: Para bater recordes de bilheteria!
:: A arte de enxugar gelo
:: Quando a coisa fica preta
:: Desfecho frustrante
:: Refilmagem
:: Os últimos de nove
:: Favela com emoção
:: Conscientização: o trabalho por trás dos holofotes
:: Ossos e um coração colados
:: NeverEnding Story
:: De Hollywood para o Japão
:: De Hollywood para os palcos
:: Halloween da sorte 2015
:: De Richard Gere para os braços do Pepê
:: Black Friday fracassada

28.5.15

Aniversariantes do mês - maio de 2015

Os leitores antigos sabem que Gatoca virou Gatoca porque eu não tive coragem de doar as filhotas da Guda*. Com dois anos, elas ainda mamavam! ― está aqui a foto da Pufosa maior do que a mãe, que não me deixa mentir. Nos meses seguintes, Guda até se rebelou, só que já era tarde. E, desde então, nada mudou: as peludas brigam, mas não se desgrudam.

No montinho de aniversário, clicado pelo Leo, não podia faltar um bate-boca.


*Novelinhas: conheça a história da Guda e das Gudinhas

Outros aniversários da Guda: 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009 | 2008

Outros aniversários das Gudinhas: 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 | 2009

22.5.15

A complexa arte de conversar com gatos

― Não, Simba! "Não" é "não". "Não" nunca vai deixar de ser "não". Porque, se deixasse, seria "sim". Faz sentido para você?
― Miau.

19.5.15

Gatoca de Noé

Quando você atende o chamado de São Francisco, um peru se joga na frente do seu carro, um morcego te espera no quarto em Cunha, uma aranha resolve te fazer companhia no banho, a gata da pousada toma conta do seu sapato durante a ioga e a cadela te guia Mata Atlântica adentro, com direito a barrigada no retorno.










16.5.15

Pelos sedosos e sem caspa!

Mercvrivs sempre teve a pelagem mais maloqueira de Gatoca: dura, sem brilho, cheia de casquinhas brancas. Quinzenas a fio eu investi em banhos no pet shop com xampu especial, até descobrir que estresse também podia causar seborreia. E desencanei.


Nestes oito anos, porém, o rabo foi se distanciando da língua ― a única parte do corpo que a preguiça permite lavar direito, na verdade, é a barriga. E eu quase enfartei quando descobri um tufo de pelo colado de tanto sebo.


Enfiei o gato no chuveiro, esfreguei com xampu de bebê, sequei bem e não fez a menor diferença. Repeti o processo, caprichando ainda mais na esfregada e nada mudou. O projeto de dread precisou ser cortado (!), dando lugar a esta carequice temporária.


Na sequência, descobri na internet um suplemento de ácidos graxos, ômega 3 e ômega 6, que prometia reduzir a descamação, aumentando o brilho e a maciez da cabeleira. Pois, ao final dos 20 comprimidos, Mercv parecia a Cinderela vestida para a festa! E ficou tão animado que voltou a se limpar sozinho.

13.5.15

Adoção Gremlin

Joyce Tsuchiya Melo se apaixonou pelo Johnny Depp (quem não se apaixonaria?). No feriado de 1º de maio, ela e o Helder me acompanharam pelas vielas do DER para buscar o pequenino ― ainda levaram ração, areia, banheiro e um presente de embrulho caprichado para a Karol. Quem os recepcionou cheia de dengo, porém, foi a versão GG da Halle Berry.

Não, a família não lhe deu um nome. E também não parecia fazer muita questão de ficar com a peluda, maior e menos engraçadinha do que a Helly Berry oficial, que desistiram de doar. Claro que eu concordei com a "troca". Conseguir um lar para dois pretolinos em 20 dias equivale a ganhar na loteria da proteção animal.




Melhor ainda se a tutora for médica (com UBS de Heliópolis no currículo!), o apartamento telado ficar na Vila Clementino e vier com um cachorro chamado Niko e uma gatinha batizada de Penélope ― Samanta, a vaquinha da foto, escapou pela porta três dias antes e morreu atropelada na garagem do prédio, aos 9 anos, para a desolação de todo mundo.




No sábado, eu esperava receber notícias da adaptação dos quadrúpedes. E tive de ler três vezes a mensagem de que o casal pretendia voltar para adotar o Johnny Depp. Domingão, lá estávamos nós na favela de novo. E Johnny tornou a se distanciar do sonho da casa própria por causa da Catherine Zeta-Jones, uma das filhotas ariscas, que não resistiu aos carinhos da Joyce.




Logo na primeira madrugada, a branquelinha escapou do confinamento e foi acordar o Helder, assistiu TV no colo e resmungou quando sobrou sozinha. Halle Berry GG já passeava confiante pelos cômodos, exceto o quarto, onde Penélope resolveu se entocar com seus 12 anos de rabugice. E Niko seguia não se importando com nenhuma das duas.




Quando perguntei se poderia divulgar a novidade no blog, Joyce não titubeou: "Daqui, elas não saem". E mandou um áudio da Catherine ronronando tão alto no colo do irmão que lembrava o foguetório do réveillon.




Para a festa ficar completa, faltam cinco bebês ganharem uma família ― Scarlett Johansson, infelizmente, desapareceu. E, como não é fácil escolher quem merece uma chance, pensem com carinho no Johnny, que já perdeu a dele duas vezes. O tigrinho promete retribuir com meiguice, caçada de ratinhos e aquela tombada de cabeça irresistível.



Leiam também:

:: Panfletagem por uma causa nobre
:: Inscrição em três etapas - parte 1
:: Inscrição em três etapas - partes 2 e 3
:: Protetor é quem cuida
:: Mutirão de castração é para os fortes
:: Se há uma chance, Gatoca é a favor
:: Da favela para Hollywood!
:: Mutirão de castração é para os fortes - parte 2
:: O primeiro de nove!
:: Sementes
:: Adoção platônica
:: Quase famosos
:: Ossos e um coração partidos
:: Felicidade que nunca chega
:: Descanso merecido
:: Para bater recordes de bilheteria!
:: A arte de enxugar gelo
:: Quando a coisa fica preta
:: Desfecho frustrante
:: Refilmagem
:: Os últimos de nove
:: Favela com emoção
:: Conscientização: o trabalho por trás dos holofotes
:: Ossos e um coração colados
:: NeverEnding Story
:: De Hollywood para o Japão
:: De Hollywood para os palcos
:: Halloween da sorte 2015
:: De Richard Gere para os braços do Pepê
:: Black Friday fracassada

10.5.15

Dia de Todas as Mães

Eu não tenho mais a minha. Mas ainda sigo seus conselhos, converso com ela antes de dormir, me pego pensando o que acharia de tantas escolhas de contramão. Também não tenho filhos bípedes. Mas levo ao banheiro no parque, pico a comida em pedacinhos, jogo War, dou bronca de voz grossa, leio história. Quatro vezes.

Para muita gente, animais são apenas animais. Mas foram dez gatos que tornaram essas Bias possíveis. E, quase dez anos depois, continuam me fazendo uma pessoa mais corajosa, tolerante, humana.


Especial de Dia das Mães: 2012| 2011 | 2009 | 2008

8.5.15

Adoção platônica

Vejo Pretinha de barriga raspada ao longe. Lembro da castração, das consultas veterinárias, dos miados chacoalhantes no carro, do ultrassom, da coleta de sangue. Pretinha me vê chegando na favela ao longe. Ignora a castração, as consultas veterinárias, os miados chacoalhantes no carro, o ultrassom, a coleta de sangue. E vem ronronar no meu colo.

O apetite voltou, a gengiva avermelhou, a apatia causada pelo combo anemia-infecção-hepatose se foi. Mas a pequena continua passando a maior parte do tempo na rua ― como os outros bigodes da família. Se houve uma fração de segundo nestes nove anos e meio em que eu quis não ter dez gatos, essa fração piscou nos relógios do DER no domingo.



Leiam também:

:: Panfletagem por uma causa nobre
:: Inscrição em três etapas - parte 1
:: Inscrição em três etapas - partes 2 e 3
:: Protetor é quem cuida
:: Mutirão de castração é para os fortes
:: Se há uma chance, Gatoca é a favor
:: Da favela para Hollywood!
:: Mutirão de castração é para os fortes - parte 2
:: O primeiro de nove!
:: Sementes
:: Adoção Gremlin
:: Quase famosos
:: Ossos e um coração partidos
:: Felicidade que nunca chega
:: Descanso merecido
:: Para bater recordes de bilheteria!
:: A arte de enxugar gelo
:: Quando a coisa fica preta
:: Desfecho frustrante
:: Refilmagem
:: Os últimos de nove
:: Favela com emoção
:: Conscientização: o trabalho por trás dos holofotes
:: Ossos e um coração colados
:: NeverEnding Story
:: De Hollywood para o Japão
:: De Hollywood para os palcos
:: Halloween da sorte 2015
:: De Richard Gere para os braços do Pepê
:: Black Friday fracassada