Enquanto o senso comum crucifica os gatos, a ciência garante que é mais arriscado manipular um bifão sangrando ou cuidar das plantas sem luvas
Amanda Herrera perdeu as contas de quantas pessoas perguntaram se ela pretendia "jogar fora" os peludos quando a barrigão começou a crescer. A desculpa sempre envolvia a toxoplasmose. "Para todo mundo eu respondia que meus gatos não iam para a rua, portanto, o bebê ficaria seguro", conta.
A radialista estava certa. Existem muitas formas de se contrair a doença. "É mais perigoso, por exemplo, comer carne mal passada ou mexer na terra do jardim sem proteção", explica a veterinária Luciana Dechamps.
Hoje, quem visita a pequena Alice se depara com Fidel e Zuca disputando espaço na janela do quarto lilás para curtir o solzinho. Você ainda tem dúvidas? Então leia a matéria abaixo.
:: Entenda por que o gato não é o vilão da história
O que significa toxoplasmose?
Trata-se de uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma Gondii. Encontrado na natureza, ele pode infectar aves, mamíferos e seres humanos.
Por que só os bigodes levaram a fama?
Porque é neles que o parasita se reproduz, expelindo os ovinhos junto com as fezes do animal. Segundo os especialistas, porém, menos de 1% dos gatos do mundo tem o protozoário.
Como se pega?
Por meio do contato com cocôs, água e alimentos contaminados, principalmente verduras e carnes cruas. No caso das fezes, o agente só dá as caras se a meleca ficar juntando mosca na caixa de areia durante três dias. E você ainda precisar colocar a mão suja na boca (argh!).
Quais são os perigos?
Quem está com a saúde fragilizada pode desenvolver cegueira, problemas cardíacos e neurológicos. Se o contágio ocorrer durante a gestação, o feto corre risco de aborto (mamães previamente infectadas não prejudicam o bebê). Em 80% dos casos, a doença passa despercebida.
Como se diagnostica?
Animais e seres humanos costumam apresentar febre, transtornos visuais, gânglios e órgãos com tamanho aumentado. A confirmação do quadro é feita por meio de testes sanguíneos. O resultado sai em 24h.
Há tratamento?
Pessoas e bichinhos saudáveis tendem a se recuperar sem tratamento. Os demais devem recorrer à medicação. Uma vez exposta à toxoplasmose, a criatura torna-se imune.
:: Dicas de prevenção
* Só tome água filtrada.
* Lave frutas e verduras com cuidado.
* Cozinhe bem as carnes.
* Use luvas para cuidar do jardim.
* Limpe a caixa sanitária do seu gato diariamente – se você estiver grávida, use luvas também.
* Não dê comida crua para o peludo.
* Impeça que ele tenha acesso à rua.
* Texto escrito para a revista AnaMaria, da Editora Abril.
P.S.: A brincadeira dos apelidos pós-ácido continua valendo. E, até agora, ninguém acertou mais do que dois bigodes! Vou dar outra pista, então: na listinha há um temporário.
25.3.10
Apelidos pós-ácido
Vocês também costumam chamar os bigodes por nomes que não têm nada a ver com os originais e serviriam, da mesma forma, para esmaltes, brinquedos e sanduíches de metro?
Quem adivinha os donos dos nicks abaixo?
* Pli
* Timbo
* Quituliça
* Bubósinha
* TuskaBuska
Vale uma surpresa (sem pêlo, prometo)! Família e Suzeli não podem participar, ok? E se ninguém acertar, o prêmio vai para o autor do apelido de bicho mais bizarro. rs
Dica: a gata da foto não está na lista.
Quem adivinha os donos dos nicks abaixo?
* Pli
* Timbo
* Quituliça
* Bubósinha
* TuskaBuska
Vale uma surpresa (sem pêlo, prometo)! Família e Suzeli não podem participar, ok? E se ninguém acertar, o prêmio vai para o autor do apelido de bicho mais bizarro. rs
Dica: a gata da foto não está na lista.
22.3.10
Bigodes circenses
Chocolate toca violão com o pé.
Guda imita ponte levadiça de castelo.
E Mercv, além de falar "mãe", abre portas.
Alguém pode me dizer por que eu continuo pobre?
Guda imita ponte levadiça de castelo.
E Mercv, além de falar "mãe", abre portas.
Alguém pode me dizer por que eu continuo pobre?
18.3.10
Mágica
Eu sempre escrevo sobre o esforço do Gatoca para transformar sapos em príncipes, né? Mas faz tempo que o último registro de "antes e depois" deu as caras aqui no blog. Resolvi então contar a história do Faísca e do Fumaça, um verdadeiro mutirão de ajuda intermunicipal:
Patrícia resgatou os bebês no cemitério da baixada, dia 23 de janeiro. Faísca se esvaia em fezes e Fumaça parecia um esqueleto ambulante, com os dois olhos colados de secreção. Leila abrigou os pequenos na casa em reforma, enquanto Jisleyne não oferecia seu banheirinho temporário salvador.
E eu me encarreguei do transporte de Santos (sob um sol de 40ºC, sem direito a sorvete! rs) até o Ipiranga (debaixo da maior tempestade). Nesse dois meses, os meninos ficaram lindos, arteiros, brincalhões e super amorosos. Agora, só falta encontrarem o dono da varinha que encerrará o espetáculo.
Patrícia resgatou os bebês no cemitério da baixada, dia 23 de janeiro. Faísca se esvaia em fezes e Fumaça parecia um esqueleto ambulante, com os dois olhos colados de secreção. Leila abrigou os pequenos na casa em reforma, enquanto Jisleyne não oferecia seu banheirinho temporário salvador.
E eu me encarreguei do transporte de Santos (sob um sol de 40ºC, sem direito a sorvete! rs) até o Ipiranga (debaixo da maior tempestade). Nesse dois meses, os meninos ficaram lindos, arteiros, brincalhões e super amorosos. Agora, só falta encontrarem o dono da varinha que encerrará o espetáculo.
Faísca
Fumaça
15.3.10
Ganhadora do Baú de Surpresas!
Com o bigode famoso Cruel (Smurfs), Daniela Schmitz venceu a segunda rifa dos produtos para o corpo e a alma doados pela Carol! Como ela mora no Rio Grande do Sul, o que vocês acham de nos ajudar a pagar o Sedex, comprando os sachês, camisetas, chaveiros e pingentes fofos da BordaGato? 20% do valor das peças é revertido aos temporários de Gatoca – só não esqueçam de avisar sobre a parceria. ;)
12.3.10
Sorteio do Baú de Surpresas!
Quase uma gestação depois, a segunda rifa dos produtos para o corpo e para a alma doados pela Carol foi finalmente encerrada! Celina comprou os 11 últimos bigodes famosos, para evitar que a novela se arrastasse por mais um mês.
O sorteio rola amanhã (dia 13) e poderá ser conferido no site da Caixa. Obrigada de novo aos leitores-amigos que se sensibilizaram com o rombo provocado em Gatoca pelos bigodes temporários de 2009 – que continuam por aqui, aliás. rs
Sem a ajuda de vocês, transformar sapos em príncipes ficaria bem mais difícil. :)
O sorteio rola amanhã (dia 13) e poderá ser conferido no site da Caixa. Obrigada de novo aos leitores-amigos que se sensibilizaram com o rombo provocado em Gatoca pelos bigodes temporários de 2009 – que continuam por aqui, aliás. rs
Sem a ajuda de vocês, transformar sapos em príncipes ficaria bem mais difícil. :)
10.3.10
Concorrentes ao Oscar de melhor carinho
* Japonesinho (o preferido do Simba)
Alisada com impacto nos pêlos da cabeça, repuxando os olhos para trás.
* Colar de unhas (o preferido da Clara)
Raspadinhas múltiplas ao redor do pescoço, acionando o motorzinho de ronrom.
* Foguete (o preferido da Guda)
Passeio de dedos pelo papo, obrigando o focinho a mirar o teto.
* Amassa e joga fora (o preferido da Pimenta)
Deslizada das mãos pelas bochechas, culminando num esmagar duplo de orelhas.
* Levanta buzanfa (o preferido da Cho)
Cócegas simuladas na lombar, transformando o rabo em ponto de exclamação.
* Pano de chão (meu preferido no Mercv)
Massinha frenética na barriga, correspondida pela massinha aérea patal.
Alisada com impacto nos pêlos da cabeça, repuxando os olhos para trás.
* Colar de unhas (o preferido da Clara)
Raspadinhas múltiplas ao redor do pescoço, acionando o motorzinho de ronrom.
* Foguete (o preferido da Guda)
Passeio de dedos pelo papo, obrigando o focinho a mirar o teto.
* Amassa e joga fora (o preferido da Pimenta)
Deslizada das mãos pelas bochechas, culminando num esmagar duplo de orelhas.
* Levanta buzanfa (o preferido da Cho)
Cócegas simuladas na lombar, transformando o rabo em ponto de exclamação.
* Pano de chão (meu preferido no Mercv)
Massinha frenética na barriga, correspondida pela massinha aérea patal.
7.3.10
Culpa não se divide!
Vira-e-mexe eu recebo pedidos de ajuda de pessoas que nunca deixaram um comentário aqui no blog, nunca compraram um número da rifa, nunca fizeram propaganda de um peludo para adoção. Na maior boa vontade, respondo que dá para colaborar com a divulgação (privilegiada!) do bichinho. Mas as desculpas são sempre as mesmas: "Não posso pegar porque...
a) ...a grana está curta".
b) ...já tenho dois animais".
c) ...o apartamento é pequeno".
d) ...minha família não vai aceitar".
Pois a grana de freelancer também chega contada no fim do mês, eu tenho 14 bigodes com os temporários, até o banheiro de casa está lotado e meus irmãos não gostam nem um pouco de ver suas coisas destruídas pela gangue felina. Ainda assim, o Gatoca socorreu 69 vidas em dois anos e meio! Mágica?
Passar o problema para frente não é ajudar. O sem-noção (ou seria "coração"?) que usa essa estratégia provavelmente se sente aliviado, achando que "fez a sua parte", enquanto o bicho continua na rua, correndo os mesmos riscos. E a gente, que se esforça tanto, é que vai dormir com o bolo no estômago.
a) ...a grana está curta".
b) ...já tenho dois animais".
c) ...o apartamento é pequeno".
d) ...minha família não vai aceitar".
Pois a grana de freelancer também chega contada no fim do mês, eu tenho 14 bigodes com os temporários, até o banheiro de casa está lotado e meus irmãos não gostam nem um pouco de ver suas coisas destruídas pela gangue felina. Ainda assim, o Gatoca socorreu 69 vidas em dois anos e meio! Mágica?
Passar o problema para frente não é ajudar. O sem-noção (ou seria "coração"?) que usa essa estratégia provavelmente se sente aliviado, achando que "fez a sua parte", enquanto o bicho continua na rua, correndo os mesmos riscos. E a gente, que se esforça tanto, é que vai dormir com o bolo no estômago.
3.3.10
A primeira primavera
Sábado, teve almoço na casa da Pandora para comemorar um ano da doação de conto de fadas. Surpreendentemente, ela se lembrou do aperto que a gente passou juntas em 2008 e quase me derrubou com a recepção esfuziante. Era outra cachorra! Gorducha, confiante, brincalhona. Até seus olhos brilhavam diferente.
Inúmeras cartinhas contaram a história dessa transformação a distância. Quando o nome da Rose aparecia entre os e-mails, eu já sabia que passaria os minutos seguintes entre risadas e fungadas, feito uma desequilibrada emocional – só faltava a televisão e o pote de sorvete.
Primeiro, veio a descoberta do adestramento. Em um passado remoto, alguém ensinara a pantera a sentar, deitar, rolar, dar a patinha. Toda vez que a família chamava a Preta, aliás, ela se apresentava abanando o rabo. Depois, foi a vez da paixão por bolas. Pan corria atrás, arremessava para o alto, para os lados, mas não devolvia.
O primeiro roubo envolveu as bolachas com requeijão do café da manhã. E evoluiu para o assado do almoço (metade inteirinha!). Em um mês, a cara tristonha dera lugar à de menina safada, conquistando bípedes e quadrúpedes. Todo mundo queria brincar com a grandona. Até a mal-humorada da Zelda.
As caminhadas matinais pelo condomínio logo causaram dependência. No dia em que não pôde ir junto, a birrenta se jogou contra a porta da sala, arranhou o batente, grudou o nariz na janela para fazer cena. De auto-estima renovada, o lado pastor também não tardou a aflorar. Bastava um estranho adentrar o recinto para que a criatura se colocasse em posição de ataque.
Nas horas vagas, porém, Pan não se acanhava em pedir colo. Nem em enrolar-se o máximo possível para caber nele. Quando Detlev batia com a mão na altura do peito, ela se jogava em cima dele, encostava a cabeça no peito e ficava quietinha, só curtindo o carinho. Se ninguém lhe dava bola, distribuía cabeçadinhas de alerta.
Uma bela tarde, as amigas resolveram arrancar a frente da sua casinha para ventilar melhor. E a peluda ganhou essa mansão de 1,50 m e dois quartos – um fechado, para as noites frias, e o outro aberto, para as de verão (o telhado personalizado ainda levanta, facilitando a limpeza!).
Obrigada, Rose querida, pelas flores desses 13 meses! :)
Inúmeras cartinhas contaram a história dessa transformação a distância. Quando o nome da Rose aparecia entre os e-mails, eu já sabia que passaria os minutos seguintes entre risadas e fungadas, feito uma desequilibrada emocional – só faltava a televisão e o pote de sorvete.
Primeiro, veio a descoberta do adestramento. Em um passado remoto, alguém ensinara a pantera a sentar, deitar, rolar, dar a patinha. Toda vez que a família chamava a Preta, aliás, ela se apresentava abanando o rabo. Depois, foi a vez da paixão por bolas. Pan corria atrás, arremessava para o alto, para os lados, mas não devolvia.
O primeiro roubo envolveu as bolachas com requeijão do café da manhã. E evoluiu para o assado do almoço (metade inteirinha!). Em um mês, a cara tristonha dera lugar à de menina safada, conquistando bípedes e quadrúpedes. Todo mundo queria brincar com a grandona. Até a mal-humorada da Zelda.
As caminhadas matinais pelo condomínio logo causaram dependência. No dia em que não pôde ir junto, a birrenta se jogou contra a porta da sala, arranhou o batente, grudou o nariz na janela para fazer cena. De auto-estima renovada, o lado pastor também não tardou a aflorar. Bastava um estranho adentrar o recinto para que a criatura se colocasse em posição de ataque.
Nas horas vagas, porém, Pan não se acanhava em pedir colo. Nem em enrolar-se o máximo possível para caber nele. Quando Detlev batia com a mão na altura do peito, ela se jogava em cima dele, encostava a cabeça no peito e ficava quietinha, só curtindo o carinho. Se ninguém lhe dava bola, distribuía cabeçadinhas de alerta.
Uma bela tarde, as amigas resolveram arrancar a frente da sua casinha para ventilar melhor. E a peluda ganhou essa mansão de 1,50 m e dois quartos – um fechado, para as noites frias, e o outro aberto, para as de verão (o telhado personalizado ainda levanta, facilitando a limpeza!).
Obrigada, Rose querida, pelas flores desses 13 meses! :)