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21.12.17

Especial de Natal: liberte-se!

Não precisa comprar presente. Nem passar horas no fogão. Ou chegar esbaforido à festa porque teve de consertar o esmalte lascado 20 vezes. Ninguém deve se sentir obrigado, da mesma forma, a aguentar parente sem-noção. As propagandas jamais dirão, mas Natal é época de compartilhar amor.

E só.

Vale apertar a família (qualquer configuração de família), fugir para longe com x parceirx, assistir seriado rodeado de bichos, botar para tocar a música favorita de quem não está mais aqui, ajudar um desconhecido, cultivar o amor-próprio ― solitude é diferente de solidão.

E vale também misturar várias das opções acima. ❤️💚

20.12.17

Não tentem entender um gato

Eu estava suando.

Leo estava suando.

A casa estava suando.

E Keka estava embaixo do edredom.

15.12.17

Vamos arriscar o Instagram Stories!

A tecnologia evolui cada vez mais rápido e o Gatoca não quer ser o tiozão da internet. Só que esta jornalista-blogueira-protetora morre de vergonha de aparecer e precisa treinar com vídeos que somem em 24h antes de criar o tão-esperado canal no Youtube. Sigam o perfil-esquenta e deixem sugestões aqui nos comentários do que vocês gostariam de ver/ouvir em 10 segundos. :)

14.12.17

Doença renal: há vida pós-coração partido

Muita gente vem parar aqui no blog por causa dos diários que eu escrevi durante o estágio terminal da insuficiência do Simba ― para encarar de um jeito mais leve a despedida, me forçar a enxergar as pequenas coisas boas no meio do turbilhão, lembrar que fiz tudo que podia quando batesse a clássica culpa.

Foram 33 dias bem difíceis: rápidos para a vida virar lembrança, sem textura nem cheiro, intermináveis entre medicações, soro e alimentação forçada. Mas a primeira vez que meu coração se partiu por essa doença foi com a Pipoca, há cinco anos e meio. E ela continua desfilando sua arisquice por aqui ― sobreviveu, inclusive, a uma colite.

Sim, a ração é especial, a branquela come patê toda manhã para aumentar a umidade da dieta, toma água na seringa, homeopatia, repete o hemograma com função renal anualmente. E sei que, a qualquer momento, reviverei aquele filme de terror. Enquanto isso, porém, enxergo o coração partido passeando animado pela casa e sorrio.

Cada animal reage de um jeito ― não antecipem o luto. Este exato momento, do cafuné com olhos fechados, da corridinha desajeitada, do sono barulhento, é só o que importa.



Outras infos importantes:

:: Doença renal, pelo maior especialista em gatos do Brasil
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8.12.17

Gatoca e Celebridade Vira-Lata juntos pela causa

Foram quatro rodovias e cinco pedágios para buscar os calendários na casa da Luli Sarraf. Produzidos com um amor que transborda há quase nove anos, eles financiam os mutirões de castração que já beneficiaram 10 mil cães e gatos de comunidades de baixa renda em São Paulo ― e até ajudaram a gente no mutirão do DER.

Para chegar nas 100 mil cirurgias (e diminuir o número de bichos que sentem fome, frio e medo nas ruas), nós contamos com vocês! Quem comprar o calendário pelo Gatoca ganhará uma cartinha de agradecimento escrita por mim e pisoteada pelos bigodes. Eles custam R$ 25 (+ frete ou visita a Sorocaba, rs) e são só dez unidades exclusivíssimas: contato@gatoca.com.br.

Não, a Chocolate não está à venda.

6.12.17

Gatarctica

Nós viemos aqui para comer ou para conversar?


(Fui pesquisar a data desse comercial da Antarctica e estou até agora tentando entender como me lembro dele, rs.)

1.12.17

O latifundiário do meu coração

Quando Mercvrivs* chegou em casa, eu não gostava de bicho. E ele foi se esticando. Ocupou o estômago e me fez vegetariana. Desceu para os rins e me ensinou a reciclar ― lixo e relacionamentos. Subiu, então, para o fígado, onde o Gatoca começou a ser metabolizado. E logo alcançou os pulmões, que finalmente respiram aliviados no interior. Para se esparramar pelo coração foi um pulo.

E de cá nunca mais saiu.

Quando Mercvrivs chegou em casa, há 12 anos, eu achava que não gostava de bicho.


*Novelinha: Conheça a história do Mercv

28.11.17

6 projetos para ajudar no Dia de Doar

Não existe forma melhor de expiar a culpa pós-Black Friday do que fazer uma boa ação. Criada em 2012 pela organização norte-americana 92Y e com o nome original de Giving Tuesday, por acontecer na terça-feira seguinte ao Dia de Ação de Graças, a campanha já sensibilizou 35 países e o Gatoca quer sensibilizar vocês!

1) Canto da Terra
Atua em três frentes de cura natural: animal, vegetal e humana. A veterinária Maria Eugênia Carretero, uma das fundadoras, trata os bigodes com homeopatia há mais de dois anos e eles estão engrisalhando em paz. :) Eu retribuo com textos para impulsionar as doações dos peludos da ONG.

2) Adote um Gatinho
Com quase 11 mil bichanos salvos das ruas, Susan Yamamoto e Juliana Bussab me iniciaram na proteção animal abraçando o caso dos esqueletinhos da dona Lourdes, que durou um ano e se desdobrou em outros nove de voluntariado-gratidão.

3) Celebridade Vira-Lata
Financiados pela venda de calendários, os mutirões do projeto já castraram mais de 10 mil cães e gatos de comunidades pobres. E Luli Sarraf emprestou todos os arquivos (formulário de inscrição, protocolo, agenda de cirurgias) para o nosso mutirão no DER.

4) Confraria dos Miados e Latidos
Pioneira em CED no estado de São Paulo, evitou que milhares de bichos viessem ao mundo para sofrer com o pior lado do ser humano. No ano passado, Tatiana Salles ainda recebeu oito peludos de uma colecionadora que cruzou nosso caminho, sem se importar com a arisquice ou idade avançada.

5) Cats of Necropolis
Responsável pelo controle populacional da colônia felina de um dos cemitérios da Baixada Santista, já vai completar uma década. Vários gatinhos resgatados pela Patricia Oliveira passaram por aqui e ganharam famílias incríveis (Léo, Edward, os bebês tigrados, Flea e Snow).

O sexto projeto é o nosso, que tem o objetivo de educar, conscientizar e mobilizar corações de pudim pela causa ― aqui estão resumidas as principais ações dos últimos dez anos. Mas vocês podem ajudar iniciativas que beneficiem crianças, idosos, mulheres, planeta. E nos outros 364 dias do ano também.

24.11.17

Quer ser o Papai Noel da Matilde?

Há nove anos, ela pede uma família. No passado, ganhou uma pata quebrada e teve de reaprender a andar apoiando a ponta do osso ― Matilde é uma vovozinha resiliente.


Neste, trombou com a Rosane Rezende em Diadema, enfrentou uma cirurgia complicada para colocar a patinha no lugar e até passou o feriado prolongado no sofá, vendo TV.


Mas, como não faz xixi e cocô dentro de casa nem curtiu os amigos felinos, acabou indo para a escola em que Rosane dá aula. Lá, pretolina é bem-cuidada, só que fica a maior parte do dia presa para não fugir com o entra e sai ― e totalmente sozinha no domingo.


Seu instinto protetor também anda incomodando alguns pais, que consideram as latidas para estranhos uma ameaça às crianças. Tem ainda o agravante de as aulas terminarem no dia 20 e não restar uma viva-alma no local durante o período de férias.

Matilde é supercarinhosa e já está castrada, vacinada, vermifugada, despulgada. Este Natal ela gostaria de curtir do lado de dentro.


22.11.17

Cabeleireiro

Quando você pede para cortar "dois dedos" e sai careca do salão.


P.S.: Não surtem! Tem pelo de outros oito gatos aí. :) E o milagre se chama Furminator (explicação no link).

17.11.17

Outra plantação fracassada

Depois do jardim de dorgas, foi a vez de assistir à ruína da plantação sorocabana de milho de pipoca. Sim, o milho que a gente compra no supermercado para acompanhar seriados vira um matinho que os bigodes adoram (aqui tem o passo a passo). Acontece que eles não esperaram isso acontecer.

Durante dias, eu reenterrei caroços para os infelizes brincarem de caça-tesouro.


E os sobreviventes matísticos mais bem-sucedidos foram estes dois chumaços:

10.11.17

Tecido à prova de gatos

Acquablock (ou Acqua Summer) é a salvação da dignidade da casa dos gateiros: não junta pelos, tem trama resistente a garras e, graças à impermeabilidade, dificilmente vai feder a urina. A gente já tinha testado nos almofadões doados pela Tati Pagamisse. Quando rolou a mudança para Sorocaba, pagamos para encapar também o sofá, presente da Miriam.


E fizemos sozinhos as cadeiras da mesa de zoar (Tati de novo! :*).


E as prateleiras da Laura Paro, que os vândalos haviam destruído nas primeiras semanas.


Se eu pudesse, me embrulharia em Acquablock e só tiraria para dormir.

8.11.17

Maquininhas de matar

Pessoas normais observam o sol despontando no céu antes do café da manhã. Moradores de Gatoca dão de cara com restos de passarinho no gramado. A autora do crime ninguém acreditaria, se não tivesse vomitado um bolinho de penas pretas horas depois.


Pimenta assumiu o lugar do Simba, que também não resistia a seres menores do que ele (animados ou inanimados) em movimento.


Não se deixam enganar: nos miados mais fininhos se escondem os piores assassinos.

3.11.17

Seu gato não come ração úmida (patê, sachê, latinha)?

Começar de pequeno facilita a aceitação da textura diferente, sim. Mas quem adota o bigode já adulto não deve desanimar com o fracasso das primeiras tentativas. Acrescentar umidade na dieta é essencial para evitar insuficiência renal, a doença que mais mata felinos no mundo ― neste post, tem uma coleção de links importantes sobre o assunto, incluindo dicas de prevenção.

Misture a ração úmida na seca
A estratégia ajuda na adaptação, disfarçando a molenguice que causa estranhamento.

Amasse com um garfo
Embora os felinos destrocem animais inteiros na natureza, domesticadões em nossos sofás eles costumam fazer língua mole.

Adicione água
Existem patês mais secos, que alguns bichanos tendem a rejeitar.

Esquente no micro-ondas
Só um tico, claro. Principalmente se a comida foi guardada na geladeira. O cheiro fica mais forte e o sabor, provavelmente (rs), também.

Teste lugares diferentes
Keka só come em cima da mesa, acreditem. Famílias com integrantes briguentos devem tomar o cuidado de distribuir os potes de um jeito que todos se sintam seguros para lambiscar.

Teste horários diferentes
Já contei aqui no blog que os peludos pararam de vomitar quando passei a dar as latinhas de manhã, né? (Explicação nest link.)

Respeite a capacidade do estômago
Naquele corpinho cabe, confortavelmente, 20 ml de líquido ou 20 g de comida. Se rolou uma beliscada na ração seca ou uma visita ao bebedouro antes, a úmida vai sobrar. Vale deixar no chão (fora do sol), que em 40 minutos o estômago libera.

Experimente várias marcas e sabores
Como escrevi lá em cima, há diferença na secura (inclusive entre sabores da mesma marca) e cada bigode tem sua preferência.

Insista
Gato é bicho de costume. Do nada, a criatura muda de ideia e a gente fica com cara de tacho.

1.11.17

A armadilha da aparência

Não, eu não vou ficar repetindo clichês como o de que se deve escolher um melhor amigo pelo interior, não pelo exterior. Nem farei a clássica chantagem de comentar que os cães e gatos menos bonitos, velhinhos e de cores comuns apodrecem nos abrigos (ops!). O objetivo deste post é derrubar mitos, com comprovação empírica.

Fêmea NÃO dá menos trabalho
Em Gatoca, os meninos sempre foram comportados e a meninas, briguentas. E isso também não é um padrão. Cada animal tem sua personalidade. Informe-se sobre o peludo antes de adotar e ouça as sugestões da ONG de coração aberto.

Adulto se acostuma, SIM
Os leitores antigos sabem que Simba chegou aqui com 3 anos, sem estar castrado, e nunca fez uma gota de xixi fora do banheiro. Pelo contrário: ele conhecia o pesadelo das ruas e era extremamente grato por ter uma família. Adote sem preconceito e deixe o povo disputando os filhotes.

Bicho igual NÃO substitui o outro
Pode soar estranho, mas muita gente procura cachorros e bichanos fisicamente parecidos com os que morreram para amenizar a perda. E deve ser bem frustrante se deparar com um comportamento completamente diferente, como o do Mercv e da Keka. Recomece!