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25.8.11

Tendências bizarras - agosto

Desde pequena Jujuba arrasa com sua estampa de vaca, mostrando que brega é quem não sabe combinar.


Outras tendências bizarras:
:: Bobe no ouvido
:: Orelhas assimetricamente serrilhadas
:: Cavanhaque feminino
:: Nariz sujo
:: Excesso de maquiagem

22.8.11

Zero dia sem acidentes

Filhotes deviam andar com aquelas bandeirinhas de sinalizar mesa em praça de alimentação. Assim, a gente não se sentiria culpado por pisar neles – e as criaturas encapetadas poderiam continuar usando o teletransporte para aparecer debaixo de nossos sapatos.

18.8.11

Santa inguinorança 3

Lembram do dedo duro do Google Analytics? Pois aí vão as perguntas bizarras de julho/agosto:

Por que Bactrim causa salivação em felinos?
Porque ele é saborosíssimo. Experimente!
Como tirar cheiro de xixi de rato do fogão?
Sendo vegetariano.
Amoxicilina clavulanato de potássio serve para expelir peito com catarro?
Sim. E dizem que o peito voador ultrapassa a velocidade de 80 km/h.
Quem não é imune à toxoplasmose pode comer pimenta curtida?
Um cérebro capaz de fazer esse link merecia mais atenção da ciência.
Onde encontrar dicas de ambientador para caixa de gatos?
Basta colocar uma música relaxante, acender algumas velas e usar a essência aromatizante preferida do bigode.
Ogros são defensores da natureza?
E fazem curso de etiqueta com a Carmen Mayrink Veiga aos sábados.
Como cuidar bem do meu frigorífico?
Esfregue o chão e as paredes com 50 litros de gasolina e descanse fumando um cigarrinho.
É verdade que giárdia vai para a cabeça?
Isso explicaria muita coisa...
Meninos que nascem só com um tomatinho devem ser castrados?
Sempre! Aproveita e prepara uma saladinha.
Quais são as reações de um gato que fica perdido um mês e volta ao lar?
Primeiro, ele passará horas folheando álbuns antigos de família. Depois, retirará sua Olivetti empoeirada do armário para escrever um livro.

Veja também:
:: Aprendendo a fazer buscas
:: Santa inguinorança
:: Santa inguinorança 2

14.8.11

Especial: Dia dos Pais 2011

Vocês devem ter percebido que o segundo domingo de agosto nunca ganhou post no Gatoca. É que essa data não desperta minha verve comemorativa. Justamente por isso, eu resolvi vir aqui dizer para quem não nasceu em família de comercial de margarina, e principalmente para mim mesma, dar uma chance (ou a nonagésima) ao amor desajeitado.

10.8.11

Quarto aniversário do Gatoca

2011 começou, eu pisquei os olhos e o Gatoca já está fazendo quatro anos. Em agosto de 2007, quando o primeiro post foi ao ar, a ideia de escrever 50 textos sobre o mesmo assunto parecia desafiadora, por mais que os bigodes aprontassem. E hoje eles somam 595. Saber que vocês já deixaram 6.180 comentários me obriga exercitar a criatividade e arrumar tempo para manter a atualização, mesmo nos dias de sono devedor e refeições puladas. Este blog, para mim, significa passatempo disfarçado de trabalho, ponto de encontro de amigos, chance de recomeço para 76 bicos/bigodes/focinhos (ainda que do outro lado do arco-íris). Claro que o quarto aniversário não podia passar em branco, né? A comemoração rolará no Barão da Itararé, sábado (dia 27), a partir das 18h – assim ninguém tem desculpa para não ir. Sofredores do mal da timidez, levem alguém. ;) Festinhas anteriores: 2010 | 2009 | 2008

8.8.11

Rastreador de fábrica

Experimente guardar as compras do supermercado com a porta da cozinha aberta e Mercv encontrará a sacola dos mamões em cinco segundos, enquanto Clara Luz mastiga as salsinhas e Guda chora porque a gente não come mais carne.

4.8.11

Castração: check!

Reparem no semblante grogue da criatura que passou a segunda-feira esparramada no meu colo. Claro que, na manhã seguinte, Chuvisco (que devia se chamar Tempestade) já estava espalhando as bolinhas de coco pelo banheiro e usando toda a potência dos pulmões para clamar por sua liberdade.

Mas eu nem posso reclamar, porque filhote quieto é filhote doente, né? Agora, só faltam as vacinas. Trabalhar fora obriga a gente a cuidar dos bichos à prestação. Espero que a família do pequeno venha à vista...

1.8.11

Me aqueça neste inverno!

Mesmo tendo um casaco de pele natural, cães e gatos podem adoecer quando as temperaturas baixam. Saiba como evitar

Cafofo protegido
Seu bicho de estimação fica no quintal? Então, providencie uma casinha do tamanho dele (se a grana estiver curta, vale usar bacias ou caixas de papelão). Instale-a longe do vento e da chuva. E não se esqueça de forrar o chão com jornal ou papelão.

Cama quentinha
Para manter aquecidos os cães e gatos que vivem em ambientes internos, separe um cobertor usado. Filhotes órfãos precisam de reforço: enrole uma garrafa com água morna em panos quentes e troque sempre que esfriar.

Roupas apropriadas
Cachorros magros, velhinhos ou de pelo curto precisam delas, sim. Se eles sentirem calor e a peça não estiver apertada, tente um tecido mais leve. Já os bichanos têm menos dificuldades de enfrentar temperaturas baixas – e não curtem "penduricalhos".

Menos banho
Como pelo molhado no frio baixa a imunidade, principalmente de bebês e vovôs, diminua a frequência. Quando a situação ficar insustentável, escolha o período mais quente do dia, use água morna e seque o animal cuidadosamente. Para evitar choques térmicos, deixe o bicho no local por 20 minutos.

Mais ração
É natural que o apetite dos peludos aumente no inverno, pois o metabolismo acelera para manter a temperatura do corpo. Só não adianta exagerar na quantidade de comida, porque obesidade também traz problemas à saúde.

Brincadeiras extras
Faça seu pet correr atrás de bolinhas ou caçar ratinhos. Animais sedentários sentem mais frio.

:: Doe um cobertor ::
Enquanto seu bicho está dormindo quentinho aí, muitos animais adoecem e chegam a morrer de frio nesta época do ano. Cuidados por protetores de grande coração, mas bolso pequenino, eles vivem em abrigos, favelas, terrenos, cemitérios e até em casinhas improvisadas na rua.

Com o objetivo de aquecer esses peludos, em 2009 a ONG paulista Adote um Gatinho criou a Campanha do Agasalho para Cães e Gatos, que já arrecadou mais de 2,5 mil camas, tapetes, cobertores e roupinhas.

Você pode colaborar doando qualquer paninho que seu pet não use mais ou comprando um novo baratinho. Basta entregar em um dos 29 postos conveniados. Quem mora fora de São Paulo deve procurar uma organização não governamental próxima de sua residência.


* Texto escrito para a revista AnaMaria, da Editora Abril.

28.7.11

Bebês de bigode

Eu não pari, mas já ganhei jato de diarreia do Mercvrivs na blusa, vômito da Chocolate na calça e tapa da Clara Luz na cara. Quem tem dúvidas sobre a maternidade deveria fazer o test drive com um bigode. Eles se põem a chorar do nada, torcem o nariz para petisco repetido, trocam brinquedos caros pelas embalagens, nos obrigam a levantar tropeçando de madrugada como se estivesse pegando fogo na casa.

E a gente aprende a dormir menos, lava mais roupa impregnada de pelo, encurta a viagem de férias (quando viaja!), perde o nojo a cheiros ruins e pastas de aparência duvidosa, carrega o telefone de dois veterinários de confiança na bolsa e zero clínico geral, não compra absolutamente nada sem pensar como será a "recepção" dos peludos. Isso tudo sorrindo, ainda que salgado.

25.7.11

Tendências bizarras – julho

Vocês cresceram ouvindo que excesso de maquiagem é over? A mãe da Clara Luz não pensava assim. E vejam como ela se importa com a opinião dos outros.


Outras tendências bizarras:
:: Bobe no ouvido
:: Orelhas assimetricamente serrilhadas
:: Cavanhaque feminino
:: Nariz sujo

21.7.11

Inabaláveis

Gatos não têm problema de autoestima. Quem nunca viu um bigode errar o salto, esborrachar-se no chão, recuperar o prumo com uma lambidinha na lateral do corpo e sair desfilando como se nada houvesse acontecido?

18.7.11

Resgate kamikaze

Basta você sonhar com a possibilidade de chegar adiantada no trabalho, após três meses passando vergonha, que São Francisco faz um filhotico de gato cruzar a Marginal Pinheiros bem na frente do seu carro. E lá fui eu pular o canteiro central e atravessar cinco pistas de vestido, meia-calça e sapato de lacinho, balançando os braços para frear os caminhões.

A peste ainda invadiu a sede do Santader (o maior complexo comercial do país), obrigando-me a pisotear metade do jardim. Funcionários e seguranças pararam para ver a louca correr de um lado para o outro atrás do demônio preto e, meia hora depois, engatinhar no chão imundo empurrando um potinho de ração em sua direção.

Quando ele finalmente se rendeu e encheu minha roupa de pezinhos de barro, um anjo da guarda apareceu segurando uma caixa. Eu prendi a respiração para repetir a travessia da Marginal a pé, rumo ao carro que ficara na via expressa de pisca-alerta ligado, e não me toquei que o maior desafio seria entrar na Abril com a encomenda miante (sexta é dia de jornada dupla).

Rezando, percorri o saguão com a caixa desengonçada e subi no elevador lotado, agitando o crachá por um buraco no papelão para entreter o pequeno. Silêncio absoluto, quebrado apenas na redação da AnaMaria por um coral de interjeições meladas. Cinco minutos de estripulias e o peludo já estava atraindo jornalistas e designers de outras revistas.


Antes que a segurança nos expulsasse, Carol ofereceu um quartinho para pernoite em seu apartamento até o fim do expediente na Veja, às 6h da manhã de sábado. Eu fui e voltei da Cerro Corá em tempo recorde, virei a madrugada lutando contra as letras que insistiam em dançar mambo sob meus olhos, busquei a criatura ligada no 220 com o sol nascendo e caí na cama destruída de um jeito que parece ter deixado sequelas eternas.

Chuvisco, ao contrário, passa bem. E seu hobby favorito é se esconder na lixeira do banheiro.



Epopeia do Chuvisco na busca por um lar:

:: Como tudo começou
:: Castração
:: Teletransporte
:: Brincando de conchinha
:: Cachoeira no banheiro
:: Caçador de salgadinho
:: Sessão de carinho interminável (vídeo!)
:: Doação de conto de fadas

14.7.11

Bedelhice ao extremo

Se a curiosidade não matou o gato, é porque ele tem sete vidas. Há no mundo criatura que adentre o recinto mais rápido quando um barulhinho ecoa? E a gente nem precisa apelar a materiais complexos. Basta amassar meio extrato bancário, raspar uma latinha com a colher ou derrubar qualquer coisa no chão.

10.7.11

Super-heroína

Mesmo com a casa blindada, Pimenta já conseguiu fugir três vezes em três anos. E eu fico me perguntando quais são os superpoderes dessa gata: fusão? Sublimação? Redução de tamanho? Capacidade de atravessar paredes? Transmutação para folha de sulfite? Expansão de estrutura celular maleável, graças ao sachê de atum?

7.7.11

Eles são especiais

Há três anos eu sei que o Oto ficou cego porque seus cílios nasceram virados para dentro e o globo ocular foi se encolhendo no fundo da cabeça para fugir do incômodo. E, durante esses três anos, isso sempre me entristeceu – principalmente quando o coitado desembestava a correr pela cozinha e enfiava a cara no fogão.

Montar acampamento no apartamento da Carol para cuidar dos bigodes em suas férias, porém, mudou meu olhar. Os bichos não deixam a vida passar sentindo pena de si mesmos. Oto às vezes tromba nos móveis, sim. Mas também sabe subir na privada para a gente limpar suas remelas, caça mosquitinhos pulando na parede, é o primeiro a receber as visitas na porta.

E quinta-feira, quando eu levantei para esquentar o leite, ainda roubou uma bolacha de água e sal do meu prato. Carol escreveu uma crônica linda sobre a lição que aprendeu com ele. Eu compartilho aqui, para sensibilizar vocês: se um animal especial oferecer a chance de revolucionar sua visão de mundo, agarrem com o coração.

O que eu aprendi com meu gato cego

Meu gato Oto nasceu com as pálpebras invertidas, uma má-formação que faz com que os cílios arranhem os olhos o tempo todo. O problema, que pode dar tanto em gatos quanto em cães, gera uma conseqüência ainda mais terrível: após anos de irritação, os globos oculares ficam pequenos e fundos, numa tentativa do corpo de se proteger do atrito contínuo.

Com isso, apesar de Oto ser um belo senhor de olhos azuis, ele é praticamente cego (e um pouco surdo, também). A deficiência, no entanto, não o afeta em nada: ele é aventureiro, adora se enfiar em sacolas e caixas de papelão e não perde a oportunidade de escalar cadeiras e mesas sempre que pode.

Eu mudei recentemente de lar e o vi investigar, curioso, cada canto do novo apartamento. Ele deu várias cabeçadas em móveis e portas, agora em lugares diferentes dos que estava acostumado. Morri de pena, mas, quando corri para tirar uma cadeira do caminho, ele colocou a patinha em mim. Parecia dizer: "Me deixa aprender! Se eu não memorizar o novo apartamento, como poderei me mover quando você não estiver em casa?".

Pus a cadeira no chão novamente. Num pulo gracioso, ele subiu, deu uma meia volta e deitou para um cochilo. Depois disso, toda vez que preciso enfrentar algum obstáculo, me lembro do Oto e de sua pequena lição de coragem.