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13.3.12

Meat is Murder

Quando Morrissey tocou a música acima no show de domingo, eu desviei o olhar das imagens sanguinolentas no telão e fiquei com vontade de abordar o assunto aqui no blog. Essa vontade gritou ainda mais alto ontem, enquanto Jujuba e Guda fugiam de mim com dois filhotes de passarinho mudos na boca.

Comer carne é realmente um assassinato. E a gente, que não caça para sobreviver, ainda submete os animais a formas extremamente cruéis de tortura. Sim, eu abracei o vegetarianismo há cinco anos e meio, mas, não, eu não pretendo ofender nem julgar ninguém com este post.

A ideia é sensibilizar quem ama cães e gatos e se sente culpado por não resistir a uma vaca bem passada a colocar em prática uma solução menos radical: abrir mão da carne só uma ou duas vezes por semana. Seu prato e as vidas de milhares de bichos ganharão cores novas. :)

14 comentários:

Li disse...

Bia, na casa dos meus pais eu repito o mantra: "Passarinhos não são comida" para Fufe e Bella, além de lembrá-los a todo momento que se eles comerem os passarinhos do avô deles (meu pai coloca frutas no quintal para os passarinhos, então junta sanhaços, bem-te-vis, galos do campo, etc)estarão assinando a sentença de morte com as própras patinhas. Tem dado certo há uns 8 anos.
Não sou vegetariana por pura preguiça, confesso, pois teria de balancear muito melhor meus pratos para que não me faltasse alguns nutrientes, mas no mínimo 1 vez por semana eu não como carne e esta não me faz falta, é verdade.

Isis disse...

Sem mais!

Anônimo disse...

é isso mesmo!
Eu já não como mamíferos há 8 anos. O próximo passo e deixar as aves e peixes.

Unknown disse...

tenho notado que a maior dificuldade em deixar de consumir carne não é a falta que o alimento (alimento?) me faz, mas a pressão social de ser vegetariana no Brasil – e mais especificamente numa família de carnívoros orgulhosos.
se eu passar o dia em casa, como é costume, fico muito bem com minhas frutas e castanhas. mas é só abrir o cardápio da padaria para ver as opções de sanduíche de metro para a festa da Elis que a coisa empaca: sanduíche de 4 queijos, sanduíche de tomate seco (que eu detesto) ou carne, carne e carne.
é bem o que a Li falou acima, dá preguiça de mudar o que já virou hábito. mas, olha, é uma prática muito interessante esta, porque faz com que a gente tire do modo automático algo que fizemos a vida toda, como comer. e aí todo um novo universo se abre diante da gente, como se estivéssemos fazendo isso pela primeira vez na vida! nunca tive tanto prazer em comer como agora, aos 34 anos.
é de se pensar, não é?
:*

Anônimo disse...

Pois é, ser vegetariano já é socialmente difícil, mas quando você vira vegano, aí o caldo entorna de vez. Você é visto como um ser de outro planeta, já que praticamente tudo que se prepara para comoer hoje, seja em restaurantes ou em produtos industrializados, vai ovos ou leite. Eu e meu marido somos vegetarianos há cinco anos e veganos há dois. O mais difícil nem é achar o que comer na rua, isso a gente dá um jeito, mas a questão da sociabilização com os parentes e amigos é mesmo a mais complicada de lidar. Já me perguntaram até se veganismo é uma religião, rs.


Carina

Anônimo disse...

Bia,

Nao esqueci de assinar a mensagem do post anterior. é q eu sou timida e vc nao me conhece...mas o importante é q o blog é mto legal - eu adoro mesmo - e q seu trabalho é lindo. bj e obrigada.

Eliane disse...

Tenho um dilema em relação aos (meus) bichos de estimação: Sou vegetariana e tenho dó até quando minhas gatas caçam baratas (mais dó que nojo, pasmem). No entanto, enquanto posso mudar minha natureza, não acho certo querer mudar a natureza delas. E mesmo que eu reprima o instinto predador das minhas gatas, vou continuar alimentando-as com ração de carne de boi, de salmão... É meio contraditório, não é?

ValLindinha disse...

ja fui adepta do não-como-cadeveres por 2 anos.
Nenhum animal morto mas os desejos da gravidez me fizeram voltar e hj ando com dificuldades de me privar de mtas coisas.
Recentemente um filhotinho foi morto pelos irmão maiores e fiquei tao impressionada, que o nojo pela carne voltou. Nao totalmente, mas com algumas reservas tenho reduzido o consumo de carne

Rose disse...

Minha Lilly pegou um beija-flor anteontem. Como conseguiu, não sei. Beija-flores conseguem ser bem mais rápidos do que cães. Talvez ele já estivesse próximo do fim. Não sou vegetariana, mas nos últimos anos meu consumo de carne tem se restringido aos encontros sociais. Quando por minha conta, a carne passa semanas sem dar as caras nas nossas refeições. Já quanto aos cães e gatos, é da natureza deles e eles necessitam da carne e também necessitam exercitar seus instintos de caçadores.

Juliana Valentini disse...

Você teve coragem de pegar os tadinhos... isso pra mim ainda é muito difícil, tanto quando já estão mortos quanto quando ainda não estão.
Eles são uns trocicos tão frágeis e sofrem de biquinho aberto, é uma tortura assistir.
Perto de presenciar essas cenas, parar de comer carne foi bico!
Beijo,
Ju.

Nice disse...

Putz...eu também fui no show e chorei ao ver as imagens. O Morrissey é espetacular.

Veri Gravina disse...

Amem, Bia. To contigo nessa aventura vegetariana.

Aos que se inspraram, aqui vai um quick guia se alguem te questionar sobre vegetarianismo:

1. Mas e as criancas na Africa?
Boa - Faca alguma coisa por elas voce.

2. Mas alface tambem sofre.
Sofre nao. Ela nao leva uma paulada na cabeca ou eh cortada viva - como vimos acontecer com vacas enviadas da Australia a Indonesia recentemente.

3. Mas o homem sempre comeu carne, faz parte da evolucao...
Oh, ok. Se "sempre fez" significa "deve continuar fazendo", voltemos ao Nazismo e a escravidao - duas formas de ditadura praticadas e reconhecidas legalmente pela sociedade.

Beijos e bora salvar vidas every day :)

Amanda Herrera Massucatto disse...

=-[ tadicos...

Beatriz Levischi disse...

Adorei os relatos! Espero que eles incentivem muitas segundas-feiras (e ― quem sabe? ― terças) sem carne.

Os bigodes de Gatoca também comem ração normal, porque ninguém conseguiu me convencer que eles podem ser vegetarianos, Eliane. Se a gente não tivesse domesticado cães e gatos, aliás, eu jamais aprisionaria um bicho em casa.

Pegar passarinhos vivos é bem pior, Ju. Quando eles batem as asas eu quase infarto. rs