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29.12.08

Só um "oi"

Acabei de chegar de Curitiba, mas meu coração precisa de um tempo para contar sobre a adoção do Marley. Miharu e Rose, obrigada por tudo! :ó)

25.12.08

Alexandre Rossi criou um monstro

Depois de assistir a palestra sobre educação comportamental de cães e gatos com o mestre do adestramento, Marley olha para a minha cara e senta, esperando ganhar petisco. Acontece que não serve qualquer petisco! Tem que ser o Dog Chow Biscuits, que a Amanda trouxe de presente da Nestlé. Se a gente não dá, a criatura conta até cinco, pacientemente, e mostra os dentes. rs

24.12.08

2008

O post-retrospectiva de 2007 começava com a clássica lista de promessas não cumpridas durante o ano (que continuarão engordando a folhinha de resoluções de 2009), passava pelas aventuras, ainda incipientes, do "coração de pudim" e terminava com o pedido ao Papai Noel de que as crônicas do Gatoca alcançassem visibilidade suficiente para que muitas outras vidas recuperassem suas cores.

Eis que, em 2008, nós saímos na home da Folha Online, nos blogs Diários da Bicicleta, da autora de livros infantis Silvana Tavano, Miojo, da editora de comportamento da Marie Claire Rosane Queiroz, e Voadeira, da colunista da Bons Fluidos Carol Costa, no santuário ecológico Rancho dos Gnomos, na revista AnaMaria e no portal MdeMulher.

Em vez de incomodar o bom velhinho com um novo desejo, decidi então usar esse espaço para agradecer as pessoas que não costumam desfilar pelos shoppings de barba branca e gorro vermelho, mas fizeram meu Natal nevar como nos filmes. Obrigada a:

* Susan e Meg, por transformarem em conto de fadas a história dos esqueletinhos da dona Lourdes.
* Carol, por divulgar o Marley incansavelmente na Editora Abril.
* Luciana, por levar a Pandora a São Roque, recusando até o dinheiro do pedágio.
* Patrícia, Claudinha e Tânia, por organizarem a rifa-relâmpago salvadora da minha conta bancária.
* Maria Amália, por aderir à iniciativa das blogueiras, doando seus livros mais-que-fofos.
* Fabi, por descobrir a revisora cri-cri que se escondia nessa alma de jornalista mal remunerada – e pelas madrugadas de risadas partilhadas.
* Miharu, por adotar nosso querido-cão-demônio (surpresa, gente!!!)
* Rose, por viajar de Sorocaba a Curitiba para entregá-lo.
* Amandinha, por todos os colos, presenciais e virtuais.

Obrigada também aos leitores-amigos que participaram das vaquinhas emergenciais durante esses 12 meses, que ajudaram meia dúzia de focinhos e duas dezenas de bigodes a encontrar sua cara-família, que escreveram boa parte dos 2,6 mil comentários publicados, que enviaram e-mails de carinho, cartões de papel, presentes de desaniversário. Vocês têm o poder de me tirar da cama até nos dias mais cinzas. :)

21.12.08

Sítio temporário

A castração da Pandora foi um sucesso. Dr. E. comentou que ela ficou tão quietinha, durante os quatro dias de hospedagem emergencial, que nem parecia que havia um cachorro na clínica. Ontem, Luciana e Cláudio, leitores fofos do blog, nos deram uma carona a São Roque, onde dona Alba topou abrigar a pantera por R$ 120 ao mês, fora a ração.


As visitas se tornarão complicadas, ainda mais sem o Escortinho, mas o Capim Santo tem até lago. E seu Pedro cuida dos animais com o maior carinho. Pan ganhou um canil de madeira exclusivo, enquanto rola a adaptação, e uma blusinha com o meu cheiro para matar a saudade. Ainda me encheu de barro na despedida.


Subi no carro evitando pensar em abandono, quando uma sombra preta apareceu correndo na janela. Recém-operada, a criatura conseguiu pular o cercado de madeira gigante, na esperança de voltar para casa com a gente. Não preciso dizer que nem dormi essa noite, né? Hoje cedo, seu Pedro falou que ela já estava mais calma e até aceitou deitar no colo. Continuem divulgando a princesa, gente. Ela merece um lar de verdade.


P.S.: A vacona do blog pagou as três semanas de estadia da moça na clínica veterinária da Kennedy (R$ 600, graças ao descontão concedido pelo Dr. N.), o remédio para a doença do carrapato (R$ 50), o táxi dog (R$ 25), a castração (R$ 110), as vacinas (V-10 e anti-rábica, R$ 30), a ração (R$ 67) e a primeira mensalidade do hotelzinho em São Roque (R$ 120). Nem sei como agradecer a ajuda de vocês! :)

20.12.08

Golpe baixo!

Lembram que eu comentei que morria de curiosidade de ler os livrinhos infantis da Maria Amália Camargo? Pois faltando três números para encerrar a rifa relâmpago em prol do Gatoca, organizada pelas blogueiras Patrícia, Claudinha e Tânia, eu descobri que a escritora também aderiu à iniciativa, doando "Romeu suspira, Julieta espirra", "Muito pano pra manga", "Laranja-pêra, couve manteiga" e "Acra de Eon". Seria antiético escolher o 78? rs

19.12.08

Rifa relâmpago

Três blogueiras queridas doaram produtos de suas lojinhas para tirar Gatoca do sufoco pós-doença-batidadecarro-despesasveterinárias. Soube da rifa ontem à noite e agora, que sobrou um tempinho para escrever o post de agradecimento, vi que só restam 33 números! Patrícia, Claudinha e Tânia, vocês me emocionaram! Ficar respondendo os e-mails do pessoal, conferindo os depósitos e atualizando a tabela dá um trabalhão. Caros leitores, se vocês já tiverem torrado o 13º nos presentes de Natal, façam uma visita às meninas em 2009. Os chaveiros de feltro, bolsinhas de tricoline e edredons de algodão são super fofos e baratinhos! :)

17.12.08

Focinhos dominando a Abril!

Marley e Pandora estão no canal de bichos do MdeMulher, o portal feminino da Editora Abril! É que Helena viu o anuncio na AnaMaria da semana passada (alguém comprou?) e resolveu aderir à corrente de divulgação dos peludos. Uma hora eles hão de desencantar! rs

Para ampliar, cliquem na imagem


P.S.: A vaquinha da pantera não deu para pagar nem metade da hospedagem no veterinário. E ainda tem as despesas com a castração, as vacinas, o táxi dog, o futuro hotelzinho... :\

16.12.08

Aceitamos vale-transporte e ticket restaurante

Não morri de pneumonia (ainda), gente. Só demorei para dar sinal de vida porque passei os últimos dias entre revisões intermináveis e tentativas frustradas de recuperar o Escortinho. Ontem, me fizeram pegar a fila de informações do Ciretran, a da consulta de débitos e a dos veículos apreendidos. Ciente das providências necessárias à liberação, perdi mais duas horas para pagar o licenciamento no Poupatempo (huahuahua!) e meia esperando o documento ficar pronto. A parte boa é que a multa do processo caducou, poupando meu prejuízo astronômico em R$ 600!

Hoje à tarde, precisei grudar com durex o guarda-chuva que o Marley comeu, para encarar nova romaria até o centro. Amarguei mais uma eternidade nas cadeiras descombinadas do Ciretran, assinei a papelada esperançosa e, faltando dez minutos para encerrar o expediente, descobri que o tal pátio se escondia no Alvarenga! As diárias do estacionamento de luxo já somam R$ 170 (fora os R$ 110 do guincho!) e eu continuo a pé. Passarei Natal, ano-novo e aniversário, aliás, na mesma situação angustiante, porque o mecânico avisou que só voltará a trabalhar em 5 de janeiro – e não me parece prudente andar com o pára-choque (incluindo a placa!) guardado no porta-malas.

Outra despesa que tem me tirado o sono é a da Pandora na clínica veterinária: R$ 785, três semanas. Liguei para todos os hoteizinhos indicados e nenhum cobra diária inferior a R$ 25. Se uma cachorra de raça, bonita, jovem, carinhosa, brincalhona e obediente não consegue encontrar um lar, imaginem os vira-latas, sarnentos, sem pata, doentes e idosos! Amanhã, o táxi dog levará a pantera para castrar em Utinga, onde Dr. E. me faz preços de troca de estação. Depois, só Deus sabe em que buraco a enfiarei. Não desistam de divulgá-la! E quem pediu o número das contas para ajudar na vacona, anota aí:

BB
Beatriz Levischi
Ag: 1561-X
C/c: 6830905-8

Itaú
Textrina Serviços Ltda. ME
Ag: 0185
C/c: 08360-7

14.12.08

Minha vida, uma novela mexicana

Em um folhetim chicano, bastaria a personagem principal ter dez gatos, um cachorro destruidor de garagem, uma cadela hospedada no veterinário a preço de ouro, trabalhar das 6h às 15h como revisora e o resto do dia como jornalista (para pagar metade das contas do mês!), cuidar de uma casa enorme sozinha e cair de cama com suspeita de pneumonia.

Mas eu precisava bater o carro a caminho do pronto socorro, porque a inábil da frente resolveu estancar no farol verde, perder duas horas na delegacia fazendo B.O., ver o Escortinho ser apreendido por ausência de licenciamento, graças a uma ação judicial interminável, e ainda ouvir ameaças da mãe da patricinha – "Me aguarde, menina, você vai sofrer!".

Morro com o prejuízo do acidente (bem pior que o de julho), a multa para tirar o veículo do pátio do Detran (R$ 200), a da placa clonada (R$ 600, motivo do processo) e a sensação de que 2008 não acaba nunca. Como continuar a ajudar os focinhos exausta, falida e a pé? Marley conquistou um coração especial em Curitiba. Pandora tem que trocar de hotelzinho, além de repetir o hemograma, passar pela cirurgia de castração, tomar vacina...

Noel, cadê você?!

12.12.08

Enquanto isso, na sala de espera do veterinário...

― Dez gatos? Por que você precisa de tantos animais?
― Provavelmente, pelo mesmo motivo que a senhora precisa de tantos sapatos.

8.12.08

Boletim Pandora - 8 de dezembro

Ontem completou dez dias que Pandora voltou para o hotelzinho (zinho mesmo!) da clínica veterinária. Os vestígios de placenta sumiram, a dieta à base de ração de filhote parece ter revertido o quadro de desnutrição, os peitos nem de longe lembram os de Cicciolina. Acontece que, quanto mais nossa pantera melhora, menos demonstra paciência com a situação de claustro (como vocês podem ver nesta super releitura de "A Bruxa de Blair"). rs


A conta no vet, aliás, está ficando salgada. Eu queria poupar a coitada do stress de se adaptar a outro abrigo provisório, mas, pelo jeito, não vai rolar. Alguém conhece um lugar com diária inferior a R$ 35?

6.12.08

Rumo ao estrelato!

Devido ao leque variado de peripécias, Marley já é tratado como celebridade durante os passeios pelo bairro. Tem gente que acena de longe, disfarçando a timidez, gente que vem conversar sobre a adoção lendária e gente que até deixa a criatura empolgada carimbar a camisa do trabalho. Agora, com esse super post no Voadeira (Bons Fluidos), sinto a noite de autógrafos se aproximando! rs

2.12.08

Exército de um homem só

Eduardo vivia dizendo que nossa casa acumulava tristezas, que faltava movimento, sol, vento, vida. Sugeriu adotarmos um animal de estimação, certa vez, mas eu torci o nariz, igualzinho à minha mãe, só de pensar no trabalho e na despesa desnecessária que a criatura nos traria. Até que surgiu o convite para conhecer o reduto da família Perez, onde, "coincidentemente", uma ninhada de bigodes recém-saída do forno fazia gracinhas no quintal.

Mercvrivs e eu nos apaixonamos ao primeiro apito de patinho borracha. Com tantos filhotes peludos e de olhos azuis, ninguém entendia porque eu fora gostar justo do frajola mais sem graça. E eu jamais imaginaria que seu nariz rosado perderia a cor sempre que eu precisasse trabalhar fora. Esperei o período de amamentação como nas aulas que antecediam o Natal, ansiosa pela surpresa que Papai Noel nos reservava. E dia 2 de dezembro de 2005, a bolota de pêlo minúscula veio chacoalhando no Escortinho rumo a São Bernardo, prestes a quebrar na primeira lombada.

*continua*

1.12.08

Testado e comprovado!

Alexandre Rossi fez o Marley sentar para ganhar petisco, no fim da palestra sobre educação comportamental de cães e gatos, realizada no Hospital Veterinário de Santo André, e eu estava sem máquina fotográfica! O adestramento funciona, gente! Tanto que um profissional da equipe dele fecha o mês com mais dinheiro na conta que esta pobre jornalista, trabalhando para as maiores empresas de comunicação do País.

Como Mariana e eu suspeitávamos, aliás, o que nos falta para domar a fera é pulso. Segundo o mestre, precisamos endurecer o coração sem dó nas repreensões, já que nosso cão indoável ostenta teimosia e resistência além da conta. A vaquinha continua de pé? Recebi indicações de lugares variados e queria ajuda para escolher. Alguém tem experiência no assunto? Mande sinal de fumaça: bialevischi@yahoo.com.br.

P.S.: Quem se animou com a idéia de ensinar algumas regras básicas de etiqueta aos bigodes, vai se decepcionar com esse post scriptum. Quando questionado sobre a destruição da coleção de pingüins de um dos participantes do evento, Rossi aconselhou o coitado a colá-los na geladeira, admitindo ser mais fácil adaptar o ambiente que tentar mudar um gato. rs

Boletim Pandora – 1º de dezembro

Pan acha que é urso. Quando cheguei na clínica veterinária, hoje à tarde, a criatura quase botou a gaiola abaixo para vir me recepcionar em duas patas. E conseguiu encontrar o Escortinho no meio de vários carros estacionados, abraçando a lataria na esperança de ir embora. Preciso dizer que fiquei com vontade de morrer? Tem gente sugerindo, aliás, que eu troque seu nome por algo menos trágico. Acontece que foi ela que escolheu. Dr. N. e eu a havíamos batizado de Pantera, sem a menor aprovação. Aí, a ajudante soltou Pandora, num ato falho, e o rabinho pôs-se a balançar freneticamente. Juro! rs

30.11.08

Em Santa Catarina também vivem animais!

Ontem, fui sacar dinheiro no caixa eletrônico do shopping e o Banco do Brasil me pedia para transferir parte dele às vítimas das chuvas de Santa Catarina. A empresa em que Mariana trabalha está arrecadando roupas e alimentos para os funcionários desabrigados. Até minha médica homeopata veio falar sobre o assunto. O que as pessoas esquecem é que os animais de estimação das famílias atingidas pela tragédia climática também precisam de ajuda.

Segundo os apelos que tenho recebido por e-mail, há cães mortos presos a coleiras, gatos ilhados em apartamentos, centenas de bichos sobre telhados e árvores, outro tanto vagando perdido pelas ruas. Todos com fome, medo e frio. Quem puder doar ração, remédios, casinhas, serviço voluntário, basta escolher uma das organizações não-governamentais listadas no site da Prefeitura Municipal de Florianópolis ou do Grupo pela Abolição do Especismo de Porto Alegre.

28.11.08

Bigodes na AnaMaria!

A matéria de capa da AnaMaria, essa semana, traz o relato de cinco mulheres que tiveram suas vidas transformadas após adotar um bicho de estimação. Adivinhem quem é uma delas?! Creio que minha mãe deu várias piruetas no túmulo, aliás, com a aspa fictícia de que "deve estar feliz de ver nossa casa cheia de luz – e de bagunça, muita bagunça". Os leitores mais antigos do Gatoca sabem o quanto ela cultivava aversão à idéia de conviver com animais fora do aquário. Mas valeu pela divulgação do blog. Abaixo, os bastidores do ensaio fotográfico tragicômico que me fez perder uma tarde inteira, graças à sociabilidade exacerbada do Mercv, e acabou nem saindo na revista. rs

Boletim Pandora - 28 de novembro

Nossa pantera já tomou a injeção de Imizol para a doença do carrapato e continua sendo medicada com vitamina e ferro, por causa da desnutrição. De ontem para hoje, a excreção dos restos de placenta melhorou bastante e o cocô não guarda a menor semelhança com o caldo verde musgo que a criatura deixou impregnando o banheiro aqui de casa. Quando apareci na clínica veterinária para visitá-la, a animação era tamanha que o passeio pelo bairro teve até corrida com obstáculos. :)

27.11.08

E da loteria nem sinal!...

Os vizinhos devem estar pensando que eu larguei o jornalismo para ganhar a vida passeando com cachorros. Hoje cedo, mal havia deixado a Pandora no hotelzinho da clínica veterinária, precisei voltar com o Marley, arrastando orgulhoso um tênis velho que encontrara no parque.

É que, da noite para o dia, ele desenvolveu uma dermatite aguda úmida na base do rabo e a pele ficou todinha em carne viva. Segundo Dr. N., esse tipo de bactéria costuma atacar pastores, labradores e rottweilers. Até para doença nosso cão indoável tem classe (embora a estética sedan pareça ligeiramente prejudicada). rs

26.11.08

Duas bombas!

Pandora está com a doença do carrapato. Deu no exame de sangue. O tratamento é simples, à base de antibiótico, mas deve começar logo, por causa do quadro severo de desnutrição. Acontece que Paula não tem mais condições de continuar com ela e me pediu que providenciasse a "mudança" o quanto antes. Larguei o trabalho, peguei um trânsito infernal na Bandeirantes, assisti a cachorra vomitar a alma três vezes e, quando voltamos para São Bernardo, a clínica veterinária havia fechado.

Resumo da ópera: no banheiro aqui de casa agora mora uma pastora belga gigante. Marley não se conforma. Nem os bigodes. Muito menos a coitada. E eu cansei de repetir mentalmente que isso não podia acontecer. Quem souber de um lugar menos insalubre para acomodar nossa pantera temporariamente, mande sinal de fumaça (não há risco de contágio!).

Pan precisa de um coração que bata em sintonia ao dela, disposto a entender o abandono, a perda da ninhada, a saúde fragilizada. Como retribuição, o ser ascencionado ganhará uma amiga linda, carinhosa e fiel. Palavra de quem foi recebida com festa por tê-la recolhido da rua entre moscas, quando todas as outras pessoas lhe torciam o nariz!

25.11.08

Cão em fuga

Por razões que a ciência desconhece, o portão automático aqui de casa abriu sozinho no sábado e, quando o guarda resolveu nos avisar, Marley já estava longe. Desesperadas, Mariana e eu desandamos a correr pelo bairro debaixo de chuva, ela de pijama e eu com a saia rodada do flamenco. Todo mundo dizia que o infeliz havia rumado para a avenida, justo o caminho que a gente evita nos passeios. E de lá as opções se multiplicavam: Centro, Rudge Ramos, Santo André. Na dúvida, preferimos continuar a busca motorizadas. Ela ficou com o entorno e eu fui para longe.

Tentei primeiro o lado esquerdo da pista, depois o direito e, por fim, reto. Sem sucesso. Só de pensar na infinidade de ruelas em que o aloprado poderia ter se embrenhado, o estômago doía. Até que São Francisco de Assis me soprou a idéia de pedir informação para a moça que distribuía panfletos no farol do Metrópole: “Ele arrastava uma guia amarela? Eu vi, sim. Passou voando ali atrás da parada do trolebus”. Fiz uma volta enorme e dei de cara com a criatura, seguindo na contramão da Faria Lima.

Sem pensar meia vez, liguei o pisca-alerta, sentei a mão na buzina e só lembro da cara de pânico do motorista do ônibus crescendo na direção do Escortinho. Por um milagre, Marley atendeu ao meu chamado de primeira e, antes de provocar um acidente sério, endireitei o carro alegórico na Sapucaí, pedindo desculpas aos motoristas pelo papelão. Agora, com a taquicardia controlada, não paro de pensar como o desembestado conseguiu atravessar três avenidas gigantes e se sujar a ponto de feder carniça, em menos de 40 minutos! Bem no dia seguinte ao banho...


Obs.: Passado o susto, tratamos de providenciar uma coleira de identificação suficientemente chamativa para o meliante.

24.11.08

Plantão Gatoca

Ontem, eu fiz uma promessa a vocês que não poderei cumprir. Só verá a carinha dos filhotes da Pandora quem cruzar a ponte do arco-íris. Durante a madrugada, aliás, ela destruiu a casa inteira da Paula, tentando entender onde haviam se escondido aquelas vidas tão pequeninas. Menor ainda ficou o nosso coração.

23.11.08

Extra, extra, extra!

Os bebês da Pandora nasceram essa madrugada! A cada meia hora, ela puxava uma bolinha com a boca, rasgava a placenta, limpava o nariz da criatura, cortava o cordão umbilical numa única dentada, pressionava o corpo com a língua até ouvir o chorinho, comia a meleca toda e continuava lustrando o rebento. Paula presenciou o episódio completo, munida de tesoura, fio dental e o manual do parto, caso precisasse dar uma força à mamãe.

A notícia triste é que por três vezes o clássico chorinho não saiu. E não teve amor no mundo capaz de contornar o estrago de uma gestação na rua. Nossa guerreira bem que tentou. Rocky, inclusive, permanece lutando para chegar ao último assalto. Na verdade, só Axl, o loiro barrigudinho, parece apto a agüentar a crítica do público após a falácia de "Chinese Democracy". Pan está exausta e merece descansar. Prometemos fotos em breve!

22.11.08

Lava, lava, lava, lava...

Ontem, Marley foi tomar banho. Seu primeiro banho fora, aproveitando a diária da hospedagem na clínica veterinária que a Pandora não usou. Quando a criatura chegou pulando no recinto, já me avisaram que o processo levaria umas duas horas. O que eles não deviam imaginar é que a coitada responsável pela tarefa retornaria à recepção descabelada e cuspindo pêlos. Eu também não previ que nosso cão indoável jantaria a gravatinha.

21.11.08

Delicadezas

Quando Miharu leu o post sobre o milagre das caixas de transporte, ficou tão sensibilizada que resolveu mandar reforços pelo correio, de Curitiba! Em caso de incêndio, cabem uns quatro bigodes esmagados aí dentro da barraca vermelha fácil! Só não garanto que eu consiga carregar. rs


Os presentes da Marcia vieram de mais longe ainda, com o convite para uma visita a Sherbrooke e a justificativa de que o Canadá anda precisando de mais gente como eu. Começo a juntar as moedinhas para garantir a passagem de 2020 esse ano mesmo! ;)


Obrigada pelo carinho, meninas! :)

19.11.08

Bigodes no Rancho!

Qualquer amante de animais ou telespectador do Fantástico sabe que o Rancho dos Gnomos abriga as versões originais dos nossos bichos de pelúcia - entre as 400 vidas do santuário ecológico estão leões, tigres, macacos, onças e veados-catingueiros, todos apreendidos por maus-tratos, tráfico ou exploração em circos. O que vocês não devem imaginar é na quinta-feira eu recebi um e-mail da "família do Rancho", dizendo que o Gatoca passara a integrar a seção de links do novo site, comprometido em divulgar iniciativas de cunho informativo relacionadas ao meio ambiente. Agora a responsabilidade dobrou! rs

16.11.08

Marley no cinema!

Alguém seria capaz de escolher um nome mais perfeito para o nosso cão indoável?! rs

http://cinema.uol.com.br/ultnot/multi/2008/11/13/0402326CC0913326.jhtm?marley--eu-0402326CC0913326


P.S.: Quem topa assistir a pré-estréia comigo? :)

13.11.08

Casa de esperança

Enquanto eu pensava num jeito poético de começar esse post, recebi dois e-mails de leitores querendo participar da vaquinha da Pandora e achei melhor optar pela objetividade: parem os depósitos! A conta do veterinário foi quitada e sobrou dinheiro até para o ultra-som (com 20% de desconto, graças à Drª. Raquel). Como o pessoal da clínica suspeitava, nossa pantera está mesmo grávida!

As bolinhas de pêlo (cinco ou seis) medem 9 cm, se mexem feito dancing flowers e devem dar as caras em dez dias. Eu nunca fiquei tão prostrada em frente a um computador, aliás. Assistir aquelas mini-vértebras enfileiradas e os coraçõezinhos batendo acelerados me encheu de emoção. Pan, no entanto, acho que trocaria tudo por um punhado de grama para esvaziar a bexiga.


De banho tomando, nós rumamos para o Brooklin, onde a família Plank aguardava ansiosa a chegada da princesa. Paula soube do abandono pela Fabi, presidente do Mopi, e não teve dúvidas de que se tratava da sua futura cachorra. Só faltava convencer o Bob, um border collie de 16 anos, também resgatado das ruas.


O primeiro contato entre os peludos pareceu promissor, com direito a rabinho balançando da parte dele e uma exibição tímida de dentes da parte dela. Agora, os filhotes poderão vir ao mundo em paz e talvez até integrar a matilha dos Plank, antigo sonho da jornalista, inspirado na coleção de corgis da rainha Elizabeth II.


Desfecho mais que perfeito, se eu não tivesse visto o focinho da minha fiel escudeira espremido entre as grades do portão para se despedir. Eita coração de pudim!... :\

P.S.: Obrigada pelo empenho fantástico de vocês na divulgação da Pandora! E também pela ajuda com as despesas. Vou respondendo os e-mails aos poucos, nos intervalos dos subfrilas. :)

11.11.08

Caixa de esperança

Chega uma hora em que a gente se vê obrigado a estabelecer critérios objetivos para socorrer a infinidade de animais cujos olhares de súplica acompanham nossos passos desconcertados pela rua. Doentes, cegos, estropiados e panacas girando em círculo no meio da avenida valem resgate. Os demais têm de se contentar com um punhado de comida, algum carinho no pêlo emaranhado e meia dúzia de lágrimas disfarçadas.

Ontem de manhã, desovaram esta pastora belga na encruzilhada aqui de casa feito um artefato de macumba. Imensa de grávida, a coitada passou o dia jogada na calçada, como se estivesse morta, despertando nas pessoas que tropeçavam em suas patas a mesma compaixão da bituca de cigarro. Dizem que ela só levantou a cabeça para abocanhar, com sacola e tudo, as salsichas que eu comprei na barraca de cachorro-quente.


Mesmo atolada de trabalho, eu perdi a tarde tentando encontrar-lhe um abrigo provisório (sem dez bigodes e um Marley encrenqueiro preso ao poste). Quando começou a chover, porém, não agüentei imaginá-la submersa, convenci dois transeuntes a colocarem seus 35 quilos de barriga dentro carro e nós rumamos para a clínica veterinária mais próxima. A gestação da criatura parece avançada, embora não dê para descartar totalmente a possibilidade de piometra.

Dr. N. aceitou cuidar dela, no máximo, até sexta-feira, por causa do feriado. Eu já deixei um cheque de R$ 258, incluindo a consulta (R$ 60), o banho (R$ 40), os vermífugos (R$ 18) e as quatro diárias da hospedagem (R$ 35 cada) – o Frontline havia sobrado da doação da Merial. Preciso saber, então, se alguém topa acolher a futura família após esse período. Diferente do nosso cão indoável, Pandora é super quieta, doce, obediente. E de raça européia! Sem contar que a experiência de assistir ao nascimento de uma ninhada arrepia a alma.


Outra pergunta importante: vocês se comprometem a divulgar os filhotes incansavelmente até que todos encontrem um lar decente, além participar da vaquinha das vacinas e das castrações? Em caso de silêncio generalizado ou de respostas negativas, minha metade capricorniana racional autorizará o aborto sem a menor culpa. Para estar vivo não basta respirar.


Obs: Esta última foto é de hoje, provando que ração de qualidade, atendimento veterinário e um tico de amor transformam qualquer sapo em príncipe. Quem quiser ajudar com as despesas, aliás, eis o número das contas:

BB
Beatriz Levischi
Ag: 1561-X
C/c: 6830905-8

Itaú
Textrina Serviços Ltda. ME
Ag: 0185
C/c: 08360-7


Epopeia da Pandora:

:: Caixa de esperança
:: Casa de esperança
:: Nascimento da ninhada
:: Morte da ninhada
:: Devolução
:: Boletim - 28 de novembro
:: Boletim - 1º de dezembro
:: Boletim - 8 de dezembro
:: Sítio temporário
:: Doação de conto de fadas
:: Primeira primavera
:: Segunda primavera
:: Festa em Sorocaba
:: Terceira primavera
:: Quarta primavera
:: Quinta primavera
:: Sexta primavera
:: Sétima primavera
:: Oitava primavera
:: Nona primavera (atrasada), com vídeo!
:: Décima (e última) primavera
:: Fim
:: Pandora veio me visitar!

8.11.08

Adestramento, faça chuva ou faça sol

Nós não pretendemos ficar com o Marley. Mas o fato é que ele continua aqui e a situação beira o insuportável. São quase três meses de trabalho com o barulho ensurdecedor da fera tentando derrubar a porta da sala, quase três meses de idas ao ortodontista sem escovar os dentes porque não deu para entrar em casa, quase três meses desenterrando partes do carro do jardim para abrir o portão da garagem sem risco de fuga, quase três meses de passeios torturantes (para ambas as partes).

Quem acredita que eu não estou investindo energia suficiente para encontrar-lhe um lar decente, sinta-se convidado a colaborar. Há cartazes da criatura espalhados pelo ABC inteiro, anúncios no Vida de Cão, Cachorro Perdido, Sampa Online, dúzias de amigos repassando os apelos (as ONGs, infelizmente, só investem na doação dos seus resgatados). Quando converso com alguém, de chefe de redação a garçom de restaurante, arrumo sempre um jeito de contar a história do figura. Todo mundo acha lindo, mas ninguém quer o enrosco. Exatamente como acontece aqui no blog. Por isso, inclusive, penso que o adestramento vale a pena.

Só que os dois profissionais para quem ofereci a parceria recusaram o "desafio". Se a Juju agilizar mesmo o contato com o Alexandre Rossi, agradeço de joelhos. E a vaquinha fica como plano B – sugiro que os interessados em participar já mandem um e-mail para bialevischi@yahoo.com.br, indicando o valor da contribuição mensal (o treinamento deve durar um semestre). Marley não merece ser descartado feito um sapato velho, de novo, porque teve o azar de nascer cachorro. Dessa vez, vocês pegaram pesado.

6.11.08

Mulher à beira de um ataque de nervos

Para comemorar os 26 anos da Mariana, João e eu decidimos lhe dar de presente uma assinatura da Superinteressante. O primeiro exemplar chegou hoje, juntinho com o aniversário. As folhas pareciam brilhantes, lisinhas, com cheiro de novas. Escrevi "pareciam", porque nosso cão indoável conseguiu estourar a caixa do correio e o que nós recolhemos do jardim foram dezenas de retalhos molhados de texto. Quase três meses de tentativas frustradas de educá-lo depois, eu jogo a toalha!

Ninguém agüenta mais as mordidas, a correspondência triturada, os passeios arrastados, as coisas quebradas na garagem, as fugas desembestadas, as roupas sempre sujas, o sufoco para entrar e sair de casa, as retaliações aos bigodes. Marley toma conta da gente como um leão, tem um faro absurdo, aprende o que interessa com a maior facilidade. Mas precisa querer usar tudo isso para o bem. E eu preciso urgentemente de voluntários para participar da vaquinha mensal do adestrador. Dez indivíduos contribuindo com R$ 30? Trinta com R$ 10? Alguém se habilita, peloamordedeus?

5.11.08

Semana de combate a pulgas e carrapatos

Até o dia 9, quem morar na grande São Paulo e comprar Frontline ajudará a desparasitar também os focinhos e bigodes desovados no Centro de Controle de Zoonoses. É que 10% do dinheiro arrecadado durante a campanha da Merial será revertido em produtos para o CCZ-SP. Eu não estou ganhando um centavo pelo post, mas conheço bem a situação deprimente daquelas vidas. Se puderem, colaborem! :)

4.11.08

Um é pouco, dois é bom, três vira festa! – parte 6

Dois anos depois

O tempo voou como nos filmes de roteiro mal costurado e o comportamento arisco do Simba deu lugar a uma placidez quase incômoda, de quem confia cegamente no coração de seus raptores. Não tardou para o esconde-esconde tímido nos caixotes de leite virar pega-pega alucinado, brincadeira de cordinha, caça-ração. Seus miados, porém, continuaram lembrando aquelas sinetas de loja de periferia, em que o vendedor nunca está no balcão. Bastava o telefone tocar, aliás, para que o tagarela se pusesse a participar animado da conversa.

Dia 17 de setembro agora, comemoramos seu segundo aniversário em Gatoca com uma verdadeira orgia gastronômica: todas as opções de comida humana e canina que o leãozinho adora integravam o cardápio. Ele não perdeu o medo de vassoura, cinto e saco de lixo. Nem o jeito misterioso de olhar. Como um cachorro adestrado, ainda vem correndo se alguém bate na perna. E sempre me espera voltar da rua rolando de um lado para o outro no tapete, com as patinhas de camurça dobradas. Mas a cabeça finalmente resolveu ficar proporcional ao resto do corpo – ou um tico menor. rs

* FIM *


Capítulo anterior: Um é pouco, dois é bom, três vira festa! – parte 5

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31.10.08

Simba com gás

Uma das vantagens da vida de freelancer é decidir viajar em plena quinta-feira-dia-de-nada, passar horas conversando com a Amanda em Piracaia, morrer de inveja da obediência da Maya (uma pastora alemã duas vezes maior que o Marley), testar os dons maternais com a pequena Alice e descobrir que Simba arrumou um jeito mais saudável de colaborar com o orçamento doméstico do que trazer passarinhos depenados para o jantar.

28.10.08

Um é pouco, dois é bom, três vira festa! – parte 5

Infância tardia

Aos três anos de idade, segundo estimativa do veterinário, Simba tomava leite no potinho com a empolgação dos personagens de desenho animado. Chorava doído se Mariana o esquecia para fora do quarto. E mordia quando a gente menos esperava. Seu miado tagarela lembrava uma criança pentelha na fase dos "porquês".

Desafio

Passar o remédio contra pulgas nos três peludos só foi possível depois de trancá-los no jardim de inverno da sala e descer o dedo no spray, tentando acertar barrigas, costas e cabeças, enquanto os desesperados corriam em círculos. Nem as madrugadas escapavam da bagunça:


*continua*

Capítulo anterior: Um é pouco, dois é bom, três vira festa! – parte 4

24.10.08

Três anos passaram voando!

No dia 24 de outubro de 2005, o amor desceu à Terra disfarçado de bigode. E eu, que nunca pensara em ter um animal de estimação, seria incapaz de imaginar a revolução que aquele frajolinha utinguense de olhos verdes provocaria em nossas vidas. Essa novela só estréia em dezembro, após o período de desmame, quando o pequeno Mercvrivs aportou em Gatoca trazendo mil cores, cheiros e sons.

Mas eu precisava contar que a programação de festividades do seu terceiro aniversário promete varar a madrugada! Já teve colo de mãe, requeijão, ratinho novo exclusivamente dele por dois minutos e meio, brincadeira de caçar ração, água da torneira para refrescar. Saio agora, com o coração apertado, mas volto a tempo de dormir abraçadinho. :)

22.10.08

Tecla SAP

Eu já havia respondido nos comentários, mas para evitar outros ataques desnecessários, resolvi explicar o post TPM neste espaço bem visível e de forma didática: Marley passeava animado na calçada quando a velha decidiu atravessar a rua com o neto na direção dele. Como criança é sem noção e vem para cima, toda estabanada, achei melhor alertá-la sobre a sociabilidade duvidosa do nosso cão-indoável. Meu comentário simpático, porém, ganhou uma réplica grosseira e arrogante, escorada nos cabelos brancos. Justamente por não me julgar superior, concedi-me o direito dos demais mortais de extravasar o mau humor guardado para ocasiões especiais. Preciso desenhar?

P.S.: Antes de criar nova polêmica, quero deixar claro que adoro crianças! E velhinhas educadas. rs

21.10.08

TPM

― Ei, dona! É melhor a senhora continuar do outro lado da rua, porque parece que meu cachorro não gosta muito de criança...
― Se você não consegue controlar seu animal, você que mude o percurso!
― Ótimo! Já que a senhora não se importa de voltar para casa com os restos do seu neto nessa sacola de supermercado, nenhuma de nós duas precisa trocar de calçada.

Claro que a velha girou nos calcanhares rapidinho. E praguejando.

20.10.08

Em duendes até posso acreditar...

Cansei de ouvir que medicar cachorro é fácil, porque eles engolem qualquer coisa sem mastigar. Abri, então, uma exceção no supermercado veg da semana, comprei o menor pacote de salsicha da geladeira e em cada pedacinho escondi um comprimido de vermífugo para o Marley (o peso da criatura exigia duas drágeas e meia).

Empolgado, nosso cão-indoável saiu correndo com a primeira guloseima na boca, cuspiu na garagem, tornou a comer e reapareceu na janela da sala, pedindo mais. O processo se repetiu com a segunda. E com a terceira. Desconfiada do ritual, achei melhor checar a "samambaia" de perto. E lá estavam os três pontos brancos de remédio, cuidadosamente separados sobre o piso cinza. Da salsicha, nem poeira!

17.10.08

Tentativa 5.682!

Resolvi seguir o conselho da dona Cachorreira Militante e, como última esperança, experimentar os florais de Saint Germain com o Marley: patiens para situações de pressão, goiaba para medos, leucantha para insegurança e imaturidade, arnica silvestre para ferimentos emocionais/psicológicos, unitatum para rejeição, verbena para "mandonismo", obstinação, tensão, agitação e necessidade constante de atenção, sergipe para disciplina, mangífera para acalmar.

A terapeuta responsável pela manipulação tomou a liberdade, ainda, de acrescentar amygdalus, para minimizar o ciúme dos bigodes. Quando o figura mastigou a colherinha de plástico e engoliu, porém, fiquei em dúvida se realmente conseguiremos transformá-lo num cão equilibrado.

16.10.08

Quem ama, continua protegendo

Em outubro de 2007, quando os leitores do Gatoca não passavam de três integrantes familiares e alguns amigos piedosos, a Merial acreditou no projeto e doou uma caixa cheinha de Frontlines para ajudar os esqueletinhos da dona Lourdes. Ontem, com o blog dez vezes mais acessado, chegou pelo correio uma nova embalagem de papelão. Dessa vez, para despulgar os bigodes e nosso cão-indoável: 12 pipetas de gato + 2 de cachorro + 1 vidrão de spray, vindos de Campinas. Só quem tem um animal de estimação sabe o valor dessa parceria. Obrigada, Marta! :)

15.10.08

Os últimos moicanos adotados!

Em um mês e meio, os três últimos esqueletinhos resgatados do cortiço da dona Lourdes* encontraram sua cara-família, como diz a Gaby. Piri Piri (escaminha) foi adotada pelo Rodrigo, no final de setembro, e hoje mora num apartamentão da Vila Mariana, com mais três irmãos felinos. Domingo retrasado, Talita (pretinha) conquistou a simpatia de José Renato, que já tinha uma siamesa de sete meses, e rumou para a Pompéia.

E esse final de semana, Daniela Karasawa, que sonhava com o número cabalístico de seis bigodes, decidiu levar o Romeu (amarelo) + a Amelie, o Angus e a Ricotta. Em companhia dos veteranos da casa, eles poderão montar o primeiro time felino de qualquer-coisa-com-bola do Morumbi! – porque eu nunca fui muito ligada em esportes mesmo. rs

Agora, só falta o Cartoon e o Leão ganharem um lar de comercial de margarina, com comida sem restrições e a merecida cota de dois sofás macios para estragar à vontade na vigência da vida. Tem também o Menino, mas primeiro ele precisa deixar a misantropia de lado para poder entrar na fila da adoção. O cortiço, aliás, já começou a ser demolido. Logo, logo não restará nem o pó das baratas da dona Lourdes. Espero, de coração, que alguém a ajude a descansar com decência.


*História completa dos montinhos de ossos da dona Lourdes, constantemente atualizada.

13.10.08

2 mil!

Lembram que em maio o Gatoca alcançou a marca dos 1 mil comentários? Pois cinco meses depois, vocês conseguiram dobrar esse número! E como deixei acumular mais de 300 causos/elogios/dúvidas/reflexões existenciais (por culpa da correria profissional, doméstica e felino-canina), usarei este post comemorativo novamente para respondê-los:

Beatriz Vieira, Vani Vomit, Ana, Jô, Eliane, Kell, Rayssa, Sandra, Débora R., Mayara Luma Maia, Patrícia Carvoeiro, Joana Diggle, Lana, Renata, Luciana, Denise, Cruela, Mary Joss, Hilda, Vanessa, Claudia Vertemati, Dé e Amauri Santos, sejam bem-vindos ao blog!

Meninas do Alguém mais viu ou fui só eu?, Bigodes e Ronrons, Teodoro e Maquinim de Ronron, obrigada pelo carinho!

Em 2009, a gente pode organizar uma excursão nacional para a festinha de aniversário! Ainda não deu tempo de pensar na lojinha, aliás. Perdoem-me, consumistas de bom coração. rs

Bárbara, trabalhando num escritório chato, com algo chato e um chefe horrível, você deve receber uma fortuna (rs)! Quero ler a HQ! Quando vai rolar aquele encontro lendário? Você conseguiu levar o Meleca para passear na coleira? Thereza, os bigodes se adaptaram? Ana, como está o focinho estabanado? Amandinha, nossa tarde de fofoca precisará esperar um tico mais. É que ganhei de presente o worshop da Pilar Ogalla, uma super bailarina espanhola de flamenco! :)

O Marley continua aqui, Li (valeu pelo depósito, Itacira!). Provavelmente, porque não troquei o nome por Gandhi ou Buda, como sugeriu a Guiga. O problema de tentar permutá-lo, T.B., é que a fera não aceita outros animais. E segue lutando contra o enforcador de nylon, Bella. Até fiquei malhada, Leila. Mas só do braço direito, que segura a guia. Os adestradores costumam cobrar R$ 300 a mensalidade, dinheiro que não temos nem para consertar as coisas que ele estragou (duas portas, o vidro da janela da sala, a seta da moto da Mariana, a caixinha do correio, a pitangueira e as flores do jardim, vários adereços de plástico do meu carro). Vou experimentar o floral, dona Cachorreira Militante. Só não pega bem uma vegetariana comprar courinho, né, Estela? rs

Por causa do instinto caçador do hóspede eterno, os bigodes nunca mais viram o sol, Michelle. E isso anda me chateando bastante. A garagem de duas vagas, inclusive, vira prisão para um bicho desse porte. Mas parece que os apelos não ecoam. O músculo cardíaco do nosso cão hiperativo é grande demais para pessoas ordinárias.

Patrícia, o que aconteceu com a gata-onça? Márcia, você recebeu o meu e-mail? Saudade, Adri Quadrado! Alguém adotou o coelho do AUG, Sil? Denise, cadê você? E o pequeno Daniel? Quem dera ter o dom de encantar elefantes, Marta... Apesar da péssima influência do Marley, ainda não comecei a morder, Lu Aith. Pode se apresentar da próxima vez que me encontrar de bobeira no shopping, viu? rs

Carol, somos mesmo educados a acreditar que a picanha nasce na embalagem de isopor do supermercado. Mas o aquecimento global acabará mudando essa mentalidade. E há inúmeras alternativas de produtos vegetarianos no mercado. Semana passada, comprei um iogurte de soja com pedaços de morango que quebrava bem o galho.

O vermífugo de colocar na nuca custa muito mais caro, gente. E só resolvi submeter os bigodes à tortura da medicação, porque a Clara estava infestada de minhocas. No fim das contas, Cris, deu tudo certo. Ufa!

Quarta-feira, repeti os exames da finada miopia para confirmar se não havia sobrado nenhum grau e receber alta definitiva, Ana C. A operação mesmo ocorreu em março. Sofri um bocado, aliás, Lucy. Mas valeu cada lágrima. Principalmente porque meu corpo decidiu rejeitar a lente de contato, após dez anos, e com cinco graus ficava impossível achar a esteira ao sair do mar, assistir shows no meio da muvuca, caprichar na maquiagem para casamentos. Não desista, Dê! Um belo dia, você acorda cheia de coragem e, quando vai ver, já foi (rs). Dona Felina Família, se cuida!

Eduardo, descobri umas poesias antigas do Bitter Angel na internet, graças ao aniversário do Google, e lembrei de você. Leia "Sobre a tristeza", de 2000.

8.10.08

Minha miopia...

...zerou COMPLETAMENTE!!! Acabo de voltar da bateria de exames pós-operatórios e não estou exergando quase nada, por causa da pupila dilatada, mas precisava gritar para os quatro cantos do planeta que, depois de quase 30 anos de cegueira, hoje é um dia muito feliz! :)

Saiba mais:
:: O dia da cirurgia
:; A recuperação

Não me odeiem!

Consegui separar cinco minutinhos para escrever esse post, dizendo que não vou publicar post nenhum de novo. É que ando mesmo atrapalhada com os subfrilas (já até desencanei de dormir de madrugada). E hoje tem vacina nas Gudinhas, segunda dose de vermífugo em todo mundo e o tão esperado exame pós-operatório da finada miopia. Como nem só de desgraça vive um jornalista, porém, conto em primeira mão aqui no blog que fui convidada a rechear quatro páginas da Revista do Idec de novembro com um especial sobre adoção animal! Entrevistei tanta gente legal (Nina Rosa, Ana Gabriela de Toledo, Vanice Orlandi, deputado Feliciano Filho), que valeu cada quilo perdido na correria. Notícias em breve! :)

4.10.08

Seres sencientes

Hoje, começa a Semana Mundial dos Animais! E, para comemorar, a WSPA lança o primeiro documentário sobre a capacidade das nossas refeições de sentirem dor, medo, prazer, alegria, estresse, saudade. Algum leitor deste blog tem dúvida?

3.10.08

Naftalina

Em comemoração aos dez anos, Google publicou o index mais antigo disponível em seus servidores, ressuscitando os resultados da busca de 2001. E três matérias minhas, escritas para o Terra em 2000, aparecem na listagem! Eis a pergunta que não quer calar: por que eu demorei tanto para criar o Gatoca? Ah, lembrei! Por vergonha. E também porque, naquela época, a gente não tinha gatos. rs

1.10.08

Um é pouco, dois é bom, três vira festa! – parte 4

Do outro lado da janela

Se eu tinha alguma dúvida sobre ficar com o Simba, ela desbotou quando o vi correndo atrás do carro pelo retrovisor, como os cachorros das campanhas contra o abandono, após nos despedirmos para comemorar o aniversário do seu Humberto. E desapareceu de vez às 3h da madrugada, quando eu acordei preocupada com a tempestade e encontrei o leãozinho encolhido no barraco improvisado, super assustado.

No dia seguinte, perdi meia hora tentando convencer seu choro doído a entrar na caixa de transporte, para a funcionária do pet shop avisar que não davam banho em animais de rua. Como prova de que o coração laranja era inofensivo, dispus-me a segurá-lo e acabei levando de brinde três jatos d´água com shampoo na blusa.

O secador barulhento terminou de aterrorizar a criatura da roça, que tremia das orelhas à ponta do rabo rajado. Em nenhum momento, porém, o coitado fez menção de morder ninguém. E ainda deixou colocarem a gravatinha clássica! Eu rumei para o dentista fedendo à loção de gato, mas com a sensação de dever cumprido.

*continua*


Capítulo anterior: Um é pouco, dois é bom, três vira festa! - parte 3

P.S.: Só agora eu consegui terminar os textos do Prêmio Victor Civita! Estou praticamente respirando com a ajuda de aparelhos, mas não podia deixar o Gatoca criar teia de aranha. rs

26.9.08

Civil War

Se levar Mercvrivs, Clara, Simba, Chocolate e Guda ao veterinário fora uma tarefa hercúlea, imaginem a minha cara de pânico ouvindo o Dr. E. dizer que os vermes não deixariam de empestear os cobertores de Gatoca sem que TODOS os bigodes tomassem o remédio. Notem que ele estava se referindo a cinco gudinhas-do-mato, um projeto de leão e nenhuma espécie de ajuda! De volta a São Bernardo, respirei fundo e me esforcei para ignorar o tamanho grotesco das drágeas. Ao final de quase uma hora de batalha, baixas significativas assombravam o recinto: três comprimidos, um pedaço do meu dedo indicador esquerdo e a dignidade haviam partido em busca da luz. Sangue, patê e Endal coloriam os objetos do entorno, conferindo um aspecto surreal ao cenário pós-guerra:

24.9.08

Alguém tem que pagar as vacinas dos bigodes...

A gente sabe que está trabalhando demais quando as luzes da redação se apagam pela terceira vez, o crachá de visitante não funciona mais na porta que dá acesso ao elevador e o funcionário da recepção atende o telefone dizendo "bom dia". Se eu não publicar um post nas próximas horas, é porque fui esquartejada por um morador do Largo da Batata e arremessada no Rio Pinheiros. Ao menos voltarei para casa sem pisar no freio e com trilha sonora decente. rs

23.9.08

Como tornar sua vida ainda mais complicada!

Sabem aquele desafio da canoa, em que você precisa levar para o outro lado do rio um lobo, um coelho e um repolho, viajando de parzinho, sem que os remanescentes se comam? Pois foi assim que eu me senti ontem, tentando colocar cinco bigodes no carro para tomar vacina, com duas caixas de transporte e o Marley na garagem. Até que tive a idéia de prender a fera no portão do vizinho, inviabilizando o trânsito de pedestres na calçada por meia hora.

Chocolate e Clara (arquiinimigas) aproveitaram o passeio à Utinga para acertar pendências antigas, Simba não parou de chorar um segundo sequer, Mercvrivs se encolheu tanto que quase desintegrou e Guda decidiu empoleirar no encosto do banco bem em frente ao CET. O leãozinho ainda voltou para casa babando sangue, porque cobertor, pinça, seringa d´água e seis mãos não deram conta de enfiar-lhe o vermífugo goela abaixo!

P.S.: Esse post não tem foto por pura dificuldade de logística.

22.9.08

Orgulho!

Lembram da Amanda, que visitou Gatoca no mês de julho para participar da competição de barrigas com a Guda? Pois a pequena escondida atrás daquele umbigo gigante já completou um mês de vida e tem me roubado lágrimas copiosas toda vez que acesso o Herrerices. Quem acompanha as crônicas dos bigodes desde o início sabe que nunca usei o blog para fazer propaganda de outros. Mas bateu uma vontade louca de homenagear essa família de comercial de margarina, com direito à casinha em rua sem saída, dois frajolas ronronentos e um amor maior que o mundo:

Como tudo aconteceu
http://herreirices.wordpress.com/2008/08/29/como-tudo-aconteceu

Constatações
http://herreirices.wordpress.com/2008/09/06/constatacoes

Aprendizados
http://herreirices.wordpress.com/2008/09/18/alice-a-professora

Minha amiga, espero um dia ser metade da mãe que vi brilhar nos seus olhos àquele sábado. :)

21.9.08

Um é pouco, dois é bom, três vira festa! - parte 3

Choque de realidade

A raiva humana manifesta-se após um período de incubação, usualmente compreendido entre 20 e 60 dias, por meio de sintomas como febre moderada, cefaléia, insônia, ansiedade e distúrbios sensoriais, sobretudo ao nível da mordedura. Entre 24 e 48 horas, aparece a sintomatologia típica que, na raiva furiosa, assume decurso dramático, caminhando inexoravelmente para a morte entre dois e seis dias: excitação cerebral com crises de delírio e de agressividade, espasmos musculares dolorosos, convulsões, paralisias, hiperpirexia e asfixia terminal.

Esse foi o primeiro resultado da busca que Mariana fez no Google, dividindo a atenção entre minha mão mordida pelo Simba e o monitor. Bem que o pessoal do site Homeopatia Veterinária poderia ter mais tato ao contar que a gente corre o risco de rechear o caixão espumando, sem conhecer a Espanha, ver o Gatoca virar livro, ou experimentar os sorvetes novos da Kopenhagen. Eu passei a manhã do dia 15 de setembro de 2006 tentando falar com todos os postos de saúde do ABC, até que Dr. E. confessou-me que, em 25 anos de carreira, nunca havia atendido um animal raivoso. Refletindo sobre cada uma das dez doses diárias de vacina, além dos três reforços, eu concluí que acreditava nele.

*continua*


Capítulo anterior: Um é pouco, dois é bom, três vira festa! - parte 2

19.9.08

Um é pouco, dois é bom, três vira festa! - parte 2

E não é que o leãozinho voltou?!

Na mesma noite, aliás! E quando terminou de se entupir de comida e água, ainda quis descer no jardim para esmolar uns cafunés. Clara, indignada, tratou logo de devolvê-lo ao seu lugar, o alto do muro, manobra que me rendeu uma mordida feia na mão direita, sincronizada aos latidos da cachorra da vizinha! Mas Simba (nome escolhido pela Mariana em homenagem ao desenho da Disney) não demonstrava a menor vontade de ir embora. E acabou dormindo sentado ali mesmo, após testar 25 posições diferentes.

Acontece que a base de cimento era estreita e a cada meia hora o coitado desequilibrava, tornando a cair no gramado, para o desgosto da geniosa. Até que decidimos colocar um ponto final nos resmungos e trancamos os bigodes dentro de casa. O intruso ganhou um puxadinho caprichado na garagem, apesar de preferir passar a madrugada chorando com o nariz colado na janela da sala (comportamento de quem sabe que do outro lado há um mundo de aconchego!). Se eu imaginasse a seqüência de ações que aquele primeiro grãozinho de ração desencadearia...

*continua*


Capítulo anterior: Um é pouco, dois é bom, três vira festa!

17.9.08

Um é pouco, dois é bom, três vira festa!

Visita ensolarada

No dia 14 de setembro de 2006, quando voltei para casa após as correrias costumeiras de dona-de-casa-freelancer, ouvi um miado diferente, que não pertencia a nenhum dos bigodes. Do alto do muro, um peludo alaranjado paquerava a Clara Luz! Com movimentos sutis, coloquei um pouco de ração na base de cimento e o leãozinho até me deixou acariciá-lo. Antes de chegar na sobremesa, porém, a pit bull da vizinha tratou de espantar o coitado, obrigando-me a encher o telhado de guloseimas vingativas.

*continua*

16.9.08

Happy ending!

Depois de serem apedrejados pelos vizinhos da Cecília, que não queriam que ela continuasse alimentando os cachorros abandonados na Cidade da Criança, Caramelo, Geada e Pingo rumaram para o Riacho Grande juntos, graças ao coração de pudim da Antilha! Agora, eles moram numa casa quentinha, bem longe do risco de atropelamento, comem porcarias silvestres do sítio o dia inteiro e não precisam mais se preocupar com a proximidade da inauguração do parque! :)


Obs.: Esse era o buraco de terra em que a trinca do latido dormia para se proteger do frio.

14.9.08

Bigodes flamencos

Confesso que nem acreditei quando a Guelpa entregou o DVD lendário da nossa apresentação de caña no teatro do Shopping Eldorado, em dezembro de 2007. O tempo anda passando tão rápido, que já faz três anos que eu decidi esmagar as desilusões da vida com um sapato de preguinhos. Desde o primeiro espetáculo, aliás, Mercvrivs e Simba mostraram-se verdadeiros amantes da arte flamenca, dormindo em qualquer figurino que eu jogasse sobre a cama. O primogênito chegou a assistir um filme do Saura inteirinho, com o cabeção na frente do laptop do Eduardo! rs


P.S.: A apresentação desse ano está marcada para o dia 11 de dezembro, às 20h30, e os ingressos já podem ser comprados no Espaço Cultural! ;)

11.9.08

Marloca

Já que as variações climáticas andam imprevisíveis e a adoção do Marley está demorando mais do que a gente imaginava, Mariana e eu decidimos comprar-lhe uma casinha! Segundo o especialista em comportamento animal Alexandre Rossi, elas não só abrigam a criatura das intempéries, como garantem proteção, tranqüilidade emocional, aconchego. A idéia é fazer com que o Demolidor contente-se com sua "marloca" e pare de tentar entrar na nossa, provocando estragos freqüentes. Na última investida, aliás, Pufosa sobrou com o pé todo ensangüentado. Só que preciso de ajuda para continuar ajudando, porque os gastos com o grandalhão ultrapassaram os R$ 300 e o pacote de ração não sobreviverá ao final de semana. Em qualquer hotelzinho meia-boca, a diária de um cão desse porte sairia uns R$ 10. Aqui, o tratamento é grátis. E VIP! Pensem com carinho. :)

Prejuízo canino do mês

Ração Dog Chow, da Purina (15 kg): R$ 77,90
Potes de comida e água: R$ 16
Coleira: R$ 10,10
Guia: R$ 7,15
Colar elisabetano: R$ 12,50
Castração: R$ 55
Vacinas (V-10 e anti-rábica): R$ 30
Marloca: R$ 92

Contas para a vaquinha

BB
Beatriz Levischi
Ag: 1561-X
C/c: 6830905-8

Itaú
Textrina Serviços Ltda. ME
Ag: 0185
C/c: 08360-7



Epopéia do Marley na busca por um lar:

:: Como tudo começou
:: O dia da castração
:: Cão antifurto
:: Destruição em massa
:: O macho alfa
:: Tentativa de assassinato
:: Aberta a temporada de passeio!
:: Felicidade nas pequenas coisas
:: Coleta seletiva de lixo
:: O primeiro banho

9.9.08

Tchau sujeira, adeus cheirinho de suoooooooor!

Domingo, eu resolvi soltar o Marley na pracinha aqui perto de casa (sem pessoas, carros, nem outros animais) para incentivá-lo a se cansar sozinho, livrando-me do mico costumeiro de ser arrastada bairro afora. Em três segundos, a peste encontrou uma poça d´água gigante, mergulhou de barriga, rolou dos dois lados e ainda veio me abraçar fedendo a esgoto.

Liguei passada para a , que gentilmente emprestou o shampoo e o namorado para um banho emergencial. Era dia de teatro, mas a intervenção em prol de nossas narinas não podia esperar. Tirei do fundo da gaveta um shortinho que só usara no calor canadense e me dispus a segurar a fera na garagem, enquanto o Rodrigo cuidava do resto. O mais frustrante, depois de todo o esforço, foi constatar que ele continuava cheirando a cachorro.

6.9.08

Primeira festinha do Gatoca

Depois de encher muita bexiga sabor amendoim, passar a tarde colando fotos na parede e a madrugada cozinhando tortas, finalmente chegara o dia da festinha de aniversário do Gatoca! Eu estava exausta, descabelada, angustiada com o trabalho acumulado, mas feliz. Pude reencontrar gateiras queridas, conhecer algumas leitoras, abraçar os amigos que só apareceram mesmo para me fazer sorrir. Fernanda conseguiu tantos brindes com a Caixas e Caixinhas (av. Senador Vergueiro, 999), o Center ABC (r. Continental, 110), a Cobasi e o Virtual Pet, que acho que ninguém saiu do evento de mãos abanando. O blog ganhou até banner da Colorgraphics! Da próxima vez, precisamos providenciar um daqueles baús de buffet infantil para colocar os presentes dos bigodes. :)

As gateiras


Os maridos


Os amigos


Os trevosos


O staff


Os brindes


Os sorteados


A lojinha


O parabéns


Os presentes


P.S.: Foto com flash é mesmo uma desgraça!